Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 32
Capítulo 32 - Ânimos Um Tanto Exaltados


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Vamos glorificar de pé porque dessa vez a atualização não demorou dois meses!!! Viva!!! hehehe

Bem, apesar do título, nem só de momentos tensos esse capítulo é feito, ok?



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Finn mal conseguia acreditar no que seus olhos viam. Sua amada Sage estava ali, tão deslumbrante quanto da última vez em que a vira. Não, na verdade ela parecia ainda mais linda do que ele conseguia se lembrar.

Se não fosse um vampiro com mais de mil anos e tivesse o metabolismo diferente dos humanos, poderia supor que sua mente lhe pregava alguma peça devido ao consumo um tanto excessivo de vinho. Afinal, ele mal percebera, mas havia esvaziado duas garrafas!

Como se pudesse ler seus pensamentos, coisa que em certas situações ela parecia mesmo ter a capacidade de fazer, Sage aproximou-se dele o mais rápido que as presenças humanas por ali permitiram, envolvendo-o num abraço carregado de saudades.

- Mal posso acreditar que seu irmão lunático enfim livrou você daquela adaga! – ela sussurra, sem soltá-lo.

- Sage... – diz Finn, tomando o rosto dela em suas mãos e unindo seus lábios aos dela. O toque permanecia tão macio e convidativo quanto há séculos atrás, quando ele passava a maior parte de seu tempo livre enchendo aquela mulher de mimos e carinhos. – Mas como soube que eu estava livre?

- As notícias correm meu querido, ainda mais quando os vampiros Originais saem de seu sono eterno de uma hora para outra. E sempre fiz questão de ter uma boa rede de contatos para me manter confortavelmente segura.

- Esteve em perigo por todo esse tempo?

- Bem... – aparentemente, a pergunta deixara-a desconcertada, pois ela parecia escolher com cuidado as palavras que usaria a seguir. – Seus irmãos nunca gostaram muito de mim, não é? Acredito que, por menor que pudesse ser, qualquer deslize meu seria o motivo perfeito para cravar uma estaca em meu peito. E você sabe que, ao contrário de você e seus irmãos, eu não sobreviveria certo?

- Está mesmo me contando tudo, Sage? – Finn pergunta, estreitando os olhos. – Fez algo que pudesse irritar Niklaus?

- Passamos tanto tempo separados um do outro Finn, não vamos perder tempo com assuntos de tão pouca importância, não é? – a vampira tenta desconversar, sorrindo confiante.

- Sua segurança importa para mim. – ele responde, sério.

- E você finalmente livre é só o que me importa! – diz ela, lhe dando um selinho. – E agora, o que acha de me pagar uma bebida Sr. Mikaelson?

*********

Assim que o sinal indicando o fim da segunda aula do dia soou, Sophie juntou seus materiais rapidamente, tentando deixar a sala de história no menor tempo possível. Infelizmente para ela, o professor pareceu não querer colaborar com seus planos.

- Parece que finalmente aprendeu a cumprir horários, não é Srta. Salvatore? – o Sr. Saltzman pergunta, encarando-a com uma expressão indecifrável. – Eu já estava conformado em lhe comprar um relógio, sabe?

- Não graças à sua protegida, a Srta Gilbert, não é? Saiba que não foi muito educado da parte dela ir até meu apartamento naquele horário. – diz a garota, sem muito humor. – E sinto muito por estragar seus planos professor... Se preferir, perco a hora na próxima semana, que tal?

- Você não consegue mesmo demonstrar nenhum pouquinho de respeito, não é?

- Sinceramente não sei por que você se incomoda com isso, afinal, seu melhor amigo e eu somos bem parecidos nesse quesito, não? – Sophie responde, tentando manter a voz controlada. Sabia perfeitamente que Caroline, e talvez até Kol e Stefan a aguardavam fora da sala, e não queria dar a eles motivos para entrar e arrumar confusão com Alaric. – Não é só porque Damon não gosta muito de mim que você precisa agir da mesma maneira, sabe? Implicar comigo só porque meu priminho querido também o fez me parece criancice. E bem... se não se importa, eu tenho de ir. – completa, dando as costas a ele sem nem mesmo esperar por uma resposta.

- Você ficou louca? Ele pode dar um jeito de expulsarem você Soph! – era Caroline, realmente surpresa e levemente chocada com as palavras da amiga.

- Eu não ligo, na verdade. Afinal, o lado bom de se ter amigos com presinhas é a capacidade deles de conseguirem certas coisas com a ajuda de um dom muito bacaninha, sabe?

- Garota, você não presta! – a vampira responde, caindo na risada.

- Hey, eu presto sim ok? Ao menos sei fazer piñas colladas! – diz Sophie, fingindo indignação.

- Ok Srta. “Piñas Colladas”, vamos logo pra aula de literatura antes que a Sra. Ackles encontre motivos pra implicar conosco também!

********

Ao contrário de Sophie, Stefan teve mais sorte em fugir rapidamente da sala de aula. Ainda estava chateado pela crise de ciúmes de Elena na noite anterior, e não ajudava em nada o fato da garota ter ido procurar por sua prima logo após tê-la deixado na casa dos Gilbert.

Para não correr o risco de ser grosseiro com a namorada, ele preferia se manter o máximo de tempo possível afastado dela, pelo menos até colocar os pensamentos em ordem.

Stefan praticamente correu até a sala da Sra. Ackles, chegando antes de qualquer outro aluno de sua turma e sentando-se em seu lugar de costume. Instantes depois, após mais alguns garotos atravessarem as portas e ocuparem seus assentos, ele pode ver Rebekah e Kol se aproximando. Precisou de uma grande dose de força de vontade para não ficar admirando a garota enquanto ela acomodava-se em uma das carteiras mais próximas das janelas.

Felizmente para ela, o rapaz não pode conter a ânsia de encará-la por alguns segundos e sorrir em sua direção, o que fez com que ela se sentisse ligeiramente encabulada, talvez até mesmo corada.

Stefan só voltou-se na direção do quadro negro quando Kol pigarreou chamando sua atenção, como se dissesse que ele estava dando bandeira demais. Mas ao virar-se deu de cara com Elena, que propositalmente havia trocado de lugar com Bonnie para sentar-se à frente dele.

- Está fugindo de mim, Stefan? - questiona, olhando de relance na direção de Rebekah por alguns instantes antes de continuar. – Não vi você mais cedo, manteve-se distante durante todo o tempo na aula do Ric, e ao som do sinal, simplesmente evaporou! O que está havendo?

- Tem mesmo certeza de que quer discutir o que acontece entre nós aqui? Agora? – ele pergunta, incrédulo. – Não me parece uma boa ideia, Elena. Não estou num humor muito agradável hoje.

- Por que está me tratando assim? Tem algo haver com aquelazinha, não é? – ela sussurra, um tanto alterada, apontando sutilmente na direção da vampira loira. - Ela mexe com você Stefan, eu pude perceber. Não sou cega!

- Não queira transferir sua culpa para outras pessoas Elena, não é correto nem justo.

- Minha culpa? O que eu fiz de errado, Sr. Salvatore? – a garota indaga, levando uma das mãos ao peito de forma teatral e subindo um pouquinho o tom da voz. – Pelo que eu sei, não há nada de errado em tentar cuidar do que é meu. – completa, fazendo um biquinho.

- Então é isso que sou pra você? Sua propriedade? – Stefan exclama, com a irritação aparente em sua voz. – Responda!

- Algum problema Stef? – era Sophie, que parava ao seu lado seguida por Caroline e encarava inquisidoramente a morena à frente do primo.

- Não Soph, nenhum. Elena e eu continuaremos essa conversa depois. – o rapaz responde voltando-se para a prima. – E quanto a você? Problemas com Alaric?

- Parece que nosso adorado professor de história está tomando as dores de seu irmão mais velho, mas não é nada que eu não possa resolver.

- Tem mesmo certeza disso?

- Absoluta.

E antes que a garota pudesse dizer mais alguma coisa, a professora de literatura colocou-se de pé em frente ao quadro negro, solicitando a atenção da turma. Sophie e Caroline correram até seus lugares, sendo acompanhadas por mais dois ou três alunos que chegavam naquele instante.

- Bom dia pessoal! Hoje vou lhes passar um trabalho que deverá ser feito em dupla, tudo bem? Já tenho aqui a listinha com a definição dos grupos, mas antes de lhes dividir, deixem-me explicar sobre o que se trata o trabalho. – a Sra. Ackles começa a explicar, depositando sua lista sobre a mesa e apanhando um dos livros de uma pilha alta que havia no canto oposto. – “O Grande Gatsby” de Francis Scott Fitzgerald, considerada uma das obras-primas do autor, que assina também o conto  “O Curioso Caso de Benjamin Button”.

O livro foi lançado primeiramente em 1925, sendo republicado em 1945 e 1953, além de ter ganhado adaptações para uma peça teatral da Broadway e um filme de Hollywood. Além de  retratar a loucura dos anos 20 – e nesse momento, Stefan não pode evitar um olhar cúmplice para Rebekah, – o romance conta a história de Jay Gatsby, um jovem milionário conhecido por suas animadas festas em sua mansão na praia de Long Island. E bem... o resto da história vocês descobrem lendo.

Agora, o que eu quero de vocês é que cada dupla faça uma releitura mais contemporânea de um dos capítulos do livro, ok? – e nesse momento, a professora voltou a pegar sua listinha. – Ao lado dos nomes de cada dupla, há também o capítulo com o qual vocês irão trabalhar. Vocês têm o prazo de duas semanas, contando a partir de hoje para me entregar o trabalho, combinado? Agora podem pegar um exemplar do livro e formar as duplas. – ela completa, vendo a movimentação dos alunos que se apressavam em cumprir suas recomendações.

Alguns minutos depois, observando ao longe Elena sentar-se ao lado de Tyler e Caroline sentar-se com Matt, Sophie apanhou um dos livros e procurou seu nome na lista da professora, abrindo um sorriso assim que descobriu quem seria seu colega de trabalho.

- Acho que vai ter de me aturar depois das aulas também, Stef! – diz ela, dirigindo-se até a carteira dele.

- Como se eu já não fizesse isso há algum tempo, não é? – Stefan responde, com um sorriso.

- Palhaço! – e dessa vez, o vampiro não teve nenhuma chance de escapar da livrada que levou na cabeça, ato que arrancou risadas de boa parte da turma.

- Sophie, será que poderia vir até aqui um momento? – a professora chama, instantes depois.

Sem muitas opções, a garota se dirige até a mesa da Sra. Ackles, vendo de relance Elena sorrindo de modo zombeteiro. Teve de se segurar para não lhe dar a língua, por seria muita infantilidade de sua parte. Limitou-se a girar os olhos e continuar seu caminho.

Apenas quando estava na frente da mesa da professora foi que pode notar Rebekah parada de pé ali ao lado. Sorriu timidamente para a vampira e depois voltou sua atenção para a mulher a sua frente.

- Sophie querida, você se importaria de mudar de parceiro para o trabalho? Eu ainda não tinha os nomes dos irmãos Mikaelson na lista de chamada quando sorteei as duplas, e acho que seria mais interessante se eles o fizessem com algum outro colega da turma do que entre irmãos, entende? – a Sra Ackles explica.

- Por mim tudo bem, professora. E devo fazer o trabalho com Rebekah ou Kol?

*******

Quando o sinal indicando o final do dia letivo finalmente soou, Elena apressou-se em arrumar suas coisas e sair atrás de Stefan, que havia deixado a sala de matemática na companhia da prima e de Caroline. Teve de praticamente correr para enfim avistá-los já no estacionamento, mas parou bruscamente ao ver com quem eles conversavam.

Se por um lado Elena estava completamente desconfortável com o que via e fazendo um grande esforço para não dar outro escândalo na frente de Stefan, Sophie apenas tentava dar um leve “empurrãozinho” ao destino. Havia decidido fazer o trabalho com Kol para dar chance à Rebekah de se reaproximar de seu primo. Só precisava convencê-lo de que não havia nada de errado em permitir que isso acontecesse.

E mesmo que estivesse passando por momentos um tanto conturbados com Elena, Sophie não desejava mal a ela, afinal, elas já haviam se dando bem quando a garota chegara a Mystic Falls. A garota só não conseguia entender o porquê da relação entre elas ter desandado de tal maneira.

Tudo que queria era ver Stefan feliz, e a namorada dele parecia não colaborar muito com isso nos últimos tempos. Já Rebekah parecia se importar verdadeiramente com ele. Talvez se eles apenas reatassem a amizade que já houvera entre eles fosse suficiente para alegrá-los de alguma maneira, certo? Mesmo que Sophie soubesse que havia muito mais entre Stef e Bekah do que apenas sentimentos fraternos... Mas para ela, não custava nada tentar ajudar.

- Então Soph, já decidiu se quer que eu te deixe em casa ou vai voltar com sua carona oficial da manhã? – Stefan pergunta, vendo Elena se afastar ao longe junto com Bonnie.

- Por mim começamos esse trabalho de literatura hoje mesmo. – diz Kol, antecipando-se à Sophie. – Afinal, acho que nunca fui à escola de verdade em todos esses séculos e estou um tanto curioso pra vivenciar a experiência. – completa, com um sorriso.

- Poderíamos ir todos para a mansão. – Rebekah sugere, timidamente. – Inclusive você, Caroline. Podemos chamar seu colega também, o que me diz?

- Eu agradeço o convite, mas minha mãe me intimou a ajudá-la com as compras em seu horário de almoço, e Matt vai trabalhar no Grill. Desculpe! – a vampira responde, com uma carinha triste.

- Ah, que pena. O que acha de passar lá mais tarde então? E você Stefan, vai conosco até a mansão? – a garota Original questiona, torcendo para que ele lhe desse uma resposta positiva.

- Eu adoraria, mas tenho um assunto para resolver antes. – ele responde, com uma careta.

- Elena? – Sophie sugere, vendo-o acenar afirmativamente.

- Mas se o convite que fez a Caroline valer para mim também, podemos ir até lá juntos depois. – diz Stefan, olhando diretamente para Rebekah.

- Ótimo, temos um acordo! Nos vemos na mansão então. – era Kol, que ajeitava sua mochila sobre o ombro enquanto dirigia-se até sua moto. – Vamos lá sistah, levo você e depois venho buscar a Soph. – completa, estendendo um dos capacetes para a irmã.

- Bom, posso levar a Rebekah em casa – oferece Stefan, - se ela quiser, é claro. Assim Soph não precisa ficar esperando, não é?

- Por mim tudo bem. – ela responde sorridente, indo para o lado de Stefan e acenando a direção de Sophie, que já embarcava na moto de seu irmão.

*********

Minutos mais tarde, Kol e Stefan estacionavam em frente à imponente mansão dos Mikaelson. Rebekah despediu-se do garoto Salvatore com um beijo no rosto e encaminhou-se até onde Sophie e o irmão a aguardavam, vendo o carro sumir de suas vistas instantes depois.

Assim que passaram pelas grandes portas duplas da entrada, os três deram de cara com Finn, que para surpresa de todos, estava acompanhado.

Enquanto Sophie limitou-se a apenas sorrir para a moça, já que não fazia ideia de quem ela era, Kol cerrou os punhos e mostrou as presas, enquanto Rebekah encarava a acompanhante do irmão com uma expressão que misturava descrença e repulsa.

- Sage! – diz Kol, a voz saindo num rosnado ameaçador.

– Não acredito que teve coragem suficiente para dar as caras por aqui. – Rebekah completa, postando-se à frente de Sophie.

- Olá crianças! – a vampira ruiva responde, com um sorriso. – Sentiram minha falta?


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Notas finais do capítulo

Aí está gente, espero que não tenha ficado assim tão ruim...

É que o capítulo não saiu exatamente como eu queria, sabe? Vamos torcer pro próximo ficar mais decente. u.u rsrsrsrs

Até mais...

xoxo