O Cavaleiro E O Lobisomem escrita por ge-bnfo


Capítulo 20
o cavaleiro lobisomem


Notas iniciais do capítulo

É ta ai, mais um cap, hoje não tenho muito o que falar.
Eu espero que gostem!



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A gota de sangue pingou na língua de Vicent. Os cabelos dele cresceram muito, tomaram uma tonalidade branca. As duas presas que, eram ferramentas para conseguir sangue, aumentaram de tamanho. Os olhos do vampiro escureceram, perderam totalmente a vida.

Mas ele estava bem vivo, embora não parecia o mesmo. O olhar traiçoeiro procurava uma forma de sair daquele lugar. Verificava todo e qualquer detalhe, ele estava bem mais atento que antes.

-Pode sair da minha frente, humano – Vicent falava de forma bem arrogante e fez Zack se distanciar com um único olhar – o que nos temos aqui? Um cachorro malvado?

Vicent colocou a mão perto do cachorro gigante. Cerberus abriu a boca e todos que presenciavam a cena imaginaram uma mordida forte, mas não foi isso que aconteceu, o cerberus começou a lamber a mão de Vicent.

-Que droga esta acontecendo aqui? – Zack não entendia como o cachorro feroz poderia estar tão brincalhão.

-Os animais sabem muito bem a quem respeitar – Vicent olhou fixamente para um lugar, olhava para a parede a direita. Ele sentiu que alguém estava ali.

-Ele esta olhando fixamente para mim, como ele sabe que eu estou aqui? – Brandine se perguntou sem que ninguém ouvisse – eu usei magias que me camuflam totalmente, não da para sentir o meu cheiro, nem me escutar, ou muito menos ver um único átomo do meu corpo.

-Pode sair daí – Vicent socou próximo a parede e um buraco enorme se abriu – você não esta nada escondido, não sei quem é o pior para se esconder você, ou o cachorro aqui – Vicent falou algo no ouvido do cachorro e ele saiu correndo para outro lugar.

Brandine então se fez presente e se mostrou um pouco nervoso. Não estava acostumado com uma coisa tão estranha assim. Com o vampiro que ele havia criado. Havia criado algo que fugia do seu controle.

-Como você o viu Vicent? – Zack estava começando a respeitar o vampiro, tentou falar de igual para igual.

-Como ousa me chamar assim humano – O vampiro se aproximou de Zack e lhe deu um soco firme bem no meio do rosto – Vicent não existe mais, ele é fraco, fica falando, Elena! Elena! Se me perdoe ele é muito chato.

Zack não entendeu nada. Ele levantou tirou a poeira do corpo e massageou o lugar atingido pelo soco. O vampiro não sabia quem eram seus aliados, ou isso nem importava para ele. Só era importante.

-Duvido que você entenda, mas eu posso tentar explicar – Vicent deu um pouco da sua atenção ao humano – eu senti a sede de sangue dele, sua vontade de matar.

-Então você tem duas personalidades – Brandine fingia não ser inimigo de ninguém tentou agir como se estivesse numa conversa normal. Estava quase indo embora como se nada estivesse acontecendo. Era muito covarde.

-Ninguém deu permissão para você falar – Vicent desprezou Brandine – mas eu confesso que tenho que te agradecer um pouco por me criar, embora você seja só um viadinho convencido, não passa de um ilusionista fajuto.

-Com quem você acha que esta falando? – Brandine fez uns movimentos com as mãos e o lugar todo começou a entrar em chamas, como se eles estivessem dentro de um vulcão.

Era mais uma luta entre egos, do que uma disputa de verdade. Vicent não havia levantado uma mãos para cima de Brandine e o mago também não atacou diretamente.

-Pura ilusão – Vicent tirou uma das botas que estavam nos pés e jogou na cabeça de Brandine e a magia se desfez instantaneamente – você é ridículo!

Brandine se irritou profundamente. Era desprezível ser atacado daquela forma. Uma bota jogada.

-Desgraçado! – Brandine acabou com um galo na cabeça.

Zack não ficou parado. A magia que camuflava a saída também se desfez e o caminho apareceu, acabou por sair do lugar, ele pensou bem e criou um plano, ou ao menos uma saída para uma possível derrota de Vicent que provocava o mago. Ele pensou que deveria encontrar seu arco. Séria a única forma de derrotar Brandine, que era imune a ataques físicos, só magia pode derrotar magia. E as flechas de Zack eram mágicas.

Zack também pensou que a transformação de Vicent poderia acabar a qualquer momento. Então ele tinha que fazer algo rápido.

-Vais me mostrar algo mais interessante ou vais ficara ai parado mesmo? – Vicent se sentou numa cadeira invisível e colocou a mão no queixo demonstrando desinteresse.

O mago estava profundamente irritado, uma veia saltou da sua testa e ele resolveu parar de brincadeira.

-Não tenho motivos para me segurar – Brandine ficou em pé com as pernas bem abertas – acho que você não vai gostar muito do que vai ver.

Ele recitou algumas palavras indecifráveis e bateu duas palmas.

Vicent não acreditou no que viu. Não tinha como aquilo estar acontecendo, era o que ele pensava. Ele viu que tudo ainda não tinha acabado.

A mulher de cabelos loiros trazia muitas lembranças, saiu de um portal que apareceu bem ao lado do mago do submundo. Ela era parecida com Lisa sim, mas seus traços eram mais maduros o que deixava a mulher ainda mais bonita.

-Elena? – Vicent não conseguia mais manter a expressão séria, ela estava ali – eu vi você morrer, seu sangue manchou minha camisa, lembro de enterrar você.

-Trazer uma pessoa de volta a vida não é muito difícil – Brandine falava como se fosse uma coisa normal – mas é necessária muita magia para manter o humano vivo.

-Ela não é mais Elena – Vicent estava quase lacrimejando.

-Claro, que é – Brandine assobiou leve – só que agora ela não tem mais alma. Nem um mago pode trazer uma alma de volta ao corpo.

-Vicen... Vicent – Elena tentava falar.

-É você meu amor? – Vicent se aproximou desprevenido, pronto para abraçar ela.

Brandine tinha um plano muito clichê. Controlava a mulher por magia, ai quando Vicent estivesse desprevenido ele mandaria uma ordem para ela enfiar uma adaga nas costas do vampiro.

-Me de um abraço, minha amada – Vicent abriu os braços e acolheu a mulher sem alma em seu peito.

-Agora, esse vai ser o seu fim! – Brandine cantou vitoria – quem mandou me chamar de viadinho.

Antes que Elena pudesse se mexer, Vicent deixou a mão reta e enfiou no peito da mulher. Tirou o seu coração.

-Foi bom ver você de novo, mas mortos devem ficar mortos – Vicent estava com o rosto bem cruel – só eu posso viver, depois de ter morrido.

-Como você pode, matou a sua amada? – Brandine ficou espantado.

-Ela era só mais uma humana – Vicent mostrou um olhar assustador para Brandine – e o próximo a morrer vai ser você.

                                                                   X

-Vai morrer por mim? – Vivian perguntou, mas não menos desanimada que antes.

-Mataria e morreria por você – Louis estava totalmente hipnotizado pela beleza dela.

Mas antes que ele fizesse alguma besteira um barulho muito grande foi ouvido. Como se algo enorme estivesse se arrastando.

Aos poucos foi se aproximando, comendo os zumbis pelo caminho. Era uma minhoca gigante. E em cima dela estava o anão destemido, pequeno como uma formiga em contraste com a minhoca, mas sua grandeza era enorme.

O anão estava horrível. Suor por todo o corpo e não parecia estar com um cheiro muito agradável.

-Vim ajudar no que puder – Gandalfr gritou para Louis poder ouvir.

-Então esta perdendo seu tempo, eu não preciso de ajuda – Louis estava estranho, não parecia ele mesmo – não chegue muito perto, ela é minha, eu a vi primeiro.

-Do que você esta falando? – Gandalfr não entendeu e então foi descendo com cuidado, demorou uma eternidade, mas conseguiu fazer o percurso. Com um sinal do anão a minhoca gigante acabou voltando para o deserto.

-Você quer tomar ela de mim não é? – Louis estava muito nervoso – não confio em anões, não confio em ninguém.

-Você esta mesmo bem? Eu sou seu amigo – Gandalfr se aproximou dele e tentou tocar no ombro do amigo, mas o mesmo deu um tapa na sua mão.

-Não toque em mim – o loiro estava com um olhar muito frio – sua raça é podre.

Gandalf não se importou com o insulto, mas resolveu sair dali. Não conhecia Louis há tanto tempo para ariscar sua vida por ele. E ainda ficar ouvindo baboseiras.

-Não o deixe ir – Vivian resolveu falar – se você me ama, mate ele.

Louis nem pensou. Ele tirou uma adaga que estava bolso da calça, a lamina brilhou e ele a jogou mirando nas costas do anão. Gandalfr virou o corpo para o lado e esquivou do ataque.

-Você precisa mesmo de ajuda – o anão tirou o machado das costas e apontou para cima como um guerreiro pronto para guerra – acho que se eu matar a mulher ele deve voltar ao normal. Se não ao menos eu tentei.

Louis tirou outras adagas de lugares inusitados (não, ela não tirou da bunda) e ficou com dez juntando as duas mãos e mais uma na boca.

-On ze fac as – Louis falava de forma estranha, pois tinha uma faca na boca, falava uma silaba e parava e depois falava outra silaba – e as on ze vão per fu rar seu co ra cão.

-Se vai ficar falando assim, é melhor não falar nada – Gandalfr falou segurando o machado firme com as duas mãos – quantidade não é tudo, nem com cinquenta facas nas mãos você conseguiria me derrotar.

Louis jogou algumas facas na direção de Gandalfr e o anão esquivou de novo. As facas fincaram no chão. Louis jogou outras facas, mas elas passaram longe de Gandalfr.

-Assim você não vai me matar nunca – o anão riu.

-Eu não que ria acer tar –  o loiro tinha jogado as dez facas das mãos, mas ainda segurava algo – as fac as ti nham fi os de nái lon ama rra do a elas.

Os fios eram quase invisíveis da posição que o anão estava. Gandalfr olhou fixamente e pode ver que estava totalmente preso na armadilha. Seus braços não se moviam e suas pernas não saiam do chão. Seu pescoço estava apertado.

-Não fique desanimado – Louis segurou todos os fios com uma mão só e tirou a faca da boca – é quase impossível ver esses fios enquanto eles não estão em movimento.

O loiro pegou a faca que estava na sua boca e mirou no peito do anão. Jogou na trajetória certa.  

                                                                          X

Dante corria e pulava numa velocidade em que ele se tornava invisível a olhos humanos, a armadura pesada de Tantus, não pesava tanto. Tentava sentir o cheiro de Lisa. Descobrir onde ela estava, mas não conseguia. Seu olfato estava muito aguçado, mas mesmo assim não a encontrava.

Até que ele sentiu um cheiro familiar. Era o cheiro da elfa, Irian.

Ele parou no meio da floresta e encontrou com Irian que estava bem assustada. Ela não parecia estar mais doente, mas tremia e suava.

Dante chegou sem fazer alarde ou qualquer barulho. Sua aparência era estranha. Não era nem lobo, nem humano, muito menos lobisomem. Mas ainda assim estava um pouco reconhecível.

Ele se aproximou de Irian e só fez ela se assustar mais ainda. A respiração de Dante era forte. A elfa podia escutar o som dos batimentos do coração acelerado da coisa que se aproximava dela.

-O que é você? – Irian estava assustada o bastante para não reconhecer Dante – fique longe de mim.

-Não importa quem eu sou – Dante não tinha tempo para explicar nada – tem alguém lutando, onde eles estão?

Irian apontou para trás e Dante rapidamente correu para lá, a elfa não o viu sair, só o vento passou bagunçando seus cabelos. Dante estava muito mais rápido que na sua transformação de fera.

-Eu já o vi em algum lugar – Irian ficou menos nervosa e pensou um pouco – aquela aparência de lobo, os cabelos longos e pretos...

Dante viu um ser estranho tentando ferir Elizabeth. O martelo iria cair em cima da mulher. Mas Dante rapidamente segurou o martelo gigante, cortou um pouco as mãos, mas não sentia dor. A força dele também tinha aumentando exponencialmente.

Dante arrancou o martelo das mãos do inimigo e o jogou a alguns metros de distância.

-Quem você acha que é para atrapalhar meu divertimento – Goragor falou cuspindo no rosto de Dante.

-Dante? – Eliza não sabia se era ele mesmo – é você não é só você viria me salvar.

Dante passou a mão no rosto e tirou o cuspi. O lobo em seguida deu um soco no abdômen do orc que o fez cuspir sangue. O pior para Goragor não era ter sofrido o ataque e sim não ter visto o movimento.

-Eu falei que protegeria você – Dante falou sem olhar para ela – mas duvido que eu possa ser um herói com uma aparência assim, pareço mais o vilão – ele forçou uma risada.

-Não - Eliza tocou nele – você é o meu herói.

-Falando assim, você parece até uma mulher normal – Dante riu de lado – descanse, deixe essa luta comigo, Irian esta mais a dentro da floresta, vá procurá-la e eu quero que as duas fiquem juntas.

-Sim – Elisabeth aceitou as ordens sem reclamar.

Dante se virou e viu que o orc foi pegar o seu martelo.

-Você se parece com ele – Goragor pegou o martelo do chão – vou descontar toda a minha raiva em você! Toda a humilhação que eu passei com aquele idiota do Gerrard!

Goragor posicionou o martelo para frente e começou a rodar o corpo rodando o martelo. Aos poucos a velocidade aumentava. Chegou um momento que Goragor não controlava mais o martelo, ele não tinha mais direção.

Dante pensou um pouco no que poderia fazer. Eliza já tinha ido atrás de Irian, então ele não precisava se preocupar com ela. Bater de frente contra o ataque do inimigo só faria Dante sofrer dano e talvez nem parasse o ataque.

Fugir não era uma opção. O único ponto fraco daquela técnica que Goragor usava, eram os pés. Como num peão.  Dar uma rasteira não seria o suficiente, Dante pensava em uma saída, mas não encontrou.

Goragor se aproximou rodando mais rápido. E conseguiu pegar Dante desprevenido, o martelo acertou e parou na hora. O impacto todo foi para o jovem Wolf. O som do impacto foi bem alto, como um sino badalando.

O corpo de Dante rodou e a costela dele se quebrou totalmente, os ossos perfuraram alguns órgãos internos. Dante caiu depois de um tempo voando. A armadura ficou bastante quebrada, mas acabou salvando o nosso herói de uma morte certa.

Dante já estava ferido o bastante para não conseguir lutar e o ataque acabou com o resto da sua resistência. Dante conseguiu levantar aos poucos. Seu corpo estava todo quebrado por dentro. Era um milagre ele conseguir ficar em pé.

-Parece que você teve muitas lutas hoje – Goragor não negava o estado do adversário – parece que você lutou contra um dragão.

Dante já havia tido varias lutas. A primeira contra o lobisomem na entrada do lugar, depois mais de uma vez contra Tantus e isso o estava deixando exausto, mas depois de cada luta ele ficava mais forte. Com certeza sua força estava muito maior.

-Ele era bem forte, matou meu companheiro, mas eu consegui sair vitorioso – Dante falou sem arrogância alguma, ele precisava falar aquilo para alguém, mesmo para o inimigo.

Goragor achou que aquilo devia ser uma piada. Levantou o martelo e foi em direção de Dante que não parecia ter forças para se mexer.

A aura negra de lobisomem tomou forma física e completou os ossos que faltavam. O martelo veio na direção de Dante e ele pode segurar mais uma vez, mas Goragor já esperava isso e ativou algo no martelo que fazia os espinhos crescerem muito.

Dante foi espetado em varias partes do corpo. Sangue escorria para o chão. Goragor deixou o martelo de lado e atacou com o punho. Ele socou a parte do rosto humano de Dante.

E continuou numa sequência de socos. Sem descanso, sem parar para respirar. Dante não defendia ou tentava desviar, só estava levando os socos no rosto. Até que Goragor parou por um momento para respirar e esse foi o maior erro da sua maldita vida.

Dante retirou um pouco a espada da bainha e ela tomou uma cor negra, a espada de mithril tinha alcançado um nível novo. Num movimento rápido Dante retirou a espada e a guardou.

Como se nada estivesse acontecendo Dante virou as costas para o inimigo. A cabeça de Goragor se desprendeu do corpo e caiu no chão, sangue de cor verde espichou para todos os lados.                                                                             

Dante virou as costas e saiu andando para dentro da floresta. E seguiu seu caminho. Andava com dificuldade, seu corpo não obedecia mais os movimentos que ele queria fazer, mas ele ainda tinha que continuar.

Um pouco de tempo se passou e Eliza apareceu com Irian, as duas estavam sujas e com um pouco de medo. E viram o corpo morto do orc. Irian acabou por vomitar, ao ver a cabeça separada do corpo e Eliza já estava acostumada com isso, pois era do exercito.

-Para onde será que Dante foi? – Eliza se perguntou.

-Aquilo era Dante? – Irian falava já se recuperando do enjoou.

-Sim, algo deve ter acontecido para ele se descontrolar, aquilo parece uma meia transformação de lobisomem, mas eu não entendo muito disso então não posso afirmar com certeza – Eliza falava com o rosto um pouco triste.

-Vamos atrás dele? – Irian já se sentia melhor para andar.

-Sim, eu preciso saber o que esta acontecendo – Eliza ajudou Irian a levantar – saber se ele esta bem.

                                                                                  X

Lisa estava voando em cima da ave e viu Gandalfr e Louis do alto. Ao perceber que eles estavam lutando, ela resolveu descer para ajudar. O anão parecia estar preso a algo.

A ave desceu rasante e Lisa pôs os seus pés no chão.

Louis jogou a faca, mas não atingiu o coração do anão por causa do vento que a ave fez quando desceu. A faca caiu no chão.

-O que você esta fazendo aqui? – Louis estava irritado, outro já havia aparecido para atrapalhar e agora mais um.

Lisa fez uns gestos arcanos e pó de gelo saiu de suas mãos, o pó se misturou com os fios de náilon e os fios acabaram se rompendo.

-Desgraçada! – Louis pegou mais adagas.

-Calma, meu amor, cuide só do anão – Vivian finalmente havia mostrado suas verdadeiras intenções – eu acabo com a mulher, odeio mulheres.

Vivian não falou nada ou fez algum gesto, mas parecia ter invocado alguma magia. Um vento forte saiu de trás dela e foi de encontro a Lisa, que num movimento rápido fez uma magia de barreira, o vento bateu e seguiu para outra direção.

Gandalfr que estava solto pegou o machado e correu para cima de Louis. Ele utilizou de golpes rápidos e distintos, mas Louis era rápido, parecia um artista de circo. Ele dava cambalhotas para fugir dos ataques.

-Por acaso você é algum palhaço de circo? – Gandalfr perguntou sem hesitação.

-Eu vivi num circo durante a maior parte da minha vida – Louis explicava enquanto fugia dos ataques – nunca vai conseguir me acertar.

Gandalfr chutou areia na direção do loiro e acabou acertando os olhos dele. Gandalfr aproveitou e bateu com o lado errado do machado. O lado sem lamina.

-Jogo sujo – Louis limpou os olhos.

-Uma luta de vida ou morte não tem espaço para justiça ou lealdade – Gandalfr tentava ensinar algo a Louis – faça tudo o que puder para ficar vivo.

-Você é boa – Vivian teve de assumir, que estava tendo trabalho para enfrentar Lisa – deve ter sido aprendiz de um grande mago.

-Meu pai foi o melhor no que fazia – Lisa falou com orgulho do pai – como você consegue usar magia sem gestos ou palavras?

-É por que eu estou em outro nível – Vivian já não parecia aquela mulher inocente e desprotegida de antes – mas vamos parar de conversa por que eu odeio falar com mulheres.

A necromancer usou uma magia estranha, uma ferrugem no ar atacou Lisa e seu braço acabou coberto por um material estranho. Então Lisa começou a sentir uma dor enormemente grande.

-Desculpe, mas depois dessa magia você só tem mais duas horas de vida – Vivian falou sem se importar muito – vai morrer sozinha.

Louis jogou varias facas na direção de Gandalfr que estava cansado e por tanto seria difícil esquivar. E Lisa não conseguiu ficar em pé a dor era grande de mais e ela desabou no chão.

                                                                  X

Dante procurava o irmão para uma luta justa, queria acabar com essa busca e viver em paz em algum lugar com Lisa. Mas acabou indo para um lugar diferente. Chegou a um castelo em ruínas e ao redor do lugar havia larva e chamas para todos os lados.

Ele havia chegado ao castelo do rei do submundo. O lorde das profundezas.


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Notas finais do capítulo

É isso, esse sábado ta bem calor aqui e ja é carnaval, pelo menos aqui em Recife, vai ser difícil escrever, então se esse sábado eu não postar foi por causa do carnaval.
Até mais!



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