Querido Diário Otaku escrita por Panda Chan


Capítulo 23
Capítulo 23 - Sparks


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOI GENTE
Hoje vamos falar da nova tekpix -sóquenunca
Quero agradecer aos reviews de coração *u* Galera vocês escrevem reviews muito legais e eu amo ler eles.
Fato sobre a tia Panda: Ela só consegue escrever direito quando lê os reviews do último capitulo.
Pse >..
Quero agradecer as pessoas que favoritaram a fic Rika x e Brenda da Silva *u*
Então, esse capitulo pra mim ta meio decepcionante :/
Não tem ANdrew nem Thomas nele ~~todos choram e eu sou acertada por um tijolo~~
MÃÃÃÃS, atendendo a um pedido eu dei uma caçada na net e achei algumas pessoas parecidas com o que eu imagino dos personagens.
O link é esse:http://leis-da-alquimia.tumblr.com/private/41161865709/tumblr_mh09w9JWdH1qmanuy
Boa leitura gente



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Estava na cozinha preparando meu cereal com leite como todas as manhãs quando uma coisa me veio à memória.

Eu sempre comi bolinhos no café da manhã.

Achei estranho me lembrar disso e achei mais estranho ainda perceber que eu havia largado meus bolinhos de chocolate recheados, desde que todos os meus dentes nasceram eu como meus bolinhos diariamente. Ou pelo menos era assim até dois meses atrás.

Abri o armário onde eles ficavam guardados e encontrei alguns com a data de validade não vencida.

- Liz querida, bom dia – cumprimentou minha mãe com um lindo sorriso no rosto, o tipo de sorriso que ela faz sempre que vai tentar fazer alguma arma mortal comestível.

- Bom dia, mãe- respondi – Aonde a senhora vai toda arrumada assim?

- Vou buscar algumas coisas que esqueci na nossa antiga cidade, quer vir junto? Aposto que seus amigos iriam adorar te ver.

Um pequeno flashback me veio à cabeça, é impressionante o número de coisas que podem vir a sua mente pela manhã quando você ainda tem 10 quilos de maquiagem na cara e parece o coringa, Marco e minha ex-melhor amiga Mary namorando escondido de mim e eu tendo que saber isso por meio de uma fofoca do Gustav. Isso não foi legal.

Em outra época, só de me lembrar disso eu já recusaria o convite, porém, eu não sou a mesma de outra época agora sou uma versão mais bonita do que era antes e isso é algo que eu gostaria muito de poder jogar na cara dos meus ex-melhores amigos e de brinde usar um pouco da falsidade que eu aprendi a ter.

- Quero sim Dona Mãe, vou só tomar um banho e vestir outra roupa – subi correndo as escadas enquanto mordia o bolinho.

- ME CHAME DE MAMÃE LIZ, MAMÃE! – foi tudo que eu consegui ouvir antes de entrar debaixo do chuveiro

Tomei o banho mais rápido da minha vida, estou falando sério nem fiz o meu show de sempre! Vesti uma roupa qualquer que estava limpa e me maquiei um pouco. Não com 10 quilos como quando vou às festas, mas o suficiente pra poder olhar pra Mary e jogar na cara dela que a pequena Pikachu evoluiu para uma linda Raichu. Sorri para meu reflexo no espelho.

Fui até o carro da minha mãe e me sentei no banco do carona, ela já estava me esperando enquanto retocava a maquiagem.

- Você está linda querida

- Obrigada mãe

Coloquei meus fones de ouvido e comecei a busca por uma música boa o que estava difícil porque alguma “amiga de festa” colocou várias bandas de pop no meu celular.

Onde raios foram parar as minhas músicas? Cadê meus k-pops, j-rock, rock, entre outros?

CADÊ A MINHA VIDA?

- Aconteceu algo querida?- perguntou minha mãe com uma cara um pouco preocupada

- Nada demais mãe, só algum engraçadinho que encheu meu celular com músicas que eu não gosto.

Minha mãe riu

-Será que você não gosta?

- O que você está tentando insinuar querida Dona Mãe?

- Nada querida, apenas estou expressando uma ideia como, vocês, adolescentes dizem. Desde que nós nos mudamos pra cá você mudou tanto querida, e ainda teve aquela época pré-depressão que você teve... Eu não sei a certo o que pensar, sabe? Agora você está tão diferente, nem parece à garota que se fantasiou de princesa pra ir ao casamento da prima do seu pai.

- Mãe, foi tu que colocou aquela roupa em mim eu queria ir fantasiada de Batman.

- Isso não vem ao caso agora – fez um sinal com a mão para que eu mudasse de assunto - O que eu quero dizer é que... Você está tão mudada, teve um dia que você chegou em casa e eu nem te reconheci! Sou sua mãe e talvez esteja passando por uma das fases em que as mães não aceitam que seus filhos estão crescendo, mas você sempre será meu bebê e quando digo você quero dizer quem você é de verdade.

- Essa é quem eu sou de verdade- disse exaltada – O que você quer me dizer, mãe? Fala logo de uma vez, sem rodeios.

Ela se calou e continuou assim até chegarmos à cidade onde morávamos. Sparks não era o melhor nem o pior do lugar do mundo para se viver isso eu devo admitir, mas era sem duvidas um dos lugares com nome mais estranho. Diz a lenda que a cidade tem esse nome por causa do cachorro do antigo prefeito que foi morto durante uma guerra “servindo ao país”. Afinal, que retardado levou um cachorro pra guerra? No que um cachorro ajudaria na guerra? Será que eles imaginavam que podiam mandar o cachorro levar granadas e jogar nos inimigos? Esse mundo é um lugar realmente estranho.

Agora voltando à discrição da minha antiga cidade, o lugar é tão pequeno que se você piscar enquanto passa pela cidade você sairá na cidade vizinha. Tá, isso foi exagero, mas é realmente uma cidade pequena e moderna.

A Dona Mãe estacionou o carro em frente ao parque da cidade:

- Querida, daqui em diante você pode ir ver seus amigos e eu vou resolver algumas coisas. Esteja aqui no fim da tarde, certo?

Concordei e sai do carro. Liguei pra Mary e mandei-a reunir o nosso antigo grupo e vir ao parque, meia hora mais tarde eu estava passando o dedo sobre a tela do meu celular tentando tirar uma mancha. Demorou pra caramba até que eu percebesse que só estava aumentando mais ainda a mancha:

- Droga – murmurei

Desisti de tirar a maldita macha e resolvi deixar como está.

- Jullie! – a voz inconfundível da Mary quase me deixou surda

- Oi Mary – sorri- E oi garotos – disse pros meninos que vinham pouco atrás dela

- Quase não te reconheci!- disse Mary animada

- Nem eu, você está – morde o chocolate- Muito diferente – disse Gustav.

- Está linda c-como sempre – falou Frank ainda com seu jeito tímido

- Não – Marco abriu um de seus sorrisos que antes eu achava o mais lindo do mundo, até ver o sorriso de Andy – Ela está ainda mais bonita do que antes – beijou minha mão.

Antes eu me derreteria por isso, mas agora não pareceu nada pra mim:

- Então, como andam as coisas aqui? – perguntei

Passamos as próximas horas falando sobre as fofocas da antiga escola. Depois eles começaram a me perguntar sobre a minha nova escola:

- Então Juulie – Mary gostava de falar mais “u” do que realmente havia no meu nome- Você esta namorando?

Lembrei-me dos beijos de ontem e gelei. Não estava namorando, isso é verdade, mas não quero que eles pensem em mim como a perdedora que só beijava nerds e amigos bêbados do irmão nas festas:

- Claro, estou namorando com o garoto mais perfeito do mundo – sorri.

Marco fez uma cara estranha, espero que seja uma cara que signifique ciúmes, Mary também fez uma cara estranha, acho que ela é algo próximo a descrença, enquanto Gustav e Frank fizeram uma cara de bestas.

- Qual o nome dele?- Mary perguntou depois de alguns segundos de silencio

- Andrew- disse instintivamente

Passei a maia hora seguinte falando sobre Andrew e sobre o dia em que fomos ao parque de diversões, tirei a parte da lama e a que eu fiquei com medo da montanha russa, todos me observavam com surpresa. Nunca fui de falar das coisas detalhadamente para eles.

Quando terminei minhas historias, decidimos ir comprar algumas besteiras para comer. Mary, Frank e Gustav foram na frente deixando eu e Marco um pouco para trás.

- Nunca imaginei que você fosse ficar assim um dia- ele disse

Concordei com a cabeça e pensei no passado. Mary era a pessoa que eu queria alcançar no quesito beleza, ela era linda, tinha olhos verdes, cabelo castanho escuro e longo e a pele tinha o tom ideal de bronzeado. Era perfeita para qualquer cara, pena que pegou o cara que eu queria. Senti-me insegura e logo espantei esses pensamentos, me virei para olhar Marco fiquei surpresa ao ver que o mesmo me observava:

- Está pensando em como tudo mudou?

- Sim, um pouco. Antes meu maior desejo era alcançar a Mary no quesito beleza e agora sinto que eu consegui isso, do meu jeito estranho e nenhum pouco natural, mas consegui.

- Pra mim você sempre foi linda

- Obrigada, eu acho.

- Você não sabe, mas eu sempre quis te namorar – sorriu sem graça.

Eu levantei uma sobrancelha, sinal de confusão e descrença:

- Então por que foi namorar a Mary?

- Ela disse que você não me queria

- Eu te queria, muito – admiti.

- E não quer mais?- mostrou um clássico sorriso sedutor do tipo que depois de conviver com Andy ou Thomas não tem mais efeito algum em você

- Não, não quero.

- Quem tá perdendo é você mesmo – deu os ombros e foi andar na frente com o resto do grupo

Tive um momento nostálgico vendo isso. Desde que nos conhecemos, eu sempre andei atrás deles como se os seguisse. Nunca andei do lado da Mary quando estávamos em grupo, sempre atrás como uma seguidora fiel deles. Não posso continuar assim, agora eu não sou mais uma seguidora ou uma amiga qualquer. Agora eu sou a protagonista da minha própria historia e tenho que ser seguida e não seguir.


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Notas finais do capítulo

Só pra lembrar: As fotos do link são parecidos com como eu imagino os personagens, se alguem imagina-los de outra forma e quiser mostrar pode me mandar a foto por review ou no tumblr lá de cima pelo submit.
Espero que nao me matem porque eu fiquei com uma puta preguiça de escrever esse capitulo e ele ficou assim >.
~~desvia do elefante que algm jogou~~
hehe beijos jujubas de morango:*