Furia escrita por RaiscaCullen


Capítulo 1
Capítulo 1




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PRÓLOGO:

Frieza, calculista, indestrutível, furiosa.

Essas eram características de uma mulher temida no estado de Mississipi, como essa mulher se chamava? Tantos nomes... Era mais conhecida como Fúria em sua organização criminal, mas perante a sociedade a chamavam de Diana, ou como todos a chamavam A Dama de Gelo. Seus sentimentos nunca demonstrados para ninguém a não ser para seu irmão caçula que se chamava Taylor. Seu coração era unicamente e exclusivo para ele e mais ninguém.

Essa era Diana.

                                                        ...

Era mais um dia de trabalho, e também do descarregamento de armas, estava em meu escritório no centro da cidade, decidindo sobre o que iria fazer. Alem de comandar uma organização também era segurança privada, minha empresa era a mais requisitada, pois não dormia no serviço, serviço esse que dava dores de cabeça a qualquer um. Suspirei e levantei.

-Aonde a senhora vai? Não terminamos a reunião! –Disseram exasperados.

-Terminamos por hoje, e eu não lhe devo satisfações eu sou dona dessa porra! – Falei ao sair da sala e ir ate a minha para pegar minhas coisas.

-Senhorita tem um homem que aguarda a senhorita. –Falou minha secretaria.

-Diga que não tenho tempo e que irei atendê-lo amanha. –Disse organizando minhas coisas.

-Ele disse que é importante, ele ate se identificou como agente Night do FBI. –Falou Jeyse nervosamente. Suspirei e sentei-me novamente.

-Mande o entrar. –Falei ao virar de costas para a entrada.

O que o FBI queria de mim, sei que desconfiam de mim, mas jamais deixei rastros por onde passo odiava esses agentes. Ouvi um pigarro e virei-me lentamente, arqueei as sobrancelhas, nunca tinha visto um agente que fosse tão... Gostoso.

-O que o senhor deseja senhor Night? – Perguntei. “Diga que quer minha cama e eu te darei tudo e mais um pouco” pensei maliciosamente avaliando seu corpo musculoso, bumbum lindo, olhos quentes e intensos como o azul do céu, seu rosto em traços firmes e sua boca pedia por beijos molhados.

-Gostaria de conversar com a senhorita sobre algumas coisinhas que o FBI descobriu a seu respeito.  – Disse misteriosamente.

-E o que seria? – Perguntei calmamente.

-Trafico de armas contrabandeadas pela Europa. –Falou calculadamente. Sorri de canto.

-E o senhor tem provas para refutar que eu esteja traficando arma ilícita ou ao menos envolvida pelo mesmo? – Perguntei cuidadosa, pois sua postura era de ataque e não de reconhecimento como normalmente seria.

-Não, mas iremos descobrir senhorita e ficarei satisfeito se pudesse prender a senhorita nesse exato momento! –É o filho de uma égua não sabia com quem estava lhe dando, levantei e circulei a mesa ate me aproximar dele.

-Não se preocupe eu sou uma pessoa apegada a detalhes, e onde dois jogam somente um sai ganhando AGENTE NIGHT. E pode apostar que eu irei ganhar. –Falei sussurrando em seu ouvido mordendo sua orelha, vi seu estremecimento e seu gemido. Afastei-me e olhei em seus olhos. Eles estavam negros.

-Agora saia de minha sala antes que chame um segurança. –Disse ao voltar para minha mesa, sentei-me e voltei a olhar através do vidro. –Não volte em meu trabalho para me aborrecer com esse assunto sem ter provas. E da próxima vez traga um mandato para entrar aqui novamente, mas acho que o senhor será muito esperto e não retornara. –Falei ao me virar novamente para ele.

-Não se preocupe senhorita, da próxima vez eu irei trazer as algemas para prendê-la. –Falou ao sair. Que arrogante e metido!

 Era só o que me faltava, um agente de merda vir aqui e me ameaçar, tinha que tomar mais cuidado do que antes. Droga de agente, filho da mãe.

                                                  ...

Cheguei em casa cansada Taylor devia de estar em seu quarto, fui em direção ao meu quarto, tirei minha roupa e entrei de baixo do chuveiro, era tão relaxante estar de baixo da água morna, sai de baixo da água e me enrolei em meu roupão, fui ate o closet e peguei uma blusa e um short. Sai do meu quarto e fui à procura de Taylor.

Taylor estava jogado na sala de estar com seus cadernos ao redor.

-O que esta fazendo? –Perguntei desconfiada.

-Estou estudando mana, tenho prova semana que vem e... E quero impressionar uma garota. –Falou sorrindo.

-Hum, não me diga que é sua professora? –Perguntei brincalhona.

-Claro que não ela é muito velha para mim. – Disse fazendo uma careta. –Não esquece que amanha nos vamos ao aniversário de Melany. –Falou sorrindo.

-Claro que não esqueci. –Disse ofendida. –Essa Melany é a garota que você gosta? –Perguntei sorrindo, meu irmãozinho de quinze anos estava apaixonado, era muito fofo. Ele suspirou e olhou para mim com o rosto corado.

-Sim eu gosto dela. –Falou ao corar.

-Então quer dizer que vou perder meu irmãozinho logo, logo. –Falei tristonha, pois ele um dia iria sair de minhas asas.

-Você nunca vai me perder. – Falou me empurrando.

-Acho bom mesmo, sou uma irmã ciumenta. –Falei sorrindo. –Você já decidiu  o que vai dar para sua amiga? –Perguntei.

-Não acredito que me esqueci disso! –Falou desesperado. –O que eu vou fazer sem presente? –Perguntou quase chorando, sorri para seu desespero.

-Que tal comprarmos amanha no shopping uma pulseira bem linda? O que acha? – Perguntei.

-Ótima ideia! Vamos comprar uma pulseira bem linda!  - Falou empolgando.

-Combinado, amanha acordamos cedo e procuramos uma pulseira e uma roupa nova para nos dois e depois almoçamos lá e aproveitamos para cortar o seu cabelo também. – Falei.

-Sei só cortar o meu cabelo? – Perguntou arqueando as sobrancelhas.

-Eu também preciso só um corte, uma hidratação, massagem, as unhas, maquiagem, escova, pintura, dep...

-SÓ ISSO? – Gritou. Gargalhei com sua cara de assustado.

-Estou brincando. – Falei ao levantar-me. – E o senhor vai tomar um banho e cama, sei que cheguei tarde hoje, mas isso não vai acontecer novamente. Então banho e depois cama, amanha teremos um dia cheio e você precisa descansar. –Falei ao seguir com ele para o segundo andar, beijei sua testa dando boa noite. Entrei em meu quarto já tirando meu roupão, sentei em minha cama e as imagens do detetive não saiam de minha mente “Da próxima vez eu trarei as algemas para prendê-la”. Suas palavras rodavam em minha mente, suspirei, me deitei e fechei meus olhos...

                                                       ...

Como era divertido sair com Taylor para compras, ainda mais quando era ele que decidia o que iria comprar para a garota, era hilário vê-lo apreensivo. Ajudei-o a escolher uma jóia, no final ele escolheu um anel lápis lazuli lindo. Depois fomos procurar um Smouke, ele escolheu o clássico, ele iria ficar lindo. E por fim eu comprei um vestido preto de um ombro só, com uma fenda na perna não muito aberta, mas o suficiente para mostrá-la, ele se ajustava perfeitamente em meu corpo.

Depois almoçamos no shopping mesmo, comemos hambúrgueres, batata frita e muita coca-cola. Antes de sair marcamos hora no salão e fomos para casa esperar a hora passar.

Eram sete horas quando mandei ele tomar banho, logo também fui, arrumei a banheira  e entrei, fiquei lá meia hora, sai enrolada em meu roupão direto para meu closet, escolhi um vestido vermelho com zíper para o caso de não estragar meu cabelo e uma sandália de salto fino.

Estava saindo para procurar Taylor quando meu celular tocou, era Carlo.

-O que houve? –Perguntei sem rodeios.

-Senhora, roubaram nossa carga! E os diamantes também foram roubados! – Disse gaguejando. Respirei fundo.

-Que merda que vocês fazem? Sabem que detesto falhas, não preciso de uns grandes bostas fazendo serviço de vagabundo como vocês, quero  você, Cristhoper, Matweu e Victor no mesmo lugar a duas da manha sem atrasos, se não eu irei capar vocês quatro com meu mais novo brinquedinho entendeu Carlo? – Falei ameaçadoramente.

-Cla... Claro senhora, estaremos lá! – Falou ao desligar, que raiva, ninguém meche comigo ainda mais com minhas armas e meus mais novos diamantes.

Respirei mais uma vez e fui atrás de Taylor.

Chegamos ao salão e já fomos direto para as cadeiras, Taylor somente cortou o cabelo e ficou me esperando enquanto eu fazia um penteado às unhas e a maquiagem, demorou uma hora, depois fomos direto para casa para nos arrumar.

Olhei-me no espelho, estava linda, meu cabelo preso em uma trança de lado deixando minha franja solta, meus olhos verdes estavam esfumaçados de prata com preto dando um brilho em meu olhar, o batom boca era simples sem chamar tanto a atenção, minhas bochechar estavam coradas dando um contraste lindo a meu rosto, meu vestido preto com salto vermelho destacando eram sexy sem ser vulgar. Dei mais uma checada e sai de meu quarto e fui ate o de Taylor, o ajudei a colocar a gravata e saímos para a festa de quinze anos da tal garota.

 Vestido.

-Tay eu vou ter que sair da festa às duas horas, se quiser depois eu venho te pegar, você me liga e eu venho pode ser? – Perguntei cautelosa enquanto saia do carro e entregava a chave para o manobrista.

-Claro, mas o que você vai fazer? – Perguntou distraidamente.

-Vou resolver um grande problema, não se preocupe e divirta-as muito na festa. – Disse sorrindo de canto. Entramos no salão de festa e vimos à linda decorarão de vermelho com dourado, lindo. Sentamos em uma mesa bem decorada, tudo estava lindo, ate tinha uma musica já tocando ao fundo, Taylor tinha ido falar com alguns amigos e eu estava sozinha.

-Posso sentar-me? – Perguntou-me uma voz desconhecida, olhei para cima e vi aqueles lindos olhos azuis me encarando com surpresa e deboche. Ele sentou. Encarou-me e analisou-me.

-Você esta belíssima devo admitir, mas em nenhum momento achei que fosse você a mulher que me atraiu somente por seu perfume. – Falou sorrindo marotamente em tom debochado. O ignorei. -Posso saber o motivo de estar aqui? – Perguntou.

-Responda-me você primeiro, por que esta aqui? –Devolvi sua pergunta.

-Sou o pai da aniversariante, Melany não me falou que conhecia você? – Falou incerto.

-E não nos conhecemos, ela conhece meu irmão Taylor. –Disse simplesmente.

-Hum... Então parece que o destino prega peças, pois não sei como sair do jogo que começamos em sua sala. – Disse ao se aproximar seu rosto do meu. –Divirta-se na festa qualquer coisa não evite em me procurar. – Falou em um sussurro, fazendo-me arrepiar da cabeça aos pés. Levantou-se e saiu. Taylor voltou uns minutos depois para ver a entrada de sua amada Melany.

A  festa já havia começado, todos estavam na pista dançando, fiquei sentada bebendo champanhe e observando Taylor de longe. Ele se aproximou com uma garota, Melany.

-Diana essa é Melany minha namorada. – Falou, arqueei minhas sobrancelhas. – E essa é Diana minha irmã mais velha. –Disse.

-Prazer em te conhecer Melany, Taylor fala muito de você lá em casa. –Disse ao me levantar e abraçá-la – Feliz aniversário. – Falei ao me afastar.

-Obrigada e o prazer foi meu em conhecer você. – Falou acanhada.

-Taylor eu preciso ir, depois venho te buscar. Certo? –Disse.

-Ta bom, e vê se te cuida. –Disse ao me abraçar.

-EU sempre me cuido. –Falei ao beijá-lo – Quer que leve seu Smouke? – Perguntei.

-Claro obrigado. – Falou ao me dá-lo para mim. Sai de lá e aguardei o manobrista trazer meu carro.

-Já vai embora Dama de Gelo? – Falou àquela voz que me arrepiava.

-Sim, já vou. –Simplesmente falei.

-Que pena...

-Realmente é uma pena. –Falei o cortando.

-O que vai fazer? –Perguntou simplesmente.

-Resolver assuntos de incompetentes que tenho em meu serviço. –Disse somente.

-Então ate mais Diana. – Falou ao meu ouvido.

-Ate mais... Hã eu não sei seu nome! – Falei confusa o olhando.

-Keilan... Keilan Night. –Disse ao beijar minha mão. O carro chegou e eu parti.

                                                                   ...

Fui direto para o deposito encontrar os rapazes.

Desci do carro  e entrei os assustando, os quatros olharam-me dos pés a cabeça.

-Vamos ao serviço. Onde esta minha carga? – Perguntei ao pegar minha arma no meio de minha coxa onde tinha a fenda. Todos me olharam assustados. –Cadê a porra da minha carga? – Sibilei.

-Esta na casa de um agente do FBI...

-Qual agente? – Não respondão Night, pensei em desespero.

-Keilan Night. –Falaram sussurrando.

Por que DEUS eu tinha que ter tanta sorte?

Voltei minha atenção para meus capachos.

-Vocês são piores que mulheres, até uma criança como meu irmão tem mais capacidade que vocês. –Disse irritada.

-Por que ele não esta aqui então? – Perguntou debochado Cristhoper.

Aproximei-me lentamente, como uma felina espreita sua caça. Passei minha arma por seu corpo e parei com o cano da arma em cima de seu membro.

-Não. Fale. De. Meu. Irmão. Nunca. Mais. – Falei pausadamente. –Se você presa o que tem no meio das pernas fique calado como um cachorro obedece a seu dono ou se não vá embora, porque não trabalho com incompetentes como você. – Disse ameaçadoramente.

Ele engoliu em seco e concordou.

-Vamos recuperar minha carga seus inúteis. – Disse ao sair de lá com eles me seguindo atrás do meu BMW prata.

                                                          ....

Por que esse agente tinha que ter a casa tão grande? Eu também gosto de luxo, mas ele tinha que ter uma mansão tão grande? Ainda mais que a festa era na casa dele. Pior para mim e meus homens. Consegui entrar, mandei cada um para uma parte da mansão.

Cada lugar que entrava, só encontrava quartos vazios. Resolvi ir para o andar de baixo, devo admitir, estava perdida.

Avistei uma porta de ferro. BINGO!

Abri lentamente, estava tudo escuro, tateei as paredes a procura de um interruptor, de repente  as luzes foram acesas. Pisquei os olhos algumas vezes para me adaptar a claridade surpreendendo-me não só por ver todo meu carregamento espalhado ao redor da sala, mas por ver ele sentado em uma cadeira, no meio do meu carregamento com seu terno Armani impecável com um chapéu encobrindo sua fase e fumando charuto. Totalmente, perigosamente, fodidamente, picantemente SEXY! Salivei com essa imagem. Ele levantou vagarosamente seu rosto assim com o chapéu. Olhos nos olhos, nos aproximamos, estudando cada movimento que o outro dava cuidadosamente. Agora face a face com ele estava pronta para mais uma batalha.

-Você demorou de mais Dama de Gelo. – Sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar, sorri de canto.

-Você não sabe com quem esta lhe dando, então sugiro que devolva minha carga! –Sussurrei ao morder o nódulo de sua orelha, o senti estremecer levemente, ele agarrou minha cintura, me puxando lentamente para seu corpo.

-Se você quer sua carga terá de passar por mim! – Falou ao percorrer suas mãos em meu corpo. Se for ao jogo da sedução que ele achava que iria ganhar ele estava enganado, pois em matéria de atiçar os homens eu tirava 100.

Percorri minhas mãos por seu corpo e levemente apertei seu amiguinho dentro da calça, subi minhas mãos por seu tórax definido arranhando de leve, cada lugar que passava minhas mãos ele soltava um gemido longo, sofrido, implorativo para continuar nessas caricias. Ele passou suas mãos por minhas pernas onde a fenda do vestido estava mostrando, lembrei-me da arma perto de minha virilha. Tarde de mais. Ele com as mãos abeis a retirou passando a mãos muito perto da área perigosa. O empurrei para sentar na cadeira já retirando sua gravata, já sentado na cadeira dei a volta na cadeira e amarrei suas mãos, passei minhas unhas por seus ombros largo vagarosamente.

-Tem certeza que não ira me devolver minha carga? – Perguntei ao sentar-me em seu colo, rebolei um pouco em cima de sua evidente ereção. Ouvi um barulho de algo se rasgando e de repente suas mãos estavam segurando minhas nádegas enquanto saia do deposito. 

-A única certeza que tenho é que ira passar a noite inteira entrando em você ate não agüentar mais. – Disse roucamente. Sorri para suas palavras.

-Veremos quem ira cair de exaustão depois de uma noite bem dada senhor sedução. – Disse ao morder o nódulo de sua orelha.

Logo em seguida senti algo macio em minhas costas.

-Sabe que vou ganhar esse jogo que você esta jogando comigo! – Falei ao deitar-me na imensa cama cruzando as pernas.

-Se você pensa isso, porque ainda esta vestida? –Perguntou arqueando as sobrancelhas e tirando o terno ao mesmo tempo. O ajudei a tirar todo seu terno vagarosamente o deixando somente com sua Box preta. O deitei na cama e levantei circulando a cama, parei em sua frente e olhei em seus olhos enegrecidos pelo desejo reprimido.

-Se vamos jogar terá que ter regras. – disse ao abrir o zíper do vestido. -Primeiro sem beijos... Segundo...

-Segundo chupões em qualquer lugar. – Falou ao me interromper.

-E terceiro sem penetração... Querido. – Disse sarcasticamente olhando sua cara de espanto. Gargalhei com isso jogando a cabeça para traz.

Sentia-me perdia dentro de mim, deveria odiá-lo, mas odiar a pessoa que supostamente ama? Não deveria ser assim, como posso amar a pessoa que pode tirar tudo que tenho só por respirar? Como pude me deixar nas mãos de alguém como esse agente? Onde minha autopreservação estava quando mais precisava dela? Mais um passo, onde estava minha fúria? Mais um passo, e o espelho de minha fúria se aproximava, com seu andar felino.

-Melhor ainda, assim eu terei o prazer de ouvi-la implorar para estar dentro de você Dama de Gelo. –Sussurrou  ao me puxar para cama e arrancar meu vestido, deixando-me somente de calcinha.

A partir dai não sabia quando eu começava e ele terminava nossa mais nova dança selvagem.

                                                           ...

Fiquei admirando sua beleza, apesar de tudo eu deveria prendê-la. Em um impulso impensado peguei minha algema e a prendi enquanto dormia tranquilamente.

Olhei pela ultima vez antes de entrar no banheiro, abri a torneira e deixei a água morna cair por meu corpo, relaxando meus músculos. Fechei meus olhos e as imagens da noite transbordaram minha visão, seu corpo nu debaixo do meu, seus gemidos, sua entrega. Suspirei ao abrir meus olhos. Sai do Box e me enrolei em meu Rob, saindo do banheiro, parei aos pés da cama e olhei mais uma vez seu corpo em minha cama.

Sai dali e fui ao quarto de minha filha, ao abrir tive uma enorme surpresa. Alem de ela estar em sua cama ao seu lado no chão estava um garoto. Estreitei meus olhos, esse garoto esta prestes a morrer quando abrir os olhos.

Fui para meu escritório e peguei as papeladas do carregamento contrabandeando. Revi os papeis, estava tudo certo, só precisava de uma assinatura e estava tudo resolvido.

Voltei para meu quarto e sentei em minha poltrona olhando para ela com o celular a mãos somente esperando seu despertar.

                                                               ...

Acordei lentamente sentindo dor em meus pulsos. Tentei abaixar meus braços da cabeça, mas algo os prendia, olhei para o lado e não encontrei Keilan.

-Esta me procurando? – Falou Keilan em algum lugar do quarto. Ele parou ao meu lado, olhando em meus olhos e segurando um celular. – Deveria saber que eu sempre jogo, mas... – Falou ao levar o celular ao ouvido.

- Senhor é o agente Night. – Falou, arregalei meus olhos, senti as lagrimas vindo sem permissão, como pude fazer isso? Deixei-me levar por alguém que levava tudo ao pé da letra. – Sim, eu queria falar... – Nesse momento ele olhou em meus olhos, vendo meus olhos em lagrimas. –Me desculpe acho melhor conver...

-Termine de falar com ele, diga que conseguiu a carga e ainda de praxe levou para a cama a pessoa que estava por trás disso. – O interrompi chorando de raiva.

Ele ficou algum tempo me olhando, me queimando com seu olhar perceptível, tentando decifrar algo que somente ele sabia, mas que não tinha respostas para onde olhava. Ele fechou seu celular ruidosamente, suspirando sentou-se em meu lado.

- Não vou te entregar para o FBI, porque somente um agente pode tela nua em sua cama e esse agente sou eu. – Falou ao me soltar, me ergui e o fitei nada de mentira, nada de brincadeira, nade de arrogância ou sarcasmo. Simplesmente nada. Somente a verdade estampada em seu rosto

-O que você sente por mim? – Perguntei meio incerta.

-Eu... Eu... Eu não sei ao certo. – Disse com todo intensidade de seu olhar, implorando que eu o estendesse.

-Quando você descobrir talvez possa ser tarde de mais novamente agente Night. –Disse ao me levantar e recolher minhas roupas. Entrei no banheiro para me vestir e dar um tempo para mim e ele pensar. Olhei-me no espelho e vi as marcas da noite passada gravadas em meu corpo. Em muitos anos eu jamais havia me apaixonado verdadeiramente, e agora que estou à pessoa que realmente gosto não sabe sobre seus sentimentos para comigo mim. Suspirei frustrada. Estava na hora de voltar ao mundo real.

Ao sair do banheiro me deparei com ele sentado no mesmo lugar, com os olhos arregalados e cheios de lagrimas, fui ate ele e peguei em sua mão.

-Eu vou embora e espero que isso que aconteceu entre nos seja esquecido. – Disse friamente, doía em mim ser assim, mas para meu próprio bem deveria de ser assim. Um agente do FBI e uma traficante de armas nunca dariam certo, pois eu como fora da lei jamais iria seguir o certo e ele também jamais iria seguir o errado. Levantei-me e segui para meu carro.

                                                            ...

Quando cheguei em casa fui procurar Taylor, mas ele não estava em casa, arregalei meus olhos. Deveria ter trazido ele ontem à noite. Olhei meu celular, tinha varias ligações deixadas por ele, mandei uma mensagem pedindo desculpas, e que se ele quisesse eu o buscaria mais tarde.

Fui direto para meu quarto, tomei um banho rapidamente e deitei-me, querendo esquecer o que aconteceu.

Acordei com meu celular vibrando, peguei ele, era uma mensagem.

“Conseguimos tirara toda a carga da casa do agente, toda ela esta agora no galpão junto com seus diamantes.”

Pelo menos isso deu certo. Virei para o lado e voltei a dormir.

                                                                     ...

Após ela ter saído eu finalmente voltei ao normal.

Como ela saberia que eu tinha perdido minha mulher diante de sentimentos mal expressados?

Fui tirado de meus devaneios por uma batida na porta.

-Entre. – Disse, Melany colocou sua cabeça olhando ao redor, quando me viu sorrio e entrou finalmente com passos vacilantes.

-Bom dia. Vim ver como você estava e agradecer pela festa papai. – Falou ao sentar ao meu lado.

-Não há de que. – Falei automático, depois me lembrei do tal garoto em seu quarto. – Você não teria nada para me dizer? – Perguntei desconfiado.

-Eu iria chegar lá seu apressado! – Disse emburrada. – Tem um garoto aqui em casa, mais precisamente dormindo lá no meu quarto no chão. E eu juro que não fizemos nada a não ser dormir e se beijar. – Falou com carinha de cachorro perdido, ri de sua preocupação desnecessária, pois eu confiava nela.

-Da próxima vez me peça para esse garoto...

-O nome dele é Taylor e ele é meu namorado papai. – Falou me interrompendo.

-Dez de quando esta namorando? – Perguntei surpreso.

-Dez de ontem, quando ele me pediu em namoro. – Falou ao dar de ombros.

-Tudo bem. Depois iremos conversar. – Disse serio. – Onde esse garoto mora? –Perguntei ao me levantar. E ver uma roupa confortável.

-Não sei ao certo, mas ele mora com a Irma, ela veio ontem, ela estava linda com um vestido preto de um ombro só e uma fenda do lado do quadril. –Disse ao deitar na cama.

-Muito interessante. – Murmurei para mim mesmo. – Então mais tarde eu e você o levaremos para casa. – Disse ao sair de meu closet. 

-Ótimo! Vou avisá-lo que não precisa se preocupar que nos o levaremos para casa. – Falou ao sair de meu quarto.

Certo. Agora só precisava organizar as coisas para meu reencontro com a Dama de Gelo e fazer a coisa errada ao menos uma vez na vida.

                                                              ...

Acordei novamente com meu celular.

“Estou indo para casa e levo visitas”

Tinha que ser Taylor mesmo! Levantei da cama e fui para cozinha, pedi para fazerem algo para comer e me levar ao quarto e mandei colocar pratos a mais na mesa que iria comer com as visitas de Taylor.

Tomei um banho rapidamente e sai, escolhi uma calça jeans, uma blusa um casaco e um tênis. Peguei o sanduichei e comi tudo enquanto checava meus emails.

Ouvi uma buzina e desci para ver o que era. Ao abrir a porta fui sufocada por um abraço apertado de Taylor, ao seu lado estava a namorada, a cumprimentei e dei passagem, mas logo atrás eu vi meu inferno particular descer do carro com seu sorriso sacana nos lábios, vindo em minha direção.

-Boa noite, - Disse em meu ouvido. – Minha Dama de Gelo. – Falou ao mordiscar minha orelha. Tremi dos pés a cabeça.

Era tudo que eu precisava para reacender minha fúria.

                                                                     ...

Pelo jeito a Dama de Gelo não gostou muito de minha presença. Mas não foi ela quem disse para agir antes que a perdesse?

Era isso que iria fazer essa noite, quando tivesse a oportunidade certa. Jantamos todos em silencio. Na verdade era ela que estava em silencio, incomunicável. Seu olhar estava perdido, não olhava para ninguém na mesa, seu olhar estava fixo em algo.

Depois da janta a empregada retirou os pratos e logo em seguida serviu a sobremesas. Sorvete de creme com pedaços de morango e calda de chocolate. Nem questionei seu gosto por misturas de sabores.

Do nada ela pediu licença e se retirou da mesa, olhei para Taylor e Melany.

-Vou ver o que ela tem. –Disse ao se levantar. Não demorou muito e voltou para a mesa. – Ela disse que não esta muito bem e pede desculpas. – Disse dando de ombros.

-E onde sua irmã esta? – Perguntei preocupado.

-Esta na varanda do escritório. – Falou me levantei.

-Lembram-se que falei de uma mulher no caminho para cá? – Perguntei receoso.

-Sim papai. De quem estava falando?

-Estava falando de sua irmã Taylor. – Falei olhando em seus olhos, fiquei surpreso, pois em seus olhos havia felicidade e não surpresa como esperava.

-Eu já sabia que era dela que você estava falando, alem do mais minha irmã não esconde nada de mim e falo-me de você quando fui agora pouco procurá-la. – Falou-me sorrindo de canto.

-Então ela falou tudo para você? – Perguntei receoso.

-Tudo. –Disse.

-E mesmo assim ira deixar tentar algo com sua irmã? – Perguntei receoso, por mais que ele fosse uma criança eu precisava de sua aprovação, pois ele era a única família dela.

-Porque seria contra? Quero minha irmã feliz, alem do mais estou namorando sua filha. – Disse arqueando uma sobrancelha.

Ri de sua autoconfiança. Sai da mesa e procurei o escritório de Diana, o encontrei e entrei, vi sua silhueta desenhada pela luminosidade da lua. Aproximei-me lentamente.

 -Achei que fui bem clara após ter saído de sua casa hoje de manha. – Falou de costas para mim.

-E foi mais clara do que falou impossível. – Disse ao me aproximar e circular sua cintura em meus braços. – Mas resolvi tomar uma atitude antes que seja tarde de mais. –Falei ao virá-la de frente para mim.

-E o que seria? – Perguntou desconfiada, sorri ao me ajoelhar em sua frente e retirar a caixinha de veludo que havia comprado essa manha para esse momento.

-Gostaria de ser a mulher de um agente minha mafiosa? – Perguntei ao estender a caixinha e abri-la, lá dentro estava uma linda safira incrustada a ouro puro vermelha, assim como o que eu sentia por ela.

Ela olhou-me por um bom tempo e depois deu as costas para mim voltando seu olhar para a lua. Decepcione-me mais já sabia que seria assim.

-Não brinque comigo Keilan, sabe que não podemos ficar junto, você vive pelo o que é certo e eu pelo que é errado. Como poderia dar certo? Um agente e uma traficante de armas? – Disse ao virar-se e me olhar, seus olhos estavam transbordados em lagrimas.

-Se você se sente melhor em ouvir eu irei sair do FBI...

-Não faça isso... Você ama sua profissão...

-Não... Eu amo você e esta na hora de deixar de fazer o que é certo e fazer o que eu acho certo. E o certo é me casar com você. – disse ao me aproximar novamente. – você aceita ser minha mulher Dama de Gelo? – Perguntei estendendo o anel.

-Ira aceitar se eu continuar no tráfico de arma? – Perguntou confusa.

-Não eu irei comandar ele com você. – Disse beijando seu rosto. Vi seu sorriso lindo.

-Se eu aceitar você sabe que agora será o homem da mulher mais poderosa e mais perseguida do trafico de armas? – Disse alegre.

-Não se preocupe eu sou bom em espantar os homens indesejados. – Falei brincalhão. – Isso quer dizer sim? – Perguntei.

-Definitivamente é um sim! –Falou ao enlaçar meu pescoço e me beijar.

E pela primeira vez em minha vida senti que tudo daria certo.  Pensaram os dois ao se entregarem ao beijo que tanto desejavam.


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