A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 47
Parte III - Capítulo 47 - Desconhecidos e Suícidas


Notas iniciais do capítulo

Adiviiiinha quem vooltooou? Não, nao é o papai noel...E nem eu! Mas... THE WALKING DEAD! UHUUUUUU! ~surta~ Se eu amei o episódio, fiquei comu m pouco de raiva do Daryl e ri do surto do Rick? Nhaaaa, MAGINAAA!

Ok, agora voltando, esse capitulo é dedicado ao Denis Filho. MUITO, MUITO, MUITO obrigada pela recomendação perfeita! :3

E, antes do capitulo, no ultimo falei que dependendo de como fosse não faria um fim tão cedo pra história e talz... Bem, vocês pediram e eu atenderei. Não terá final por enquanto, pelo menos até vocês me pedirem para parar ou eu perceber que já ta ficando chato e tudo na mesma coisa, ok?

E eu demorei a postar esse porque, como alguns já sabem, eu estava viajando, e blá blá blá.

Espero que gostem do capitulo! :3



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Capitulo 47

Desconhecidos e Suicídas

Não surta, não surta, não surta, não surta, não surta...

Esse era meu mantra para não enlouquecer e dar um escândalo que chamaria a atenção de todos os zumbis. Mas nesse ponto já me perguntava qual me levaria a menos prejuízo. Cheguei á conclusão de ver o cara primeiro – porque, pela mão, obviamente era um homem – e tirar uma de minhas belas conclusões sobre sua personalidade, e ai decidiria o melhor.

A quem quero enganar? Prefiro morrer pelas mãos de um humano que servindo de comida pros mortos. Seria horrível chegar ao céu e quando perguntarem como morri responder “morri porque preferi ser isca de zumbi que morrer matada”. Seria epicamente vergonhoso.

Tentei me mover pensando que estava presa, mas, ao contrário, consegui me virar.

O homem era uns bons vinte centímetros mais alto que eu, então tive de levantar meus olhos para conseguir ver seu rosto. Era moreno, com os gentis olhos chocolates cercados por olheiras, e os cabelos negros incrivelmente bem arrumados. Ele fez sinal para que eu fizesse silêncio e o seguisse. Não tendo nada a fazer e não achando que seria um perigo, o segui por uns dez minutos floresta adentro o mais silenciosamente possível até que chegamos á uma árvore com duas enormes mochilas pretas escoradas nela. Ele as olhou um pouco incomodado e então esquadrinhou á volta preocupado.

– Er... Oi? – saiu como uma pergunta, pelo meu nervosismo.

– Oi. – falou apressado, quase que mecanicamente, ainda olhando em volta – Desculpe te assustar, mas fiquei com medo de que gritasse se eu lhe cutucasse ou algo parecido. Não podia falar nada, ou chamaria a atenção dos zumbis.

– Eu... – comecei a falar, mas fui interrompida.

Uma garota chegou correndo e, sem nem mesmo parar, pegou uma das mochilas e continuou, só olhando para trás risonha para avisar.

– Corram!

– Droga! – o homem arregalou os olhos e correu para pegar a ultima mochila.

Sem entender nada, me deixei ser levada quando ele segurou minha mão e saiu me puxando por entre as árvores. Não sabia exatamente do que estávamos fugindo, mas quando vi zumbis vindo de todos os lados, e o único caminho livre era à frente por onde a garota corria e nós a seguíamos tentando nos manter longe daquelas mãos apodrecidas – pelo menos os que tinham a mão.

A garota desapareceu de minhas vistas por poucos segundos, e quando a vi novamente ela subia numa pedra bem inclinada. Uma boa ideia, contando que os zumbis não poderiam subir ali. A seguimos pela pedra – o que foi meio difícil, e fiquei me perguntando como ela havia feito aquilo tão facilmente – e, quando chegamos ao topo, ela ria divertida.

– Acéfalos imbecis. – falou para eles, sorrindo.

– Droga, não sabe ficar um minuto sem mexer com os mortos? – o homem perguntou irritado.

– Ah, qual é... Esses cabeças-ocas são muito lentos. – sorriu de lado, e pela primeira vez reparei nela.

Seus cabelos loiros e desarrumados caiam por suas costas e os olhos azuis contrastavam com a pele levemente bronzeada. De certa forma ela se parecia comigo, mas seus traços eram mais fortes e angulosos.

– E você é a garota que estava falando sozinha... – falou estendendo a mão – Sou Ariane Mclair.

– Savannah. – apertei sua mão, sentindo as bochechas queimarem pela vergonha de alguém ter visto aquela deplorável cena.

– E aquele ali é o Dennis. – falou revirando os olhos como se isso não fosse tão importante, e então completou sarcástica – Obviamente uma ótima pessoa.

– Fala isso de quem salvou sua vida tantas vezes quanto você arranjou encrenca. – foi a vez dele de revirar os olhos, e então os dirigiu para mim – Acredite, isso não é pouca coisa.

– Está me chamando de encrenqueira? – Ariane perguntou levantando a voz alguns oitavos – É, eu sou mesmo...

Fiz careta e voltei minha atenção para os zumbis ali. De certa forma era realmente engraçado vê-los ali, sem poderem nos alcançar. Mas o verdadeiro problema era como sairíamos dali. Não eram tantos quando parecia antes, e não seria tão difícil acabar com eles, mas para isso teríamos que descer. E ai estava o problema.

– Tudo bem, agora como descemos, encantadora de... Acéfalos? - Dennis perguntou, arqueando uma sobrancelha numa clara tentativa de parecer interessado.

– Minha ideia é a seguinte: continuarmos vivos.

– O melhor plano que já ouvi. – fiz careta novamente.

– Vamos acabar com isso de uma vez. – Dennis falou abrindo a mochila e tirando um arco de lá.

Bem que eu queria ter minhas facas por perto para ajudar, mas foi melhor ainda assistir. Dennis atirava as flechas com uma precisão incrível. Quando faltavam apenas uns cinco, Ariane desceu da pedra escorregando e os atacou com uma faca, numa rapidez impressionante.

– Viu, meu plano deu certo! – falou assim que acertou o ultimo – Continuamos completamente vivos. Mágico, não?

Sem responder, Dennis pulou da pedra. Depois olhou de volta para mim.

– Precisa de ajuda para descer?

Me agachei apoiando a mão num ponto mais alto da pedra e saltei dali, caindo com um baque surdo no meio do escasso gelo que ainda se prendia no chão dali.

– Não. – respondi me endireitando – Sabem para que lado fica a rodovia?

– Para o norte. – Ariane respondeu pensativa.

– Eu disse que era para o norte! – comemorei comigo mesma, até lembrar que havia saído vitoriosa sobre mim mesma.

– Vamos te levar até lá. Meu carro está na rodovia, íamos para lá de qualquer maneira. – Dennis falou guardando o arco de volta na mochila e a ajeitando nos ombros.

Assenti e fomos andando por entre as árvores e finalmente não precisava falar sozinha. Os dois não paravam de discutir um segundo por coisas bobas, até pareciam irmãos. Minutos depois consegui ver pessoas andando, e saí correndo em direção a eles na esperança de que fosse alguém procurando por mim. E realmente era.

Daryl e Carol andavam por ali olhando em volta parecendo procurar algo – provavelmente eu. Corri até eles e, com o barulho de passos, Daryl apontou a besta e assim que viu que era eu a abaixou. Mas algo o fez levantá-la novamente. Olhei para trás vendo que o motivo era Dennis e Ariane, e parei de ir até eles.

– Abaixe isso, eles são amigos. – pedi esperando que os outros dois chegassem até mim.

– Certeza? – perguntou Daryl, desconfiado.

– Claro. – revirei os olhos.

Ele abaixou a besta e voltamos para a estrada que não estava tão longe.

– Beth? – perguntei ao chegar lá.

– Estamos tentando resolver isso. – Rick falou parecendo nervoso.

– Eu já disse que quero ir atrás dela! – Maggie praticamente gritou, possessa.

– Você está muito nervosa, se acalme, e então conversamos direito. – Reed tentou ajudar.

– Conversar sobre o que? Vocês não querem deixar que eu vá!

As bochecha de Maggie estavam vermelhas e sua boca estava entortada, como sempre ficava quando estava com raiva ou triste. No caso ela estava os dois.

– Maggie, se acalme. – Herschel tentou acalmá-la. Me perguntei como conseguia manter a calma com a filha mais nova desaparecida.

– Pai... – tentou argumentar, mas se engasgou no meio – Pai, temos que encontrá-la...

– Nós vamos atrás da Beth, ok? Não vamos deixar nada acontecer a ela. – Glenn acariciou seu rosto preocupadamente.

Ela abriu a boca para responder, mas foi interrompida por um barulho alto de pneus cantando e aceleração. Uma moto.

Todos nos viramos para o mesmo lado e logo na curva apareceu uma moto, o capacete nos impossibilitando identificar quem a pilotava. Mas dava para ver quem estava na garupa.

– Acho que não vai ser mais preciso. – Lola resmungou, enquanto Beth descia da moto que parara alguns metros atrás.

Bonus Track

Woodburry, dois dias antes

– Governador, eles conseguiram fugir. – Dean correu preocupado em direção ao homem.

– Danos? – ele perguntou olhando para os portões ainda intactos.

– Sam e Devan mortos, Jessie ferida. E... Perdemos alguns dos moradores. Três garotas e...Melissa.

O homem seguiu para seu apartamento com uma carranca de desprezo. Aquelas pessoas não tinham o direito de invadir uma cidade com pessoas inocentes, atirarem, irem embora e ainda levarem as pessoas que viviam ali. Não que Melissa fosse lhe fazer falta, já estava sendo uma pedra no sapato. Só a mantinha por perto por, como dizia, sua utilidade física e por poder conseguir a tal pesquisa de cura. Nada mais.

– Eles voltarão. – resmungou destrancando a porta de sua sala “secreta” e transformando sua careta em uma expressão carinhosa, abriu a gaiola onde mantinha sua maior preciosidade – Não será um problema, não é, Penny? Nós ainda temos nossas cartas na manga. Temos algo para atraí-los de volta.

E com uma breve carícia em Penny, voltou para seu quarto já pensando em como colocar seus planos em ação.


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Notas finais do capítulo

Os personagens que apareceram foram os mandados por Denis Filho e Walker Lilith. Personagens LINDOS! :3

E podem esperar que vão aparecer mais personagens, ok? Pode ser que no próximo o de vocês apareça... Ou no outro... Ou no outro... Vou colocá-los no decorrer da história.

Espero que tenham gostadoooo!

Beijos e até a próxima ♥