Breath Of Life escrita por AnaTheresaC, Anne


Capítulo 11
Capítulo 11




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Capítulo 11

Parte 1 – Stefan Salvatore

-Obrigada por me trazeres, Stefan - falou Caroline, abrindo a porta de casa. – E obrigada por me forçares a sair de casa. Diverti-me muito.

-Eu também – disse, sendo sincero. – Eu precisava de tirar Elena dos meus pensamentos.

Ela virou-se para mim e sorriu.

-Sabes que eu estarei sempre aqui, não sabes? Não compreendo o dilema da Elena, tu és tão perfeito!

Rimos os dois e eu olhei para o chão. Caroline podia não compreender, mas eu entendia Elena. Estar dividida entre eu e o Damon… não era a primeira vez que acontecia, e havia uma grande probabilidade de ela escolher o meu irmão. Se assim fosse, tudo aquilo pelo que lutava, o meu lado mais negro, nada teria valido a pena. Eu iria embora de Mystic Falls e jamais poderia contactar com o meu irmão ou com algo relacionado com Elena, porque foi assim que tínhamos combinado antes de ela se ter transformado. E “para sempre” era um tempo muito longo.

-Stefan – chamou-me Caroline, e eu olhei para ela. Os seus olhos azuis-escuros pareciam negros com aquela luminosidade. O seu cabelo estava perfeitamente ondulado, fazendo o seu rosto parecer ainda mais angelical.

-Eu estou bem, Caroline – assegurei, mas ela não acreditou em mim. Cerrou os lábios numa linha fina e compreensão apareceu nos seus olhos.

-Queres entrar?

Ora aí estava uma coisa que eu nunca pensei que Caroline me iria pedir. Nós os dois estávamos desfeitos pelos amores da nossa vida, e não havia ninguém para nos apoiar. Estávamos sozinhos no mesmo barco.

-Seria uma honra – falei e entrámos em casa dela.

Parte 2 – Elena Gilbert

-Eu odeio aquela vadia! – gritei, escovando o meu cabelo com força. Elijah estava sentado no pequeno sofá ao pé da minha janela.

Fitei-o através do espelho e revirei os olhos.

-Vá, podes dizer. Eu sou uma vampira descontrolada.

-És uma vampira descontrolada – disse ele, com um sorriso nos lábios.

Virei-me para ele.

-Elijah!

-Mas com motivos muito fortes – ele tentou desculpar-se logo, e eu gargalhei.

-Katherine é um bom motivo. Vou torná-la o bode expiatório! – esta ideia era brilhante! E totalmente egoísta. Eu não era assim! Como é que eu podia ter mudado tanto?

-Não desligues, Elena – pediu Elijah, vindo até mim e colocando as suas mãos em volta do meu rosto. – Deixa a tua humanidade falar.

Ele era tão querido e compreensivo! Isso doía bem lá no fundo, porque só de pensar que um dia o temi, era ridículo.

-É verdade o que Katherine disse? Que tu e ela já tinham tido alguma coisa?

-Não – ele negou e eu respirei fundo. Um peso tinha saído de cima de mim. – Porquê a pergunta? Até parece que não conheces Katerina.

Ri, nervosa.

-É, isso mesmo. Para a próxima tenho que me lembrar que ela é uma mentirosa compulsiva.

Ele beijou a minha testa, o que fez o meu sangue pulsar mais forte nas minhas veias. O que se estava a passar comigo?

Ficámos olhos nos olhos, e ele não desviou o seu olhar por um só segundo. Então tomei uma ação sem pensar: quebrei a distância que havia entre nós e colei os meus lábios aos seus.

No início pensei que ele me iria afastar, mas não. Ele ficou surpreendido, mas aquela era uma sensação totalmente nova para mim. Os seus lábios tinham tudo o que eu precisava, percebi isso. Elijah começou a corresponder ao beijo e as nossas línguas começaram a dançar, a explorar cada milímetro ainda desconhecido.

As suas mãos desceram para a minha cintura e ele puxou-me mais para si. As minhas voaram para a sua nuca. Eu precisava mais do que simples beijos, mas eu não sabia bem o que era. O meu corpo era magnético, e o dele era como um imã para mim. Curiosamente, o mesmo parecia acontecer ao contrário.

-Elena – disse ele, tentando afastar-me, mas eu resisti.

-Não – falei, determinada e aprofundando o beijo.

Começámos a andar e quando notei eu estava por cima de Elijah na minha cama. Sentei-me no seu colo e tirei a camisola, revelando o meu soutien de renda branca.

-Tens a certeza? – perguntou ele, olhando-me com desejo e um pouco de medo.

-Tenho – afirmei e ataquei os seus lábios.

Eu podia arrepender-me disto depois, mas eu iria em frente com Elijah.

Parte 3 – Alicia Saltzman

O roupeiro era um pequeno monstro, como aquele das Crónicas de Nárnia. Se houvesse uma passagem para o mundo mágico, não era má ideia, mas o fundo do roupeiro era sólido que nem uma rocha. Escondi-me atrás da roupa, e comecei a pensar quanto tempo é que podia ficar ali e sobreviver com oxigénio. As minhas hipóteses não eram muitas, a única coisa que eu podia fazer era esperar Kol acordar do seu coma alcoólico, sair de casa e eu desatar a fugir para um lugar bem longe.

-Alicia! – exclamou ele e eu coloquei uma mão sob a minha boca para não se notar que eu respirava. – É melhor apareceres! Eu sei onde estás, a questão é saber se te queres render!

Render-me? Nunca! O meu orgulho era muito maior que qualquer outra coisa no mundo.

Ele abriu a porta do roupeiro e desviou as camisas e os casacos para um só lado, revelando-me.

-Eu avisei-te – disse ele e pegou no meu braço com força, fazendo-me desequilibrar e bater com a cabeça em cheio no peito dele. E que peito… Para, Alicia!

-Deixa-me ir! – mandei, fitando os seus olhos castanho escuros.

-Só para que conste, eu posso ser o rebelde da família, mas já que o meu irmão disse que podia fazer de ti o que quisesse para te arrancar a verdade, vamos começar pela sessão de tortura?

Prensou-me contra a parede, e eu ergui o queixo. Eu era muito boa a suportar a dor, uma das coisas que me podia orgulhar. Kol até me podia matar, mas jamais saberia o verdadeiro motivo de eu estar ali.

-Usas verbena, portanto não és vampira, vamos ver se és imune a wolfsbane… - ele tirou do bolso das calças umas folhas de qualquer planta e passou-as pelo meu rosto. Gargalhei, e ele não gostou nada disso.

-Tortura de escolha múltipla? Adoro! Para vampiro, és um bocado lerdo.

Dei-lhe um pontapé no meio das pernas e ele caiu de joelhos no chão. Ri, vitoriosa, sentindo-me a mulher maravilha. Ele podia ser vampiro, mas aquela parte continuaria a ser sensível para qualquer homem – humano ou não.

Corri para uma das portas, mas ela não abriu. Excelente Alicia, não te lembraste deste pormenor!, pensei para comigo.

-Estás à procura disto?

Virei-me para Kol e ele tinha uma chave na mão.

-Oh, vá lá, não pensavas mesmo que este vampiro lerdo seria tão estúpido, pois não? - ele colocou a chave dentro das calças dele. -Vem cá buscá-la!

Cerrei os dentes e cruzei os braços.

-Se é assim que levas uma miúda para a cama, esse truque é um pouco antigo – disse e semicerrei os olhos. Ah, se eu o pudesse matar! – Como tu.

-Continuamos com a sessão de tortura ou vais responder às minhas perguntas a bem?

-Prefiro morrer.

Ele aproximou-se de mim com aquela velocidade vampírica que eles têm, apanhando-me completamente desprevenida.

-Se é assim que queres… - ele pegou numa faca que estava no bolso de trás das calças. Quantas coisas é que ele tinha naqueles bolsos?! – Que comecemos.

Os seus olhos ficaram vermelhos e as veias por baixo dos olhos salientes. Ofeguei e tentei fugir, mas ele pegou-me com um braço pela cintura e com a mão livre fez um corte no meu antebraço.

Gritei de dor. Aquilo era muito pior do que o corte que ele tinha feito na minha cara.

-Já reparaste que não tens nenhuma ferida no pescoço? – murmurou ele ao meu ouvido, fazendo-me arrepios.

Então lembrei-me que Rebekah tinha aparecido na casa de banho e me tinha mordido. Não sentia nada no meu pescoço e eu estava com Kol. Ele tinha-me dado o seu sangue para curar!

-Posso fazer-te sangrar até à morte, mas não te verias livre de mim, porque por esta altura, as tuas células já absorveram a informação necessária para voltares à vida. Gostarias de ser uma vampira, Alicia?

As lágrimas vieram-me aos olhos. Ser aquilo que matou o meu pai seria a pior coisa em que me podia tornar. Eu não queria ser vampira, iria odiar-me!

-Estás a chorar? – só então percebi que estava a chorar feito um bebé e a soluçar. Ele virou-me para o encarar nos olhos, mas eu baixei o rosto. – É o teu ponto fraco!

Jamais admitiria qual era o meu ponto fraco, mas ele estava bastante perto da verdade. Ele não podia saber o real motivo da minha vinda para Mystic Falls.

-O que aconteceu, Ali?

Ele tratou-me pelo diminutivo, e estava com um tom tão brando e compreensivo, que me fez rir por entre as lágrimas.

-Se achas que vais obter alguma resposta de mim, estás enganado.

-Ataque para defesa – o seu tom de voz já tinha mudado para aquele irritante e convencido. – Gosto de raparigas assim.

Com aquilo, pude afastar-me dois passos dele. Tinha uma ótima oportunidade para fugir, não fosse aquela estúpida chave estar num lugar que eu jamais tocaria.

Parte 4 – Kol Mikaelson

Aquele era o ponto fraco dela, e eu já sabia como usar isso para obter as informações que queria. Deixei-a estar em paz durante algumas horas, sem nunca sair do lado dela. Alicia já tinha provado que era bem capaz de fugir se eu desviasse um só segundo os olhos dela.

Lá estava ela, a dormir. Sangue de vampiro causava isso nos humanos e eu deixei-a estar. Estava a planear a minha tortura e nenhuma delas seria menos dolorosa. Os cortes no antebraço tinham mais efeito nela do que aqueles desferidos na cara, era resistente a cócegas e a sua fraqueza era o medo de tornar-se vampira. Não era de admirar, a eternidade podia ser aborrecida muitas das vezes.

Aproximei a minha boca do seu ouvido.

-Vais dizer-me quem és tu, Alicia?

Ela acordou logo e virou-se para mim, assustada.

-Que estás a fazer?

-A Bela Adormecida tem que acordar – brinquei. – A tortura mais dolorosa da tua vida vai começar, se tu não me deres respostas.

Senti-a tremer e sorri de lado. Ela estava com medo de mim, e isso era excelente. Mostrei-lhe a faca que Niklaus me tinha dado para infligir dor nela.

-Qual é o teu apelido?

Ela cerrou os dentes.

-Muito bem, vamos arrancar essa linda pulseira do teu pulso?

-Não – ela escondeu a mão por trás das costas e eu revirei os olhos.

-Tu é que pediste.

Passei a faca vagarosamente pela sua coxa, rasgando as calças de ganga. O seu sangue era temivelmente sedutor para qualquer vampiro. Senti as presas a ficarem salientes e abri os meus lábios num grande sorriso. Isto iria doer-lhe profundamente, se é que não a iria matar.

-Kol – implorou ela.

-Vais dizer-me o teu apelido?

Ela negou e eu investi para o seu pescoço.

-Saltzman! – gritou ela, com as minhas presas a milímetros da sua carótida.

-Como era Alaric Saltzman?

Ela acenou com a cabeça, nervosa.

-Isto acabou de ficar subitamente muito interessante – comentei e olhei para ela, com o rosto a pequenos centímetros do dela.

©AnaTheresaC e ©Ana


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Notas finais do capítulo

E agora? O que acham que Kol fará com ela?
Só para a semana! Mas prestem atenção ao facebook, blogger e twitter!
XOXO, AnaTheresaC
FANFIC NOVA (só minha) - Mystic Secrets http://fanfiction.com.br/historia/302059/Mystic_Secrets/



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