Finn P.O.V

É NATAL, É NATAL, É NATAL. E MEU CARTÃO DE CRÉDITO NÃO AGUENTA MAIS NAAAAADA.

_ Puta merda, daqui a pouco teremos que alugar um salão de festas para fazer as trocas de presentes. – espantou-se Mike, vendo a quantidade de presentes.

_ Vamos torcer pro bebê da Aili ser o único por enquanto, e ficaremos no mesmo número de crianças. – murmurei e meu amigo riu.

_ Então que o Matt e o LeRoy se controlem dentro das calças. – resmungou Kurt, chegando com mais embrulhos – Com a Beth não me preocupo, o Theo tem cara de mosca morta.

_ São os piores Kurt, vai por mim. – retruquei e os dois riram – Mas sei lá, essa Nicoly tem cara de ser ajuizada.

_ Pois é... Então, nos preocupemos com o Matt e seu “Berryssauro”. – brincou Mike, enquanto íamos para a cozinha, onde todas as mulheres trabalhavam – Por Deus, estão fazendo comida para quantos batalhões?

Como em todos os Natais, nossos amigos voltaram à Lima para passarmos a ceia juntos. E esse ano, Mike e Tina vieram, para nossa alegria. Afinal, já havia um bom tempo que eles não vinham (eles se mudaram para a Inglaterra pouco depois de Kiara completar um ano).

_ Nós temos um batalhão por aqui esqueceu? – brincou Santana – São 29 crianças, contando com o bebê da Aili. E um bando de adultos que comem como se ainda fossem adolescentes em fase de crescimento.

_ Eu estou em fase de crescimento. – justificou Puck entrando na cozinha.

_ Crescimento pros lados só se for. – bronqueou Shelby e meu cunhado murchou enquanto todos nós ríamos – E se esqueceram de contar a Nicky e o Theo. São 31 crianças.

_ Deixa eles ouvirem vocês falando crianças que o pau come. – lembrou Rory com seu sotaque acentuado, roubando alguns biscoitos que a esposa tirava da bandeja – Ai, tá quente.

_ SAINDO DAQUI. – gritou mamãe pegando sua colher de pau – QUERO ORDEM NA MINHA COZINHA. TÁ ACHANDO QUE É ZONA ISSO AQUI?

Eita, mais Jesus no coração mamãe.

Ileina P.O.V

_ Então Aili, como meu ‘primo’ vai chamar? – perguntou Nicoly acariciando a barriga da minha irmã.

_ Bom, nós decidimos colocar o nome do pai da Aili como segundo nome. – explicou Leo, acariciando a mão de minha irmã – Mas o primeiro é surpresa, só a tia Mercedes e minha mãe sabem.

_ Eles são muito malvados de fazer isso. – reclamou Beth com um bico e todos riram. Todos menos eu, claro. E Matt percebeu.

_ Qual é Ileina, bufar não vai te ajudar em nada. – provocou ele e eu o fuzilei – Só estou falando a verdade. O Leo e a Aili se amam e vão ter um filho, desiste garota.

_ Do mesmo jeito que você desencanou da Beth? – provoquei e ele me encarou magoado.

_ Beth é minha sobrinha, é filha do meu irmão. – lembrou-me ele – Quando nós éramos pequenos eu não entendia isso e confundi meus sentimentos. Eu a amo como minha irmã, você sabe disso. E sabe que não gosto que falem nisso, pois ela não sabe.

_ Então talvez eu deva contar. – propus sorrindo e ele me agarrou pelo braço.

_ Abra a boca e eu conto que quem trocou o anticoncepcional da Aili foi você. – rosnou ele me agarrando pelo braço – Você realmente achou que fazer sua irmã engravidar faria seu pai separá-la de Leo? E ainda mais, fazer ele correr atrás de você?

_ C-c-como você sabe? – gaguejei e ele riu.

_ Eu sei de tudo Ileina. E também, esconder na sua mochila não foi uma boa ideia. A cartela caiu enquanto nós saiamos para a viagem. Quando o Leo me contou que as pílulas não tinham funcionado, juntei 2+2 e bingo. – explicou ele calmamente – Então você fica na sua, porque se tentar aprontar com o meu irmão, eu apronto com você.

E me deu as costas, indo se sentar com nossos primos na sala.

Burt P.O.V

Não tem nada melhor no mundo do que a noite do Natal. A casa fica tão cheia de gente, que chega a ser difícil se locomover. Grande parte dos móveis são levados para os quartos e colocamos a grande mesa da ceia. E é sempre um jantar muito tranquilo.

_ VAI EXPLODIR. – gritou Charlie e todos o encararam, a tempo de ver o pote de salada de batatas em frente a ele virar um vulcão.

_ CHARLES MICHAEL HUDSON. – gritou Rachel se levantando, enquanto o menino e os primos rolavam de rir.

_ O que vocês fizeram? – rosnou Pauline, encarando Kevin que ria com os primos mais velhos.

_ Bombinha. – gritaram os meninos e todos fuzilaram Blaine. Ele foi para o Brasil há algumas semanas a trabalho e quando voltou, trouxe consigo as bombinhas, que, disse ele, ser um ‘brinquedo’.

_ De quem foi a ideia? – rosnou Santana e todos abaixaram a cabeça – 1... 2...

_ FOI O NATE E O KAI. – gritaram Rony e Ben.

_ DEDO-DURO. – gritou Nate levantando, enquanto Kai afundava na cadeira.

_ Nathan Allan Fabray. – bronqueou Brittany, enquanto Santana franzia o cenho.

_ Kai Fabray. – chamou Sam e o menino ergueu apenas os olhos (a única parte visível, já que estava quase sumindo embaixo da mesa).

_ Sem brigas na mesa durante a ceia. – bronqueou Carole sem erguer os olhos do prato – Se quiserem discutir, só dia 26. Estamos todos entendidos?

_ Sim mãe. – concordaram Sam e Brittany.

_ O mesmo para todos. – lembrou Shelby encarando os outros pais – Vamos terminar o jantar logo para podermos ouvir as histórias natalinas.

Todos se calaram, voltando a comer. Aos poucos a conversa voltou e os meninos comeram a salada de batata que estava sobre a mesa, rindo e brincando. Após a refeição, enquanto os adultos tiravam a mesa, Beth, Nicky e Aili levaram os meninos sujos de salada para se trocarem.

_ Papai, o livro. – chamou Kurt, me estendendo o velho livro de histórias natalinas. Shelby havia comprado em sua lua de mel e trazido para os netos mais velhos. E desde então, todos os anos nós líamos algumas histórias até dar meia-noite.

_ Crianças, hora da história. – gritei e logo o pandemônio era geral. Sentei-me calmamente na poltrona, com Carole ao meu lado. David e Shelby se acomodaram na namoradeira e nossos filhos organizavam os pequenos pela sala.

_ Pronto vovô, pode começar. – pediu Barbra e eu concordei, abrindo o livro. Comecei com contos mais diferentes, como de bonecos de neve, arvores encantada e coisas assim. Próximo a meia noite, comecei a história mais importante: o motivo do Natal.

Como em todos os anos, eles ficaram calados, prestando total e completa atenção em cada palavra. Apesar de metade de nossa família ainda ser judia (comemoramos o Hanukkah todos os anos, conforme manda a tradição), comemoramos o Natal bem cristão.

_ Vovô, vamos orar antes da meia noite? – perguntou Kyle e eu confirmei. Apesar de não rezarem conosco, Puck, Santana, Rachel e Shelby se mantiveram de mãos unidas e em um silêncio respeitoso durante toda a prece. Ao fim, Beth e LeRoy guiaram os mais novos para cima, enquanto o ‘Papai Noel’ não vinha.

_ Quanto tempo? – perguntou Artie enquanto eu ia lá fora sujar os pés de neve para fazer as pegadas do bom velinho.

_ Dois minutos. – respondeu Shelby, ajudando as meninas a pegarem os presentes no armário. Os meninos devoravam os biscoitos e o copo de leite e David apanhava o sininho.

_ 5, 4, 3, 2, 1. – contou Quinn e David tocou o sino, escondendo rapidamente, pois logo depois uma manada infantil rompia escada abaixo.

_ Deus nos ajude. – murmurei para Carole que riu.

_ Amém. – respondeu ela – HIRAM, SEM FUTEBOL AMERICANO AQUI DENTRO.

(sei que a Nicoly era a Ashley, mas achei melhor pegar a Lua, já que tem várias cenas dela com o Arthur que eu posso usar de gif dos capítulos. Não fique chateada ok Nicky? Ah, e não sou fã de Rebelde, só pra constar)