Querido Diário Otaku escrita por Panda Chan


Capítulo 29
Capítulo 29 - Espiã?


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOI PESSOAS A ESCRITORA COM DEPRESSÃO FAVORITA DE VOCÊS CHEGOU.
Obrigada a MaryHeartfilia que recomendou s fic. 11 recomendações *u*
Obrigada também a quem favoritou a fic, uma garota incompreendida, XDBinhoXD, MaryHeartfilia e Little Girl :3
Vocês são divas/divos u-u
Uma dúvida: ALguém sabe qual a margem de erro do Nyah quando ele fala sobre o número de leitores da fic?
Isso se tiver, o que eu creio que tenha, porque pqp é impossivel que a fic tenha realmente o número de leitores que aparece aqui O_O
COMO ASSIM QUASE 80? EU OVULO DE MAIS!
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273104/chapter/29

Fiquei olhando o teto branco e esperando minha loucura diminuir. Isso não aconteceu.

Como pude ser tão idiota? Todas as evidências que eu precisava estavam diante dos meus olhos e eu não queria enxergar.

Ouvi a porta do quarto sendo aberta, uma enfermeira muito bonita entrou sorridente.

- Se sente melhor senhorita Way? – sua voz era meiga e calma.

- Sim, estou –respondi meio grogue- O que é isso? – perguntei apontando pro liquido transparente que estava sendo aplicado em mim.

- Um sedativo. Tivemos que sedá-la pra que a senhorita se acalmasse.

- Eu estava calma.

- Não parecia estar – a enfermeira retirou a agulha que aplicava o sedativo do meu braço e colocou um bandaid bolinha por cima – Seu irmão a encontrou desmaiada no estacionamento com o rosto vermelho cheio de lagrimas, não precisa nem ser psicólogo para saber que a senhorita foi muito influenciada com o acidente de sua mãe.

Então Lucca havia mentido, faz sentido que tenha feito isso.

- Claro, o acidente.

- A senhorita deve ficar aqui no hospital por mais algum tempo, seu pai pediu que a deixássemos sedada para não fazer nenhum tipo de besteira.

- O que? – perguntei indignada.

- Isso mesmo mocinha – a doce e meiga enfermeira agora parecia a minha professora da pré-escola- A senhorita agora tem que ficar quietinha aqui enquanto eu vou buscar a sua próxima dose de sedativo.

- Você não devia ter posto o sedativo antes de retirar a agulha do meu braço?

- Xiiiu mocinha.

Então ela saiu do quarto mais rebolando do que andando o que foi engraçado de se ver.

Meu caro Diário, se tu realmente acredita que eu ficaria aqui sentada esperando que essa enfermeira reboladora trouxesse o sedativo que já devia ter trazido pra mim, está muitíssimo enganado.

Contei mentalmente até dez e pulei da cama procurando os meus amados tênis vermelhos. Por sorte o quarto era tão branco que isso se tornou algo fácil de fazer. Encontrei os tênis próximos a poltrona branca e os calcei rapidamente.

Sai cautelosamente, amo palavras com “mente” no final, do quarto e observei o corredor em busca da enfermeira reboladora. Ela estava no final do corredor dando, aparentemente, em cima do segurança.

Revirei os olhos com a cena e entrei apressadamente no elevador.

Observação da Jullie: Palavras que terminam com “mente” ou “ente” deixam qualquer frase mais bonita.

Me senti uma espiã depois de espionar um lugar ou uma adolescente rebelde que estava saindo escondida de casa. Era legal em sentir assim.

Claro que diferente de uma adolescente rebelde eu não estava fugindo de casa, mas sim para casa.

Antes de terminar minha fuga perguntei a uma enfermeira no balcão de informações sobre minha mãe. Ela disse que a paciente estava em estado instável e que ainda não havia passado pela cirurgia. Sai do hospital logo em seguida e peguei um ônibus para casa.

Nem ferrando seria sedada como uma maníaca por gatos, eu tenho que enfrentar as coisas de frente.

Autora

Lucca estava sentado na confortável poltrona de couro preta esperando que seu pai, ou tio, resolvesse os detalhes sobre a cirurgia de sua mãe e fosse falar com ele.

O garoto já havia perdido a conta de quantas vezes não havia passado os olhos pelo escritório do pai no tédio dos últimos minutos. Era um escritório elegante e profissional, igual seu pai. As paredes estavam ocupadas por grandes prateleiras lotadas com livros sobre medicina e arquivos de casos poucos comuns. Atrás da mesa lotada de papeis do pai/tio havia uma grande janela daqueles que vão do teto até quase o chão. Lucca olhava admirado a paisagem que era possível se ver através daquela janela. Era a cidade, toda a cidade, podia admirar a cidade e o céu sem nenhum prédio para atrapalhar também.

É algo magnífico, pensou o garoto admirado.

- Desculpe fazê-lo esperar – disse o pai se sentando em sua poltrona.

- Tudo bem, o que o senhor gostaria de discutir comigo?

Senhor. Lucca esperava que a palavra não tivesse soado tão estranha para o tio quanto soou para ele, eram raras as vezes em que o garoto chamava seu pai assim, ou melhor, tio assim. Pai, essa é outra palavra que agora soava estranha para Lucca. Como deveria chamar agora o homem a sua frente?

- Como você está lidando com as últimas descobertas, filho?

Lucca suspirou aliviado ao perceber que as coisas ainda não haviam mudado. Ainda.

- Estou confuso – admitiu- Não sei como chamar o senhor ou a senhora Elise ou a Jullie... Não sei o que pensar direito.

- Entendo – disse Daniel com um olhar observador.

Daniel era um homem observador, sua profissão exigia isso dele, por ser tão observador havia notado o que o sobrinho tentava esconder a anos.

- Se o senhor estiver pensando em me recomendar para algum psicólogo ou analista, eu não preciso disso, posso lidar com a situação sozinho e...

- Não foi por isso que eu o chamei aqui – interrompeu Daniel – Lucca, eu o criei como se fosse meu filho não apenas pela memória da minha irmã, mas por um motivo maior. Como sabe a herdeira da rede de hospitais da família é Jullie, mas eu treinei você para ser meu sucessor.

- Eu considero isso injusto com a Jullie, ela é quem merece ser sua sucessora.

- Ela não quer, eu e você sabemos bem disso, na verdade, ela nem sabe o que quer ser quando crescer. Provavelmente vai desenhar aqueles quadrinhos em preto e branco, por isso você irá me suceder – Daniel deu uma pequena pausa para ter certeza que o garoto estava entendendo o que ele dizia – Não vou tirar os direitos de minha filha, é claro, por isso tenho uma proposta a lhe fazer.

- Proposta?

- Cuide da minha filha.

- Eu já tento fazer isso, ela é muito importante para mim.

- Eu sei que é- sorriu – Você pensa que eu nunca reparei em como olhava para ela? Desde que Jullie era pequena você sempre nutriu mais do que amor de irmão por ela. Inconscientemente, você nunca a viu como sua irmãzinha.

Lucca sentiu seu sangue gelar, ele sabia e iria criticá-lo por seu pecado inocente.

- Eu sin-sinto muito se isso não o agrada...

- Não, muito pelo contraio, me agrada bastante – Lucca olhava curioso para o sorridente homem a sua frente – Eu quero que você a conquiste.

- A conquiste?

- Sim, exatamente. Minha filha é complicada e ingênua, não posso deixá-la tomando conta de si mesma por isso desejo que você a conquiste e um dia se case com ela para que juntos cuidem do meu patrimônio. O que me diz meu rapaz?

Lucca olhou para o homem e para a paisagem atrás dele, o que ele diria? Qual a resposta seria correta? Algo ético ou algo sincero?

Optou pelo que achou mais conveniente naquele momento. Sem saber decidiu uma boa parte do seu futuro somente com aquela resposta.

- Eu gostaria de tentar, senhor.
 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? E agora, o que será que rola? u_u
RIMOU!
To me sentindo uma autora de novela mexicana *-* {culpa da minha mãe isso e-e}
Beijos pra vocês e morram de inveja mortais u_u
eu arrumei um otaku muahahahahhahaha ~~corre~
adios