Quando a diretora chegou, ficou logo surpresa e veio conversar conosco, ela propôs que não deveríamos comentar com ninguém sobre o caso se não a escola poderia sofrer processo, enfim saímos da escola cada um pra sua casa, e todos iríamos nos encontrar na praça da cidade ás 06h00min pra irmos á cidade de Harrison no Arkansas á 30 km. Quem iria nos levar era o motorista de Gabrielle, já que ela e Scott também iam. Enfim cheguei em casa ás 07h00min da manhã não havia ninguém, acho que estariam por ai me procurando, quando vi o bilhete:

“Arthur, fui procurar seu pai que ainda não chegou em casa, fique tranquilo irei trazê-lo de volta e sei que você também sabe disso, deixei bolsas de sangue na geladeira se cuide meu filho, chegarei amanhã beijos de sua mãe”.

Pensei comigo mesmo que tudo iria dar certo afinal nunca aconteceu nada desse jeito antes, e acho que não seria a primeira vez. Fui pegar uma bolsa de sangue para eu comer, não só uma mais cinco, estava com muita fome, depois tomei banho e assim passou a tarde toda sem ninguém chegar em casa, e Aline não viria pra minha casa de tarde pra me ajudar, pois todos nós estávamos cansados.

Sara

Estava preocupada com Davi, afinal não via ele todo esse tempo que era incrivelmente longo para mim, estava em Lead Hill que ficava á 5 km de Diamond City também em Arkansas, lá era bem movimentado, tinha bares por todas as ruas, cassinos, era bem mais desenvolvida que minha cidade, mas era conhecida como “o lugar proibido”, porque parecia com a cidade de Las Vegas. Não sabia o que havia na minha cabeça pra pensar o porquê de Davi estar ali, mas tudo já tinha passado na minha mente, entrei no bar e muitos caras começaram a me paquerar, mas não dava bola até que quando saia esbarrei em Davi.

Davi

Procurava Sara por todos os lugares, quando segui seu cheiro que dava diretamente para a cidade de Lead Hill, mas porque Sara estaria ali, a vi entrando em um bar, e quando saiu deixei que ela esbarrasse em mim, por acaso, já estava ensaiando meu pedido de desculpa, afinal só nós homens que estamos errados sempre. Mas uma coisa me fez me tirar dos meus pensamentos conturbados, foi o beijo de Sara que parecia incrivelmente apaixonado, retribui e depois de ela acabar com o selo em nossos lábios ela falou:

– Meu amor me desculpa, por favor? Eu sei que estava errada e você só queria que nosso filho se divertisse foi tudo culpa do stress me perdoa amor e volta pra casa?

– Claro minha linda! Além do mais fiquei tão preocupado em te achar que até esqueci o porquê de termos brigados!

Ela deu um riso abaixado e saímos daquele lugar, quando chegamos em uma rua vazia próximo a Diamond City parei o carro, olhando para a expressão de Sara que não entendia nada, foi quando ela disse:

– O que você tá fazendo meu amor?

– Tentando tirar seu stress!

Coloquei a minha mão próximo a sua coxa e comecei a subir, Sara deu um gemido fraco e logo falou:

– Amor deixa de ser safado! Vamos pra casa?

– Claro que não, em casa não vai ser tão bom como aqui!

– Mas alguém pode chegar amor?

– Somos vampiros damos conta!

Desci mais a cadeira do carro e comecei a lhe beijar, Sara logo assentiu me fazendo delirar, minha calça não aguentava mais de tanta excitação, pulei e levei Sara para o banco de trás e ela subiu em cima de mim, não conhecia aquela Sara que me parecia morrer de saudades dos meus carinhos. Sara ficou por baixo dessa vez, comecei a arrancar a roupa dela com minha boca, ela estava linda e mesmo que aquele carro fosse pequeno era confortável, enfim depois de nós dois termos tirado as roupas, começamos com aquele vai vem que nós dois adorávamos, depois de fizermos tudo, nos arrumamos e voltamos para casa conversando, cansados e suados ás 05h30min, Arthur já esperava em casa, preocupado perguntou:

– Onde estavam? Porque estão tão suados?

Sara não respondeu com muita vergonha e eu continuei:

– Calam filho! Encontrei sua mãe e trouxe-a pra casa, estávamos suados porque viemos empurrando o carro que quebrou.

– Ata! Vocês se acertarem pelo menos?

– Oh e como!

Sara falou quase tapando minha boca, por mais que Arthur já tivesse idade para saber de algumas coisas, não queríamos porque gostávamos da ideia de ele ser um pouco inocente e também de descobrir as coisas sozinhas:

– Davi! Arthur pode sim quer ajuda pra alguma coisa lindo? Como você tá bonito!

– Não mãe e valeu! Vou sair tenho hora pra voltar?

Davi logo colocou a mão em meus lábios e falou:

– Não, afinal você mesmo sendo um adolescente é um vampiro e sabe se cuidar só, por favor, filho tome cuidado ok?

– Claro pai e valeu!

Arthur

Sai de casa antes que eles mudassem de ideia, que legal tinha uma família liberal, cheguei à praça e só havia Scott que usava uma camisa vermelha básica mais estilosa e uma calça jeans, já eu usava uma blusa preta, calça jeans e um casaco azul. A praça da cidade era até bonita, mas não era frequentada porque fazia muito frio, ficava perto da floresta e poderia ter marginais, tinha uma fonte que no inverno a água virava gelo e alguns bancos. Aline chegou logo depois de eu me sentar, ela estava linda com uma calça jeans, uma blusa preta regata com detalhes, com um casaco e com uma maquiagem preta, e como ela ficava deslumbrante. Ela chegou e falou:

– Olá meninos estão animados? E meninos alguém sabe onde está aquela patricinha?

Scott respondeu, pois eu estava perplexo olhando pra ela e quase babando:

– Oi! Não sei você sabe Arthur?

Respondi não sei como:

– Você sei linda tá!

Scott riu um pouco e Aline falou:

– O que? Tá falando grego garoto?

Scott por fim falou algo:

– Ele quer dizer que você tá linda e que ele sabe onde está a Gabi.

Senti meu rosto corar e o dela também, foi quando quebrei o gelo e disse:

– Sei da Gabrielle, olha ela ali.

Uma limusine se aproximou de nós e Gabrielle abriu a porta, todos entraram e falaram com ela, até mesmo Aline que parecia estar de bom humor, acho que era somente por causa do show. Chegamos á cidade de Harrison logo, e também ao local do show, o motorista estacionou o carro em outra rua e ficou nos esperando do lado de dentro do carro. Entramos e logo percebemos a quantidade de gente, vestida de todas as maneiras com maquiagens extravagantes, algumas até bonitas. Aline me puxou pra perto do palco e Scott e Gabrielle nos seguiram, o show começou e Gabrielle e Scott ficaram de fora, eu até que tinha escutado algumas músicas pra me tocar de como seria o show, estava até curtindo. Aline ficava com aqueles olhos lindos brilhando a cada música que passava foi quando Gabrielle chegou perto de mim e gritou pra que pudesse ouvir:

– Ei gato vamos ir lá pra trás comigo?

– Não! Quero ver o show.

A cara dela se fechou na hora, ela pegou Scott pela mão e foi diretamente lá para trás, Aline deu um pequeno sorriso para mim, e continuou olhando a banda tocar cheguei mais perto e peguei na mão dela, que não recuou. De repente começou a tocar uma música lenta e o vocalista da banda falou:

– Essa música aqui não tocamos muito em nossos shows, porque não parece de uma banda de heavy metal, mas enfim o nome dela é Wasting Love.

A música começou a tocar e Aline me puxou para dançar, pois todos estavam dançando, não ia ter coragem de puxá-la pra dançar, mas até que foi uma boa, de repente ela disse:

– Essa música é linda, eles quase nunca a tocam nos shows como ele mesmo falou, mas é linda.

– Igual a você!

Ela ficou vermelha, mas continuou:

– Mas sabe ela fala de um homem que desperdiça o amor, como o próprio nome já diz Wasting Love igual á Desperdiçando o amor!

Não sei como aquilo pode sair da minha boca, mas assim saiu:

– Não desperdiça o meu? Sabe te acho linda e tal, mas você nunca me deu bola, penso que não gosta de mim, sabe nunca tive coragem de te dizer isso, e agora não sei como tenho.

Ela ficou surpresa, e muito vermelha assim como eu, ela alisou meus cabelos loiros e falou:

– Sabe também gosto de você, e nunca gostei de menino nenhum e nunca disse isso a ninguém, mas você também me deu provas de que gostava da Gabi.

– Não fala nisso! Eu gosto de você e pelo visto também gosta de mim, esquece tudo que aconteceu antes, pensa no agora e não desperdiça meu amor.

Ela me olhou ainda, mas surpresa, confesso que estava surpreso comigo mesmo, não sabia de onde havia tomado coragem para fazer tudo aquilo, depois de minhas palavras que passavam tranquilidade, só pude ouvir o barulho da música lenta, Aline chegou mais próximo de mim e pude ouvir meu coração pular pra fora do peito se é que eu tinha coração. Ela me puxou pra mais perto e selou nossos lábios, não fazia nem ideia de como era aquilo, então segui seus movimentos, que pareciam que também não faziam ideia do que estavam acontecendo. Sua língua pediu permissão para adentrar em minha boca, e eu claro permiti, foi um beijo calmo e apaixonado e no clima perfeito, nunca tinha sentido nada daquele jeito, era como se todo meu corpo vibrasse de emoção, tudo respondia aos movimentos que ela fazia em minha boca, ou que nós fazíamos. Quando acabamos de nos beijar, Aline me olhou com muita vergonha, e eu também estava tentando respirar, claro eu tinha mais vantagem, mas ela estava literalmente cansada. Foi ai que ela chegou mais perto outra vez e segurou minha mão, me dando um selinho, pois nenhum de nós conseguia, mas dar outro beijo como aquele á música acabou com:

Spend your days full of emptiness Passe seus dias cheios de vazio

Spend your years full of loneliness Passe seus dias cheios de solidão

Wasting love, in a desperate caress Desperdiçando amor, numa carícia desesperada

Rolling shadows of nights Sombras rodopiantes de noites

Depois do show, encontramos Gabrielle e Scott lá atrás, Scott segurava a mão de Gabrielle que estava vomitando próximo a um carro, logo cheguei perto dela e disse:

– O que foi que aconteceu com você?

Scott respondeu por ela:

– Um cara ofereceu bebida para ela, e ela aceitou agora tá passando mal.

– Ok entrem no carro que eu levo ela.

Todos entraram, e Gabrielle continuava vomitando, comprei água e ela lavou sua boca, depois disso, a levei para um beco sem ninguém por perto, mordi meus pulsos e lhe dei um pouco de sangue, ela se recuperou na hora e eu falei usando meu controle mental:

– Preste bem atenção, quero que esqueça isso e nunca mais volte a beber nada de estranho.

Ela voltou ao normal e fomos para o carro, Gabrielle começou a falar muito como antes e todos estranharam, mas ninguém disse nada. Olhava para Aline toda hora e ela retribuía, até que chegamos á casa dela e eu lhe disse uma boa noite para disfarçar e ela retribui o que todos estranharam. Gabrielle nos deixou na praça e logo quando saímos e o carro se afastou Scott começou:

– Cara o que você fez com a rockeirinha?

– Eu só... Nada demais Scott!

– Tem certeza? Cara porque não é isso que parece!

– Eu só a beijei!

– Cara que demais, mas isso vai deixar a Gabrielle ainda mais com raiva de você, ela só falava de você no show e de como só tinha ido pra ficar perto de você, mas que você havia recusado pra ficar com a sem sal e ficava reclamando que agora tinha acabado não vendo show nenhum e ficado com um verme feito eu, que menina chata velho!

– Não me importa mais nada só sei que essa menina vai ser minha futura namorada!

– Quem Gabrielle?

– Acorda menino, te deram alguma droga lá dentro?

– Não, é só o sono batendo!

– Sono misturado com lerdeza! Mas e você só ta falando nela tá afim dela cara?

– Não que é isso a menina me odeia ela tá afim é de você beijoqueiro, eu to mesmo afim da Duda e já que você que é todo travado conseguiu beijar a Aline eu vou falar com a Eduarda amanhã, você vai ver como vou!

– É isso ai cara, é assim que se fala, enfim vou lá a gente se ver na segunda!

– Beleza cara, a gente se vê, até!

Sai da praça a caminho de casa, chegando lá meus pais já haviam dormido e amanhã seria um dia longo e triste sem Aline, enfim fui tomar banho, dormir e sonhar com a linda menina que beija bem, é gostosa, tem lindos cabelos negros e consegue tirar o ar até de um mini-vampiro como eu que agora tá se achando até amanhã.