The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 15
capítulo quatorze




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— Narrador —

Depois de uma aula sinistramente interessante, as duas turmas — Sonserina e Grifinória — subiram os gramados, rumando para o Salão Principal a fim de almoçarem. Os únicos que permaneceram para trás, foram Alvo, Escórpio, Angelina e Rosa.

— Sabe, faz tempo que vocês não tomam chá comigo, crianças — resmungou Hagrid um pouco deprimido.

Rosa olhou para Angelina penalizada. Angelina, por sua vez, olhou para Hagrid. Os pensamentos dele eram bondosos e saudosos.

— Ah, Hagrid — disse Rosa corando —, desculpe.

— É, Hagrid — confirmou Alvo. — Desculpe-nos. Estamos muito ocupados com os N.O.M's. É muito dever.

— Eu sei, eu sei — suspirou Hagrid. — Eu não devia cobrar tanto assim de vocês esse ano.

— Se quiser — sugeriu Escórpio —, podemos vir aqui no domingo. Amanhã é a primeira visita à Hogsmead, mas, domingo, teremos uma folga. Não tô a fim de fazer nenhum dever mesmo — ele deu de ombros. Rosa o olhou escandalizada, mas não disse nada: ela viu o rosto de Hagrid iluminar-se.

— Vocês viriam mesmo? — perguntou esperançoso.

— Claro — respondeu Alvo com seus olhos verdes brilhantes faiscando de sinceridade.

— Ah, que bom! Então chamem Tiago e Teddy? — Angelina viu Escórpio fazer uma careta. Ele não se dava muito bem com Tiago. — E vocês também, Rosa e Angelina? E Lily?

— Sim — responderam as duas em uníssono.

— Então está combinado — sorriu Hagrid. — Agora vão. Senão vão perder o almoço — e dizendo isso, fez um gesto para os quatro subirem.

Os quatro subiram os gramados juntos. Angelina adentrava os pensamentos de Escórpio Malfoy, que parecia ser diferente do meu quando nessa idade. Quer dizer, ser arrogante e irritante, fazia parte dele. Porém, não se incomodava em ir visitar Hagrid, como certamente seu pai não teria feito. Ele gostava de desafiar o pai e o avô — que ainda tinha mania de Sangue Puro.

Ao chegaram os portões do Salão Principal, Alvo parou Angelina, impedindo-a de entrar.

— O que foi? — perguntou a garota.

— Você me deve uma explicação — exigiu Alvo, decidido. Angelina o olhou com súplica.

— Agora?

— Sim, agora — respondeu ele. — Tem muita coisa estranha acontecendo.

Angelina suspirou e olhou para os lados. Todos estavam almoçando; e, a poucos metros, Rosa e Escórpio se encontravam em um silêncio constrangedor, esperando-os. Um pouco mais adiante, à mesa da Grifinória, Tiago os olhava com as sobrancelhas erguidas, o almoço, já esquecido.

Angelina olhou novamente para Alvo, que não havia desgrudado os olhos do rosto da garota, esperando uma resposta.

— Olha, vamos fazer o seguinte — disse Angelina. — Depois da festa do Dia das Bruxas, eu lhe conto tudo.

O protesto de Alvo já se formava em seus pensamentos e, antes que este pudesse verbalizá-lo, Angelina o interrompeu:

— Não estou protelando! — exclamou e Alvo arregalou os olhos. — Eu prometo, lhe contarei tudo, mas mais tarde. Depois da festa, ok?

Alvo pareceu que ia dizer algo, parou, porém, no meio a frase. Angelina sabia que ele estava aturdido com a resposta dela.

— Eu... Ah, está bem. No final da festa, não é? — disse por fim.

— Sim — assentiu Angelina.

— Está bem, então — e saiu andando e puxando Escórpio consigo, mas, ao invés de sentarem à mesa da Grifinória, foram para a mesa da Sonserina.

Angelina balançou a cabeça e seguiu com Rosa para a mesa da Grifinória. Sentaram-se e começaram a se servir. Tiago (que já estava com as vestes com o emblema da Grifinória) as olhou, já tendo terminado seu almoço. Seus amigos conversavam alegremente entre si.

O que ele queria?, pensou Tiago.

Angelina balançou a cabeça quase imperceptivelmente e, movendo os lábios, pronunciou as palavras “Depois eu conto” e Tiago assentiu.

Ela se serviu de purê de batatas e frango ensopado e colocou um pouco de suco de abóbora em seu copo. Quando começou a comer, seus olhos correram pelo salão e pararam na mesa dos professores; quase engasgou-se ao ver o professor Chase em uma conversa com a professora Marisa.

— Oi, gente — cumprimentou Lily animada, sentando-se ao lado de Rosa. — Estou morrendo de fome. — Ela olhou para Angelina. — O que esta olhando?

— O quê? — A garota virou-se assustada. — Hã, Tiago?

— Sim, linda — respondeu Tiago abrindo um sorriso de tirar o fôlego. Angelina enrubesceu, pois todos na mesa deram risadinhas.

— Essa... essa professora Marisa está aqui desde quando? — indagou Angelina.

— Está desde o meu segundo ano — falou o garoto fazendo uma careta. Ele não gostava dela de jeito nenhum. — Se querem saber, ela é maligna. Ruim igual a uma peste. Só não se ela se compara ao Lorde Sem Nariz. Mas eu acho que ela está quase empatando.

— Sirius, ela é uma professora! — Rosa o repreendeu. Tiago olhou para a prima com a expressão grave. 

— Às vezes você é tão... igual à tia Hermione, Rosa. Não é só porque ela é uma professora que ela não seja má. — Explicou ele. — Você nunca reparou em como ela trata os que acha serem inferiores a ela.

— Eu também não gosto dela — sussurrou, sem olhar para Rosa, Angelina. — Meu estômago se revira só de olhá-la. E acho que ela não gosta de mim, também.

— Mas... mas faz a aula dela comigo! — exclamou Rosa indignada. — Por que não contou, se não gosta?

— Você é a minha amiga! Eu ia lá deixar você com aquela maligna? — disse Angelina irritada; Tiago deu uma risadinha. — E eu não vou sair. — Acrescentou rapidamente ao ouvir os pensamentos da amiga.

Ignorando a pequena discussão entre as duas, Tiago indagou:

— Você não gosta dela também?

Angelina negou com a cabeça.

— Não quero mais falar nesse assunto — Angelina encerrou a conversa, sabendo o que Rosa pensava. — Temos que ir — disse descanando o copo na mesa, antes que mais alguém argumentasse alguma coisa (nesse caso, Rosa). — Defesa Contra as Artes das Trevas, Rosa.

As duas se despediram e se levantaram, indo para o Saguão de Entrada.

•••

A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas era uma das sulas que Angelina mais gostava, antes de Poções e Feitiços. Embora o professore de Poções seja um colecionador de alunos (Alvo era o preferido dele; conseguira um Potter em sua Casa, Sonserina) e queria Angelina em sua prateleira, ao lado de Alvo e os irmãos, ela gostava da matéria. E era boa mesmo nisso.

A garota sabia que Alvo não gostava tanto assim das atenções exageradas do diretor de sua Casa. Era um garoto exemplar e esforçado, e Angelina teria de enfrentá-lo depois da festa; ele seria o quarto a saber do segredo da garota.

Ela queria protelar, mas quando mais se espera que o relógio desacelere, mais rápido ele vai andar e, quando Angelina viu, logo já era a festa de Dia das Bruxas. Angelina via Alvo lançar olhares ansiosos em sua direção. Seria difícil contar a ele o seu maior segredo; no dia em que contara à Rosa e Lílian, ela estava muito abalada e não precisara contar nada a Tiago, já que este havia escutado tudo naquela mesma noite. Agora, contar a Alvo sem estar emocionalmente abalada...

Todos conversavam animadamente e comiam com entusiasmo. Ora se divertindo com os morcegos que voavam acima de suas cabeças, ora apreciando as abóboras encantadas espalhadas por todo o salão.

Após alguns momentos, Angelina ouviu um ruído vindo da garganta de Tiago, que estava sentado ao seu lado.

— O que será que ele perdeu em você? — indagou Tiago com ciúmes; Angelina sabia a quem o seu amado se referia.

— Acalme-se, Tiago. Ele só está esperando uma resposta — respondeu a garota.

— Mesmo assim... — Ele bufou irritado, voltando a comer. Jared e Marcus abafaram o riso.

Angelina revirou os olhos e olhou para o teto encantado, onde reproduzia o tempo lá fora, lembrando-se do seu vestido e de quem o dera. E como essa pessoa conhecia sua mãe? Quem o mandara? Quem era a sua mãe? Eram perguntas sem respostas.

A professora McGonagall anunciou o fim do banquete, depois que a última fatia de torta de caramelo sumira do prato e mandou os alunos irem para a cama.

Ouviram-se várias cadeiras se arrastando e centenas de estudantes se levantando totalmente saciados com o jantar de Dia das Bruxas. Ninguém se demorou, afora Alvo e Escórpio, que esperavam Angelina do lado de fora.

Torcendo para que Alvo não a estivesse esperando, Angelina levantou-se de seu lugar, seguida por Tiago, Rosa, Lílian e Teddy. Ao pisar para fora do Salão Principal, a primeira coisa que Angelina viu foi os olhos brilhantes de Lavo. Dizendo para que fossem sem ela, dirigiu-se para o garoto de cabelos rebeldes e olhos verdes. Ouviu um ruído de ouros passos e constatou que Tiago a seguia.

Angelina suspirou, nervosa, quando chegou ao amigo.

— O Escórpio pode saber? — foi a primeira pergunta que Alvo fez.

— Contanto que ele não diga a ninguém, pode — respondeu Angelina, desviando de um grupo de garotas que passavam. Ela olhou em volta. — Ah, precisaremos de um lugar reservado.

Alvo assentiu e seguiu Angelina e Tiago, que já estavam procurando uma sala de aula desocupada. Quando achou, fez sinal para que os outros entrassem.

— Então? — indagou Alvo. Tiago bufou. Mas Angelina olhava para Escórpio; este percebeu que o olhava e disse:

— Eu não vou contar. É uma promessa.

— Eu vou saber se contou ou não — falou Angelina com firmeza. Depois de uma pausa, a garota continuou: — Vocês têm que entender que é a coisa mais... difícil que eu vou falar. E a mais bizarra, também.

Alvo a olhou sem nada dizer. Então, com dificuldade, Angelina contou-lhe o seu segredo. Ela sabia que, nem Alvo nem Escórpio, estavam acreditando em sua palavra. Porém, depois de começar a responder os pensamentos dos dois, ficou difícil não acreditar.

Parecia que ficaram ali por horas, até que Angelina sentiu a presença do zelador — Argo Filch — e encerrou a conversa, deixando Alvo e Escórpio assombrados com a história de Angelina.











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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e... comentem!



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