Destinos Entrelaçados escrita por teffy-chan


Capítulo 18
Capítulo 18 - Presos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inteiramente e completamente Tadahiko, espero que gostem =D
Boa leitura^^



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Depois de passarem o dia inteiro no karaoke (onde alguns acabaram mesmo ficando sem voz) a viagem finalmente chegou ao fim e todos tiveram que voltar para suas casas. E, alguns dias depois, após passar muito tempo planejando, um novo plano maligno foi arquitetado.


– Humm... o que...? - Nagihiko coçou os olhos, sonolento, e um tanto confuso sobre onde estava ou que dia era hoje. Depois de piscar algumas vezes, viu algumas mechas de cabelo loiro com cheiro de morango ao seu lado e percebeu que não estava sozinho - Hotori... kun? Mas eu pensei que a viagem tinha acabado, então por que...?
– Ohayou, minha cara Ex-Rainha! - uma voz feminina e estridente exclamou, fazendo Nagi despertar rapidamente de seu estado de sonolência, e ser atingido por um baita mau-humor. Virou-se na direção dos pés da cama e deu de cara com uma tela gigante, redonda e flutuante, que mostrava uma garota ruiva sorridente. Shiori estava no Chara Nari agora, e sorria malignamente para ele do outro lado da tela - Finalmente acordou! Você dorme demais, sabia?! Agora me faça um favor e acorde o Chibi King pra mim também, Ex-Rainha!
– Tennousu Shiori... é claro, você é a única que ainda me chama de Ex-Rainha - Nagi respondeu de cara amarrada - O que está planejando dessa vez, hein??
– Já vou explicar! Mas primeiro acorde o Chibi King, porque eu não quero ter que explicar duas vezes!
– Mas hein...? Fujisaki-kun? - ouviu-se a voz sonolenta de Tadase, que devia ter acordado com toda aquela conversa - Por que... waaaah... por que você está aqui? - ele perguntou entre um bocejo - O que está acontecendo?
– Ohayou Chibi King! - Shiori cumprimentou sorridente - Agora que Sua Majestade já acordou, posso explicar a situação, embora eu ache que vocês já devem ter entendido por si mesmos, não é?
– Ah, sim... estamos no seu mundo de ilusões de novo, não é? - Nagi perguntou astutamente
– Pin-pon! Ponto pra Ex-Rainha!
– É Valete! - ele corrigou
– Tanto faz. E, antes de se preocupar com o lugar em que estão, eu acharia melhor vocês repararem melhor nas suas roupas - ela apontou displicentemente para o Valete, e dele para o Rei.


Nagihiko e Tadase olharam para baixo ao mesmo tempo, e soltaram um grito de pavor em uníssono: Nagihiko vestia uma calça de couro preta, colada no corpo, e com pequenas aberturas do lado das duas pernas, como se estas fossem listras horizontais, deixando à mostra boa parte da coxa. Vestia um colete, também preto, que lembrava muito uma imitação barata de um colete à prova de balas, sem mangas e aberto na frente, deixando seu tórax e abdômen completamente expostos. Ainda que ele tenha procurado um zíper para fechá-lo, a roupa simplesmente não possuía. Usava também luvas de couro que iam até o pulso e deixavam metade dos dedos à mostra, um quepe de policial sobre os longos cabelos soltos, calçava botas pretas de cano longo, e tinha alguma coisa fina e comprida enrolada e pendurada na cintura que, depois de uma longa análise, ele identificou como um chicote;
Mas Tadase se encontrava em trajes ainda piores (dependendo do ponto de vista, é claro): Vestia um avental branco com babados nas alças por cima do peito nu e com um vistoso laço rosa amarrando-o na cintura, uma minissaia com rendas azul-bebê, calçava um par de sapatilhas brancas e meias três-quartos listradas em azul e rosa, com alguma coisa fina e comprida ligando a meia até o que quer que houvesse embaixo da saia, que eles não sabiam identificar o que era, mas que pessoas mais experientes reconheceriam como uma cinta-liga. E como se não bastasse, tinha uma uma coleira em seu pescoço com uma fina corrente presa à ela, e também uma espécie de arco de empregada azul sob os cabelos loiros e, saindo deles, duas orelhas brancas de gato.


http://img202.imageshack.us/img202/3343/tadahiko4.jpg



– M-Mas o que... o que... q-q-que raios é isso??? - Tadase berrou, entre assustado e envergonhado, e tentou levar as mãos ao peito para cobrir melhor seu corpo, mas viu que seus dois braços estavam algemados à cabeceira da cama na qual estavam deitados. Tentou mexer seus pés, mas estes também estavam algemados, cada um em um pé da cama, o que deixava suas pernas um tanto abertas demais
– Mas o que você pensa que está fazendo, sua cretina desvariada?! Já não basta tudo o que você aprontou com a gente não?? Resolveu voltar pra Easter, foi??? - Nagihiko berrou, forçando-se a desviar os olhos daquela visão tão atrativa que era Tadase e encarando a tela que mostrava Shiori
– Ora, por favor, como se a Easter fosse me ordenar planejar uma coisa dessas, o pessoal de lá não é tão brilhante assim - a garota respondeu - Vocês estão nesse quarto apenas porque eu quis!
– Quarto...? - Tadase olhou em volta e viu que eles de fato estavam em um quarto bem grande, mais especificamente em uma cama de casal - E-Esse lugar... é diferente da casa em que estivemos da última vez
– É claro, eu alterei o cenário pra ficar mais de acordo! - Shiori exclamou, um tanto orgulhosa de si mesma - E ainda tem mais acessórios se vocês quiserem variar, viu? - ela apontou para a parede oposta, onde haviam vários cabides pendurados com todo o tipo de fantasias, desde roupas de enfermeira, de líder de torcida, de coelhinha, de miko, e até mesmo sailor fuku, até roupas de soldados do exército, espadachim, bombeiro, e até de vampiro
– Mas o que raios é tudo isso... o que você está achando que nós vamos fazer com essas fantasias, hein sua louca??? - Nagihiko indagou, com medo da resposta
– Ah, vocês, podem vestir, interpretar, depois tirar, e... enfim, o que a imaginação de vocês desejar! - ela exclamou, imaginando muito mais do que eles - Agora, eu creio que vocês já entenderam a situação, mas vou explicar assim mesmo: Vocês estão presos nesse quarto, não adianta tentar arrombar a porta e fugir, porque não vai adiantar. Eu trouxe vocês à esse mundo de ilusões, e só eu posso tirá-los daí, como bem sabem. E eu fiz isso por um único motivo...
– ... porque queremos ver o que vocês fazem quando estão sozinhos! - Yaya e Utau surgiram do outro lado da tela, uma de cada lado de Shiori, encarando os dois garotos com um sorriso pervertido em seus rostos
– Eu não acredito nisso... - Nagihiko deixou-se cair na cama, totalmente incrédulo - Mas o que raios vocês estão fazendo aí?! Enlouqueceram, foi??
– Opa, acho que esqueci de avisar que não estou sozinha dessa vez, né - Shiori respondeu, rindo sem graça - Bem, elas descobriram sobre os meus planos, e quiseram participar também. E ainda tem mais! - ela girou a cadeira em que estava sentada, desbloqueando a visão do que havia atrás da sala, e revelando Amu e Rima junto à elas
– Eu não acredito... Amu-chan e Rima-chan também?! - o Valete exclamou aparvalhado
– Olá, garotos! - cumprimentou Amu - Gostaram das fantasias que escolhemos?
Vocês escolheram isso?! - Nagi indagou incrédulo
– Sim, nós ajudamos a Shiori à escolher! Deu um trabaaalho, mas foi muito divertido!! - Rima exclamou, sorridente demais, o que Nagihiko percebeu que era porque a garota estava no Chara Change - Eu escolhi a fantasia e espadachim!
– Eu escolhi a de líder de torcida, claro! Ahh usem ela, por favooor!! - Amu exclamou, com os olhos brilhando
– Eu escolhi a de bombeiro! - Utau falou, orgulhosa de si mesma
– Yaya escolheu a de coelhinha! Ela ficaria tããããão linda no Tadase! - a Às falou com empolgação excessiva
– No final fizemos um sorteio pra ver qual fantasia colocar em vocês, já que cada uma tinha um gosto diferente... ah, mas a idéia de colocar nekomimi foi minha, viu?! Ficou uma gracinha em você, Chibi King! - Shiori exclamou, também empolgada em excesso - Agora, o que nós queremos, é ver o que vocês fazem quando estão sozinhos. E quero ver o que acontece de verdade, por isso nem alterei as personalidades e nem os corpos de vocês dessa vez! E já sabem o que vai acontecer se não obedecerem, não é?
– Deixe-me adivinhar... você vai nos manter presos nesse mundo ilusório, sem comida, sem água, e... ahh! Nosso Charas... não me diga que você...?!
– Pin-pon! Correto de novo, Ex-Rainha! - Shiori mostrou três Shugo Tamas em suas mãos, que pertenciam à Temari, Rhythm e Kiseki - Se não fizerem o que estou mandando, não vou devolvê-los. E vocês podem fazer o que quiserem, façam de tudo, mas de tudo mesmo... afinal, vocês estão em um mundo de ilusões agora, nada do que fizerem vai ser real, então não haverão consequências, certo?
– Mas você não mudou nada mesmo, hein, sua cretina dissimulada...
– Sabe como é né, eu sou fiha do Diretor da Easter afinal, acabo tendo uma recaída de vez em quando - Shiori coçou a cabeça, rindo sem graça
– Recaída, sei... aposto que você nunca se endireitou de verdade! E ainda por cima arrastou nossas amigas pro lado do mal! - o Valete exclamou, sua raiva aumentando cada vez mais
– Opa, calma lá que eu não arrastei ninguém não! Elas estão aqui por vontade própria, não obriguei ninguém à vir assistir essa cena! - Shiori defendeu-se, e as outras confirmaram com um aceno de cabeça - Bem, é isso, agora que vocês conhecem as regras, vou deixar vocês sozinhos. Divirtam-se, meninos... e espero que vocês nos divirtam também muahahahahaha!!


Shiori cortou a comunicação entres eles, ainda rindo malignamente, e posicionando melhor o espelho com moldura de lua em suas mãos para poder observá-los.


– Rindo desse jeito você parece mesmo uma vilã, sabia? - Utau observou, com uma gota na cabeça
– Talvez eu tenha nascido pra isso mesmo afinal... - Shiori comentou pensativa - Mas vocês estão aqui comigo hoje, então nem podem falar nada!
– Nee, nee, isso não vai dar problema depois que eles se libertarem? - Rima perguntou
– Ahh é verdade! O Nagihiko então, é tão vingativo... não quero nem ver o que ele faria com aquela Naginata! - Amu exclamou um tanto amedrontada
– Não dará problema se eles não lembrarem de nada - Shiori respondeu - Eu posso manipular as lembranças deles, esqueceu? Da primeira vez que prendi vocês, eu selei as memórias do Valete, e ele não se lembrou de nada do que tinha acontecido até eu quebrar o selo... se eu fizer isso de novo, eles não vão se lembrar desse incidente, então não tem problema - ela explicou - Aliás, isso me lembra... está na hora de libertá-los. Obrigada pela cooperação, pequeninos, podem sair agora! - ela soltou os três Shugo Tamas, e os Charas do Rei e do Valete puderam sair
– Francamente, pensei que ia nos prender de verdade, plebéia! - Kiseki exclamou, virando a cabeça de um lado para o outro e estalando o pescoço
– Ainda não sei se isso foi uma boa idéia... se o Nagihiko descobrir que cooperamos com isso, vai ficar uma fera conosco! - Temari exclamou um tanto temerosa
– Ihh relaxa, ele vai se divertir tanto hoje que não vai nem lembrar disso! - Rhythm exclamou despreocupado
– Você é que é relaxado demais! - Kiseki apontou um dedo acusador para Rhythm - Ainda acho que a Temari tem razão, isso não está certo... espionar a intimidade de um Rei assim, é tão ultrajante!
– Sem falar em embaraçoso... o-olhem, eu não quero ficar aqui pra ver isso, então vou indo na frente, tudo bem? - Temari perguntou, dirigindo-se à porta
– Ahh claro, sem problemas, obrigada pela ajuda! - Shiori acenou para a Chara
– Espera aí Temari, eu vou também! - Kiseki exclamou - Ei, você não vem, Rhythm??
– Não, eu vou assistir mais um pouco - ele disse, se juntando às garotas para apreciar melhor o espetáculo
– Eu não acredito... você vai mesmo assistir isso?!
– Desiste, Kiseki, esse daí não tem jeito - Temari sentenciou - Melhor irmos logo antes que seja tarde demais.


Os dois Charas partiram, restando apenas Rhythm, que assistia aos acontecimentos, tão empolgado quanto as garotas, que se amontoaram ao redor de Shiori para observar melhor o espelho nas mãos dela que mostrava tudo o que acontecia no quarto ilusório em que se encontravam o Rei e o Valete.
E enquanto isso, no quarto em questão...


– Eu ainda não acredito que isso está acontecendo... o que aquelas garotas têm na cabeça?! - Nagihiko exclamou, entre irritado e envergonhado, sentando-se na cama ao lado de Tadase - Até a Amu-chan e a Rima-chan se juntaram à elas... eu vou acabar com aquelas stalkers pervertidas quando sair daqui, eu juro que vou!!
– Ano, Fujisaki-kun... o q-que vamos fazer agora? - Tadase perguntou timidamente
– Ah... e-eu não sei... quero dizer, eu sei o que elas querem que a gente faça, mas... só em pensar em fazer isso na frente de outras pessoas... não sei se posso fazer isso
– Não é isso... etto... é que eu... b-bem, eu estou preso aqui, e... estou começando a ficar com fome - Tadase murmurou sem graça, puxando seus braços e tentando inutilmente se soltar das algemas que o prendia, coisa que era impossível com a pouca força que possuía
– Ahh sim, prender você desse jeito foi golpe baixo mesmo - Nagi concordou, olhando em volta pra ver se encontrava algo para comer, até que viu uma caixa de bombons em cima da mesa-de-cabeceira - Ah, não temos comida, mas tem uns bombons aqui, você quer?
– Quero! - o loiro exclamou prontamente - Ah... mas... e-eu estou preso... não consigo comer sozinho
– Ah, sim... bom, eu... e-eu posso dar pra você... se quiser. Vai ser como... nas tarefas do Valete, sabe? - Nagihiko o encarou com o canto dos olhos, envergonahdo, e viu Tadase corar também
– Então... s-se não for muito incômodo pra você - Tadase sorriu sem graça, abrindo a boca em seguida, e corando furiosamente. Nagihiko depositou um dos bombons em sua boca, tocando de leve os lábios do Rei com os dedos
– Humm... isso é uma delícia! Eu quero mais - Tadase falou de boca cheia, engolindo o bombom com pressa. Achou o gosto estranhamente familiar, mas supôs que devia ser de alguma marca conhecida e resolveu deixar isso pra lá, não dando a importância que devia ao assunto, e abrindo a boca de novo. Nagi depositou outro bombom em sua boca, começando a se acostumar com a situação. Não era a primeira vez que fazia isso afinal - Isso é mesmo muito bom... você também devia provar, Fujisaki-kun
– Certo, então - Nagihiko também comeu um bombom, sentindo o sabor doce e cremoso de chocolate misturado à alguma outra coisa que ele não conhecia em sua boca - Uau, é gostoso mesmo... e parece que faz a gente querer mais - ele engoliu com pressa e comeu outro bombom
– Ei, não coma tudo sozinho! Eu também quero! - Tadase reclamou, e Nagi lhe deu outro bombom, começando a alternar entre alimentar Tadase e provar um chocolate ele mesmo. Quando esvaziaram mais da metade da caixa, começarama ficar com sede, e acharam melhor parar de comer, já que não tinham água por perto
– Esses bombons... me deixaram... com calor - Tadase comentou, estranhamente ofegante, e mais corado do que o necessário
– Sério? Eles me deixaram foi com sede... e também... p-parece que estou sentindo meio estranho... - Nagihiko respondeu, começando a ficar ofegante também
– Estranho como?
– E-Eu não sei... me sinto meio tonto, e... está quente, eu acho... não ficou meio abafado aqui? - ele perguntou, sacudindo o colete que usava numa tentativa inútil de se ventilar
– Sim... e também... e-eu não sei porque, mas... estou com tanta vontade de te ficar perto de você agora...
– O que?! Mas você já está perto de mim, estou sentado bem do seu lado
– Sim, mas... eu quero... ficar mais perto. Fujisaki-kun, você... pode me abraçar? - Tadase pediu, encarando-o com o rosto corado e os olhos suplicantes - Eu mesmo te abraçaria agora, mas... não posso mover minhas mãos
– Ah... c-claro, tudo bem - Nagihiko deitou-se sobre ele, envolvendo o diminuto corpo de Tadase com os braços e depositando seu rosto entre a abertura do ombro e do pescoço.


O cheiro de morangos que a pele do Rei exalava pareceu deixar Nagihiko ainda mais tonto, e logo apenas sentir o cheiro do loiro já não era mais o suficiente, ele precisava sentir seu gosto também. Começou a passar a língua pela pele macia do Rei, parando ocasionalmente para depositar pequenos beijos e mordiscar seu pescoço. Tadase ofegou de surpresa e deixou escapar um gemido com o ato inesperado do Valete, mas logo se acostumou, e apenas saboreou a sensação tão maravilhosa e aprazível que era ter Nagihiko assim tão perto de si. Sentiu as mãos do maior subirem por suas costas, tocando-o diretamente na pele macia e apalpalndo suas costas nuas, saboreando cada centímetro da pele suave de Tadase, tanto com a boca quanto com as mãos. Nagi subiu um pouco, mordiscando o lóbulo da orelha do Rei e lhe arrancando um gemido ainda mais alto, e continuou distrbuindo pequenos beijos, indo para a bochecha e, quando chegou perto dos lábios, ele ergueu um pouco o corpo e encarou Tadase por alguns instantes, apreciando aquela bela figura abaixo de si. Quando seus olhos se encontraram, Nagihiko selou seus lábios nos dele, beijando-o vorazmente. Tadase corou furiosamente, e reparou que o beijo estava mais apressado e mais urgente do que os beijos cheios de delicadeza e suavidade com os quais havia se acostumado, imaginando vagamente qual seria a razão disso, mas logo se perdeu em sensações, deixando o assunto de lado. Antes do que esperava, o loiro sentiu a língua do maior tocando seus lábios, tentando forçá-los a se abrir mesmo antes de obter permissão. Com certo receio, Tadase entreabriu os lábios, e logo sentiu a língua apressada do Valete invadir sua boca com paixão, explorando cada pedacinho de sua cavidade bucal, e deixando escapar um gemido involuntário.


As mãos de Nagihiko percorriam o corpo diminuto do Rei com uma velocidade e experiência nunca vistas antes, acariciando seus cabelos, passando pelos ombros, descendo pelas costas, tocando seu quadril, até começar a adentrar o avental pelos lados e apalpar seu tórax e abdômen, tocando-o diretamente na pele, e fazendo Tadase gemer cada vez mais alto devido ao susto e à agitação que lhe invadia ao sentir aquele toque em sua pele. Quanto mais o toque de Nagihiko se intensificava, mais a agitação crescia no corpo diminuto do loiro, somando-se à elas um terrível nervosismo e uma inexplicável excitação. O Rei podia sentir a língua dele penetrar em seus lábios e explorar cada parte do interior de sua boca com movimentos extasiantes, arrancando-lhe suspiros e exclamações. Tadase podia sentir o corpo quente e incrivelmente cheiroso de Nagihiko pressionado contra o seu com perfeita precisão, contrastando com o seu próprio, que tremia, tanto por causa da agitação quanto por causa do nervosismo. Vergonha, ansiedade, agitação, receio, e até uma certa excitação mesclavam-se dentro do corpo diminuto do Rei, causando uma imensa desordem em seu interior. Antes que percebesse, Nagihiko já havia desfeito o laço que prendia o avental em sua cintura, livrando-se dele, e deixando o loiro apenas com a saia e as meias três-quartos da fantasia. Tadase deu um pequeno grito de surpresa, entre assustado e envergonhado em ter seu corpo exposto daquela maneira, mas assim que sentiu seu peito nu tocando diretamente a pele do Valete, se esqueceu completamente disso. No entanto, quando sentiu a mão de Nagi começar a adentrar sua saia, ao mesmo tempo em que começava a sentir tonturas por falta de ar, fez um enorme esforço para interromper o beijo, e disse:


– E-Espera... espera um pouco, Fujisaki-kun! - ele exclamou, ofegante - O que... o que pensa que está fazendo?!
– "O que"? Acho que você sabe muito bem o que eu estou fazendo, Hotori-kun... nós estamos brincando de polícia e ladrão - Nagihiko riu de um jeito estranho, apontando para a própria fantasia de policial que usava - Ou você preferia brincar de médico? Por mim tanto faz, e tenho certeza de que vi uma fantasia de enfermeira por aqui, ficaria uma gracinha em você...
– N-Não é disso que estou falando! - Tadase exclamou, estranhando o comentário do mais alto - É que você... v-você está... me d-de-despindo assim... isso... não é justo! Não que eu esteja reclamando, mas... n-não é justo que você fique me beijando e me t-tocando desse jeito... quando eu estou preso aqui e nem sequer posso abraçá-lo... é injusto que você fique com toda a diversão!
– Eu entendo, mas... o que posso fazer se você está preso, eu não posso te solt... ah, espera aí! - Nagi olhou novamente para a caixa de bombons quase vazia e reparou em uma pequena chave prateada ao lado dela, que ele podia jurar que não estava ali há alguns minutos atrás - Será que essa chave... é das algemas?
– E-Eu não sei, mas vale à pena tentar, não é?
– Bem, sim, mas... se você está aí preso é porque fez algo de errado, certo? - Nagihiko falou com um tom de voz estranho - Então...se você não confessar seu crime, eu não vou te soltar Ho-to-ri-kun
– O que...? M-Ma-Mas o que foi que deu em você agora?! - Tadase perguntou, corando até a raíz dos cabelos. Nagihiko parecia ter incorporado algum tipo de personagem autoritário e sádico, que, ao mesmo tempo, também era estranhamente atrativo - Não me diga que você se deixou levar por essa fantasia...? Ah, espera aí! - ele então lembrou daonde conhecia os bombons que os dois haviam comido. Eles tinham o mesmo gosto dos chocolates que Shiori lhe deu alguns dias atrás quando foi em sua casa, e lhe causou estranhas e vergonhosas reações. Como Nagihiko os comeu também, parecia ter ficado meio bêbado - Ahh céus, era só o que me faltava..
– O que falta é você confessar seu crime! Vamos, confesse, sua maid dissimulada! - Nagihiko sacou o chicote pendurado em sua cintura, e deu uma chicotada no pé da cama, como se estivesse ameaçando Tadase
– Ahh isso está ficando perigoso... - o loiro murmurou para si mesmo, sendo tomado por receio, preocupação, e alguma outra sensação muito melhor que as duas primeiras, que ele não sabia identificar o que era - M-Mas eu não tenho nada pra confessar...
– Confesse, Hotori-kun... confesse que você gosta disso... - ele passou um dedo pelo pescoço, e o deslizou até o abdômen do Rei, causando-lhe cócegas e também um forte arrepio
– Ahhn... e-eu já falei que... q-que não... aahhh!! Pare, por favor... ahhh... a-aí não! P-Por favor pare com isso, Fujisaki-kun! - Tadase desviou o rosto dele, como se o fato de não encarar Nagihiko nos olhos pudesse diminuir a enorme vergonha que sentia
– Não paro não... - Nagihiko puxou a corrente presa à coleira que Tadase usava no pescoço, obrigando o menor a encará-lo nos olhos, enquanto alargava seu sorriso, assemelhando-se terrivelmente ao Gato de Cheshire - Huhuhu... você fica uma gracinha com essa carinha toda vermelha, Hotori-kun... principalmente com essas orelhinhas de neko, sabia? Está completamente adorável assim... desse jeito só me dá cada vez mais vontade de provocá-lo - o Valete falou, enroscando a corrente da coleira em seus dedos esguios, enquanto continuava passando a mão livre displicentemente pelo corpo do menor, arrancando cada vez mais gemidos e suspiros do Rei - Portanto... eu só vou parar quando você confessar seu crime
– Aaahhhn... t-tá bem, eu... ahhn... e-eu confesso, confesso o que você quiser, mas pare com isso! - Tadase pediu, tentando inutilmente controlar seus gemidos
– Então confesse, vamos - Nagi tornou a sentar em cima de Tadase, colocando uma perna de cada lado de seu corpo, e encarando-o nos olhos
– E-Eu confesso... confesso que te amo mais do que tudo no mundo... s-se cometi algum crime, foi ter me apaixonado por aquele que sempre foi meu melhor amigo... mesmo sendo um garoto, como ele. E confesso também que... q-queria muito poder mover meus braços e pernas agora, para poder te abraçar e te t-tocar, assim como você faz comigo. Meu único crime é... ter me apaixonado por você, Fujisaki Nagihiko-kun.


Nagihiko o encarou nos olhos por longos segundos, parecendo um tanto emocioando demais com as palavras do Rei. Ele corou furiosamente, quase tanto quanto Tadase, e o encarava com a boca entreaberta e o semblante tolo. Parecia estar prestes a chorar de emoção, mas antes que o fizesse, piscou algumas vezes, como se voltasse à si, soltou a corrente presa à coleira que o loiro usava, pegou as chaves em cima da mesa-de-cabeceira, e as encaixou nas algemas que prendiam os braços do Rei, soltando Tadase. Tentou fazer o mesmo em suas pernas, mas as algemas não abriram.


– Bem, parece que você não está livre por completo ainda... vamos chamar isso de liberdade condicional, Hotori-kun - Nagi deu uma piscadela seduzente para o menor - Além do mais, o seu "crime"... talvez não tenha sido tão grave assim afinal. E mesmo se for... devo confessar que também cometi esse mesmo crime no momento em que me apaixonei por você, Hotori Tadase-kun. Eu te amo demais... mais do que qualquer outra coisa nesse mundo - Nagi acariciou a bochecha corada do menor de leve, fazendo Tadase ofegar e se arrepiar novamente, não apenas com aquele simples gesto, como também pelas palavras do Valete - Mas, se colocarmos as coisas assim... acho que na verdade o seu maior crime foi ter roubado meu coração. Mas pode deixar que eu lhe darei uma punição adequada quanto à isso... e tenha certeza de que eu o vigiarei vinte e quatro horas por dia, para que você pague pelo seu crime... começando agora - Nagihiko voltou a debruçar-se sobre o corpo do menor, roubando-lhe outro beijo.


Uma vez que estava com as mãos livres, Tadase agarrou-se aos longos cabelos do Valete, trazendo-os mais para perto, afim de aspirar mais do delicioso cheiro de cerejeiras que o garoto exalava. Logo sentiu a língua do maior invadindo o interior de sua boca novamente, enquanto suas mãos agéis percorriam velozmente o corpo diminuto embaixo dele. Nagihiko sentiu aquele delicioso cheiro de morangos invadindo suas narinas e o embriagando ainda mais, fazendo com que ele desejasse com cada vez mais urgência o garoto embaixo dele. Conforme o ritmo acelerava, tornando-se perigosamente mais intenso, mais aumentava a agitação no interior do corpo de Tadase, que podia sentir a língua do maior penetrar em seus lábios e explorar cada parte do interior de sua boca com movimentos sedutores, arrancando-lhe gemidos cada vez mais altos. A mão esquerda do Valete, que antes o segurava pela nuca, agora deslizava suavemente até seus ombros, acariciando-o, enquanto que a mão direita, antes em sua cintura, agora deslizava até a coxa, antes encoberta pela saia há poucos instantes atrás, mas agora totalmente levantada por conta dos movimentos frenéticos de suas pernas, que se tocavam e roçavam umas nas outras. Tadase moveu suas mãos um pouco mais para baixo e arrancou o colete que o Valete usava, um tanto desajeitado, e agora sentia o peito nu do garoto contra o seu corpo com perfeita precisão: O corpo do Valete estava quente e suado por conta do afobamento do rapaz, contrastando com o seu próprio, que tremia de nervosismo e excitação. Nagihiko o segurava com mais força do que o necessário, desejando-o, quase que possuindo-o. Havia certa urgência em seus beijos, cada vez mais provocantes e ardentes, como se ele quisesse dominá-lo, possuí-lo, ali e agora.


O Valete separou seus lábios dos do Rei por um instante, respirando profundamente, tentando repor o oxigênio em seu corpo, e logo que o fez, começou a distribuir-lhe beijos pelo tórax, enquanto acariciava suas costas e cintura com as mãos velozes e curiosamente experientes, causando as sensasões mais variadas em Tadase. O temor antes existente em seu peito havia sumido por completo, sendo substituído pela ansiedade, que só fazia crescer, e misturando-se à ela, estava o afobamento, o nervosismo, e até uma certa excitação. Tadase abraçou o namorado com ainda mais força, tanto para aproximar ainda mais seus corpos, quanto para apisrar melhor o cheiro delicioso que o Valete exalava. Nagihiko desceu mais um pouco, beijando Tadase agora no abdômen, pensando vagamente aonde isso iria acabar. Aos poucos, Nagi foi trocando os beijos por lambidas e pequenas mordidas, o que provocou gemidos cada vez mais altos por parte do loiro. O rosto de Tadase estava muito quente e inteiramente rubro, e ele podia sentir seu coração batendo num ritmo frenético, descompassadamente, embora já não se importasse mais com nada disso.


No entanto, como agora os dois estavam deitados na cama, e com Nagihiko por cima de Tadase, agora ambos estavam parcialmente escondidos graças aos longos cabelos do Valete. Mesmo o maior estando sem blusa, nada de muito interessante podia ser realmente visto nessa posição.
Os dois ficaram assim por um bom tempo, aproveitando a (quase) privacidade que raramente tinham, até que o cansaço lhes invadiu novamente, e nem perceberam quando adormeceram, indo despertar somente quando retornassem ao mundo real, e sem ter a menor idéia da grande euforia que haviam proporcionado àquelas que os assistiam.









*** Próximo Capítulo: Pockygame ***


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Notas finais do capítulo

Konnichiwa!
E aí o que acharam do capítulo?? Exagerei? (aposto que vcs queriam era mais -.- ) Eu me empolguei muito escrevendo isso (deu pra notar né? ) e foi quase uma tortura ter que ficar lembrando à mim mesma que eles ainda são novinhos demais pra irem até o final... (não que eu tenha planejado isso u__u )
Bom, eu espero que vcs tenham curtido bastante esse capítulo tadahiko, porque a partir daqui eu vou me concentrar um pouquinho mais em um outro casal da fic... mas eu acho que vcs vão acabar gostando assim mesmo XD
Deixem reviews onegai e façam de mim uma autora feliz!!! *o*