"I don't know who you are and I don't know where you've been, maybe you're just like me."

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Sarah estava no quintal lendo um dos livros que tinha pego naquele halloween. Pegou um monte de livros, e esperava que durassem até o próximo ano, para que não ficasse intediada, já que o único dia que podia sair da casa, era no halloween. Ouviu um choro. Ela quase nunca entrava na casa, não falava com os outros fantasmas quase nunca e não atrapalhava a vida de quem estava realmente vivo, mas o choro chamou sua atenção. Era intenso, e poucas vezes ela ouvia o choro de mortos, mas não haviam moradores vivos no momento na casa.

Ela seguiu o som do choro até o jardim. Um garoto loiro chorava desesperadamente.

–Ei, garoto. - Ele a olhou de olhos inchados. -Eu conheço você de algum lugar?

–Da casa, talvez? - Ele disse, com raiva. Sentia que ela estava morta, pois ele também estava. Ele devia estar certo, ela provavelmente o viu pela casa, as poucas vezes que entrava.

–Sim, é provável. - Ele estava sentado, ela se sentou ao seu lado e abriu o livro que tinha nas mãos, começou a ler. Ele esperou para que ela saísse ou falasse algo, mas isso não aconteceu. Ele a olhou confuso.

–O que você está fazendo?

–Lendo.

–Isso eu estou vendo, mas...

–Você quer que eu saia?

–Sim.

–Hm... Que pena. - Ela voltou a olhar para o livro aberto.

–Porque você está aqui?

–Eu não sou boa com palavras, mas... Não deixo pessoas chorando sozinhas. - Ela estendeu a mão. -Sou Sarah. - Ele olhou desconfiado para a mão dela, mas acabou apertando.

–Sou Tate.

–Ah, o psicopata.

–Agora você vai embora, não vai?

–Não, estamos todos mortos mesmo, você não pode me matar. - Ela sorriu e ele devolveu um sorriso meio trêmulo.