O Cavaleiro E O Lobisomem escrita por ge-bnfo


Capítulo 11
Dois grupos


Notas iniciais do capítulo

Sem muito a declarar.



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Deodon chorou, as pessoas estavam mais tristes. Não houve nenhum aviso previu, todos ficaram sabendo no calor do momento, ninguém avisou que o rei podia morrer.

O rei seria cremado para todos verem. Mais esse não era o problema. O maior problema era quem iria suceder o rei. Ele não tinha parentes vivos, nem um primo distante se quer, um dos generais viraria o novo rei.

E dentre eles estava Dimitre, que era o mais cotado para o cargo. Definitivamente ele era o melhor guerreiro do reino, ou pelo menos do exercito. Não era de falar muito, pouco carismático, mas as pessoas confiavam nele.

Os conselheiros estavam dias conversando para chegar numa conclusão. Até que Elizabeth resolveu interromper.

Ela estava com o rosto um pouco inchado de tanto ter chorado, mas era forte e não demonstrava muita tristeza. Abriu a porta fechada a cadeados e os conselheiros se assustaram. Os cabelos vermelhos saíram da frente do rosto e revelam a frieza dela.

A sala era totalmente fechada para ninguém ouvir o que eles estavam falando. A parede tinha bordados em ouro e o teto tinha pinturas.

Os conselheiros eram todos muito experientes, todos vestiam uma roupa padrão. Um vestido branco com uma parte avermelhada nos ombros. Todos usavam mascaras. O mais velho usava uma mascara azul e o resto usavam mascaras vermelhas.

-Tenho informações que podem acabar com essa reunião – Eliza falou firme e decidida – o rei tem uma filha!

Os conselheiros acharam uma blasfêmia mentir daquela forma.

-Eu sou a filha bastarda dele – Elizabeth encheu a boca para falar, ela não tinha vergonha disso.

Os soldados que estavam presentes se agitaram, não acreditaram no que ela estava falando.

-E que provas você tem? – o conselheiro mais velho falou.

-Nenhuma, ele já foi cremado, não posso provar da forma que vocês querem – Eliza continuou – mas tem outra forma.

-E qual seria? – outro conselheiro perguntou.

-Pegar de volta a espada de meu pai que esta no submundo – Eliza falou e todos que presenciaram ficaram surpresos e depois puseram-se a rir.

Eliza já ia saindo quando o mais velho resolveu falar.

-Vá e traga a espada e você será rainha, mas não poderá levar nenhum soldado do exercito consigo – O conselheiro a desafiou – ai mesmo que não seja filha dele, vai merecer reinar.

Eliza saiu da sala com a cabeça quente de raiva. Ela morreria se fosse pro submundo sem um exercito, mas não tinha escolha, ela não voltava com a palavra dela. E se preparou para ir sozinha.

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-Finalmente chegamos – Irian se espreguiçava – estou cansada.

Chegaram à entrada da cidade capital.

-Vamos nos separar e procurar uma pista – Lisa estava animada, saiu com pressa.

-Depois dizem que eu sou o líder – Zack também se dispersou.

-Acho que vou procurar Dante numa taverna – Gandalfr riu.

O resto também escolheu para onde iria.

Dante sentiu um cheiro familiar, era doce, cheirava a flores do campo, era o cheiro de Lisa. Correu animado, mas logo parou. Viu Eliza arrumando sua armadura.

-Para onde você vai? – Dante perguntou.

-Não vou para lugar nenhum – Eliza falou sem olhar para Dante.

-E essa armadura é para que? – Dante apontou para a sacola.

-É... – ela estava nervosa não veio nenhuma desculpa na sua cabeça – vou jogar ela fora – ela soltou toda a frase de uma vez.

-Eu vou com você então – Dante deu uma risada – ou você pode falar a verdade.

-Não é mentira! – Elizabeth resolveu falar a verdade – só não quero que me sigam. Não quero perder mais ninguém que eu amo.

-Para onde? – Dante fingiu que não sabia – talvez para o submundo?

-Como você sabe? – Eliza se surpreendeu.

-Eu estava na quarto real quando... – Dante começou a falar, mas viu o rosto triste de Eliza.

Ele olhou nos olhos dela e levantou o queixo da ruiva. Alguém que estava vendo a cena saiu desanimada.

Ele limpou as lagrimas dela.

-Você não vai se livrar de mim – Dante pôs a mão no ombro dela – eu prometi ao seu pai.

-Ta – Eliza ficou corada não sabia o que falar.

-Mas antes eu preciso encontrar meus amigos, vamos precisar da ajuda deles – Dante a deixou só – avise para seu irmão, ele vai querer te ajudar também.

Dante acenou para ela, meio que dizendo um até mais.

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-Alguém encontrou alguma pista de Gerrard? – Zack perguntou.

Lisa estava desanimada por algum motivo, ela estava totalmente diferente do que na hora que haviam chegado à cidade.

-Não, a única informação que eu obtive foi que o rei morreu – Gandalfr – aqueles bêbados nunca falam nada de útil.

-Também, só ouvi sobre o rei, essas pessoas da cidade só fazem chorar – Vicent reclamou.

-Comigo o mesmo – Irian não pode ajudar.

Todos falavam, mas Lisa estava quieta, pensando em algo.

-Nos devíamos ir para outro lugar – Lisa insistiu tanto para ir a essa cidade e agora já queria sair.

Zack pensou que algo tinha acontecido.

Alguém com um capuz preto se aproximou. Ele pegou Lisa por trás e abraçou.

O homem misterioso acabou levando uma cotovelada no abdômen. O capuz caiu e o rosto escondido era de Dante. Ele sorriu em meio a dor.

-Nunca pensei que eu iria ser recebido assim – Dante sentia bastante dor no local onde Lisa bateu nele – é assim que vocês me recebem, e eu achando que estavam preocupados comigo.

A feição de todos mudou, Zack sentiu alivio, Vicent tentou esconder que estava feliz, Irian abriu o sorriso de sempre, Gandalfr roubou um abraço do amigo.

E Lisa ficou meio cabisbaixa.

-O que foi? – Dante segurou a mão dela – não gostou de me ver?

-Não é isso – Lisa não olhava nos olhos dele.

-Eu estava com saudade de você – Dante acabou por não se segurar – eu senti de todos eu senti mais falta de você.

Lisa gostou de ouvir isso, mas pensou na mulher que estava com ele há minutos atrás.

-O que nos vamos fazer agora? – Zack tinha tirado um peso dos ombros.

-Bom, eu vou para o submundo – Dante respirou um pouco e falou – tenho que ajudar uma amiga, quem aceitar vir comigo eu agradeço, mas talvez eu não possa proteger vocês, embora eu iria gostar muito se vocês fossem comigo.

-Eu já estava pensando em ir para lá, então – Zack apertou a mão de Dante – eu vou com você.

-Eu também, preciso salvar minha cidade e não tem lugar melhor para encontrar o cara que me fez ficar assim – Vicent aceitou o convite.

-Quero conhecer tudo que eu puder, então pode contar comigo – Irian agradeceu, não esperava, mas Dante desarrumou os cabelos dela.

-Eu sou seu servo – Gandalfr disse – e quero lutar! – ele levantou o machado.

Lisa foi à única que não respondeu.

-Não sei o que esta acontecendo com você – Lisa olhou estranho para ele – eu não...

Dante a abraçou.

-Vamos conversar a sós – Dante puxou ela pela mão.

Dante a levou até um campo aberto.

-Pode me falar – Dante olhou serio para ela – eu te conheço.

-Bem aquela mulher... você e ela – Lisa não sabia o que falar.

-Ela é a amiga que eu falei que iria ajudar – Dante disse – eu sabia que você estava perto, mas você saiu correndo.

-Vocês estavam quase se beijando – Lisa falou desanimada.

-Não foi isso, ela perdeu o pai, então só estava tentando deixar ela animada – Dante falou meio nervoso – e a única que eu amo é...

-Quem? – Lisa ficou curiosa.

-Não é da sua conta! – Dante ficou corado.

-Ah, seu chato – Lisa acabou voltando ao normal.

-Eu preciso de você – Dante falou serio e acabou deixando Lisa com vergonha – precisa da sua magia.

-É... Achei que precisasse por outro motivo – Lisa acabou falando.

-Vão ficar ai por quanto tempo – Gandalfr estava entediado – sei que já faz tempo que vocês não namoram, mas precisamos ir.

Dante e Lisa acabaram por ficar vermelhos.

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-Eu quero apresentar eles – Dante apontou para Eliza e Louis – Eles são Eliza e Louis, são os irmãos Grandfild.

Alguns se cumprimentaram, estavam até se tornando amigos. Elizabeth estava seria e Lisa via nela, uma rival.

-Dante me falou de vocês, mas eu queria ver vocês batalhando – Eliza disse – como não posso usar o exercito, qualquer ajuda é bem vinda, quero conhecer vocês para liderá-los bem.

-Você entendeu errado – Lisa se agarrou no braço de Dante – nosso único líder é Dante, confiamos nele.

-Tudo bem por mim, mas eu quero conhecer vocês – Eliza olhou para a cena, mas tentou não se irritar.

-Eu acho que nossa missão deveria ser encontrar o portão do inferno – Dante brincou – não faço idéia para onde nos temos que ir – ele coçou a nuca rindo abobalhado.

Todos riram.

-Alguém tem alguma informação? – Dante perguntou.

-Já ouvi historias – Zack sempre sabia das coisas, lia muitos livros – são só contos, mas talvez possa ser verdade.

Zack explicou.

O portão do submundo ficava no lugar mais gelado do planeta. No pólo norte, nesse lugar não havia muita vida. Mas o portão tinha seus guardiões. O maior problema era encontrar o tal lugar.

A única forma de encontrar o lugar exato era com um item, um bussola que apontava para a direção do portão. E essa bussola estava num labirinto.

-E continuando – Zack disse – é necessário encontrar a bussola de Hades.

-É pela historia não deve ter outra forma – Dante se sentou – vamos dividir dois grupos, um vai para o pólo norte, encontrar a nossa passagem, e outro vai encontrar a bussola.

-Eu vou com você Dante – Lisa afirmou.

-Vou pensar um pouco – Dante precisava de tempo para formar o melhor grupo – façam o que quiserem, mas amanhã nos vamos partir. Queria ficar um pouco mais com vocês assim, mas o quanto antes entrarmos no submundo melhor.

Já estava escurecendo, Vicent tinha mais liberdade, foi procurar uma loja de armas para conseguir balas. Gandalfr voltou para a taverna onde tinha ido mais cedo, ainda precisava dar uma lição naqueles bêbados. Irian, não estava sendo de grande ajuda, foi procurar ervas para curar eventuais ferimentos.

Zack foi conseguir informações por conta própria. Eliza e Louis precisavam conversar. Dante resolveu dar uma olhada nas suas espadas e na sua armadura. Lisa não saia de perto dele.

-Estou vendo que você cuidou bem delas – Dante sorriu para Lisa.

-Eu pensei que você tinha morrido... – Lisa deixou uma lagrima cair – foi muito difícil.

Dante a abraçou.

-É, mas eu estou aqui com você – Dante apertou mais o abraço – eu não vou fazer mais isso, não imagino uma vida sem vocês, essa coisa dentro de mim, não vai sair mais.

-Promete? – Lisa fez bico ao falar.

-Prometo.

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-Nos podemos mesmo confiar neles? – Louis estava falando enquanto fazia malabarismo com facas.

-Sim, eu confio em Dante – Eliza se virou e foi procurar alguns papeis – tem que estar por aqui.

-Você viu como aquela Lisa estava em cima dele – Louis estava pronto para brincar com a irmã – se você não fizer nada, vai acabar perdendo seu grande amor.

-Se você vai ficar brincando é melhor sair – Eliza falou seria – tenho certeza que tinha um aqui.

-O que? Um livro sobre os monstros do submundo – Louis parou as facas.

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-Coloque toda a bebida que você tiver aqui na mesa – Gandalfr bateu no balcão – quero beber o máximo possível, acho que daqui a alguns dias eu vou estar morto.

Os outros clientes olharam estranho, mas no fim acharam que era só mais um bêbado. Depois de beber muito Gandalfr estava falando sozinho. E foi expulso da taverna. Para não assustar os clientes.

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Vicent entrou na loja, tinha armas para todo o lado, pistolas de todos os tamanhos. Ele colocou suas duas pistolas no balcão.

-Vejo que você aprecia essa arte – o velho do balcão – as pessoas não gostam de armas de fogo, não confiam nelas, mas um dia os exércitos vão estar infestados delas.

-Sim – Vicent encarou uma pistola dourada na parede.

-Essa é especial – o velho falou – é amaldiçoada, nenhum dono sobreviveu ao usar ela.

-É você esta vivo como? – Vicent riu.

-Eu sou o criador, não dono – o velho abriu um sorriso.

-Por acaso ela atira varias balas ao mesmo tempo? – Vicent se interessou.

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-Senhora, eu quero essa e essa – Irian estava no céu, lá tinha tudo que ela queria e ainda tinha ervas que ela não conhecia.

Irian pegou tudo que pode, e começou a preparar algumas poções. Não podia usar muita magia, não se sentia no direito de usar magia. Ela orou um pouco para o deus dos elfos e depois foi dormir.

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-Então não tem como chegar lá, andando? – Zack conversava com um jornalista.

-Não, quem chegou lá chegou por magia, ou voando – o jornalista era jovem – queria entrevistar um dragão.

-Esqueça, eles não gostam muito de humanos – Zack riu – conhece algum mago que me mandaria para lá.

-Sim – o jovem informou a Zack tudo que podia.

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O dia amanheceu e todos estavam reunidos e prontos para seguir viagem.

-Eu já me decidi – Dante falou serio – Zack vai liderar o grupo que vai procurar a entrada do submundo. Eu irei procurar a bussola. Gandalfr, Vicent e Irian vão para o pólo norte, o resto vem comigo.

-Eu queria ir com Elena – Vicent reclamou – cuide bem dela lobo.

-Ele ainda te chama assim? – Dante riu.

-Esse idiota nunca vai perceber que eu não sou quem ele pensa – Lisa acabou dando um cascudo em Vicent.

-Eu espero que alguém venha nos enfrentar, preciso lutar! – Gandalfr ainda estava sobre o efeito da bebida.

-Obrigado Dante – Irian se curvou – você sabia que eu iria querer conhecer o pólo norte, obrigado.

-Vou cuidar deles – Zack tocou no ombro de Dante – vamos nos encontrar em breve, então não morra amigo.

-Digo o mesmo para você – Dante apertou a mão do amigo.

-Eu vou te dar essa jóia – Lisa tirou uma jóia verde do bolso – quando nos conseguirmos a bussola, eu vou usar uma magia que nos levara até vocês, boa sorte – Lisa colocou a jóia na mão de Irian.

-Boa sorte – Louis apertou a mão do anão – espero não ter que lutar contra você.

-Não chore – Lisa passava a mão na cabeça de Irian – você vai ficar bem.

-Rezo para que você fique bem também, Lisa – Irian enxugou as lagrimas – você é como uma irmã para mim.

 Depois das despedidas, os dois grupos seguiram caminhos diferentes.  


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Notas finais do capítulo

É isso!
até mais.



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