Os Seus, Os Meus (os Deles)E Os Nossos 2 escrita por WaalPomps


Capítulo 13
Cap. 12 - Perdão


Notas iniciais do capítulo

~fugindo das pedras~
OOOOOOOOOOOI GENTE, EU SEI QUE FAZ UM MÊS QUE NÃO POSTO, NÃO ME MAAAAATEM.
Bom, em todo caso... Poha, cêis gostaram da família Jones-Fabray hein? Só pedem Ileina, e Kaila, e sei lá mais quem... HUAHUAHUAHUAHUAUH
Booooom, esse capítulo deve agradá-los (pelo menos assim espero)



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Kaila P.O.V

Eu não me lembro da época em que Ailika, Ileina e Kai não eram meus irmãos, talvez porque ela não tenha existido. Eu tinha menos de um ano quando tudo aconteceu e antes disso, eles viviam por perto. Então o que eu senti o dia que vi o caixão com o corpo de Ailika baixar não foi em nada diferente do que Kai ou Ileina sentiram.

_ Kaila? – perguntou Iwin batendo na porta do meu quarto. Me virei e o vi sorrindo – Feliz aniversário irmãzona.

Sorri para ele e corri abraçá-lo, escondendo meu rosto em seu ombro. Mesmo se passando oito meses da morte de minha irmã, papai ainda estava enterrado em tristeza, mamãe tentava fazer a casa andar e ajudar Leo com Sammy, Kai tentava se quilibrar, Ileina estava distante e Kali tentava entender tudo que acontecia. Então não era surpresa que ninguém se lembrasse do meu aniversário a não ser meu irmão e melhor amigo, Iwin.

_ E então, o que você quer fazer? – perguntou ele sorrindo – 11 anos não são completos todo dia, você já tem idade para ir para Hogwarts.

_ Não estou com muito ânimo para comemorar. – eu disse sorrindo torto e ele revirou os olhos.

_ Nem comece Kaila... Se troque que daqui a pouco tia Quinn está passando aqui... Vamos ao cinema eu, você, Kyle, Charlie, Liam, Ben, Rony e Lizzie. – disse ele saindo do quarto. Dei um sorriso enquanto tirava o pijama.

Desci as escadas e encontrei meu irmão me esperando na porta.

_ Mãe, eu e a Kaila vamos ao cinema. – disse ele entrando na cozinha. Mamãe estava sentada em meio a dúzias de papéis, já que agora ela estava voltando a trabalhar já que papai havia diminuído significantemente a carga horária dele como professor de natação.

_ Hã? Ah sim querido, com quem? – perguntou ela erguendo os olhos dos papéis. Ela estava trabalhando com a parte administrativa da empresa de tio Puck, já que ela sempre gostou de matemática.

_ Tia Q está vindo aqui nos buscar. – disse ele e eu fiquei esperando que ela falasse alguma coisa, mas ela apenas acenou com a cabeça, puxando a carteira e tirando algumas notas, passando para nós.

_ Divirtam-se. – disse ela, voltando a mexer nos papéis. Ficamos a encarando um tempo, antes que Iwin me puxasse pela mão em direção a porta de casa, onde tia Quinn já nos esperava com o carro.

_ Parabéns meu anjinho. – disse ela sorrindo do banco da frente e eu lhe dei um sorriso amarelo – Kaila, ta tudo bem meu amor?

Eu apenas neguei com a cabeça começando a chorar abraçada com Iwin.



Mercedes P.O.V

O lado bom de trabalhar com Puck era a organização exemplas que havia em sua administração. Eu fazia o balanço do fim do mês para ele e a perfeição nos livros caixas facilitava muito isso.

_ Mãe, tia Quinn está ai. – disse Kai da porta da cozinha e eu concordei. Ele saiu e logo minha cunhada apareceu com cara de poucos amigos.

_ Hey Q. – cumprimentei sorrindo – Estou terminando os cálculos e...

_ Mercedes, você sabe que dia é hoje? – perguntou ela.

_ Sábado? – tentei e ela arqueou a sobrancelha – 16 de setembro?

_ Pelo amor de Deus Mercedes. – gemeu ela – Cadê o Sam?

_ Lá no quarto. – respondi e ela se levantou. Fiquei encarando a porta, sem saber o que acontecia. Ela voltou alguns minutos depois puxando meu marido pela mão. Sam sempre fora sarado, mas ele andava magro de dar dó desde que, bom...

_ Samuel, que dia é hoje? – perguntou minha cunhada irritada.

_ Hã... 14 de setembro? – arriscou ele e Quinn bufou.

_ Hoje é 19 de setembro. E não sei se vocês conseguem se lembrar mas, há exatos onze anos, nós pegamos um vôo as pressas até o Havai, porque alguém estava chegando e o Sam estava tão em pânico que havia sumido e não tinha santo que o achasse... – ela olhou nossa cara de interrogação e gritou – PORQUE A KAILA ESTAVA NASCENDO.

Foi como um balde de água fria na minha cabeça. Eu lembrava bem do que Quinn falava... Quando a bolsa rompeu duas semanas antes do esperado, Sam entrou em pânico, pegou tudo que precisávamos e entrou no carro, só esqueceu de mim. O problema foi que ele não voltou logo depois. Ele sumiu.

Por fim, minha família voou as pressas até lá e enquanto minha sogra e tia Shelby me acompanhavam no nascimento de Kaila, o resto da família foi encontrar Sam, que havia esquecido o celular comigo. O pneu de nosso jipe havia furado e meu marido tentava dar um jeito na situação. Quando ele chegou ao hospital finalmente, nossa filha já estava no berçário.

_ Não acredito que esquecemos o aniversário dela... – sussurrou Sam encostado na pia.

É verdade que na correria dos últimos meses quase havíamos esquecido o aniversário de Kai, Kali e Iwin, mas nunca chegado a data sem lembrar.

_ Olha, eu não estou dizendo como devem agir no luto, até porque, graças a Deus, meus filhos estão todos bem. – disse Quinn solidária – Mas Kaila é filha de vocês, a PRIMEIRA filha de vocês. Aquela que vocês passaram nove meses esperando que chegasse, aquela com que vocês tanto sonharam... E nos últimos meses, ela tem vivido de migalhas do amor de vocês pela Ailika, dos reflexos da raiva de Sam pela Ileina...

_ Vou lá no quarto falar com ela... – disse Sam, tentando se esvair, mas minha cunhada impediu.

_ Ela está no cinema. – disse Quinn – Levei ela e os meninos agora de pouco e vocês precisavam ver ela chorando... Era de partir o coração, de verdade. Ela é só uma criança, não tem que passar por tudo isso.

“Em duas semanas de aula, Kali arranjou duas brigas, Kai tem matado aula direto, Iwin e Kaila estão desatentos... Blaine nos contou.” disse ela quando a olhamos interrogativos “A diretora do colégio o chamou por ele ser assistente social. As coisas estão indo assim desde o ano passado e como a escola sabe o que ocorreu em relação a Aili, não está tomando as medidas normais, que é requisitar uma avaliação sobre como as crianças estão vivendo, especialmente por Kai ser adotado. Mamãe e Shelby estão preocupadas, assim como nós todos... Sam, Mercedes, me desculpem, mas ou vocês reagem ou nós vamos tirar as crianças daqui.”

_ Pirou Quinn? – gritou Sam – Vocês não vão tirar meus filhos daqui.

_ Se for o melhor para eles Sam, vamos. – disse ela – Me diz qual foi a última vez que você saiu com seus filhos, por livre e espontânea vontade e para algo que não fosse relacionado ao Sammy? Qual foi a ultima vez que você sentou para conversar de homem para homem com o Kai? Ou o Iwin? E você Mercedes, há quanto tempo não tem um dia de garotas com a Kaila, Ileina e Kali, como você tinha direto? Há quanto tempo Sam, você não dirige uma palavra sequer a Ileina? Oito meses?

Eu senti os olhos queimando e as lágrimas começando a escorrer e me levantei indo abraçar Sam, que encarava o chão, mas passou o braço pela minha cintura quando me aproximei.

_ Eu não sei o quão doloroso é perder um filho, e Deus queira que eu nunca saiba. Mas tem outras cinco crianças aqui que precisam dos pais deles. Sammy tem o Leo, e é do Leo que ele precisa, do PAI dele. Assim como seus filhos precisam de vocês dois. – disse ela parando em frente nós dois – A escola está fazendo vista grossa dos acontecimentos, mas não fará para sempre. Logo será algo mais sério, e Kai e Ileina podem pagar por assim, assim como Kaila, Kali e Iwin, e eu sei que vocês não querem perder mais nenhum deles.



Iwin P.O.V

O filme era divertido, mas com Kaila triste nenhum de nós conseguiu aproveitar muito. Na saía, Lizzie se despediu de nós dizendo que a mãe a esperava na praça de alimentação e nós todos nos sentamos esperando tio Blaine, que viria nos buscar. Tal foi nossa surpresa quando Kali apareceu correndo.

_ Parabéns Kaila. – gritou nossa irmãzinha se jogando nos braços de minha irmã, que a abraçou escondendo o rosto e seus cabelos. Tão logo ela a soltou Kai apareceu, a abraçando e erguendo alguns centímetros do chão. Olhei em volta confuso e vi mamãe e papai se aproximando com tio Blaine.

_ Kyle, Charlie, Liam, Ben, Rony… Vamos indo? – chamou ele e os meninos concordaram dando um beijo em Kaila e um “hi-five” comigo, correndo logo depois em direção ao meu tio que acenou e saiu com eles.

Minha família ficou parada em um silêncio constrangedor até mamãe se aproximar e abaixar em frente minha irmã, abraçando-a apertado.

_ Desculpa esquecer seu aniversário meu anjo. – disse mamãe com a voz embargada e lágrimas escorrendo. Kaila a abraçou mais apertado, sorrindo de canto.

_ Não tem problema mamãe, você tem andando com a cabeça cheia. – disse minha irmã e mamãe negou, se afastando e segurando o rosto dela.

_ Nada justifica isso Kaila. – garantiu minha mãe, com um meio sorriso – Quando sua tia Quinn chegou em casa soltando os cachorros em mim, ela me fez lembrar do dia em que você nasceu e de como eu me senti naquele momento... Foi um dos dias mais felizes da minha vida, e não existe justificativa para não lembrar dele.

Minha irmã abraçou mamãe novamente e logo depois a soltou, encarando papai. Ele se abaixou sobre um joelho e abriu os braços, nos quais ela se jogou. Ele se levantou, mantendo-a abraçada a ele e eu novamente o vi chorar, como era constante ao longo dos últimos meses.

_ Minha princesa, minha pequena princesa... – eu o ouviu sussurrar para ela, mas achei que era um momento intimo demais para ficar ouvindo – Escolha um presente. Sei que não vai compensar os últimos meses, mas vai fazer eu me sentir um pouquinho melhor.

_ Bom, eu tenho o presente perfeito. – disse minha irmã com um largo sorriso.



Ileina P.O.V

Eu estava em meu dormitório trabalhando em um desenho. Havia tentado ligar para casa diversas vezes, mas ninguém atendia. Por fim deixei uma mensagem para Kaila e agora trabalhava no desenho de uma fada para mandar por correio na segunda. Sabia o quanto ela iria gostar.

_ Ileina? – chamou alguém e eu me virei, vendo a diretora na porta com um sorriso – Querida, arrume suas coisas... Vieram lhe buscar.

_ Buscar? – perguntei – Quem?

_ Esse é o quarto da Le? – ouvi uma voz fininha e logo Kali aparecia dentro do meu quarto sorrindo – Que quarto legal Le.

_ Kali? – perguntei enquanto ela corria me abraçar.

_ Arruma as coisas Le, você vai para casa passar o domingo com a gente. – comemorou ela e eu arqueei a sobrancelha – Vaaaamos, a Kaila ta lá em casa e você tem que dar um abraço nela antes que o aniversário dela termine.

Eu concordei meio atordoada, apanhando algumas roupas e jogando numa mochila. Guardei o desenho e os lápis na pasta e coloquei tudo nos ombros, saindo de mãos dadas com minha irmãzinha. Quase cai para trás quando vi na recepção meu pai nos esperando.

Ele me lançou um meio sorriso, o primeiro em meses. Me despedi da diretora e fomos para o carro com Kali tagarelando sobre como mamãe e papai (e Kai) haviam esquecido do aniversário de Kaila e que agora mamãe estava com nossas avós arrumando as pressas uma festa para nossa irmã e que ela fazia questão que eu estivesse lá.

No carro, não demorou para que minha irmã caísse no sono, deixando eu e meu pai num silêncio constrangedor. Fiquei olhando pela janela, me perguntando o porque dele não ter mandado algum de meus tios me buscar, como ele vinha fazendo nos últimos meses. Foi quando senti a mão dele segurando a minha.

_ Eu não tenho sido justo com você Ileina... – disse ele com a voz baixa, encarando a estrada – Nem com você, nem com nenhum dos seus irmãos. Sua mãe também não, mas eu sei que tenho sido mais difícil de lidar. Talvez porque, quando seus pais morreram, foi a mim que Ailika se apegou primeiro e eu tenho tomado como meu o dever de... Bom, cuidar dela.

“Eu não sei o porquê de você ter agido como agiu, e não quero que tente me explicar, todo mundo já tentou. A decisão de ter o Sammy apesar dos riscos foi dela e não posso culpar a ninguém, nem a ela mesma por isso. E eu não posso esqueceu que eu tenho outros filhos que precisam de mim, além é claro da sua mãe. Sammy já está maiozinho e Leo já consegue cuidar dele sem que nós precisemos estar lá sempre, então é hora de eu voltar a cuidar de vocês...”

Fiquei em silêncio ouvindo-o falar, sentindo sua mão grande na minha, a mesma mão que me levantou quando eu cai de bicicleta pela primeira vez, que limpou minhas lágrimas na primeira decepção, que me acalmou quando meu mundo ruiu.

_ Eu te amo papai. – sussurrei e ele sorriu, me olhando e beijando minha mão.

_ Eu te amo princesinha... Você e seus irmãos são tudo para mim, nunca esqueça disso está bem? – perguntou ele e eu concordei. Ele voltou a olhar a estrada, mas o caminho todo até em casa foi com a mão junto da minha.


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Notas finais do capítulo

Eae? Gostaram? Odiaram? Alguém ainda lê essa fic? HUAHUAHUAHU Comentem e digam o que acharam.
Ah sim... HOJE É MEU NIVER HUAHUAHUAHUA SOU CRIANÇA FELIZ OK?
Bom, me digam quem vocês querem que seja tratado nos próximos capítulos ok?
Beeeeeeeijones ;@
http://ask.fm/WaalPompeo