A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 67
Parte IV - Capítulo 67 - Bônus VI


Notas iniciais do capítulo

Oooi genteeeeeee! Como estãããooo?
Me desculpem por minhas faltas, de verdade. Eu devia estar postando mais rápido, mas não importa o quanto eu tente escrever durante a aula, não consigo me concentrar, e faço curso á tarde. Bem, lá sou uma aluna exemplar (2bj). Além disso estive sem internet - me desculpem quem ainda não respondi o review, mas foi por esse motivo - e também estudando pra prova, porque na ultima tirei 7, e como sou nerd não aceito menos que 8 u_u
Me perdoem, de verdade, e me mandem MP's, porque adoraria conhecer meus leitores! ♥

Espero que gostem do capitulo ♥

Capitulo dedicado a A demigod. Sabe que eu te amo, né?:3



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Capitulo 67

Bônus

Damen

Mais um dia frio, estranho e silencioso. Me sentia como na calmaria que precede a tempestade.

Já completava três dias que não tínhamos notícias de Woodburry. Não estava com um bom pressentimento, e apesar de ver muitas pessoas ali com isso estampado no rosto, outras continuavam a insistir comigo que eu estava apenas preocupado com minha irmã. Bem, isso eu não posso negar, mas era mais que apenas uma preocupação. Algo dentro de mim gritava que tinha algo errado. Rick, com todo o seu jeito “eu sou o macho alfa”, disse que se não tivéssemos notícias até o dia seguinte iríamos embora da prisão, pois provavelmente tinham descoberto tudo e logo seríamos atacados. E isso gerou uma enorme discussão, com minha família argumentando que não deixaria Lia para trás. Essa discussão ainda permanecia com todos, que pareciam realmente tensos.

– Não podemos esperar, Juliet! – Rick tentava argumentar com minha mãe, que parecia ter acordado pronta para colocar tudo á baixo.

– E você quer que eu faça o que? Diga que aceito deixar minha filha morrer e ir embora como se nada tivesse acontecido? - ela retrucou alterada.

– É claro que não! Mas entenda que se eles vierem nos atacar eles já terão descoberto as mentiras que a sua filha escolheu por vontade própria contar, o que também significa que eles já terão matado ela!

– Então talvez não devesse ter deixado que uma garota, que é praticamente uma criança, contar essa mentiras! Agora é seu dever ficar aqui e corrigir o erro que você cometeu, Grimes!

– E colocar mais de outras vinte vidas em risco? - perguntou desdenhoso.

– Não me importo se for só a sua. - falou tão friamente que mal reconheci sua voz.

Um silêncio horrivel caiu ali enquanto Rick avaliava as palavras de minha mãe e saiu dali completamente furiosos, a passos largos e rápidos. Suspirei e a abracei de lado, sabendo a dor que estava sentindo. Já tínhamos perdido mais da metade da família, perder mais alguém seri a gota d’água.

– Ele é um grande filho da mãe. - ela sussurrou mexendo nos cabelos, o que só fazia quando estava realmente a ponto de surtar.

– Fique calma, Juliet. - Herschel lhe deu um tapinha nas costas - Rick só está com medo. As pessoas fazem loucuras quando sentem isso, e ele tem muito pelo que temer.

– Damen, vá dar uma olhadinha em Kalem... Tente fazê-lo comer alguma coisa. - pediu fechando os olhos parecendo á beira das lágrimas.

Hesitei um pouco, mas acabei soltando meu braço de seu ombro e fui para a cela que por hora dividia com meu irmão mais novo. Kalem estava deitado na cama de cima da beliche, olhando para o teto.

– Hey, não fique assim... A mamãe está muito triste por isso, sabia? Não devia tratá-la com indiferença.

– Não estou tratando ela com indiferença. Eu amo a mamãe. - respondeu baixinho - É só que... Você não vai entender.

– Fala. - me deitei na cama de baixo esperando que ele falasse.

– Durante mais de um as únicas pessoas que realmente cuidaram de mim foram o Ethan e a Lia. Pelo menos depois que o papai morreu. Passei esse tempo todo tentando aceitar que a mamãe não ia mais voltar, que você não ia mais voltar. E agora tudo isso parece muito estranho, fora do normal, como se vocês fossem mortos que voltaram á vida, como zumbis... E eu só queria a Lia aqui, ela foi o mais perto que cheguei de ter uma mãe em todo esse tempo. E nem isso eu tenho mais.

Fiquei um tempo em calado pensando no que tinha dito. Era compreensível, até. Mas não gostei da comparação de mim com um zumbi.

– Tudo bem, eu te entendo. Mas faça um esforço. A mamãe está péssima, então só vai lá e fique perto dela.

Sem dizer nada, Kalem desceu da beliche e saiu da cela. Esperava fervorosamente que isso animasse pelo menos um pouquinho minha mãe. Passei a mão pelos cabelos - assim como ela, tinha essa mania -, pensando em como viver tinha se tornado uma droga. Claro, antes de tudo isso acontecer a vida já era uma droga, mas piorou consideravelmente numa escala de 900%. Ás vezes fico pensando nas pessoas que viviam para reclamar das coisas, e como elas reagiriam se estivessem vivas - porque é claro que não estão agora, pois perderam tanto tempo falando que esqueceram de olhar á volta e acabaram se tornando o almoço. E agora estávamos aqui, nessa enorme bomba mortal que é o planeta Terra.

Mais tarde, quando saí da cela e me juntei aos outros, a atmosfera parecia mais leve e simples, o que fez eu me sentir um pouco melhor. Me sentei ao lado de Reed - que nos ultimos tempos descobri ser um ótimo piadista - para conversar. Ele parecia realmente irritado.

– Essa garota é maluca! Ela aparece do nada, me beija como se o mundo estivesse pegando fogo e depois começa a chorar do nada e falar que é uma péssima pessoa!

– De quem está falando, cara? - perguntei confuso.

– Da Hannah, oras! - jogam as mãos para o alto, inconformado - Essa menina tem problema! Eu era psicólogo antes, mas isso está além de minha capacidade de compreensão. Até ofereceria uma ajuda psicológica para ela, mas tenho medo que me agarre novamente.

Pela primeira vez em um bom tempo realmente caí na gargalhada olhando para o enorme homem envergonhado ao meu lado.

– Olá. - uma voz falou chamando a atenção de todos, e uma garota entrou vinda não sei de onde nem como, e todas as armas disponíveis foram apontadas para ela, que não pareceu nenhum um pouco preocupada.

– Quem é você? - Rick perguntou com os olhos com indícios de raiva, mas parecia ainda mais cansado.

– Alguém com um recado importante. Então é melhor abaixarem suas armas e me escutarem.

Apesar de ser alta, não devia ter mais que quinze anos e o enorme casaco preto me fazia imaginá-la saindo das entranhas das sombras, fazendo parte delas.

– Recado de quem? - perguntaram, e imaginei se seria de Woodburry, mas acho que o Governador era mais do tipo que gosta de um ataque surpresa.

– Tudo o que eu tenho a dizer é que a cidade vai atacar. - falou e se virou para ir embora, mas seu caminho foi tampado.

– Agradeço a informação. - Grimes foi frio - Quem mandou você aqui para dar esse recado?

– A garota ruiva. - respondeu simplesmente - E acho melhor saírem logo daqui, a uma hora dessas a garota já deve estar presa na cidade e os homens de lá vindo para cá. Não que eu não aprecie uma boa briga, mas isso não é para mim.

– Espere, isso foi há quanto tempo? - perguntei, com o pressentimento ruim voltando á boca do estômago.

– Foi há três dias. É, ela já deve estar morta. - comentou pensativa.


***

Em menos de um dia nos preparamos para um ataque que não veio, mas chegaria a qualquer momento. Sentia vontade de sair matando todos os malditos imbecis de Woodburry até descontar toda a minha raiva. E isso incluia Jen. Nós a mantivemos dentro da prisão durante todo esse tempo, e devo dizer que ela é a pessoa mais irritante do mundo. É legal, engraçada, mas sua maneira de colocar seus pensamentos em palavras não é muito boa. Seu egocentrismo é ainda mais irritante, mas aprendemos a ignorar isso.

Depois de uma breve discussão em que todos votaram no que acharam melhor, resolvemos continuar na prisão e lutar, o que para mim estava ótimo. Não arredaria o pé dali até conseguir minha irmã de volta. Se ela ainda estivesse viva.

Nosso plano era simples: fingiríamos ter ido embora da prisão e atacaríamos de surpresa. As crianças, Beth, Carol, Herschel e Matt - que ainda estava com a perna machucada - foram para o meio da mata, e o resto ficou na prisão, em lugares estratégicos. Eu, Savannah e Maggie ficamos com a “ponte” que dava direto para o pátio. Nos escondemos atrás de enormes placas de metal, e estávamos vestidos com as coisas usáveis dos policiais mortos, como coletes e capacetes. Não sabíamos por quanto tempo teríamos que ficar ali, mas não podia ser muito mais. Já faziam três dias.

Três dias.

Tinha algo errado nisso. Não acho que o Governador perderia uma chance de um ataque á prisão dessa forma. Perder três dias á toa com certeza seria um grande atraso. Então porque?

No momento em que me fiz essa pergunta, barulho de vários pneus derrapando foi ouvido e meu coração acelerou. Chegou a hora.

Eles chegaram atirando com armas pesadas, de alto calibre, que destruiam o que atingiam, e me segurei para não atirar de volta. Não era do meu feitio deixar algo passar sem resposta. Derrubaram a cerca que separava os blocos do pátio da prisão - e que também nos separava dos zumbis - e os enormes carros que eram quase tanques de guerra entraram com tudo.

Olhei pela fresta entre duas placas de metal e vi o Governador - que reconheci por causa do tão falado tapa olho - andando entre os carros, até parar á frente dele.

– E então? - gritou - Vão se esconder até quando? Não podem ficar aí para sempre não é?

Quando não obteve nenhuma resposta, ele fez sinal para que uma parte de seu grupo entrasse na prisão. Com eles lá dentro, logo começaria o ataque surpresa. Isso até ver o que se seguia.

– Se não vão sair de boa vontade, acho que terei que usar um outro recurso.

Algo vermelho passou por entre os carros, e quando eles ficaram para trás reconheci os cabelos ruivos de Delilah, completamente bagunçados. Um homem alto, pálido e doentio a puxava pelo braço com uma enorme arma na mão. Meu coração parou por um momento enquanto analisava sua situação. Pálida, magra, joelhos sangrando, um corte na testa perto da raiz dos cabelos e as roupas encharcadas. Mas isso não era o mais estranho. O mais estranho era seu olhar morto, mórbido, andando arrastada. Algo estava extremamente errado.

– Não acredito que deixaram uma pobre garota morrer. - falou e deu uma pausa - Ainda mais uma garota grávida, certo? Ela não é amiga de vocês?

– Damen. - Maggie sussurrou ao meu lado e negou com a cabeça, me advertindo. Eu não devia ajudá-la.

Minhas mãos coçavam de vontade de atirar bem na cabeça do maldito homem, mas Maggie tinha razão. Não poderia colocar tudo a perder agora, e qualquer coisa arruinaria tudo. Respirei fundo apertando o punho da arma, mas estava difícil vê-la naquele estado com aquelas pessoas sem poder fazer nada e... Grávida?

Olhei bem para ela e não conseguia ver indício nenhum de gravidez ali, ainda mais nos estado em que estava. Devia ser só mais um artíficio do homem para nos atrair. Todas as pessoas se compadecem por mulheres grávidas, certo?

A raiva foi me subindo á cabeça enquanto via seu olhar sem vida girar por todo o lugar sem parecer ver algo de fato. Apertei mais minha arma, e dessa vez foi Savannah quem me advertiu.

– Se atirar agora pode acertar ela.

A realidade me atingiu. Se um tiroteio começasse, ela seria atingida.

Meu peito ficou apertado e mal conseguia respirar. Precisava arranjar um jeito de tirar ela dali. Mas já era tarde. Uma explosão foi ouvida do interior da prisão e os tiros começaram lá dentro. O Governador correu para o bloco e o homem que segurava Delilah pelo braço foi junto, deixando-a sozinha. E assim que soltou seu braço, ela despencou no chão sem nenhuma força, como uma boneca de pano. O grupo que restou montou guarda ali, sem parecer se importar com a garota no chão.

– Temos que atacar agora. - Maggie falou e eu assenti. Essa era uma boa hora.

Apertei minhas mãos em punho mais uma vez tentando me concentrar e mirei na primeira pessoa que encontrei, sem tentar ver quem era. Apenas mirei e atirei.

Estava tão absorto no que fazia que só percebi que havia algo errado quando Maggie saltou sobre mim e outro corpo caiu sobre nós dois. Ouvi tiros próximos, um deles passando tão perto da minha orelha que a senti queimar.

– Não! - Maggie gritou atirando no homem de Woodburry que nos atacava, com uma ótima mira mesmo estando caída.

Quando o homem caiu morto no chão, levantou o corpo que nos prendia no chão e tirou o capacete.

Savannah resfolegava em busca do ar que não tinha. Que não viria a ter. Uma enorme quantidade de sangue brotava da enorme abertura em sua garganta, e parecia que quanto mais ela engasgava mais sangue saía.Tentando manter a aparência calma - por dentro eu me roía de desespero - enquanto arrancava uma parte da minha blusa de tecido grosso e colocava por cima da abertura.

– O que aconteceu? - perguntei.

– O homem apareceu do nada atirando, ela se colocou na nossa frente... Eu estava distraída com as pessoas lá embaixo e... - ela engasgou e parou de falar olhando para o tecido ensanguentado em minhas mãos - Vou achar alguém... Talvez meu pai, ou Charlie...

– Não vai adiantar. - olhei Savannah que parecia agoniada - Ela não vai sobreviver a isso... É melhor chamar o Ethan.

Mais que depressa, Maggie saiu dali enquanto Savannah apertava minha mão como se implorasse para morrer logo. Mais agoniante que a dor dela, era a minha por assistir sua vida se esvaindo. Primeiro o sangue diminuindo, depois a cor lhe fugindo, os olhos demorando para abrir ao piscar, os lábios abertos em um lamentar mudo e o barulho que fazia enquanto tentava respirar. Era óbvio que as vias respiratórias haviam sido obstruídas, e mais ainda suas cordas vocais. A bala não entrara em seu pescoço, apenas passara de raspão, mas foi o bastante para rasgar sua pele, sua carne...

– Sav! - Ethan entrou abruptamente, me empurrando para o lado com força.

Ele se colocou a examinar o ferimento com um olhar duro, impenetrável, mas podia vê-lo fraquejar de vez em quando, e não se seguraria para sempre. Ethan me olhou revelando o medo por baixo de seu ar controlado, pedindo ajuda. Apenas balancei a cabeça de forma negativa. Não tínhamos como salvá-la, e ela estava sofrendo. Não podíamos deixar Savannah naquele estado, sofrendo, por puro egoísmo. Com um suspiro irritado, segurou a mão de Savannah entre as suas e beijou sua testa, logo depois deitando a cabeça da garota em seu colo. Saí dali com a intensão de deixar os dois sozinhos, mas continuei por perto caso precisasse de alguma coisa, e não que eu fosse intrometido, mas fiquei escutando o que Ethan falava a ela.

– Você não pode me deixar... Por favor. Não quero continuar aqui sem você. - sua voz estava embargada - Por favor, Savannah. Sei que não tenho o direito de pedir nada a você depois de tudo o que fiz, mas juro que essa é a única vez que farei isso. Não vá embora. Eu te amo.

Os arquejos de Savannah param e os soluços de Ethan se tornaram altos e angustiantes. Esperei até escutar o tiro que faria a garota não acordar e saí dali.

Fui para o bloco de celas a passos rápidos, tentando tirar as ultimas imagens da minha cabeça. Não ia ser legal ficar lembrando daquela enorme abertura que cortava o pescoço de Savannah. E assim que cheguei ás celas percebi que tinha outras coisas com que me preocupar também.

– Como ela está? - perguntei ao encontrar minha mãe na porta da cela em que Delilah estava.

– Não sei. - respondeu simplesmente. Parecia irritada com algo.

– O que aconteceu?

– Nada.

A observei por um minuto, o bastante para perceber que algo ainda estava errado.

– Ela está com algum coisa no corpo, algum alucinógeno. - Reed falou se aproximando.

– O que? Como? - minha mãe perguntou confusa.

– Bem, trabalhei como psiquiatra durante muitos anos numa clínica de reabilitação. Era muito comum vez esse tipo de olhar em quem usava esse tipo de droga.

– Mas ela não é do tipo que usa isso. - falei estreitando os olhos.

– Isso não quer dizer que não podem injetar nela. - suspirou - Seria legal saber o quanto colocaram, dependendo da quantidade e se ela está sendo completamente absorvida, pode ter uma overdose.

Encarei Reed por alguns segundos esperando que dissesse que estava brincando, mas estava realmente sério. Drogas alucinógenas? Isso explicava o olhar vago, sem vida, e todo o resto. E também os gritos que se seguiram horas depois, em direção do nada. Parecia ver algo que a perturbava, e demorou a voltar á calma. Ainda horas mais tarde, ela acordou, parecendo lúcida.

– Onde eu estou? - perguntou com a voz chorosa.

– Está na prisão. - falei acariciando seus cabelos, e pude ver os hematomas no pescoço e nos braços.

– Ainda bem. - suspirou aliviada, e se sentou na cama com um pouco de esforço - Minha cabeça está doendo. E essas coisas não saem da minha cabeça.

Sem parecer se importar com o que ela tinha acabado de falar, minha mãe se virou para os outros que assistiam a tudo de camarote.

– Podem nos deixar sozinhos?

Todos saíram e achei estranha a postura furiosa que minha mãe assumira.

– Você está grávida, Delilah?

A surpresa pegou de surpresa a mim e a Lia, que a observou aturdida piscando os olhos com força.

– Ahn... Não... - respondeu.

– Você está mentindo.

– Mãe, ela não pode estar mentindo. Não tem como ela estar grávida.

– Me desculpa. - Lia sussurrou com a voz embargada, deixando enormes lágrimas escorrerem por sua bochecha.

– Sabia que era verdade! - minha mãe passou a mão pelos cabelos e andou de um lado para o outro no espaço limitado - No início pensei que fosse apenas uma mentira para nos atrair, mas minha intuição gritava que era verdade. Como pode fazer isso? Por favor, Delilah, você é só uma criança!

Agora minha irmã soluçava e eu não sabia o que fazer. Estava um pouco aturdido, perdido na conversa. Ela estava grávida?

– Não grita comigo! - Lia retrucou colocando as mãos sobre os ouvidos como uma pessoa perturbada.

– Então me responda! Como teve a capacidade de fazer isso?! Quem é o pai

– ela suspirou - Quem é o pai, Delilah?

– É o... - ela se interrompeu, parecendo com medo, e sussurrou o nome muito baixo - Daryl.

Minha mãe parou á sua frente com as mãos na cintura e um olhar fatal. Era até estranho observá-las dessa forma. As duas tinham exatamente a mesma aparência, Lia era uma perfeita cópia de nossa mãe numa versão mais jovem. Era como se ela estivesse conversando consigo mesma.

– Porque não estou surpresa?

– Por favor, mãe, minha cabeça está doendo... - a voz de Lia estava falha e completamente exausta, mas não teve trégua.

– Pensasse nisso antes de engravidar! - ela gritou completamente furiosa, como nunca a vira antes.

– Porque está fazendo isso? - Lia gritou de volta, e a cada grito eu me afastava um pouco mais, pronto para uma explosão - Eu estou exausta, não consegue ver isso? Menti para tentar proteger vocês, coloquei minha vida em risco, fui espetada por agulhas durante três dias! Porque está fazendo isso comigo?

– PORQUE NÃO QUERO QUE TERMINE COMO EU!

Um silêncio cobriu o momento enquanto as duas se encaravam, ambas com intermináveis lágrimas nos olhos. E eu também as tinha.

– Ele não ficará com você por causa dessa criança, Delilah. E ela será a unica conexão entre vocês dois, uma responsabilidade e nada mais. Assim como eu e seu pai. E você sabe disso, sabe da história de Leonard. Zack me traiu tantas vezes... Todos achavam que éramos uma família perfeita, até mesmo vocês. Mas sempre fomos apenas um lar de obrigações, rachado. Só não quero que esteja presa a alguém que não vai lhe dar o que quer simplesmente por uma responsabilidade. Porque não importa se você o ama ou não, é isso que você será para ele.

Delilah começou a soluçar, o choro histérico e doloroso, que fazia minhas lágrimas também aumentarem. Sabia que minha mãe tinha razão, e como sabia. Tudo estava indo pelo caminho errado. Queria muito poder ajudá-la, dizer que tudo ficaria bem, mas não podia. Não podia porque não era verdade. Nada ficaria bem. Não enquanto eu não tivesse uma conversinha com o Dixon.


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Notas finais do capítulo

E ae, o que acharam? Sav morta... Nhaww :c Sentirei falta dela :c
Damen vai rodar a baiana? Será? E oq eu o Daryl vai achar de ser papai? -v-
Ah, é. Gente, pra todos os que perguntaram quem é o pai do baby, é o Daryl. A Lia não é Lori não, gente... Ela só ficou com o Daryl u_u
E sei que o capitulo foi meio desfalcado, mas no próximo vou explicar bem explicado o que faltou, ok? Ok.

Não se esqueçam dos reviews! :3
Beijos e até a próximaaa ♥



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