Simplesmente Elementar escrita por Rakeel


Capítulo 9
O sumiço e a visita.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273437/chapter/9

Acordei e me preparei para ir ao colégio, mas os fatos do final de semana permaneciam fixos em minha mente, o mas logico a fazer era acreditar nas explicações que Hugo me dera e esquecer essa historia toda, e estava realmente disposta a fazer isso.

Desci, tomei meu café da manhã me despedi da minha tia e fui para o ponto mais estranhamente nem Hugo nem Victor apareceram, olhei de dentro do ônibus para rua de terra até não conseguir mais vela, mas nem sinal de nenhum dos dois,

“Eles só devem ter ido de carro ou vão faltar ao colégio” disse para mim mesma, e me agradei com essa explicação.

Quando desci no ponto da escola Vivi e Bianca já me esperavam.

___Bom dia Rachel tudo bem? Disse Bianca me cumprimentando seguida por Vivi que fez o mesmo.

____Tudo bem, mas porque vocês estavam me esperando? Perguntei quando começávamos a caminhar.

____Além da gente querer ver se estava bem, queríamos que você nos contasse oque aconteceu. Explicou Vivi

____Tem um boato que Victor quase matou um cara e espancou outros quatro. Completou Bia com os olhos arregalados.

___Boato que boato? Como o pessoal do colégio já sabe? Perguntei sem acreditar que as noticias poderiam se espalhar tão rápido

_____Não sei bem, acho que alguém do colégio estava no parque viu o que aconteceu e saio espalhando boatos exagerados, mas porque a surpresa não me diga que isso é verdade? Perguntou Bia parando a minha frente.

Decidi então contar lhes toda á historia dês da briga até a explicação de Hugo, tirando as partes que pudessem me fazer parecer louca é claro. Após explicar lhes, não me disseram nada além de um longo “haaa então foi isso” assim como os outros quando já na sala lhes contei, será que só eu achava aquela historia estranha, ou talvez simplesmente não fosse, e eu estava imaginando coisas desde o inicio. A aula começou mais Victor não apareceu, procurei por Hugo durante o intervalo, mas ela também não havia vindo ao colégio. Por mais que eu tivesse decidido aceitar a explicação de Hugo para toda essa historia quanto mais eu pensava nela mais minha mente a rejeitava como verdade.

Passeio o dia remoendo essas ideias sem entender porque não conseguia apenas ignorar isso, afinal não fazia mais que algumas semanas que conhecia os Betone e agora parecia que estava obcecada por eles.

No dia seguinte acordei sedo para ir ao colégio e fui o quanto antes possível para o ponto de ônibus, queria me apegar à ideia que Hugo e Victor estariam lá assim como já havia me acostumado, e as coisas iriam simplesmente voltar ao normal, e me animei ao ver de longe a silhueta de Hugo no ponto, corri até lá animada e segura que tudo ficaria como antes.

___Bom dia Disse com um sorriso assim que cheguei, mas olhei em volata e notei que Victor não estava lá.

___Bom dia Rachel. Respondeu Hugo completamente animado e com um sorriso no rosto.

____Onde esta seu irmão? Ele não vai para o colégio de novo? Perguntei e por algum motivo tinha medo da resposta

____Ele precisa começar o tratamento de novo por isso, meus pais acham melhor ele ficar uns dias em casa. Disse escondendo o sorriso por um minuto, mas logo voltando a sorrir, mas havia algo estranho em seus olhos algo parecido com medo isso é só coisa da sua cabeça disse em pensamento para mim mesma, antes de lhe retribuir o sorriso e dizer.

__Entendo, diga para ele que espero que melhore logo.

Embarcamos no ônibus e Hugo se sentou ao meu lado, conversamos sobre trivialidades mas seu modo de falar estava diferente apesar do sorriso, ele não tinha a animação costumeira.

Os dias foram se passando mais Victor não apareceu no colégio, já estava mais calma e convencida a respeito de toda á historia mais todo dia na hora da chamada quando a professora dizia seu nome sem haver uma resposta sentia um estranho aperto no coração quase como um mau pressentimento, e o mais estranho era que além de não velo no colégio não o vi nunca mais, mesmo sendo vizinhos, nem mesmo através da cerca o via andar pelo seu quintal era como se ele simplesmente tivesse desaparecido da face da terra. Três semanas se passaram sem que Victor aparecesse no colégio todos já haviam se esquecido da briga, e até mesmo os professores não chamavam mais seu nome durante a chamada, foi quando realmente comecei a ficar preocupada, então decidi que iria fazer lhe uma visita.

Após sair do colégio liguei para minha tia e avisei que não iria para loja, quando cheguei  em casa fiz um lanche rápido peguei  as postilas da minha mochila e as que não havia levado para o colégio e sai, indo a casa dos Betone, bati algumas vezes e quem atendeu foi a senhora Betone que aparentemente ficou surpresa ao me ver.

___ Olá Rachel, oque te traz aqui? Perguntou

___Bem é que Hugo me disse que Victor não pode ir ao colégio por enquanto então pensei em trazer a matéria para ele. Expliquei mostrando lhe as postilas que estava segurando, e pude ver que seu rosto se tornou mais calmo perante minha resposta.

___Obrigada é muito gentil da sua parte. Respondeu tentando pegar as postilas

____Eu não posso dar pessoalmente tem algumas matérias novas que é melhor que eu lhe explique. Disse desviando de suas mãos.

____Ele esta no quarto é a segunda porta a esquerda. Disse após um suspiro percebendo que seria melhor me deixar entregar.

Subi as escadas e bati na porta indicada como ninguém abriu entrei

___Oi. Disse ao entrar, Victor estava sentado próximo a janela lendo, e se levantou surpreso quando me viu deixando cair  no chão o livro que estava em suas mãos. Ele parecia um pouco pálido provavelmente não andava tomando muito sol, e também um pouco mais encorpado não que alguma vez tivesse sido franzino, mas podia se notar através da camiseta um tanto justa que seus músculos estavam um pouco maiores e mais definidos provavelmente ele andava malhando bastante e ao correr os olhos pelo quarto pude ver no canto alguns pesos e alternes oque confirmava. Vendo que ele não dizia nada comecei

___Como você não esta indo para o colégio trouxe a matéria... Disse esticando os braços apontando lhe as postilas, mas ele não moveu um musculo para pega-las apenas olhou para o chão___... vou deixar aqui para você. Disse colocando as em cima de uma escrivaninha mas, ele permanecia calado olhando para baixo, deduzi então que ele ainda deveria estar bravo por eu ter dito que ele era assustador então comecei

____Sobre oque eu disse aquele dia no parque eu queria me desculpar eu fui uma idiota... Fiz uma pausa para olhar para ele mas ele nem me olhou nem disse nada então continuei após um suspiro___...por favor não fica bravo com ele mas  eu fiz o Hugo me contar sobre seu problema de controlar a raiva, e eu acho que entendi o  porque de você não gostar de ser chamado de assustador, mas eu queria ti dizer que com doença ou sem eu não tenho medo de você nem te acho assustador, no inicio talvez até achasse mas estava errada e me envergonho disso, então se você tiver bravo comigo ou não quiser mais me ver você só precisa me falar que eu prometo te deixar em paz

Esperei que ele me respondesse mais ele continuou parado sem dizer nada

___Entendi, acho então que é melhor eu ir. Disse me virando e indo em direção a porta mas antes que pudesse tocar a maçaneta Victor passou os braços em torno dos meus ombros me abraçando

___Por favor não vai. Disse apertando mais os braços e comprimindo mais fortemente minhas costas contra seu peito. Apesar de surpresa por seu abraço não tive vontade de repeli-lo, Victor me segurava em seu abraço quente de uma forma terna, como se tivesse medo que eu fosse embora. Me virei devagar para poder olhar para seu rosto, que estava com uma expressão que misturava medo dor, e mais uma gama de sentimentos que não soube identificar.

____Vai ficar tudo bem eu vou ficar com você não precisa se preocupar. Disse abraçando o. Não sei por que o fiz ou porque disse aquilo, mas o única coisa que sentia no momento era uma vontade enorme de protegê-lo, mesmo sem saber do que, ficamos abraçados por alguns segundos sem dizer nada quando ele me soltou.

____Desculpa. Disse sem jeito olhando para o chão e dando um passo para traz.

___Não precisa se desculpar. Disse pegando sua mão e pude ver mesmo que estivesse com o rosto abaixado que ele sorriu.

___Então quer que eu te mostre a matéria? Disse notando que ele estava sem jeito.

___Sim. Respondeu então olhando para mim.

Mostrei lhe os deveres e lhe expliquei as matérias que havia perdido, enquanto ele ouvia tudo atentamente, sem dizer muita coisa, mas sorrindo timidamente para mim algumas vezes e no momento eu não precisava que ele dissesse ou respondesse alguma coisa, pois aquilo já me satisfazia.

Após explicar lhe tudo me despedi e fui em direção à porta.

____Devo voltar amanhã? Perguntei olhando para ele antes de sair que assenti-o com a cabeça, sorrindo.

Fui para casa feliz, e até mesmo meus tios ao chegarem em casa notaram meu bom humor. Mas tarde já em minha cama, pensava sobre oque havia acontecido, e pude ter total certeza que Victor nunca seria capaz de me machucar, e mesmo sem intender bem, ele ou sua família a partir daquele dia iria cumprir minha palavra e ficar ao seu lado. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*-* comentem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Simplesmente Elementar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.