Me puxou até uma parte menos movimentada, o ladeado de arvores a nossa volta se interpondo sobe o sol da tarde.

____Então começa. Mandou, parando e me soltando abruptamente, eu tendo que dar mais alguns passos para recobrar o equilíbrio.

____Oque quer que eu diga. Perguntei insegura sem saber por onde começar.

____Como vou saber não era você que queria conversar comigo. Respondeu seco andando para os lados um tanto inquieto.

 ____Sobre... oque disse  a pouco  a meu respeito é...Comecei, mas ele me interrompeu

____Não quero falar sobre isso, e você não deveria ficar escutando a conversa alheia ainda mais escondida em um lugar como aquele. Repreendeu me enérgico medindo meu corpo que permanecia encharcado.

____Não estava ali de proposito ...Afirmei alterando a voz irritada pausando me e respirando fundo para me acalmar___... eu não quero brigar com você. Disse em tom de pedido nesse momento a expressão nervosa com que ele me encarrava mudando um pouco.

____I-isso, foi você mesmo que me deu? Perguntou abrandando seu tom referindo se a corrente em seu pescoço.

___Sim, te dei pouco tempo depois que começamos a namorar oficialmente. Respondi, sorrindo instintivamente ao estimulo de lembranças felizes que inundaram minha mente, mas logo a realidade me desvencilhou delas meu sorriso se retraindo.

____Então você realmente era minha namorada... Comentou pensativo eu assentindo antes de dar alguns passos me aproximando.

____No inicio você não era muito gentil comigo, mas depois nos tornamos amigos ou alguma espécie de ramificação disso, antes de você se tornar meu namorado. Expliquei, ele me olhando um tanto confuso.

___Um abraço foi a primeira demonstração de carinho que você teve por mim... Contei, continuando perante sua falta de atitude___...assim consegue lembrar? Perguntei por fim me aproximando, envolvendo os braços em sua cintura apoiando a cabeça em seu peito, ele se curvou movendo os braços, e por um momento pensei que fosse retribruir o abraço, mas não chegou a faze-lo.

____Você esta me molhando! Alegou apenas, colocando uma mão sobre meu ombro me afastando de leve.

____Desculpa. Disse me separando dele, dando em seguida um longo suspiro decepcionada.

 O silencio se instalou por alguns segundos até ele quebra-lo com outra pergunta.

____Como foi que te conheci? Questionou em tom baixo e por algum motivo não olhava mais para mim.

____Você e sua família se mudaram para fazenda ao lado da dos meus tios, por quem fui criada. Respondi, ele parecendo confuso ao me ouvir.

____Família? Repetiu interrogativamente.

____Sim, seu pai sua mãe e seu irmão Hugo. Contei, ele balançando cabeça em negativa eu então me aproximando e tocando seu braço, mas me repeliu dando alguns passos para traz.

____Amhom é meu irmão e nossos pais estão mortos. Afirmou, crente na mentira que Amhom inventara.

____Isso não é verdade, ele não é seu irmão, e você tem mãe e pai que por sinal estão muito vivos. Desmenti, me aproximando elevando novamente minha mão até seu ombro antes de continuar ___...Você precisa acreditar em mim, Amhom esta mentindo e usando você. Pedi deslizando minha mão para a lateral de seu rosto fazendo com que me fitasse e por um segundo aceitou o gesto.

___Isso é exatamente oque ele me diz a seu respeito. Contou desconfiado novamente se afastando.

____Mas...Comecei, porem me interrompeu sem deixar que continuasse.

___Mas nada, já ouvi o suficiente. Disse parecendo confuso, antes de virar afastando se, abaixei o rosto sentindo me vencida o choro já se formando dentro de mim, quando me chamou eu então erguendo o rosto para  encarralo.

____Fica com isso, vai acabar doente andando por ai molhada desse jeito. Disse antes de me arremessar seu casaco eu pegando o mesmo no ar surpresa. Ele me fitou por alguns segundos parecendo confuso com a própria atitude, antes de se por a caminhar na direção oposta afastando se.

Segurei seu casaco entre os dedos apertando o contra o peito sentindo seu cheiro enquanto o via partir, agora meu choro jorrava livre, mas apesar de tudo naquele momento tive certeza que o meu Victor ainda estava ali dentro, e eu faria de tudo para traze-lo de volta.  

POV VICTOR ON

O que á de errado comigo porque me preocuparia se ela ficasse doente ou não.

Amhom tem sido a única família que conheço, mas porque quando me abraçou senti tanta vontade de retribuir lhe, por que seu toque sobre meu rosto foi tão reconfortante, porque quando chorou senti como se meu coração se despedaça se.

___Rachel... Sinto meu coração descompassar se só em citar seu nome. Torna se obvio para mim que sinto algo por ela, então resta me descobrir porque me sinto assim, e se esse sentimento é uma coisa boa ou má.

POV VICTOR OFF