Onde As Linhas Se Sobrepõe. escrita por Triz


Capítulo 6
Engano.


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas a vocês pelo tempo que ando demorando pra postar, a fic não está pronta, eu vou postando conforme vou escrevendo e ultimamente ando sem tempo pra postar. Bom, eu focalizei no Draco nesse capítulo, e tentei caprichar, tanto é que tá um pouquinho maior que os outros.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/274954/chapter/6

De repente, Malfoy acordou. Alguém estava chacoalhando seus ombros.
- Malfoy! - Berrou uma voz de pato, esganiçada. Era Pansy Parkison. Estava tudo escuro. Draco abriu os olhos, um pouco atordoado. Sua cabeça doía. Parecia que estava de ressaca – E ele nem sabia o que era uma ressaca – Bufou e empurrou Pansy, mal-humorado. - Ai! - Chiou a garota.
- Não enche! - Guinchou Draco. - Que horas são?
- São 4 horas da manhã. O que estava fazendo aqui? - Respondeu Pansy, mas em pergunta do que uma resposta. - Seus olhos... Estão inchados. Esteve chorando?
- Não é da sua conta – Enfureceu-se Draco. - Vamos sair logo daqui antes que sejamos pegos. - Resmungou irritado e começou a caminhar em direção as masmorras. De repente, algo o fez parar. Um barulho, no corredor, um pouco mais a frente, e uma sombra. Ele sacou sua varinha.
- O que foi isso? - Parkison o perturbou.
- Se eu soubesse, não tinha sacado a varinha, não acha? - Malfoy chiou. Estava estressado, e com sono, além da horrível dor de cabeça que estava sentindo. O barulho continuou. De repente, os dois sentiram uma sensação horrível, como se tivessem mergulhado em uma piscina cheia de gelo, e cala frios percorreram todo o corpo de ambos. - Pirraça. - Conclui Draco.

- IUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHU! - Gritou Pirraça, e começou a bater latas no meio do corredor. - ESTÃO ENCRENCADOS! - Disse o Poltergeist, ainda chacoalhando as latas.
- Para Pirraça! Por favor. - Gemeu Pansy Parkison.

Ao longe, ouviram um “ronronado”, um tanto alto, e logo em seguida, um miado. Madame Norra. Draco e Pansy arfaram.
- Continue farejando, minha querida. - Ouvia-se a voz de Filch; Filch era meio que o “supervisor” da escola. Na verdade, ele era um velho louco. Diziam que ele fora abandonado pela esposa, e enlouquecera. Desde então, vive em Hogwarts com um gata. Madame Norra, que é sempre a encarregada de entregar todos os alunos, fora da cama em hora errada, ou fazendo coisas erradas, em lugares proibidos. Enfim, a gata do Filch, era o terror de qualquer aluno “quebrador de regras”, exceto, talvez, Fred Weasley.
- ALUNOS FORA DA CAMA, ALUNOS FORA DA CAMA! - Berrou Pirraça.
- Desgraçado! - Chiou Malfoy, entredentes. Ele puxou Pansy Parkison pelo pulso, mesmo que quisesse deixar ela se ferrar, ele se ferraria também, pois ela com toda certeza, o entregaria.
- Segurem eles para mim, Pirraça!
- Filch berrou.
- DESGRAÇADO! - Berrou Malfoy mais alto. Correram para as masmorras, o garoto mais um pouco saia arrastando Pansy como se fosse um ursinho de pelúcia que as crianças ganham quando têm 5 anos de idade e arrastam pra todo canto da casa, sabe? Ele corria tanto, que Parkison não conseguia acompanhar, se caísse – o que estava prestes a acontecer -, estava ferrada.
- Vá com calma! - Chiou.
- Cale a boca! - Retrucou Draco, irritado, enquanto continuava arrastando ela. Ele só fazia isso, porque sabia que se ela fosse pega, o levaria junto.
- IUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHU! - Berrou Pirraça novamente, pondo-se na frente deles.
- Pirraça, por favor! - Grunhiu Pansy.
- Por favor? - Pirraça retrucou. - Que educada! Certo, vou deixar vocês livres, pombinhos. Mas só por enquanto. - Disse, chacoalhando umas latas no alto. Um “glub, glub” se agitava dentro das latas, e de repente: PUFT! Malfoy e Pansy estavam ensopados de tinta. Draco com tinha vermelha por todo o corpo. Pansy, com tinha azul, azul bem forte.
- Seu m... - A garota começou, mas Draco botou a mão nos lábios dele.
- Shiu! - Gritou, e voltou a puxar ela. Os dois, quando estavam chegando na porta da sala comunal da Sonserina, escorregaram, e caíram um sobre o outro. Parte de seus corpos ficaram roxo, por conta da mistura de tinta. -
Sangue puro! - Sussurraram juntos, e a porta se abriu.

- Droga! Estou com meu cabelo cheio de tinta! Pirraça, maldito! - Grasniu Pansy. E subiu para o dormitório feminino.
Draco subiu as escadas lentamente, agora um pouco livre para exercer seus pensamentos. Isolado, não precisava dividir com ninguém.
Entrou no chuveiro, a água quente caindo sobre seu corpo, aliviando toda a tensão. Ele fechou os olhos, e logo a tinta desapareceu, descendo pelo ralo. Sentou-se no chão, após lavar os cabelos. Em sua cabeça martelava: Quem foi que mentiu pra ela. E por que? Rony Weasley! Isso, foi ele. Ele sempre me odiou! E agora, que é apaixonado pela Hermione, vai fazer de tudo pra ela me ver com maus olhos. Seus olhos arderam em puro ódio. Weasley vai se ver comigo. Pensou. Levantou-se do chão, e se secou. Vestiu o pijama, de algodão, quente e confortável, sua cabeça ainda doía por conta da friagem que ele havia tomado na torre de astronomia. Se deitou, a cama parecia o paraíso. Afundou-se entre os travesseiros, o colchão, era macio debaixo de seu corpo. Nunca gostara tanto da cama como agora. Ele ficaria a noite toda acordada, pensando. Mas estava tão cansado, tão cansado, que virou-se, fechou os olhos, e simplesmente dormiu.
- Você é um idiota! - Berrava ela. - Idiota! E-Eu nunca, NUNCA vou amar você. O Rony, sempre vai ser o amor da minha vida. E você só apareceu pra estragar a minha vida. Não apareça mais na minha frente.
- Hermione.. Eu... - Draco sussurrou. - Não fui eu!
- Não foi você, Draco? - Bufou a garota, os olhos de Malfoy ardiam, de raiva, ele estava sendo julgado injustamente. Lágrimas se formaram em seus olhos, e ele lutou pra não deixá-las cair na frente dela. Ela aproximou-se, e lhe deu um tabefe no rosto. Algo que estalou, e ardeu.
De repente, tudo mudou. Ele se via na plataforma 9¾. Os olhos ainda ardiam na vontade de chorar. Viu ela... Ali. Algumas crianças ruivas com sardas abraçando-a e chamando de mamãe. Ao seu lado, estava Rony. Rony Weasley... Se aproximou e beijou Hermione, a
sua Hermione....
Draco acordou, sobressaltando-se na cama, as lágrimas do tal pesadelo, escorriam por seus olhos. Ele podia até sentir a dor do tapa que Hermione lhe dera.
- O que foi? - Goyle, que estava assustado, sentado na cama, olhando pra Draco, perguntou. - Parece que viu assombração cara. - Murmurou, se virou e voltou a dormir.
-
Foi só um sonho. - Draco sussurrou pra si mesmo. Eram cerca de 5:00am, mas ele não conseguiu voltar a dormir. Era culpa do Weasley. O Rony tinha entregado ele. Era culpa dele – isso não parava de martelar em sua cabeça. - Ele não iria deixar que aquele sonho se tornasse realidade, não ia. Ele precisava mudar aquilo, precisava. E iria. Iria tirar tudo a limpo no dia seguinte, estava decido disso. Melhor, ele iria se vingar.
As horas se passaram calmas e lentas. Ele não conseguia dormir com aquele sonho horrível na cabeça. Ele sabia que aquilo se tornaria real, além do que na cabeça de Pansy Parkison, eles se casariam um dia.
“Imagina, eu, casado com aquela cara de bulldog?” pensou, e estremeceu com a ideia. Seus pais certamente não o deixariam sem se casar, e ele tinha certeza que arrumaria problemas por gostar de Hermione, a sangue ruim; a educação que seus pais deram a ele era completamente diferente, e ele desava que tivesse enfrentado problemas, como entrar na Grifinória no primeiro ano. Seria bem mais fácil, de fato. Seus pais já teriam se acostumado com a ideia de seu filho ser um “quebrador de gerações” ou algo do tipo. Se virou na cama e tentou adormecer. Um ato inútil. Alguns minutos se passaram – longos minutos – e um feixe de luz já surgia, através da fina cortina de seda verde/prata que cobriam as janelas do dormitório. Ele suspirou. O relógio bateu 8:15am. Então, o mesmo se levantou, rendendo-se à falta de sono. Caminhou lentamente para não acordar os demais garotos, foi até seu malão e retirou vestes limpas. Entrou no banheiro e trancou a porta. Colocou as vestes sobre um pequeno banquinho, com as pernas baixas e gordas numa cor vinho verniz, e o estofado um tanto alto, composto por um veludo verde. Abriu o chuveiro e entrou no mesmo, deixando a água o acolher como se fosse um abraço materno. A água morna caia sobre seus cabelos pálidos, era como um alívio. Ele se sentou no box, abraçou os joelhos, e colocou o queixo sobre o mesmo. “As vezes, eu queria que tudo fosse fácil. Queria não ter recebido esse tipo de educação. Queria não ser eu. Sinto inveja do Weasley. Apesar de tudo... Hermione o ama.” ele dizia em sua mente. Suspirou, e por vez, encostou a testa nos joelhos. Seus olhos foram ficando pesados por conta da água quente que escorria por seu corpo. Ele estava exausto, e pode perceber isso apenas agora. Acabou dormindo, ali, no chão do banheiro mesmo.

PAFT, PAF, PAFT. BUM, BUM, BUM. TOC, TOC. TOC.
- Draco! Sai da ai! Tem um monte de gente querendo usar o banheiro, mas que droga!
- Um dos garotos urrou, o barulho da água do chuveiro abafa as vozes, e Malfoy acordou sobressaltado. Não reconheceu quem estava gritando.

- AH! Desculpe! Eu... EU.. Passei mal! - Inventou rapidamente. - Já estou saindo, em dois minutos. PUTS! Que situação constrangedora. Ele respirou fundo, e colocou rapidamente as vestes limpas. Abriu o banheiro, e pode sentir o frescor do dormitório lhe acolher. O vapor estava abafando o banheiro, e de fato a sensação que ele sentiu ao entrar no quarto foi um alívio. Blásio Zabini, foi quem o olhou, estava impaciente. Irritado, entrou no banheiro e bateu a porta.
- 10 minutos para cada usar o banheiro! - Disse um garoto alto, cujo Malfoy havia esquecido o nome no momento. Ele se deitou em sua cama, e fechou os olhos. Viajou no tempo, indo parar no beijo do trem, com Hermione. Como ele queria que aquilo pudesse se multiplicar, ou nunca mais parar. O garoto desviou o pensamento, assim que Crabbe lhe entregou 20 centímetros de pergaminho com a matéria de Poções.
- Obrigado. - Disse o garoto, e se levantou. Olhou no relógio, eram 10:00. Havia passado quase duas horas dentro do chuveiro. Sua pele da mão e dos pés estava com as estranhas “rugas”, aquelas que ficam quando você fica muito tempo em contato com a água. Escovou os cabelos para o lado, ainda estavam molhados. Ajeitou sua gravata verde e prata no pescoço, e saiu do dormitório, partindo rumo ao salão principal. Ao chegar no mesmo, comeu umas tortinhas de abóbora, e tomou um chá fraco. Quando estava voltando para a sala comunal de sua casa, ele ouviu, em uma sala onde normalmente Pirraça costumava habitar,
a porta estava entre aberta:
- RONALD! CHEGA! - Aquela voz, incrivelmente doce fez seu coração acelerar – Era Hermione Granger. - EU TE AMO, E VOCÊ SABE DISSO! MAS VOCÊ, NÃO SENTE O MESMO POR MIM E EU NÃO VOU SER UM BRINQUEDO SEU! - Ele se encostou na porta, sem fazer barulho, para poder ver melhor. Hermione estava chorando.
- Hermione, eu não menti pra você! - Gritou Rony, um tanto desesperado. - Foi a Pansy que me beijou para que você visse, foi armação! Se não eu não viria atrás de você agora! - Ele disse.
- Ah! Claro Ronald, porque te convém! Ser o famoso por andar com a rata de biblioteca, cabelo de vassoura e “irritante-sabe-tudo” aos beijos e abraços só pra ter mais “olhares”, porque você nunca consegue a atenção de ninguém! - Berrou Hermione entre o soluço, o coração de Draco se apertou no peito, contorcendo-se de dor ao ver a amada chorar daquele jeito. Ela estava nervosa, e percebia-se isso, porque não falava coisa com coisa.
- O que? - A expressão dele era confusa. Ele não entendera nada. - Hermione eu... te amo! Não como o Draco. Ele não te merece, ele sempre te desprezou. Sempre te humilhou!
- Me conquistar tentando colocar outra pessoa contra mim não é a melhor forma, sabia Weasley?! - As palavras saíram rasgando pelas cordas vocais de Hermione. Ela ainda estava vermelha, Draco nunca a vira tão nervosa.
“tentando colocar outra pessoa contra mim.” agora ele tinha mais certeza do que nunca. Sem pensar duas vezes, abriu a porta com força, que bateu com tudo na parede, os dois presentes ali se sobressaltaram.
- TRAÍDOR DE SANGUE IMUNDO! - Draco berrou para Rony, seus músculos tremiam com tanta raiva que ele sentia no momento, sua visão estava vermelha; fechou as mãos em punho, e meteu o mesmo no rosto de Rony, atingindo de modo certeiro as maçãs do rosto do garoto, e cortando-lhe o canto da boca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, ta aí. Não me matem, por favor! OWIEWOIEWOEIO, eu sei que sou muito má em terminar com finais assim. Bom, quero ver bastante reviwes, e se quiserem recomendar pra mais pessoas lerem, eu não ligo. Qualquer duvida, meu twitter aqui @FrappuccinaDaEm - Sim, eu mudei. Antes era Frappuccino, agora é Frappuccina OWIEWOIEW, enfim. Espero que tenham gostado, um beijo! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Onde As Linhas Se Sobrepõe." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.