Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 17
Capítulo 17 - Correndo contra o tempo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Tudo bem?
Eu consegui voltar mais cedo com esse novo capítulo! ( Para o bem de alguns leitores que me pediram pra não os deixar curiosos por tanto tempo! rsrsrsrs) Vivaaaa!
Temos muito Stefan, Klaus, Sophie, Bonnie... Escolham seu preferido e divirtam-se!



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Bonnie caminhava pelos corredores escuros há alguns minutos, tentando desesperadamente localizar Jeremy. Já havia ligado para o celular dele algumas vezes, mas só na sexta tentativa conseguiu ouvir a voz do garoto do outro lado da linha.

- Oi Bonnie!

- Onde você está Jer? – pergunta ela – Por que demorou tanto pra atender?

- Eu estava tomando banho, por isso a demora. – responde ele – Aconteceu alguma coisa? Você parece nervosa.

- Não tenho tempo pra explicar. Apenas venha o mais rápido possível para a escola. A vida de sua irmã depende disso.

- Ok, estarei aí em cinco minutos. – diz Jeremy, encerrando a ligação.

********

Enquanto isso, no ginásio, Elena tentava fazer com que Stefan lutasse contra as ordens de Klaus.

- Você pode resistir Stefan, eu sei que pode. – diz Elena, aproximando-se dele com cuidado.

- Não tenha tanta certeza disso. – responde ele – Essa... Isso é muito mais forte do que eu!

- E o nosso amor? Não é maior e mais forte do que qualquer ordem do Klaus?

- Sabe que amo você com todas as minhas forças Elena, mas...

- Então prove! Use todas essas forças e lute por nós, pelo que sentimos um pelo outro. Por favor, Stefan. – suplica Elena, tocando o rosto dele levemente.

- É tudo que eu tenho feito nas últimas semanas Elena! Tenho lutado! Tive de lutar para salvar meu irmão, tive de lutar para me afastar de você e poder te manter segura, estou lutando para manter um pouco de sanidade e humanidade em mim, mesmo com todo o sangue que tenho derramado. – confessa ele, angustiado, enquanto algumas lágrimas escorriam por seu rosto – E agora... Olho pra trás e nem sei se tudo que fiz valeu à pena! Afinal, estamos aqui nessa situação, você está em perigo e não há nada que eu possa fazer para salvar você.

- Você pode tentar Stefan. Prometa que vai ao menos tentar resistir. – pede ela, reduzindo o espaço entre eles e unindo seus lábios aos dele num beijo repleto de significados.

- Eu prometo. – diz ele ao final do beijo, envolvendo o rosto de Elena com suas mãos – Mas me prometa que assim que aquele cronômetro zerar, você vai sair correndo por aquelas portas o mais rápido que puder e sem olhar para trás, não importa o que aconteça, está bem?

- Stefan, eu...

- Prometa Elena.

- Eu prometo. – diz ela, abraçando-o uma última vez.

*********

Klaus observou a garota levantar-se devagar sem deixar de encará-lo. Ela parecia confusa e surpresa ao mesmo tempo.

- Mas como isso é possível? – pergunta Klaus, ainda em choque – Eu te vi morta... Eu enterrei você... Eu sofri por você! – grita ele, aproximando-se dela rapidamente e prensando-a contra um dos armários – Onde esteve por todos esses anos Sofia?

- Eu não... sou... Sofia. – diz ela, olhando nos olhos dele – Me chamo Sophie. Sophie Salvatore. E você deve ser Klaus.

- Sophie?

E só então Klaus pareceu notar a única e gritante diferença entre sua cunhada e aquela garota: os olhos. Sofia tinha os olhos azuis como o céu numa manhã de primavera, e a garota à sua frente, mesmo tendo o mesmo corpo, o mesmo rosto e até mesmo a mesma tonalidade dos cabelos de Sofia, tinha olhos de um verde profundo.

Ele encarou aqueles olhos por alguns instantes, sem dizer uma única palavra, e depois aproximou seu rosto do dela lentamente, enquanto ouvia o som das batidas do coração de Sophie acelerarem à medida que se tornavam mais próximos. Ainda em silêncio, ele desviou seu rosto em direção ao pescoço dela, inalando e inebriando-se com seu perfume tão familiar por algum tempo. Estavam tão próximos um do outro que Klaus pode sentir seus lábios tocando levemente a pele clara de Sophie por uma fração de segundo. E então ele se afastou devagar, mas sem deixar de admirá-la.

- Humana... Quais eram as chances? – diz Klaus num sussurro, mais para si mesmo do que para Sophie – Foi um prazer encontrá-la Lady Sophie, e adoraria conversar mais com a senhorita, mas tenho assuntos urgentes para resolver. – completa ele, abrindo um sorriso – Até mais! – e dizendo isso, desapareceu.

Sophie permaneceu imóvel onde estava por alguns instantes, lutando para normalizar sua respiração. Quando se sentiu um pouco mais calma, permitiu-se escorregar pelo armário até alcançar o chão frio, deixando-se ficar ali, mergulhada em seu próprio mar de dúvidas.

*******

Bonnie já havia perdido a conta de quantas vezes tinha ido de um lado ao outro em frente às portas da entrada da escola enquanto esperava por Jeremy. Quando enfim o garoto adentrou a estacionamento, a bruxa correu ao seu encontro, praticamente arrancando-o para fora do carro.

- Vai com calma Bonnie! Gosto de ter os meus dois braços presos ao corpo. – diz Jeremy, tentando amenizar a tensão.

- Sem tempo para piadinhas Jer. Venha comigo. – diz Bonnie, puxando-o pelo pulso e conduzindo-o para dentro do prédio.

Entraram na primeira sala vazia que encontraram, trancando a porta logo em seguida. A bruxinha sentou-se em uma das mesas, sendo imitada por Jeremy.

- Elena disse que você pode me ajudar. – diz Bonnie.

- E como eu posso te ajudar? – pergunta ele, confuso, sem saber aonde ela queria chegar.

- É o que quero saber! – responde ela – Bem, desde que... eu... te trouxe de volta...

- Depois que a Xerife Forbes atirou em mim.

- Isso! Desde então não tenho mais nenhum contato com os espíritos, com nenhum deles. E agora eu preciso contatá-los, ou sua irmã morre. Agora diga-me Jeremy... Como você pode me ajudar?

- Eu... Bem... – começa ele, sem coragem para olhá-la – Eu tenho visto... fantasmas.

- Fantasmas?

- Sim. Anna e Vicky têm aparecido pra mim. – diz ele – Pensei que estivesse enlouquecendo.

- Você está contatando espíritos, vendo fantasmas e não pensou em me contar? – pergunta ela, zangada.

- Me desculpe, está bem? Mas eu estava apavorado com o fato de minhas ex-namoradas mortas estarem me perseguindo! – diz Jeremy, levantando-se nervoso.

- Desculpe.

- Agora diga-me... O que precisamos fazer para ajudar minha irmã? – pergunta ele, passando as mãos pelos cabelos e voltando a se sentar.

- Precisamos descobrir o que Klaus precisa para ter seus híbridos.

- O quê? Klaus está aqui?

- Está, e já estamos quase sem tempo. – diz ela, olhando para o relógio na parede.

- Então... Como vamos conseguir as respostas?

- Com isso! – diz Bonnie, tirando o colar que Klaus havia lhe entregado de dentro do bolso do jeans e entregando-o para Jeremy – Apenas concentre-se, está bem?

- Ok, entendi. – diz ele, segurando uma das mãos de Bonnie com a mão livre.

Permaneceram assim, em completo silêncio, por alguns minutos, mas não obtiveram resposta alguma. E então, depois de mais um longo minuto, Jeremy pode enfim ouvir algo. Alguém sussurrava para ele o segredo para a criação dos híbridos.

Quando o garoto abriu os olhos, viu que Bonnie o encarava assustada, esperando que ele dissesse alguma coisa. Surpreso com o que acabara de descobrir, ele inclinou-se na direção dela e sussurrou em seu ouvido o que o tal espírito havia lhe dito. Ela o olhou ainda mais assustada, sentindo-se impotente.

- Droga Jer, estamos sem tempo! – diz Bonnie, ao olhar novamente para o relógio – O cronômetro está zerando!

- Que cronômetro? – pergunta Jeremy, sem entender.

- Não importa! Venha, temos de encontrar Klaus! – diz ela, pulando da mesa e correndo para fora da sala.

**********

Stefan observava o cronômetro em silêncio enquanto via o tempo de que dispunham se esvair. Quando o último minuto apareceu no marcador, ele distanciou-se o máximo que pode de Elena, a fim de tentar garantir-lhe alguma vantagem.

- Elena. Corra. Agora. – diz ele, entredentes.

- Stefan...

- Agora Elena! Vai! – grita ele.

Elena deu uma última olhada para o cronômetro, vendo os segundos que lhe restavam diminuírem gradativamente. Depois, deu alguns passos para trás até alcançar as portas duplas e começou a correr. Havia dado poucos passos quando ouviu o som do apito que indicava o fim do tempo. Apavorada, apressou ainda mais os passos, temendo que Stefan não conseguisse se refrear.

Ao som do apito, Stefan partiu pra cima dos dois estudantes compelidos por Klaus, quebrando os pescoços deles sem dificuldade e observando seus corpos sem vida caírem ao chão. E como ordenado, ele partiu atrás de Elena, mas não sem lutar. A cada dois passos para frente, ele conseguia forças para voltar um para trás.

Sophie também pareceu despertar ao som do apito vindo do ginásio. Ergueu-se rapidamente de onde estava sentada e pôs-se a andar o mais silenciosamente possível. Instantes depois pode ouvir o som de passos apressados ecoando pelos corredores. Escondeu-se atrás de uma das fileiras de armários e aguardou para ver quem se aproximava.

Menos de um minuto depois, ouviu-se o ranger de portas se abrindo e o som dos passos agora bem próximos. Sophie puxou uma das estacas que trazia presa ao cinto, preparando-se para se defender se fosse necessário. Mas para sua surpresa, quem surgiu correndo pelos corredores foi Elena, que parecia muito assustada.

- Elena! – diz Sophie, saindo de seu esconderijo – O que aconteceu? Você está bem?

- Sophie! Quer me matar do coração?  - pergunta Elena, surpresa.

- Desculpe, não foi minha intenção.

- Stefan está atrás de mim por ordens de Klaus, e não sei se ele vai conseguir lutar contra a compulsão. – diz Elena – Temos de sair daqui agora.

- Você é quem vai sair daqui, afinal, é você que ele quer. – diz Sophie – Continue correndo e procure um abrigo seguro, vou tentar atrasar o Stefan.

- Isso é loucura Sophie! Nós vamos sair daqui juntas.

- Loucura é você ficar parada aqui discutindo comigo. Vá Elena, agora!

- Qual é o problema dos Salvatore, hein? – pergunta Elena - Parece que sempre tem algum plano suicida em mente.

-Apenas corra Elena! Não se preocupe, sei o que estou fazendo.

Percebendo que não adiantaria argumentar, Elena deu as costas à Sophie e voltou a correr para longe dali. Assim que a morena desapareceu na escuridão, Sophie voltou a se posicionar em seu esconderijo, atenta à aproximação do primo.

Após mais ou menos um minuto, ela pode ouvir novamente o som das portas se abrindo e passos muito leves vindo em sua direção. Contou mentalmente até três e pulou para o corredor, cravando a estaca no abdômen de Stefan, que urrando de dor deixou-se cair de costas no chão. Sophie ajoelhou-se ao seu lado num piscar de olhos, ajeitando-o em seu colo e afagando timidamente os cabelos dele.

- Desculpe Stefan, mas foi preciso. – sussurra ela, com a voz embargada. Ouvira tanto sobre Stefan nas últimas semanas que sentia como se o conhecesse há anos – Eu sei que não se perdoaria se machucasse a Elena.

- Quem... é você? – pergunta ele com dificuldade.

- Sou Sophie, e mesmo que não pareça, estou aqui para ajudar você.

- Me ajudar? – pergunta ele, incrédulo.

- Você ainda vai me agradecer por isso. – diz ela, com um sorriso fraco – É pro seu próprio bem Stefan. – completa ela, puxando uma seringa com extrato de verbena que trazia presa à fivela da bota e injetando o líquido na corrente sanguínea dele, fazendo-o apagar.

***********

- E então bruxinha... Conseguiu descobrir alguma coisa? – pergunta Klaus, parando na frente de Bonnie e Jeremy.

- Temos a resposta que você quer.

- É bom ouvir isso! – diz ele – Mas acho que vocês estão um pouco atrasados, o sinal já tocou.

- Os espíritos disseram que a cópia precisa morrer. – diz ela, com pesar. Apesar de todos os seus esforços, Elena ainda morreria.

- Sério? – pergunta ele – Bom, aquela desgraçada nunca gostou muito de mim e faria de tudo para me impedir. Então, provavelmente, a solução deve ser contrária!

- Como? – pergunta Bonnie, confusa.

- Obrigado por sua ajuda, bruxa. Tenho uma doppelgänger pra salvar das garras de um estripador. – diz ele, desaparecendo em seguida.

*********

Após algum esforço, Sophie conseguiu arrastar Stefan para uma das salas vazias. Deixou-o ali desacordado e saiu em busca de um telefone, afinal, havia esquecido seu celular dentro do carro de Caroline.

Sem tempo para perder correndo à toa pelos corredores, a garota dirigiu-se até a sala da secretaria. Se desse sorte, a porta estaria destrancada e ela poderia usar o telefone de lá.

Alguns instantes depois estava discando o número da última pessoa que concordaria em lhe ajudar. Cinco toques depois, uma voz familiar ecoou pela linha.

- Alô!

-Damon? É Sophie.

- O que quer pirralha?

- Preciso de ajuda. – diz ela, timidamente, afinal, ele havia deixado bem claro que não moveria um músculo que fosse para ajudá-la.

- Eu avisei que não salvaria a sua pele, queridinha. Vire-se! – responde ele, irritado.

- Mas Klaus está aqui.

- O quê? – pergunta Damon, agora prestando atenção na garota.

- Você me ouviu. Klaus está aqui, o que significa que Elena está em apuros.

- E por que não me avisou antes? – pergunta ele, preocupado.

- Me desculpe, mas eu estava muito ocupada tentando parar o seu irmão. – responde ela.

- Stefan está aí? Ele ao menos está... Estável?

- Damon... Eu não pude fazer um diagnóstico da sanidade do Stefan!

- Ok, ok! – diz Damon – E a Elena? Sabe onde ela está?

- Não! Eu a mandei procurar um lugar seguro e não a vejo desde então. É por isso que preciso de sua ajuda, para tirá-la daqui. Você vem ou não?

- Estarei aí em alguns minutos! – diz ele, encerrando a ligação.

**************

Elena parou por alguns instantes, tentando ouvir algum som da aproximação de Stefan, mas a escola estava mergulhada no mais completo silêncio. Já cansada, decidiu esconder-se no refeitório, onde ao menos teria duas opções de saída caso precisasse fugir novamente. Infelizmente, se arrependeu de sua escolha ao cruzar as portas: Klaus estava sentado bem no centro do refeitório, aguardando por ela com um sorriso largo estampado em seu rosto.

- Olá de novo, minha querida. – diz ele, levantando-se de onde estava sentado e caminhando lentamente até ela – Tenho o prazer de informar que você não precisa morrer esta noite.

- Como? – pergunta ela, confusa.

- Você vai entender. – responde Klaus, agarrando a garota pelos cabelos e fazendo-a bater com a cabeça em uma das mesas, deixando-a desacordada – Agora, vamos ver se seu celular tem alguma utilidade. – diz ele, tirando o aparelho do bolso e rediscando um dos números salvos ali – Caroline? É o Klaus. Traga Tyler até mim, está bem? – completa ele, encerrando a ligação.


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Notas finais do capítulo

Pois bem, chegamos ao final de mais um capítulo! Curtiram? Digam que sim, please! (Momento "carinha de Gato do Shrek")
Teorias, reclamações, elogios e afins... favor discar o 0800-DEIXE UM COMENT NESSE CAP POR FAVOR! :)
Bjokas e até o próximo capítulo! (que não sei quando vou postar porque nem comecei a escrever ainda!)
XD