Valents escrita por RaiscaCullen


Capítulo 1
Capítulo 1




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PRÓLOGO:

Fria. Calculista. Sem emoção...

Quem diria que um dia eu viraria essa pessoa? Amar dói, machuca, destrói de dentro para fora, até não restar mais nada.

Era para sempre... Mas quem disse que tudo dura para sempre?

Hoje vejo que quem errou foi eu, pois eu perdi a pessoa que mais amo, para continuar a fazer o que eu mais queria para mim.

PASSADO:

“Tudo estava calmo na nossa vida, calmo de mais, faltava animo de minha parte, mas eu trabalhava muito e ficava desanimada para qualquer programa a dois. Sabia que meu namoro estava para ruir, nada podia fazer. Ou me dedicava à faculdade de direito ou não seria alguém importante, perante á minha família.

O trabalho me consumiam ao decorrer dos minutos, horas, dias, meses. Nosso namoro completaria sete anos amanhã e como sempre estava atolada de trabalho. Mas uma vez discutimos; uma discussão terrível aonde chegou ao fim. Passei dias sem vê-lo e junto com isso sem viver direito. Nisso passou dias e os dias se transformaram em meses e os meses se transformaram em um ano. Neste ano conclui com meus estudos e logo em seguida que terminei a faculdade fui recomendada pelos meus professores para uma pós-graduação em Yale, era mais uma chance para minha carreira profissional. Arrumei as malas, estava tudo pronto para partir no dia seguinte.

                                                                    ...

Acordei cedo no outro dia, fui até a porta pegar as correspondências e as levei comigo para a cozinha meio sonolenta, as deixei em cima da mesa e comecei a preparar meu café, me servi e sentei-me á mesa. Peguei as correspondências e folheei até que vi um convite com meu nome, curiosa abri o envelope e comecei a ler:

         “Querida Valentina, sei que no passado nos perdemos no tempo de nossas vidas tumultuosas. Jamais deixei de te amar, mas o amor dói quando se é abandonado, sem atenção da pessoa amada, nos momentos mais difíceis estive com você lhe oferecendo todo o amor dentro do meu ser, embalando suas tristezas, frustrações, medos, seus erros e os meus. Hoje estou bem, me formei e dirijo a empresa de meu pai fora do país assim como queria, e acima de tudo estou feliz. Respiro... Não igualmente quando estávamos juntos nos amando verdadeiramente como se o mundo fosse acabar em um instante, mas consideravelmente. Enfim... Escrevi-lhe esta carta para lhe convidar para meu casamento. Quero que você esteja ao meu lado e seja minha madrinha, pois acima de tudo fomos amigos no passado e ainda o somos. Com muito amor de seu eterno namorado apaixonado.”

                                                                                                                                Enzo.

Comecei a chorar, meu amor da adolescência e de uma pequena parte da vida adulta estava prestes a se casar e eu não era a noiva. Arrependimento me tomou por inteira. Eu o amava ainda, mas decidi por minha carreira ao invés dele. E agora estou sofrendo. Sequei as lagrimas que teimavam em cair, levantei-me e fui para o quarto me arrumar, tinha uma viagem a minha espera.

                                                    ...

Sentada dentro do avião, pensei se estaria fazendo o certo. 

Deixar mais uma vez meu amor para traz ou deixar que meu lado orgulhoso fale mais alto?

Mas já era tarde e o avião começará a decolar...”

                                                    ...

HOJE:

Passou-se 7 anos após aquele dia, não fui ao casamento, mas mandei-lhe uma carta dizendo que não poderia ir, porem desejava-lhes felicidades, ele retornou dizendo que eu sempre seria sua amiga e madrinha.

Estava morando em Londres, e era a segunda a comandar uma empresa de advocacia com pulso firme.

Estava seguindo para meu escritório depois de uma reunião exaustiva com os acionistas, quando uma voz me parou:

-Valentina? – A voz era suave, meio rouca, mas mesmo assim ira reconhecê-la a distância que fosse. Virei-me e encarei o azul cristalino de seus olhos.

-Enzo? – Perguntei confusa ao me aproximar, percebi que ele não estava a sós, ao seu lado estava uma bela mulher. – O que faz aqui em Londres com... Com sua mulher suponho? – Perguntei com o cenho franzido.

-Vim vê-la e apresentar minha mulher para você, já que minha madrinha não compareceu ao meu casamento. – Falou ao abrir o sorriso que me encantava. – Essa é Vitoria, e essa é Valentina. –Disse nos apresentando.

-Que bom finalmente conhecer você – Falou ao me abraçar de surpresa.

-Hum... Também é bom conhecer você. – A abracei sem jeito e me afastei logo de seu toque.

-Bom se vocês me derem licença eu preciso voltar ao trabalho. – Falei constrangida, querendo fugir.

-Há desculpe-nos não sabíamos que você estaria muito ocupada – Falou se desculpando Vitoria. – Amor, espero você no carro e foi um imenso prazer em conhecê-la. – Disse ao se retirar.

Depois que ela partiu ficamos nos encarando por algum tempo, sem proferir nenhuma palavra. Até que tive que quebrar o silêncio:

-Eu  preciso ir – Disse ao olhar em seus olhos, por um momento me perdi neles, lembranças vieram à mente, um arrepio percorreu meu corpo. Em uma prece silenciosa: pedi para que ele se fosse e jamais voltasse.

-Não se preocupe não irei voltar, só queria falar com você pela ultima vez, me despedir corretamente. –Falou ao me abraçar – Eu sempre vou amá-la, não importa com quem eu esteja, jamais vou esquecê-la, pois você foi a primeira que amei e será a ultima, até o fim de meus dias. – Disse ao beijar meus lábios e se afastar, mais uma vez – Seja feliz por mim, pois eu estou sendo por você minha doce Valentina.

E se foi. E mais uma vez, depois de tantos anos, revivi meu passado com as lembranças que ele deixou gravadas em meu ser adormecido.


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