Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 44
Capítulo 44 - Onde Está?


Notas iniciais do capítulo

Hello galerinha!

Queria ter postado ontem, mas não tive tempo, então... aqui estou trazendo um novo capítulo!

E antes que eu esqueça, obrigada a Gleek pela recomendação que fez para a fic!



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Damon pode perceber facilmente a quanto a pulsação da mulher à sua frente oscilou quando ele lhe questionou sobre seu nome. Além disso, o espanto em seu rosto era claramente visível, sem falar que ela parecia mal respirar naquele momento.

Abby encarava seus visitantes em puro choque. De todas as pessoas possíveis de baterem à sua porta num dia comum, aqueles dois seriam as últimas que ela esperaria ver. E como se não bastasse sentir uma vibração estranha vinda do rapaz, a garota ao lado dele lhe parecia estranhamente familiar, e o medo de confirmar suas suspeitas a fez fechar a porta bruscamente.

– Hey! – Damon grita, esmurrando a porta. – Bonnie, eu não posso entrar. Você precisa ir atrás dela – completa, vendo que a garota ao seu lado nem se mexia.

– E... E-eu não...

– Escute – diz ele, pegando-a pelos ombros, - não viemos até aqui pra desistir agora, ok? Precisamos da ajuda dela, ou não teremos a mínima chance contra Klaus, ainda mais agora que ele já sabe que estivemos na mansão!

Como se saísse de uma espécie de transe, Bonnie acenou afirmativamente e abriu a porta, correndo para dentro à procura da mulher que a abandonara há tantos anos. O vampiro, por sua vez, se colocou alerta a qualquer ruído dentro e ao redor da residência, tentando captar caso Abby tentasse fugir pelos fundos.

Alguns segundos depois, ele pode ouvir a porta de trás se abrindo, mas diferente do que esperava, havia o som do tamborilar de três corações, e não apenas dois. O que significava que ele precisaria ser rápido.

Ainda ouviu o grito de dor da bruxinha antes de dar a volta e chegar à parte de trás da casa, onde viu um rapaz alto segurando-a firmemente pelos braços.

– Solte-a agora ou não terá tempo de contar sequer até três – o vampiro rosna de maneira ameaçadora, fazendo com que Abby e o tal garoto o encarassem em estado de puro terror. No segundo seguinte, Bonnie estava livre, e ele não hesitou em puxá-la para o seu lado antes de prosseguir. – Agora que parece que estamos nos entendendo, vamos ao que realmente interessa: precisamos de sua ajuda, Abby. E desculpe informar, mas não aceitarei um “não” como resposta – completa decidido, vendo a mulher engolir em seco.

– Tudo bem – Abby responde alguns instantes depois, colocando-se protetoramente ao lado do rapaz que tentara imobilizar Bonnie, - do que você precisa?

********

Klaus estava subindo os últimos degraus que levavam às portas da frente da mansão quando pode ouvir seu celular tocando estridente no bolso da jaqueta. O nome que piscava no visor só poderia ser um prenúncio de mais problemas, e com um suspiro pesaroso, o híbrido atendeu a ligação no segundo seguinte, já que sabia que não adiantaria em nada adiar aquilo.

– Tyler Lockwood. A que devo a honra dessa ligação? – ele pergunta sem humor.

– Bem, é sobre seu irmão Finn – o garoto responde temeroso, mesmo que estivesse há quilômetros de distância de seu criador.

– E o que um Original vigiado por uma matilha de dez híbridos é capaz de fazer para obrigá-lo a me ligar?

– Ele, bem... Seu irmão sumiu!

– O que? Mas como sumiu? - Klaus grita exasperado, fazendo Tyler estremecer levemente. - Eu mandei que o vigiassem, seus incompetentes! O que ficaram fazendo? Jogando damas? – completa de maneira irônica, passando a mão livre pelos cabelos nervosamente.

– Seu irmão é um vampiro, é um Original, e para o seu azar, híbridos não são imunes à compulsão. Derek e Michael se deixaram ser vistos, e foi preciso apenas isso para o resto de nós ter os pescoços quebrados e ficar fora de serviço por algum tempo – o rapaz explica, deixando Klaus ainda mais possesso.

– E tem alguma ideia de para onde Finn pode estar indo?

– Desculpe, mas não. Perdemos o rastro numa das estações de metrô de New York.

– Maravilha! Agora tenho de me preocupar com meu irmão enlutado, que pode estar em qualquer lugar nesse momento. Como se não houvesse mais com o que me preocupar, não? – diz o híbrido, sorrindo sem humor algum. – Encontrem-no Tyler, ou os farei pagar assim que voltarem a por os pés nesta cidade.

E sem esperar por uma resposta, Klaus encerrou a ligação, segurando-se para não lançar o aparelho para longe numa tentativa de aliviar a frustração. Já levava uma das mãos à maçaneta, após respirar fundo, quando a porta se abriu revelando Elijah, que trazia no rosto uma expressão desconfiada.

– Desculpe irmão, mas não pude deixar de ouvir os gritos. O que houve?

– Oh, nada de mais – o loiro responde, sem encará-lo. – Apenas foi obrigado a relembrar a dor da transformação por um bando de vadias mortas e vingativas, e acabo de saber que nosso adorado Finn está por aí, livre para aprontar e sem qualquer vigilância.

– Vadias mortas... – Elijah repete, confuso. – Mas do que está falando, Niklaus?

– Não é importante agora, precisamos encontrar o irmão fujão!

– Não pense que não vou cobrar uma explicação depois, ok? Tenho a eternidade ao meu dispor para sanar essa dúvida. Agora... por onde quer começar a procurá-lo?

– Os híbridos o perderam em New York. Acha que pode estar voltando para cá?

– É uma possibilidade, não? Ligarei para a Sophie e direi para não sair sozinha, apenas por precaução – Elijah responde pensativo, pegando o aparelho no bolso do paletó. – Alcanço você em alguns minutos irmão – completa ao buscar o número da garota na agenda e apertar no botão para discar.

– Até mais... – murmura o outro, desaparecendo porta afora em um piscar de olhos.

*********

Há alguns quilômetros dali, Kol analisava com curiosidade o livro da família Salvatore, que estava até poucos segundos atrás sobre o aparador logo atrás do sofá. Ali, à frente de seus olhos, ele pode vislumbrar quase toda a linhagem que lhe proporcionara estar onde estava naquele momento. Afinal, se não fosse por cada uma daquelas pessoas, Sophie não teria nascido, não é?

O rapaz lia concentrado quando o som do toque do celular da garota sobre a mesinha de centro chamou sua atenção. Distraído, ele apanhou o aparelho e atendeu a ligação, sem nem mesmo checar quem estava ligando.

– Alô – diz ele, ao virar mais uma página.

– Kol? – a voz do outro lado questiona, fazendo-o sentar-se direito e agora totalmente atento. – Este não é o número da Sophie?

– Elijah? Bem... na verdade é sim o número dela, mas ela não pode atender agora.

– Como? Onde ela está?

– Aconteceu alguma coisa? – Kol responde com outra pergunta, percebendo o quanto o irmão parecia preocupado.

– Finn aconteceu, irmãozinho. Ele escapou da supervisão dos híbridos de Klaus e não fazemos ideia de onde ele pode estar.

– E você acha que ele está vindo atrás da Soph – o rapaz murmura, colocando o livro de lado.

– É possível, não acha? Ele já a atacou uma vez, duvido que hesitasse em tentar outra vez.

– Ela está a salvo, se é o que quer saber. Apenas ocupada com alguns minutos de garota humana, se é que me entende. Posso mantê-la segura irmão, não se preocupe.

– Eu sei que pode, mesmo que a conclusão não me deixe de todo feliz. Ligue para a Rebekah, peça para que fique de olho e nos ligue caso descubra alguma coisa. Alcançarei Klaus e vou ajudá-lo a procurar pelo Finn. E cuide bem dela Kol!

– Claro irmão, e boa sorte. Me ligue se precisar de ajuda - o caçula responde, ouvindo o irmão encerrar a ligação no segundo seguinte, mesmo momento em que a garota voltava à pequena sala de estar.

************

Ainda bem distante de Mystic Falls, um trem corria rápido sobre os trilhos levando dezenas de passageiros. Sentado a uma das pequenas janelas, Finn observava a paisagem que passava veloz do lado de fora. As árvores e outras plantas que margeavam a ferrovia mal passavam de um imenso e contínuo borrão verde que, vez ou outra, ganhava um intervalo marrom por conta das pequenas estradinhas que cortavam os trilhos naquela região.

Escapar dos híbridos do meio irmão fora estupidamente fácil. Eles poderiam ser parte vampiros e parte lobisomens, ter vantagens contra as espécies comuns, mas eram completamente tapados e cartas fáceis de serem colocadas para fora do baralho. Nada que um pouco de persuasão não pudesse resolver.

Além do mais, já estava mais do que na hora de retomar os séculos que Klaus tirara dele, deixando-o empalado naquele maldito caixão. Aquele pensamento lhe levava de volta à Sage, e no instante seguinte a imagem do corpo dela sem vida voltava a assombrá-lo.

Com um aceno quase imperceptível, ele tentou varrer aquilo para longe, voltando a se focar no plano de infernizar o máximo possível a vida de seus amados irmãos, que haviam lhe virado as costas e arrancado dele a mulher que amava.

E se nada podia fazer contra eles e nem mesmo contra Sophie, que fora um dos motivos para que arrancassem o coração de Sage a sangue frio, Finn encontraria outra maneira de fazer com que eles se arrependessem amargamente.

Mergulhado nesses pensamentos pouco felizes, ele percebeu ao seu lado um rapaz de cabelos escuros, aparentemente distraído com um livro. Mas não fora isso que chamara a atenção do vampiro, mas sim a passagem que o garoto trazia em uma das mãos. Como se o destino conspirasse a favor dele, pode constatar que o destino final do seu companheiro de assento era o mesmo que o do Original.

– Indo visitar alguém em Mystic Falls? – o vampiro questiona, com um sorriso simpático. – A propósito, me chamo Finn. Finn Mikaelson – completa, estendendo a mão para o garoto ao seu lado.

– Samuel Hale – o garoto responde, cumprimentando o outro. – Estou indo visitar uma amiga, na verdade, melhor amiga desde a infância. Tem alguns meses que não a vejo! E você? Está indo visitar alguém também?

– Estou voltando para casa, precisei me afastar para espairecer um pouco sabe? Mas é difícil permanecer muito tempo longe do lar e da família, não? – diz Finn, tentando manter as coisas no tom mais casual possível. – E quem é essa sua melhor amiga? Talvez eu a conheça, afinal, a cidade não é tão grande. Ela tem um nome?

– Melhor... Eu tenho uma foto – e no segundo seguinte, Samuel virou algumas das páginas do livro que tinha em mãos à procura da imagem, encontrando-a instantes depois. – Aqui! Ela não é linda? – completa, estendendo a fotografia para o vampiro.

Foi com satisfação que Finn encarou aquela imagem, um plano se formando rapidamente em sua mente. Mas antes, precisava se certificar de que causaria o efeito desejado.

– Tem razão, é linda. Mas diga-me... Tem certeza de que são apenas amigos? – ele questiona, devolvendo a fotografia ao garoto. – Seus olhos brilham quando fala dela, sabe? Há mais aí do que amizade, na minha opinião.

– Eu a amo, mas como irmão, nada além disso. Sempre fomos ela e eu contra o restante do mundo, e acho que não há nada que eu não fizesse para vê-la sorrir, assim como sei que ela faria o mesmo por mim.

– Interessante... – diz Finn, após conseguir a resposta que desejava. – O que acha de bebermos alguma coisa? Por minha conta, claro! Assim, você pode me contar mais sobre essa relação fraterna entre vocês dois.

– Não sei se deveria, não sou lá muito resistente ao álcool, sabe?

– Vamos lá Samuel, aposto que é mais forte do que admite – o vampiro insiste, encarando o rapaz ao seu lado.

– Bom... talvez você tenha razão.

************

Algumas horas depois...

Por mais que Kol tenha tentado fazer Sophie desistir da ideia de ir até o Mystic Grill, a garota estava irredutível. O fato de o rapaz ter atendido ao telefone dela, e outro telefonema que ela recebeu minutos depois não deram chance alguma ao vampiro de ter seu pedido atendido. Tudo que restou a ele foi acompanhá-la, na tentativa de cumprir a promessa que fizera a Elijah.

Claro que ele teria de ter a atenção redobrada, afinal, não poderia dar brechas para que o irmão se aproximasse e tentasse algo contra aquela menina.

E foi com todos os sentidos ainda mais aguçados que eles chegaram ao restaurante alguns minutos depois, logo após Sophie bater o pé pelo que deve ter sido a vigésima vez em um curto espaço de tempo e Kol finalmente ceder à vontade dela.

– Ainda acho que não deveríamos ter vindo – ele resmunga, puxando uma cadeira para que a garota pudesse sentar.

– Como se eu fosse mesmo me esconder em casa – ela responde, cruzando os braços e fazendo bico. – Não me conhece mesmo, não é? Não temi seu pai, e não terei medo do Finn. E fim da história – completa, deixando escapar um sorriso por conta do trocadilho bobo que acabara escapando.

–Teimosa...

– Super protetor!

– Estou interrompendo? – questiona Matt, que estava trabalhando de garçom naquela noite. Ao ver que ambos acenaram com um “não”, ele prosseguiu. – Desejam beber algo?

– Traga dois refrigerantes. Não quero ter de carregar ninguém bêbada até em casa, sabe? – diz Kol, encarando Sophie com os olhos semicerrados.

– Você é impossível – a garota reclama, chutando-o por baixo da mesa.

E mesmo que o vampiro tivesse a intenção de retrucar, a atenção da garota voltou-se para a entrada no segundo seguinte. Ao acompanhar o olhar dela, deparou-se com um rapaz de cabelos escuros e olhos um pouco mais claros que os de Sophie. Trazia no ombro uma mochila surrada e um largo sorriso nos lábios ao encontrar o olhar da garota.

Quando a loirinha estava a meio caminho de acolher o recém chegado em seu abraço, ela paralisou no lugar, encarando a figura que se postara ao lado do rapaz de cabelos escuros.

– Finn? – a garota sussurra angustiada, sem saber se corria ou gritava.

Num piscar de olhos, ambos haviam desaparecido, obrigando a garota a correr em direção à saída, sendo seguida de perto por Kol.

Ao alcançar a calçada externa alguns instantes depois, puderam ver o outro Original segurando o braço do rapaz com força para que ele não ousasse fugir. Assim que tinha seus convidados exatamente onde queria, Finn levou as mãos ao pescoço do garoto e o quebrou com uma facilidade incrível, vendo o choque tomar conta do rosto de Sophie no segundo seguinte enquanto ele simplesmente sorria com a cena toda.

– Sam! – ela grita desesperada, enquanto o corpo do garoto ia de encontro ao chão.


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Notas finais do capítulo

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