Savin Me escrita por Brus


Capítulo 4
3 - Ovos com Bacon


Notas iniciais do capítulo

Oi gente (: desculpem a demora. Fiquei meio triste por demorar tanto pra completar 20 comentários. Mas tudo bem...
EU TO FEEEELIZ, (ou mais ou menos) MEU ANIVERSÁRIO É DAQUI QUATRO DIAAAAAAAAAAAAAAS *---* EEEEEEEEEE QUEM VAI ME MANDAR MP COM FELIZ ANIVERSÁRIO??? Ninguém? OK ):
Enfim, parando a loucura... boa leitura (: (rimou!! kk ok, agora é sério).



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A pergunta é: por que a minha mãe não me mandou pra um reformatório? Não iria fazer diferença nenhuma, já que lá eu não teria celular, e aqui ele não tem sinal. Lá eu não teria um computador, e aqui não tem internet... pelo menos lá eu poderia usar roupas decentes, enquanto aqui, meu "uniforme" era um macacão três vezes maior e mais largo que eu (é sério, caberiam umas quatro Summers aqui), sujo e meio rasgado nos joelhos.

Será que isso aqui era um reformatório disfarçado de fazenda? E a minha "família" eram policiais? Com certeza esse ar natural da roça estava me enlouquecendo.

Dez minutos depois, Rain e eu estávamos "arrumados" e preparados para "produzir" nosso café da manhã.

– Seu avô já fez alguma participação nos jogos mortais? Ou em atividade paranormal? - perguntei à ele enquanto andávamos para o galinhero. Decidimos comer ovos com bacon no café. Eu sinceramente não sabia como conseguiríamos o bacon, mas preferi deixar isso para Rain resolver depois.

– Ele nāo é mal como diz ser. Ele só estava tentando te assustar. - revirei os olhos.

– Conseguiu.

– Claro, estamos falando de você. - ele disse baixo, mas eu consegui ouvir.

– Como é que é? - se tinha uma coisa que eu odiava acima de tudo, era quando me subestimavam.

– Qual é Summer, no outro dia você saiu correndo porque tinha um marinbondo no quarto...

– Vou mostrar quem é medrosa nessa porra. - tinhamos chegado ao galinheiro.

Vi uma galinha que parecia estar distraida com o milho, e fui andando de fininho até seu ninho.

– Nossa, que demonstração de coragem.

– Shhh. Cala a boca, idiota.

– Ok.

Me aproximei mais um pouco, mas a galinha começou a se agitar. Isso me fez recuar alguns passos.

– Summer, larga de ser estúpida e me deixa te ajudar.

– Eu consigo fazer isso sozinha.

E depois de muito, muito tempo, eu consegui pegar o ovo que estava ali dentro. Isso! Até que eu não era tāo inutil quanto eu imaginava. Estava virando para ir jogar na cara do panaca que eu tinha conseguido fazer aquilo sozinha, quando a galinha girou a cabeça dela igual a menina do exorcista, e viu o que eu tinha nas mãos.

Ela começou a abrir as asas e fazer um barulho estranho. Eu tinha que admitir que aquilo estava começando a me assustar, mas não podia falar nada, porque era isso o que Rain queria. Respirei fundo e disse:

– Hey, galinha, você não precisa comer esses ovos. Na verdade, você vai virar frango assado antes mesmo deles serem tirados do galinheiro. Então dexa eles pra mim, ok? - é, a galinha não parecia estar disposta a negociar seus ovos, porque ela avançou pra cima de mim, e começou a me bicar. Isso pareceu dispertar outras galinhas, que começaram a abrir suas asas e fazerem barulhos estranhos como a primeira galinha. Merda.

– Rain, essa é a hora em que você esquece a minha estupidez e vem me ajudar. - olhei para Rain que não me respondeu, mas ele só figiu fechar o "zíper da boca" e dar de ombros.

Eu não tive tempo de fazer nem falar mais nada, porque uma horda de galinhas irritadas avançou pra cima de mim. A única coisa que eu pude fazer, foi correr que nem uma louca e subir em um monte de feno.

E sabe o que o filho da puta estava fazendo? Rindo. É isso mesmo. O idiota nem tentar chamar ajuda foi.

– Rain, faz alguma coisa!

– Ok. - ele deu de ombros e foi andando até um ninho próximo. Ele pegou vários ovos e deu as costas.

– EI! Você tem que me ajudar!

– Ah... não, você consegue fazer isso sozinha.

Depois de mais ou menos meia hora, as galinhas se acalmaram, e eu consegui descer do feno. Os ovos que eu tinha conseguido pegar, estavam quebrados no chão. Decidi só tomar alguma coisa antes que o tempo do café acabasse.

Enquanto voltava para a cozinha da casa, encontrei um pé de laranja. Perfeito.

Eu não tinha uma coordenação muito boa, e subir em árvores definitivamente não era um esporte que estava no meu currículo. Mas eu precisava tentar.

Por um milagre dos céus, eu consegui escalar a árvore, e pegar as laranjas sem nenhum acidente grave. Tirando o fato de eu estar cheia de bicadas de galinha, e meu cabelo estar pior que o ninho de passarinho que eu encotrei.

Cheguei à cozinha e senti aquele cheiro delicioso de ovos com bacon. Suspirei e olhei para a minha mão cheia de laranjas. Rain estava sentado na mesa comendo seus ovos com bacon (que eu não fazia ideia de onde ele tinha conseguido, e acho que preferia não saber) e um copo de suco de abacaxi.

Revirei os olhos e ignorei o ronco monstruoso que meu estômago deu quando viu o café da manhā dele.

Ignorando a vontade suprema de roubar o prato dele e sair correndo, eu fui para a pia descascar e expremer as minhas laranjas.

Terminei meu suco e sentei na mesa evitando ao máximo olhar para ele. Fiquei mais ou menos dez minutos lutando contra o meu orgulho, e no final, o cansaço e a fome me venceram.

– Rain... - comecei esperando a humilhação.

– O que?

– Voce hum.. pode me dar um pedaço? - provavelmente eu fiquei mais vermelha que meu cabelo, mas eu estava tão cansada que não me importei.

Rain não respondeu. Ele ficou me encarando com um meio sorriso na boca. Depois de muito tempo sem falar nada, só olhado pra mim com um meio sorriso, eu achei que ele simplemente não fosse me responder, mas ele levantou da mesa com o seu prato e disse:

– Não. - E com um sorriso debochado, ele deixou a cozinha, subindo com a comida.

Ah aquele filho da puta, panaca, retardado... eu não conseguia pensar em nada ruim o suficiente para descrevê-lo.

Fiquei sentada na cozinha, observando os primeiros raios de sol se infiltrarem pela janela de vidro que tinha ali. Os raios iluminavam o fogão, que só agora eu fui notar, era à lenha. Os raios iluminaram mais especificamente um prato, coberto por um pano.

Fui até o fogão e tirei o pano de cima do prato. Do lado do prato cheio de ovos e bacon tinha um pedaço de papel amassado.

"De nada."

Revirei os olhos para o bilhete e ataquei o prato com rapidez. Meu dia infernal estava prestes a começar.



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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações? Não? Ok ):
Eu sei, o capítulo ta pequeno, mas o outro ta beeeem melhor (e maior) (:
1bj pra vocês ^^