Savin Me escrita por Brus


Capítulo 2
1 - Matei um dragão, mas ganhei um controle de Wii


Notas iniciais do capítulo

Oiii povo :3 como estão vocês? Muito obrigada pelos reviews *-* eu amei TODOS (: obrigada mesmo. O cap. demorou pra sair pq eu e minha inspiração brigamos... E pra variar, quando a gente se reconcilia, ela volta com defeito. Então o cap. não ficou lááá essas coisas... mas... prometo melhorar nos próximos (:



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– Pra mim já deu – o menino do Xbox, que agora eu descobri que o nome era Rain, (que nome estranho pra se dar pra uma pessoa, mas eu não podia falar nada, porque meus pais tiveram a ótima ideia de me chamar de Summer, maiores explicações no decorrer dessa história) disse irritado.

Ele pegou a camisa que estava no sofá e foi andando em direção à cozinha. Só não percebeu que tinha um pequeno detalhe que o impedia de chegar até lá. Eu.

No exato momento em que eu ia falar pra ele olhar pra mim, ele tropeçou no meu pé que estava estendido no chão. Foi então que eu vi o seu rosto.

Ele tinha um rosto um pouco mais bronzeado que o meu, parecia pegar sol o dia todo. Mas tinha algumas sardas bem clarinhas, que fazia com que seu rosto aparentasse estar corado. Os olhos dele eram de um azul elétrico e vivo.

Ele estava me encarando com um misto de surpresa, raiva e confusão.

– Olha por onde anda, idiota. – eu tentei dizer. Mas na verdade soou algo como “Lhao por doen adna, oditoa” por causa da minha boca cheia de jujubas.

– Que tipo de pessoa fica sentada no meio da sala comendo jujuba no meio de uma briga?

– Eu. – dei de ombros colocando mais jujubas na minha boca.
O garoto revirou os olhos e levantou indo em direção à porta resmungando algo sobre o avô dele ter conseguido se superar na babaquice na hora de escolher a mulher pra casar.

Terminei meu saquinho de jujubas, levantei e fui para o lado de fora da casa. Lá fora era deserto. Só conseguia ver grama seca e algumas vacas pastando dentro de um curral.

Sentei em um dos bancos ali e coloquei meus fones de ouvido esperando a briga acabar. Era sempre assim. Demorava algum tempo, mas no final eles sempre se acertavam e todos comemoravam com um jantar e depois vinham pra varanda e começavam a conversar, cantar e etc. E eu? Eu sempre dava uma desculpa qualquer e subia pro meu quarto. Alguns minutos depois eu pulava pela janela e saia correndo pra um celeiro empoeirado que tinha ali. Era o lugar mais afastado da casa e o único em que eu ficava realmente em paz.

Depois de algumas músicas senti alguém cutucar minhas costas. Tirei meu fone de ouvido e olhei pro ser que estava me chamando.

– A briga já acabou? - minha mãe concordou com a cabeça - Dessa vez demorou mais que o normal. Eu consegui comer meu pacotinho todo de jujubas e ainda vir pra cá pra fora.

- Chega Summer. Vá pegar a sua mala, e leve pro seu quarto.

Peguei minha mala de mil quilos arrastando-a pela escada. Cheguei ao segundo andar e fui caminhando pro quarto onde eu sempre ficava. Ótimo, para a minha alegria o quarto estava ocupado por uma das tias gordas.

Fui para o quarto do lado, mas ele também já estava cheio. O último quarto era da minha avó. Só sobrava um quarto. Que não era bem um quarto. Era o sótão, que foi transformado em um quarto em casos de emergência.

Mas era melhor que dividir o quarto com alguma tia gorda que sempre fica chorando baixinho durante a noite por não ter conseguido se casar e sair de casa. Puxei a portinha que ficava no teto e a escadinha desceu.

Subi com a minha mala e assim que cheguei em cima deitei exausta no “chão”, que na verdade era o teto da casa. O sótão não era como aqueles de filmes de terror, que sempre são bagunçados, cheio de tralhas empoeiradas, escuros e com demônios dentro.

O sótão parecia mais um salão de festas. Ele tinha a largura da casa inteira, ou seja, tinha um banheiro, uma TV (agora com um DVD instalado), vários pufs, e até um frigobar. Tinha uma porta de vidro enorme, e se você a abrisse daria de cara com uma sacada enorme com algumas cadeiras de madeira e uma rede.

Bem, isso desde a última vez que eu vim aqui. Agora o chão de madeira estava cheio de roupas - masculinas - espalhadas, e a cama de cima do beliche estava desarrumada com um laptop em cima, um IPod e mais algumas coisas. Mas o demônio estava se alimentado.

Arrastei minha mala até o beliche me joguei na cama de baixo. Eu nunca tinha ficado na cama de baixo do beliche, pelo simples fato de não confiar neles. E se a cama de cima caísse em cima de mim? Automaticamente a imagem do corpo daquele garoto por cima do meu se formou na minha cabeça. Estremeci.

Coloquei meus fones de ouvido ligando meu IPod no máximo e me joguei na minha mais nova cama, e apaguei. Quando abri meus olhos novamente a primeira coisa que vi foi Rain jogado no puf, dessa vez ele estava com camisa (que pena), jogando algum jogo no Wii. Quantos video-games esse garoto tinha?

Sentei na cama e fiquei observando Rain se concentrar no jogo. Depois de um tempo levantei e peguei uma coca no frigobar.

– Mário? Sério que você ta se matando pra passar numa fase do Mário? - eu disse e bebi um gole da coca. Ele não falou nada, e eu continuei a observá-lo jogar, até que ele conseguiu jogar o Mário dentro do buraco. Palmas. - Me dá isso! - peguei o controle da mão dele e sentei no puf do lado dele.

– Você não vai conseguir. - não respondi. - Viu? Idiota. Eu falei que você não ia conseguir. - ele falou quando eu consegui ser pior que ele e além de me jogar dentro do buraco, fui junto com o dragãozinho verde tão bonitinho que não merecia ter morrido.

Larguei o controle e desci para fazer um sanduíche pra mim. Peguei os ingredientes e montei parte por parte do sanduíche, que ficou lindo. Ainda coloquei uma cereja no palito por cima, mesmo que eu nunca comece aquele negócio horrível, ficava com uma cara bonitinha. Quando terminei, subi novamente para o quarto e dessa vez, tinha um controle de Wii no puf em que eu estava sentada antes.

Olhei pra Rain que estava novamente se matando pra passar na fase do jogo que agora tinha mudado, e olhei de volta para o controle. Aquilo era uma espécie de convite pra eu jogar com ele? Dei de ombros e fui até lá. Peguei o controle e me joguei no puf.

– Se prepara pra apanhar, panaca.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Entediante né? ): Mas tem uma coisa que me deixou curiosa... Como é o quarto de vcs? Vcs tb dormem num sótão como a Sum e o Rain? hehe
Beijos até o próx. :3