Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 41
Capítulo 41 - A Sós...


Notas iniciais do capítulo

Hello people!

Capítulo fresquinho pra vocês... E Klaus sendo fodástico!



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Mesmo que não se sentisse totalmente confortável em falar sobre aquele assunto, Elijah sentia a necessidade de expor as coisas para alguém. E quem melhor do que sua irmãzinha, que vinha lhe dando total apoio desde que deixaram seus caixões?

Como estavam apenas os dois em casa naquele momento, já que Kol e Klaus haviam saído sem dizer pra onde, e Finn ainda se encontrava fora da cidade – ao menos, era o que ele imaginava -, Elijah resolveu aproveitar a oportunidade.

Deixou o escritório e seguiu até a sala principal, onde Rebekah se distraía com uma revista de moda. Sentou-se ao lado dela sem fazer barulho, aguardando até que a garota voltasse sua atenção para ele, o que levou apenas alguns segundos.

– Sabe que estarei do seu lado, certo? – diz ela, como se pudesse prever o que ele intencionava dizer. – Não vejo nada de errado em querer estar com alguém, irmão. Não estará traindo a memória de Sofia só por se apaixonar por outra pessoa. Além do mais, aquela menina amava você, e duvido que gostaria de te ver infeliz pelo resto da eternidade.

– Eu não consigo mais me imaginar longe dela, Bekah – Elijah confessa, sem encará-la. - Mas não quero colocá-la em risco, entende? Se Sophie estiver ligada à nossa família, viverá sob a iminência de ser usada para nos atingir.

– Ela não está desprotegida, e você tem consciência disso! Stefan está sempre por perto, nunca deixaria que ninguém a machucasse. O que significa que tem mais coisas incomodando você, certo?

– A presença de Stefan e Damon não impediu Mikael de feri-la. Ela foi torturada e quase morta, Rebekah! Desculpe se não coloco toda minha fé nos garotos Salvatore.

– O seu problema não é a falta de fé, é o amor de Kol por ela, Elijah – a loira responde, vendo o irmão encará-la com uma expressão de espanto. – E não se espante, eu sempre soube o que ele sentia por Sofia, e também é muito transparente agora, toda vez que ele fala de Sophie ou quando os dois estão no mesmo ambiente. Ele a ama, assim como você.

– Talvez ele a ame mais do que eu, não é? Afinal, Kol tem tentado se aproximar dela desde o primeiro momento em que a viu. Talvez eu devesse me afastar e deixá-lo vivenciar esse sentimento, mesmo que cogitar a possibilidade de deixar Sophie para trás seja extremamente doloroso pra mim.

– Você deveria deixá-la decidir se quer que você se afaste, não? – diz ela, virando-se no sofá para ficar de frente para ele. - Irmão, mesmo que você não acredite em destino ou coisas do gênero, encontrar essa garota não pode ter sido apenas coincidência.

– Na maior parte do tempo, nem sei mais em quê acreditar - ele responde, após um suspiro.

– Sei que não sou a melhor pessoa para dar conselhos amorosos, mas por que não deixa o tempo mostrar o caminho? Pare de ouvir tanto a voz da razão, escute o que seu coração está pedindo Elijah. Dê uma segunda chance a você mesmo.

– Mas... E se ela...

– Não tem nenhum “mas”, irmão – a loira o interrompe, tomando as mãos dele nas suas. – Você só vai saber o que pode acontecer se tentar. E se por acaso a escolha dela for outra, ao menos você vai saber que fez tudo o que pode, sem dar margens para se arrepender no futuro.

– E quanto ao nosso irmão? - ele questiona. Era a primeira vez em muito tempo que sentia assim, tão vulnerável, e tinha de admitir que não era uma das melhores sensações para sentir. – Como poderei olhar para o Kol, sabendo que posso o estar privando de ser feliz? Passei muito tempo querendo ter minha família de volta irmã. Não estou disposto a ver os Mikaelson espalhados por aí como se fossem sozinhos no mundo, como se não existisse um laço que nos une um ao outro. Porque gostando ou não, apoiando certas atitudes ou não, somos uma família. E fizemos uma promessa!

– Sempre e para sempre, irmão.

– Sempre e para sempre, Bekah – Elijah completa, puxando a garota para um abraço. – Agora chega de falar de mim, ok? E quanto a você? O que seu coração está dizendo pra fazer?

******

Jeremy permanecia estático à porta, sem saber exatamente como agir. Klaus, por sua vez, podia perceber sua pouca paciência se esvaindo mais e mais a cada segundo.

– Vou perguntar apenas mais uma vez, criança – diz o híbrido, num tom baixo e frio. – Onde está Elena?

– Acha mesmo que vou dizer alguma coisa pra você? – Jeremy retruca, cruzando os braços sobre o peito, como se estivesse desafiando o Original a sua frente. – Se é só isso que quer saber, sugiro que dê meia volta e vá assustar algumas criancinhas no parquinho.

– Você é muito confiante para um reles mortal, garoto Gilbert. Acho que deve ser por conta do anel em seu dedo, certo? – Klaus questiona, não esperando realmente por uma resposta. – Seria admirável se não fosse uma completa idiotice. Aliás, me pergunto o que aconteceria se você o perdesse por acaso...

E dizendo isso, o híbrido disparou até o cercado da casa vizinha, voltando num piscar de olhos e cravando um dos sarrafinhos que arrancara da cerca no abdômen de Jeremy, trazendo-o para a varanda da casa em seguida.

– Acho que agora não está mais tão corajoso, não é? – diz Klaus com um sorriso, tirando o anel do garoto. – Elena, se estiver aí, sugiro que venha correndo – continua, erguendo o tom de voz para se fazer ouvir no interior da residência. – Ou então seu precioso irmãozinho vai ganhar uma passagem só de ida para visitar seus amados pais.

– Jeremy! Jeremy! – a garota grita em resposta, correndo escada abaixo. – O que você fez? – ela questiona, vendo a blusa do irmão manchada de sangue.

– Aí está você, sua pequena vadia. Diga-me Elena... Onde está o caixão que roubaram da minha mansão?

– Eu não... Eu não sei do que está falando – a garota tenta desconversar.

– Não minta para mim, querida. Eu encontrei isso no chão de um dos quartos – diz ele, mostrando o botão que trazia na palma da mão e vendo a garota empalidecer à sua frente. – Vai mesmo continuar mentido enquanto assiste o pequeno Jeremy nadar em sangue? – completa, mostrando a mão do rapaz para que ela visse que ele estava sem seu anel.

– Onde está? – ela se limita a perguntar, a voz mal passando de um sussurro. – O que fez com o anel?

– Respondo sua pergunta se você responder a minha – o híbrido responde com um largo sorriso, que não tinha nada de acolhedor.

– Damon o levou para uma velha casa abandonada na floresta, onde os espíritos o estão mantendo seguro. Ninguém mais pode vê-lo, a menos que possua alguma magia.

– Interessante... Parece que precisarei de uma bruxa então. Aliás, é bom ver que estamos começando a nos entender, não acha? Muitos pescocinhos poderiam ser poupados se vocês, crianças idiotas, não cruzassem o meu caminho com tanta frequência.

– Eu cumpri minha parte Klaus, agora devolva o anel do Jer, por favor! – a morena implora, olhando angustiada para o irmão, que já respirava com alguma dificuldade.

– Tome – diz Klaus, lançando o anel para Elena. – E saiba que eu só não o mato porque fiz uma promessa à Sophie. Se não fosse por ela, você perderia o resto de sua família. Passar bem, doppelgänger. – completa, largando o garoto e dirigindo-se de volta ao seu próprio carro, dando partida e sumindo dali nos segundos seguintes.

Enquanto o ronco do motor do carro de Klaus se perdia pelo caminho, Elena correu até o irmão caçula e voltou a colocar o anel no dedo dele, rezando para que não fosse tarde demais para salvá-lo.

Quando enfim conseguiu aninhar Jeremy em seus braços, mesmo que de maneira desajeitada, pode vê-lo dando seu último suspiro e seu coração deixando de bater.

– Jeremy? – ela chama angustiada, sacudindo-o na esperança de que ele acordasse. – Jer? Jeremy?

************

Damon e Bonnie já estavam viajando há algum tempo, e um silêncio meio incômodo imperava dentro do carro. Mesmo que estivesse secretamente feliz e aliviado por apenas os dois estarem cuidando daquele assunto, o vampiro não se sentia completamente à vontade para ficar sozinho com a bruxa. Afinal, ambos já haviam colocado suas vidas em risco num passado nem tão distante assim. Eram peças praticamente descartáveis um para o outro, como os pequenos peões do xadrez.

Aquela analogia fez o rapaz se sentir estranhamente mais desconfortável. Apesar de suas eternas desconfianças com qualquer pessoa que respirasse - estivesse ela viva ou não -, não acreditava que Bonnie fosse capaz de deixá-lo morrer por simples capricho. Damon queria muito acreditar que, por menores que fossem, as chances de que eles se ajudariam dali pra frente existiam. E era nisso que ele vinha desesperadamente tentando se apegar.

– No que está pensando? – Bonnie questiona, encarando-o com curiosidade.

– Estou tentando me convencer a confiar plenamente em você – ele responde, encarando-a por alguns segundos. – Só não sei se é a decisão certa.

– Estou nesse mesmo impasse, na verdade – ela confessa, voltando sua atenção para as árvores que passavam correndo do lado de fora. – Talvez possamos nos dar uma trégua, firmar uma espécie de aliança até resolvermos esse problema. O que me diz?

– Que seria muito bom ter alguém com quem contar, além de mim mesmo.

– Então está selado. Nos manteremos vivos até nos livrarmos do Klaus!

– Só espero não levar a eternidade nessa empreitada – diz Damon, debochado. – Não me leve a mal bruxinha, mas não curto muito esse lance de ser babá.

– Bem, olhando pelo ponto em que, de nós dois, quem mais se mete em encrencas é você, acho que sou eu quem vai ter mais trabalho – Bonnie responde, com um leve sorriso em seus lábios.

– Há, há! Muito engraçado, bruxa. Muito engraçado.

**********

Enquanto Alfredo olhava vidrado para Kol, Sophie estava em dúvida sobre se sentir aliviada ou não com tudo aquilo. Estava tremendamente curiosa para saber quais os segredos que o italianinho escondia, mas também temia descobrir que seus motivos para estar em Mystic Falls não fossem dos mais nobres e pudessem acarretar algum risco para ele.

Foi imersa nesse turbilhão de pensamentos que ela conseguiu identificar um único nome dito por Alfredo: Sage. Aquilo tomou sua total atenção, fazendo-a encarar o rapaz em busca de mais informações.

– Espere... – ela os interrompe, sentindo-se confusa. – Você conhece a Sage?

– Responda Alfredo! Como a conhece? – Kol o compele a continuar falando.

– Sage me encontrou pelas periferias de Roma pouco tempo depois de eu ter descoberto sobre a morte de Sofia. Me disse que, como vampiro, poderia desligar todas as emoções e nunca mais sentiria a dor da perda – o rapaz responde automaticamente. - E então ela me transformou, me ensinou tudo que precisava saber, me deu um anel para andar a luz do dia, e em troca eu lhe dei minha total lealdade.

– Isso significa que ela o esteve usando por todos esses séculos? – Sophie questiona baixinho encarando o Original, que parecia tão perplexo quanto ela com aquelas informações. – Ele não passou de um mero fantoche nas garras dela!

– Aparentemente...

– E tudo isso para encontrar o Finn?

– Não acho que encontrar meu irmão fosse a real prioridade daquela vadia, Soph – diz o moreno, afagando o rosto dela na tentativa de acalmá-la. – Acredito que fazer Klaus pagar de alguma maneira fosse mais importante para ela do que libertar o homem que ela dizia amar.

– Agora que já lhes respondi o que queriam saber, podem me dizer onde eu a encontro? – Alfredo pergunta, levando as mãos à cabeça após se ver livre da compulsão.

– Sage está morta. Ela pagou por ter ajudado, mesmo que indiretamente, na morte da sua irmã. Eu mesmo arranquei o coração dela e depois reduzi seu corpo às cinzas. Não tem mais nada o prendendo a esta cidade, Alfredo.

– Morta? Sage está morta? – o loiro volta a questionar, não querendo acreditar nas palavras do Original. – Ela era a única família que eu tinha e você a matou? – continua, exasperado.

– Alfredo, acalme-se está bem? Vamos conversar e lhe explicaremos tudo – a garota resolve intervir, tocando o braço do rapaz para que olhasse para ela.

– Eu não quero explicações vazias Sophie – diz ele, afastando-a com rispidez e dando-lhe as costas, parando em seguida ao lado da caixa vermelha presa à parede – onde ficava a mangueira de incêndio -, bem ao lado da porta do elevador. – Quero que sofram, ao menos um pouco – completa num rosnado baixo, apanhando a machadinha que deveria ser usada para quebrar o vidro e cravando o cabo de madeira no abdômen de Kol, fazendo-o cair de joelhos e aproveitando o momento para fugir dali.

– Kol! – grita Sophie, tentando ampará-lo. – Oh meu Deus... – ela murmura, ao vê-lo puxar a ferramenta e jogá-la para longe. – Consegue andar? Preciso te levar pra dentro.

– Eu vou matá-lo na próxima vez em que o vir – o Original sibila, esforçando-se para se colocar de pé.

– Esqueça o Alfredo, vamos cuidar de você – diz ela, passando um dos braços do rapaz sobre seus ombros e ajudando-o a alcançar o sofá, fazendo-o sentar ali para que pudesse conferir os estragos. – Isso está péssimo – completa ao erguer a camiseta dele e analisar o ferimento.

– Ficarei bem, não se preocupe. Sou um Original, e imortal para todos os efeitos. Não é uma machadinha que vai me mandar definitivamente para um caixão – Kol responde, em meio a caretas de dor.

– Espere aqui, sim? Mesmo que não queira, vou cuidar disso.

Sem muitas opções, Kol apenas acenou afirmativamente e acompanhou a garota com o olhar enquanto ela se dirigia até a cozinha. Alguns minutos depois, ela voltou com uma maletinha branca de primeiros socorros nas mãos, ajoelhando-se ao lado dele sobre o sofá em seguida.

Sophie abriu a maleta e apanhou um pequeno canivete, para total espanto do rapaz. Quando ela fez menção de fazer um corte em seu próprio pulso, Kol tomou as mãos dela nas suas, fazendo com que a garota olhasse para ele.

– O que pensa que está fazendo, Soph?

– Vou fazê-lo se recuperar mais rápido, simples assim.

– Não precisa fazer nada disso! Em alguns minutos estarei como novo, lhe garanto. Agora largue esse canivete, está bem? – ele pede, afrouxando o aperto nas mãos dela.

– Me desculpe... – a garota murmura, aproveitando a pequena distração dele para fazer um corte em seu pulso esquerdo, estendendo-o na direção dele em seguida. – Tudo bem, sei que não vai me machucar – diz ela, ao ver que o Original tentava lutar contra o impulso de cravar suas presas na pele clara dela. – E bem, tecnicamente não é a primeira vez que faço isso, ok? Só... Só beba Kol, vai se sentir melhor em um piscar de olhos.

Mesmo relutante, o vampiro tomou a mão da garota nas suas, aproximando seus lábios do pulso dela lentamente. Após uma última olhada em direção ao rosto de Sophie, Kol finalmente cravou seus dentes ali, bebendo com urgência por alguns segundos.

Foi preciso uma grande dose de força de vontade para largá-la, para abdicar daquela estranha, e ao mesmo tempo inebriante, sensação de frenesi. Mas ele conseguira. Se afastara a tempo de evitar machucá-la ainda mais.

Após limpar o canto dos lábios com o polegar, o vampiro subiu seu olhar e encontrou os olhos verdes da garota, que pareciam sorrir em sua direção.

– Obrigado – ele agradece, com um sorriso tímido. – Mas por que fez isso, Soph? Por que se arriscar desse jeito? Posso matá-la no intervalo de uma batida do seu coração!

– Confio em você, sei que jamais me machucaria. E é isso que as pessoas fazem, certo? Ajudam aqueles com os quais elas se importam.

– Se importa comigo?

– Claro que sim, que pergunta boba!

– Soph, eu... Eu gosto de você, ok? Muito mais do que eu deveria, mas não posso evitar – diz Kol, aproximando-se da garota lentamente. – Eu... Estou apaixonado por você – completa, afagando o rosto dela com as pontas dos dedos.

– Kol... Eu não... Eu não sei se... – Sophie tenta formular alguma coisa, mas é interrompida pelo Original, que une seus lábios aos dela delicadamente, envolvendo-a num abraço e trazendo-a ainda mais para perto de seu corpo, sentindo-a estremecer levemente antes de entregar-se ao momento.


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Notas finais do capítulo

Ok Sophiejah (ou seria Elophie? O.O) shippers, não me matem ok? Deixem essa pessoa que aqui escreve bem vivinha pra continuar a fic! rsrsrsrs

Até mais...


xoxo



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