A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 59
Parte IV - Capítulo 59 - Longo Dia


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu disse que ia postar mais rápido porque ia escrever na escola. Mas a burra aqui esqueceu que está na semana de provas bimestrais e precisa prestar atenção na aula (pq não estudo pra prova).

Enfim, muito obrigada por todos os reviews, e principalmente muito obrigada Caren F pela recomendação MUITOOOO perfeita. Se eu gritei? Naaada, só surtei e minha mãe achou que eu estava tendo uma convulsão u_u Capitulo dedicado a você, Caren.
E capitulo dedicado também á carolsilveira13, mas explico nas notas finais, senão dou spoiler u_u

Então, espero que gostem!



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Capitulo 59

Longo Dia

Já devia passar das oito da manhã e estava acordada com muito esforço. A pequena bebê acordava toda hora e não conseguir pregar o olho.

No momento, todos os outros - com poucas exceções, já que até Kalem eu havia deixado ir - estavam fazendo a limpa nos corredores onde Rick não tinha ido, enquanto este ainda continuava enfurnado naquele maldito lugar. O tapa não havia sido suficiente para fazê-lo acordar? Talvez outro ajudasse. E, do outro lado do corredor Beth segurava a bebê nos braços, sentada na perna boa de Matt. Se não soubesse que aquela criança era de Lori acreditaria que era daquele casal.

– Já estamos indo. - Maggie falou estranhamente sorridente, de mãos dadas com Glenn.

– Tudo bem. Voltem logo. - falei fechando os olhos. Estava realmente cansada.

– Tomem cuidado. - Heschel falou da porta da sua cela, apoiado nas muletas.

Maggie apenas mandou um beijo para o pai e ela e Glenn saíram da prisão, em direção á cidade vizinha. Ela ficava apenas alguns quilômetros de distância, pequena e alguns lugares pareciam intactos, e precisávamos de roupas, comida, entre outros, para poder cuidar de uma recém-nascida.

Depois disso a manhã se passou rapidamente sem nenhum acontecimento extraordinário além da enorme fome da pequena bebê que nunca parecia acabar, e meu sono que fazia minha cabeça doer além da conta. Quando o sol já estava á pino, todos os que estavam nos corredores voltaram parecendo extremamente cansados e irritados. Mas ainda estava faltando alguém. Senti um aperto no coração percebendo quem era, e comecei a imaginar as piores coisas possíveis.

– Onde está Daryl? - perguntei tentando parecer preocupada e nem transparecer que sentia meu coração saindo pela boca batendo forte e descompassado.

– Ele ficou para trás, parecia nervoso. Mas deve voltar logo. - Taty falou tirando uma K-47 dos ombros e deixando um machado cair no chão com um estrondo metálico.

Senti um alívio tão grande que pensei que minha respiração ficou até mais pesada e, em consequência, ruidosa, arrancando um sorriso malicioso da mulher á minha frente. Minhas bochechas esquentaram e fui para o lado de Kalem, que contava contente quantos zumbis havia matado. Estava tudo uma bagunça por ali, e de repente o silêncio se instalou por um motivo desconhecido por mim. Até eu ver quem estava passando pela porta. Rick.

Finalmente tomou vergonha na cara, pensei irritada e feliz, assistido-o andar até a filha e tomá-la nos braços com um pequeno sorriso.

Rick aninhou-a nos braços e foi andando para fora da prisão, sendo seguido por Carl, que já parecia melhor nos poucos segundos que o pai tinha aparecido.

– Finalmente ele voltou. - comentei.

– Mas ainda parece perturbado. - Savannah passou o braço pelo ombro de Kalem, parando de frente para mim.

– É... Talvez... Mas ele vai melhorar depois de um tempo com os filhos.

– Ou não.

Revirei os olhos e voltei minha atenção para meu irmão, que ainda contava para Ethan como matou um dos zumbis. Sorri com sua empolgação e baguncei seus cabelos loiros.

– Hey! Não faça isso! - reclamou arrumando o cabelo.

– O que? Isso? - desarrumei novamente rindo de sua irritação.

– Delilah!

– O que foi? - passei a mão novamente por seu cabelo.

– Eu estou armado, sabia? - avisou estreitando os olhos.

– Own, o bebê tem uma arma. Que vontade de apertar a bochecha! - fiz uma voz infantil seguida por um beicinho.

Quando Kalem ia responder, completamente vermelho de raiva, um barulho de tiro foi ouvido e meu sorriso morreu no mesmo momento, assim como todas as conversas e antes que alguém corresse para ver o acontecido, Rick entrava ali com uma mulher nos braços.

– Quem é essa? - alguém perguntou.

– Não sei. - respondeu a colocando num colchão no canto.

– Ela estava carregando isso.

Carl colocou em cima da mesa de metal uma cesta de supermercado vermelha com alimentos, roupas e um brinquedo para bebês. Tudo ali era para bebês. Mas como aquela mulher que nunca tínhamos visto podia saber que tínhamos um no grupo?

– Ela levou um tiro, está perdendo bastante sangue. Precisa de cuidados urgentemente, e quando acordar a interrogamos. - Rick falou pegando a cesta e olhando se havia algo a mais.

Herschel se aproximou dela para examinar a perna, onde estava encharcado de sangue, além de sua blusa com o típico sangue podre. Saí dali tentando evitar toda a confusão que sabia que se formaria logo e praticamente me joguei na escada. Mas a confusão parecia me perseguir.

Exausta, caminhei para fora da prisão. Precisava urgentemente de um pouco de ar. De repente o pouco bom humor que me restava tinha ido embora e estava irritada, como se algo queimasse dentro de mim. Provavelmente pela noite não dormida, mas tinha algo mais, alguma coisa me perturbando. Fui para o pátio na intensão de ficar sozinha, mas alguém parecia ter tido a mesma ideia que eu. E reconheceria aquele desenhos de asas no colete em qualquer lugar. Porque o destino insistia em tentar nos aproximar?

Sem me importar com meu desejo de ficar sozinha ou se era isso o que Daryl queria, me sentei na grama ao seu lado. Ficamos em silêncio por longos minutos, até ele o quebrar.

– Me desculpe por seu rosto. Ainda está bastante arranhado. - falou olhando atento para o céu.

– Ahan. - resmunguei baixo. Com certeza uma resposta bem completa.

– Normalmente você faz um discurso enorme quando digo alguma coisa.

Ergui uma sobrancelha o fuzilando com os olhos.

– Está dizendo que falo demais?

– Depende de que lado vê isso.

– Eu passaria mais tempo calada se tivesse o que fazer. - murmurei.

– Pode cuidar da bebê. Ao que parece é muito boa nisso. - ironizou.

– Hoje você está um poço de doçura. Pelo menos é o que se esperava depois de ter encontrado a Carol. - falei com desdém.

– O que quer dizer com isso?

– Quero dizer que pensei que estivesse muito feliz por ela continuar viva, assim pode agarrá-la.

Daryl finalmente me olhou e parecia tentar me ler. Foi minha vez de desviar a atenção para o céu.

– Está com ciúmes? - foi a vez dele falar com desdém.

– Claro que não!

– Eu acho que está.

Seu olhar em mim era tão intenso que sentia como se apenas com aquilo meu corpo inteiro entrasse em combustão espontânea e estivesse pegando fogo. Num segundo ali estava eu, tentando fingir que nada daquilo estava me afetando, e no outro Daryl me puxava para ele e tomava meus lábios, fazendo com que eu me sentisse tão bem quanto se tivesse dormido a noite inteira. O beijo foi ficando mais rápido e quente, mas não paramos por nenhum momento, nem mesmo para buscar ar; estávamos concentrados demais para precisar disso. Suas mãos já passavam por baixo da minha blusa, e senti arrepios subirem por minha espinha. E também uma certa culpa. Entre nós dois nunca era apenas beijos - a não ser que parássemos no meio do caminho. Era sempre beijos seguidos por sexo e eu me sentido não só bem como também culpada por ser uma estúpida que me deixo levar facilmente pelos homens. Mas o que era uma pequena culpa, certo?

Tirei isso da minha mente, não queria acabar com o momento; eu queria aquilo. Senti minha blusa sendo erguida e minhas costas sendo apoiadas na grama alta.

– Droga, isso pinica. - minha voz saiu abafada, por meus lábios estarem grudados nos de Daryl.

– Vem comigo. - ele sorriu malicioso e me puxou da grama, me puxando pela mão em direção a uma das torres.

Assim que fechamos a porta da torre, meu corpo foi prensado na parede e seus lábios estavam em meu pescoço. Pensei em sugerir que subíssemos para o alto da torre de vigilância, mas acabei desistindo. Não conseguiria me segurar até chegar lá em cima, e a escada parecia uma boa ideia, inclinada. Um bom ângulo.

Me deixei levar pelos arrepios quentes que me consumiam e mergulhei meus dedos em seus cabelos enquanto sua boca se entrelaçou na minha novamente travando a melhor guerra do mundo e que era apenas entre nós dois, doce e quente. Nada de mortes, ou zumbis, ou loucura, guerras. Nada. Apenas nossos corpos juntos, se completando, e de minha parte um enorme sentimento que ainda não tinha nome.

Nos separamos por alguns segundos completamente arfantes, minha testa colada na dele, sentindo sua respiração bater contra meu rosto.

– Senti falta disso. - de você, completei mentalmente, mas tive medo de que fosse sentimental demais.

Daryl simplesmente sorriu e me puxou pela cintura colando meu corpo no seu, e em um segundo minha blusa já tinha tomado um novo destino completamente desconhecido. Sua respiração em meu ouvido fazia todo meu corpo estremecer e cada toque me deixava tonta naquela escuridão. Uma de suas mãos segurou a barra do short que eu usava e passou-a por baixo dele. Daryl se afastou de mim e sentou-se no que devia ser a escada, puxando-me para si fazendo com que me sentasse em seu quadril, me encaixando completamente nele. Ele retirou meu sutiã enquanto arranhava sua pele por baixo da blusa - o que era injusto, já que eu estava praticamente sem roupa nenhuma, enquanto as dele continuavam intactas. Então as retirei sem nenhum cuidado querendo que elas desaparecessem o mais rápido possível. Suas mãos passaram a explorar meu corpo e as minhas lutavam com sua calça. Quando finalmente consegui retirá-la e meu short já estava longe, ele se posicionou sob mim e entrou sem nenhum cuidado me fazendo perder o fôlego, soltando-o arfante, e continuando com movimento lentos e precisos. Uma das coisas que nunca poderia negar sobre Daryl era o fato dele ser bom de cama - de escada, no caso -, em todas as formas imagináveis e inimagináveis, fazendo coisas que nunca pensei serem possíveis, alternando entre as mãos e a boca.

Mas nem tudo acabou muito bem. Sabe aquela expressão "tudo o que é bom dura pouco"? Quem a inventou foi o maior gênio.

Estávamos na melhor parte, aquele clímax onde tudo deve ser perfeito, louco e prazeroso, quando ouvimos alguém do lado de fora.

– Daryl! - chamaram e ficamos petrificados ali, na mesma posição, encarando a porta.

– Merda. - resmungou ainda sem se mover.

– Acho melhor sair...? - minha sugestão saiu como uma pergunta.

– Não se mova. - ordenou, me tirando de seu colo e desaparecendo na escuridão.

Ouvi o farfalhar de tecido, provavelmente ele estava se vestindo, e depois uma claridade apareceu do topo da escada iluminando timidamente o lugar onde estava. Olhei para mim mesma e fiquei vermelha ao me ver completamente nua, envergonhada. Não me arrependi por nenhum segundo pelo que tinha acabado de fazer - ao contrário das outras vezes -, mas sentia como se todos os olhares do mundo estivessem direcionados a mim e pudesse assistir o que se passava ali. Com esse pensamento, procurei minha roupas apressada e só achei o short. Estreitei os olhos tentando enxergar melhor, até encontrar o resto das minhas roupas num canto escondido, e me perguntei como tinham ido parar ali. Vesti as roupas devagar tentando escutar o que Daryl falava com a outra pessoa que estava ali do lado de fora, mas só pude entender algo como "mulher estranha", "caminho para a cidade" e "é urgente". Quando terminava de virar minha blusa para vesti-la, Daryl desceu as escadas quase correndo.

– O que aconteceu?

– Seu primo veio avisar que a tal mulher acordou e pelo que ela diz um homem pegou Glenn e Maggie e os levou. Para Woodburry. - ele respondeu.

– Essa prisão fica perto de Woodburry? - perguntei incrédula.

– Uns bons quilômetros de distância.

– E o que deu na cabeça de vocês para resolver ficar num lugar perto da cidade que as pessoas tentaram nos matar? - reclamei indignada.

Sem me responder, Daryl simplesmente abriu a porta e saiu sem falar nada. Suspirei nervosa e massageei as têmporas. Porque tudo de ruim tinha que acontecer ali? Calcei os tênis rudemente, completamente irritada pela falta de resposta. Odiava ficar no escuro. Saí pisando duro pela prisão até chegar onde estava tendo uma "pequena" reunião. Pelo que pude entender, estavam decidindo quem iria á Woodburry e todos queriam ir.

– É mais fácil decidir quem fica. - Mellany deu a ideia.

– Mellany, Beth, Carol, Herschel, Matt, Axel, Carl, Kalem e Delilah ficam aqui. - Rick fez todos se calarem. Espera, isso também incluia Jamie? - O resto, vamos nos dividir para chegar pelos dois lados da cidade.

E então começou a bagunça de "pegue as armas, me passe aquilo, vamos logo, temos que sair, preciso de mais munição". Eu observava tudo aquilo com uma dor de cabeça latejante, o que me lembrou que estava há dois dias sem dormir e sem comer; já devia estar desmaiando pelos cantos.

– Eu já vou. - alguém que estava ao meu lado gritou, me fazendo pular de susto - Até mais, Lia.

– Vai logo, Jamie. - revirei os olhos ouvindo alguém gritar para ele ir logo.

Levantei os olhos e encontrei os de Jamie próximos aos meus. Muito próximos. Mas quando percebi o que ele queria já era tarde demais. Sua boca já estava na minha, e eu estava completamente desnorteada e sem ar.

– Eu prometo que volto. - falou assim que nos afastamos, mas parecia estar dizendo isso mais para si mesmo que para mim.

Pisquei algumas vezes ainda confusa e olhei em volta vendo se ninguém tinha visto aquela cena. Bem, se alguém estava lá já tinha ido embora. Minha cabeça começou a rodar e me sentei num canto, completamente exausta, e rezando para que todos voltassem logo e vivos.


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Notas finais do capítulo

CENAS HOTS ESCRITAS COM MUITA MUITA MUUUUITA AJUDA DE carolsilveira13! Muito obrigada, linda!

Aviso: próximo capitulo com revelações bombásticas MUAHAHAHAHAHA

E ai, shippers de Darlilah, o que acharam? :3

Mandem reviews, recomendações, e talz! *-*

beijos e até a próximaaa sz



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