Simplesmente Elementar escrita por Rakeel


Capítulo 29
Acordando em um pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem então já sabem elogios criticas sugestões e ameaças de morte é só passar no reviws ^^
Boa leitura :D



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Abri meus olhos sentindo minhas pálpebras pesadas, encarrei o teto branco piscando algumas vezes como se acabasse acordar de um sonho e por um instante fiquei feliz ao acreditar que todas minhas lembranças conturbadas não passam de um triste pesadelo, mas fui separada dessa ilusão sendo novamente emplacada pela realidade.

___Ai meu Deus querida você acordou. Ouvia voz de minha tia ao meu lado, seu rosto em prantos suas mãos apertando forte as minhas, foquei meus olhos observando em volta, pude ver meu tio parado próximo à cama onde estava no que aparentava ser um quarto de hospital.

_____Oque aconteceu? Perguntei ainda me sentindo perdida.

_____Houve um tipo de desmoronamento ou sei lá oque e você caiu, de muito alto quebrou uma costela que perfurou seu pulmão por causa da hemorragia você ficou três dias desacordada se não fosse, Lucas ter ti tirado da agua... ai meu Deus que bom que você acordou. Explicou de forma entre cortada sem segurar o pranto e a emoção na voz.

____A senhora sabe sobre o Victor. Perguntei sentido minha voz oscilar temendo a resposta dessa pergunta.

____Bom querida a gente fala sobre isso depois... Respondeu desviando os olhos de mim antes de se dirigir a meu tio ___Joaquim encontra algum medico ou enfermeira para avisar que ela acordou. Pediu meu tio assentindo e saindo logo em seguida.

____Eu quero saber agora. Intimei tentando me sentar, ato do qual me arrependi, pois senti uma forte dor do lado do corpo.

____Querida se acalme e não se mexa muito. Disse ao ver a minha expressão de dor, tentando de maneira receosa me arrumar novamente deitada.

____Tia, por favor, Pedi sentindo vontade de chorar, suas evasivas ao me responder me levando ao pânico.

____Bem querida eu não sei como te dizer isso... Começou mas foi interrompida.

____Se a senhora preferir posso falar com ela. Disse Lucas ao entrar no quarto.

____Eu vou ver onde seu tio foi enquanto vocês dois conversam. Respondeu minha tia levantando se, me dando um beijo na testa antes de sair apressada.

___Como se sente. Perguntou Lucas sentando se na cadeira ao lado da cama.

___Acho que bem. Respondi apenas.

____Que bom, quando vi você cair, e te tirei da agua fiquei muito preocupado. Disse em um tom estranho tentando forçar um sorriso.

____Me viu cair, oque viu lá. Perguntei apreensiva no momento com a hipótese de Lucas ter visto algo de estranho.

____Eu escute sua voz, segui o som e acabei te encontrando, eu estava na parte de baixo da cachoeira. Respondeu pausando se eu então tomando a palavra

____Sobre oque viu eu posso explicar... Comecei, mas ele me interrompeu.

___Eu não preciso nem quero saber oque aconteceu lá, prefiro pensar que foi só minha imaginação e agradeceria se deixasse assim. Pediu, confirmando que tinha visto algo estranho, mas em parte fiquei aliviada por ele não me pedir explicações.

___Mas o Victor, por favor, me diz oque aconteceu. Pedi já estando certa que a resposta não seria promissora.

____Eu não sei, quando me perguntaram oque aconteceu, para que não achassem que eu estava louco disse que teve um desmoronamento e você caiu, todos assimilaram que Victor estava com você, só que não acharam o corpo dele... Ouve um enterro simbólico ontem, sinto muito. Contou sem olhar para mim, ao ouvir suas palavras senti minha cabeça rodar, se os Betone até mesmo sem corpo fizeram um enterro isso significa que... era incapaz de terminar esse pensamento, não podia acreditar que Victor havia morrido e por minha causa, pois ele teria derrotado Amhom se eu não estivesse no caminho, as lagrimas começaram a descer desenfreadas os soluços do choro dificultando minha respiração tentei me levantar precisava falar com algum dos Betone minha suposições deviam estar erradas, tinham que estar.

____Calma querida. Disse minha tia ao entrar no quarto acompanhada do meu tio e de um medico, enquanto Lucas me segurou impedindo que me levantasse.

___Me solta, eu preciso sair daqui. Pedi sem força para me soltar, alguns segundos depois em passos rápidos o medico injetou algo em meu acesso venoso e pouco a pouco senti minha mente ficar confusa e meu olhar turvo ate tudo tornar se totalmente escuro.

Acordei horas depois, agora  com meu tio ao meu lado.

____Tio. Exclamei ainda um pouco sonolenta.

____Sou eu, sua tia saiu um pouco, mas já volta. Disse assimilando minha expressão como sendo medo.

____Tio o Victor... Comecei incapaz de terminar minha frase sentindo o choro se formar em meu peito.

___Bia contou sobre você e o filho dos Betone sentimos muito que você tenha que passar por isso, mas sua a tia seus amigos e eu estamos com você então tudo vai ficar bem. Disse na tentativa de me animar, mas qualquer de suas palavras não seriam capazes de fazê-lo.

Passei mais dois dias no hospital, meus amigos tendo ido me visitar mesmo já retornando as aulas, mas os Betone  nenhum deles apareceu. Assim que sai do hospital meu desejo era correr até a casa deles, na esperança de ouvir que tudo não passou de um plano para despistar e que Victor estava vivo.

___Tia eu posso ir á casa dos Betone? Pedi assim que entramos em casa ela me ajudando a sentar no sofá.

___Tem certeza que quer fazer isso? Perguntou, com feição preocupada, eu assentindo com a cabeça em resposta ela então prosseguindo ______... a tarde te acompanho até lá. Prometeu me dando um meio abraço tendo cuidado para não me machucar.

Quando chegamos à casa  Sra. Lisandra nos atendeu, não gostava da expressão dela parecia muito triste e cansada.

___Entrem, por favor. Convidou, nós então adentrando até a sala onde Hugo e S.r. Betone já estavam.

___Meus pêsames. Começou minha tia, a senhora Betone fazendo um pequeno gesto com a cabeça em agradecimento, meus olhos só conseguiam permanecer voltados para Hugo e senhor Betone tentando encontrar em suas expressões alguma espécie de esperança, pois não poderíamos conversar livremente em frente minha tia, por sorte a senhora Betone percebeu o motivo de eu estar ali e pediu que minha tia a acompanhasse até a cozinha deixando Hugo senhor Betone e eu sozinhos na sala.

___Podem me explicar oque aconteceu, Victor está bem não esta? Esse negocio de funeral foi só para despistar. Perguntei mesmo considerando minha pergunta idiota, mas não me importava queria de qualquer jeito me apegar a essa ilusão.

____A historia que seu amigo, contou foi útil, para explicar o ocorrido, e obrigado por me ajudar. Começou o senhor Betone ainda sem responder minha pergunta.

____Tá, mas quero saber sobre Victor. Insisti, a impaciência crescendo dentro de mim, nesse momento senhor Betone abaixou o olhar Hugo assumindo a palavra.

___Depois que Amhom atingiu Victor e soltou você ele desacordou também, voltei à consciência com meu pai me apoiando, mas todos haviam partido levando com eles o corpo de Victor, procuramos por ele, mas se ele ainda estava vivo quando o levaram a essa altura com certeza já terminaram o serviço. Respondeu com lastima e dor em sua voz nesse momento me despedaçando por dentro. Permaneci calada incapaz de expressar qualquer coisa, mas podia sentir as lagrimas silenciosas escorrerem por meu rosto foi quando o senhor Betone se levantou saindo da sala, e após alguns segundos Hugo continuou.

___A gente vai embora, afinal não tem mais porque ficarmos aqui. Disse por fim dando um sorriso tristonho.

(...)

Cerca de uma semana depois os Betone se mudaram no dia de sua partida Hugo veio até minha casa.

____Isso era do Victor, eu só li algumas paginas, mas fala muito sobre você então acho que deveria te entregar. Disse me entregando um caderno com a capa marrom muito parecido com uma agenda, antes de se levantar indo em direção à porta.

___Adeus Hugo. Disse a soleira da porta vendo o se afastar.

___Adeus fique bem tá. Despediu se me dando um leve aceno e um sorriso tristonho eu então adentrando em casa.

Encarrei e abri aquele caderno diversas vezes, sem ser capaz de lê-lo, fiquei mais alguns dias em casa, nesse intervalo de tempo meus amigos sempre apareciam para me visitar, e podia notar o cuidado que estavam tendo comigo, as meninas sempre me consolavam quando não conseguia segurar as lagrimas em sua frente, Eduardo tentava de todas as maneiras me fazer rir, e Lucas sempre me dava bons conselhos mesmo tendo se tornado mais distante desde o ocorrido, mas não podia culpa-lo era muita coisa para assimilar principalmente sem aceitar explicações.

Apos um tempo, já conseguia ir ao colégio, conversar sorrir, minha costela havia se recuperado totalmente, mas apesar de todas as aparências, só eu sabia que havia um enorme buraco oco no meio do meu peito ao qual sabia que nunca iria cicatrizar.



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Notas finais do capítulo

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