O Cavaleiro E O Lobisomem escrita por ge-bnfo


Capítulo 1
O exercito de um homem só


Notas iniciais do capítulo

Finalmente eu consegui concluir um capitulo dessa minha historia, que na verdade eu quero fazer um livro com esse titulo, bem não tenho muito o que falar, eu agradeço se vocês que leram derem suas opiniões, criticas, insultos ou o que quiserem falar!



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Era mais um dia de guerra, um dia de mais mortes. A espécie que antes era reprimida agora queria tomar de volta seu lugar no mundo. A espécie Humana já reinara naquele mundo, mas por obra do destino ou simplesmente por vontade de algum deus entediado, perdera o controle de tudo que tivera. Algo como um portal fora aberto e liberou todos os tipos de feras. Um mundo que antes era pacifico ficou habitado por monstros, que tomaram o controle.

Agora os humanos usam a espada para tentar recuperar o que um dia já fora deles.

Os humanos eram fracos, pequenos, lentos, mas ainda assim eram a raça mais incrível. Seu líder era o velho Vaptor, que foi consagrado por derrotar um exercito de ogros sozinho. Era um dos melhores guerreiros que esse mundo já vira, mas estava quase no fim de sua vida e não tinha filhos pra lhe suceder, julgava que nenhuma mulher poderia gerar um filho dele a não ser Sandra que já havia morrido. Mas ainda assim havia boatos de um herdeiro.

O reino humano não era muito grande, mas era bem protegido por muralhas e no seu centro estava a cidade de Deodon, capital. Onde o rei, o líder não ficava, pois sempre que estourava uma guerra ele estava presente comandando seu exercito, ele não procurava grandes confortos e governava para o povo, era um bom rei e um incrível guerreiro. Os humanos ainda tinham uma forte aliança, com os elfos, anões, seres aquáticos e etc.

Um pequeno batalhão foi enviado para um reino próximo. Para uma missão simples, mas por não ter escolhas seu único caminho era ir pelo pântano, habitat natural de orcs, ogros e goblins, que por sua vez faziam aliança com seres do submundo e com os dragões. Os seres do submundo eram desconhecidos até então pelos humanos.

O batalhão foi cercado por um bando de ogros. Poucos soldados tiveram coragem pra lutar, mas a coragem não foi o suficiente eles acabaram morrendo e os outros se uniram esperando pelo ataque iminente daqueles seres fedorentos. Armados com bastões enormes de madeira, com um único golpe derrubavam um cavaleiro.

Com poucos cavaleiros, pouca coragem sir Calvin o capitão daquela missão, tremia como uma cabrita e suava como um porco. Quase chorava, era tamanha a covardia. Depois das três primeiras ordens de ataque terem dado errado, desistiu e ficou calado. Cabelos loiros herdados e ele não era bonito, mas era rico. Nariz enorme, também herança de seu pai.

Filho de nobres entrou no exercito buscando gloria, por que moedas de ouro sua família tinha e muitas, com essas mesmas moedas conseguiu entrar pro exercito real. Nunca matou, nunca cortou, nunca lutara de verdade. Se perguntava se devia mesmo estar ali. Não deveria, mas estava.

Seus homens não confiavam nele, nem tinham o mínimo respeito. Mas ele pagava pra dar ordens, então ninguém se queixava, até esse momento.

Tudo estava perdido, só um milagre os salvaria. E um milagre aconteceu.

Um cavaleiro saiu das sombras, armadura negra, que cobria todo o corpo, usava um helmo em formato de lobo. Era um homem alto, exalava uma aura obscura, de quem já matou muito. Não falou nada. O cavaleiro negro andou e os outros cavaleiros abriram caminho, alguns com medo e outros o conheciam, ou só ouvira boatos sobre ele.

Os boatos falavam que ele havia derrotado um exercito de quinhentos ogros, cinco trolls e uma esfinge sozinho. Alguns ainda falavam que ele havia derrotado um gigante. Outros iam mais alem, diziam que ele dizimara um titã. Se era verdade ou era mentira, ninguém sabia, mas com certeza não existia um humano que pudesse derrotar um titã.

O cavaleiro correu como se sua armadura não pesasse nada berrou com vontade e os ogros fizeram o mesmo, ele retirou duas espadas da armadura uma longa e outra curta. Sangue verde voou para todos os lados. Membros e cabeças de ogros rodavam pela ladeira.

Em pouco tempo metade do bando já estava morto ou incapaz de lutar, sem contar os que haviam fugido. O cavaleiro dançava uma dança horrível, cada giro duas mortes, cada estocada duas mortes, cada arco que ele fazia com a espada longa duas mortes.

A armadura que antes era negra, estava verde, as espadas da mesma cor. Era estranho um cavaleiro não usar escudo e era mais estranho ainda usar duas espadas. Mas ele não estava desprotegido por que não deixava o inimigo nem pensar num ataque, morria antes de se mexer. E sua velocidade era o mais incrível.

Parecia que sua armadura era puro pano, pois não atrapalhava os movimentos e nem parecia pesar. Ou pior a armadura poderia ser uma parte do corpo dele.

Cortou as pernas de um ogro que tentava fugir e no seu idioma o ogro pediu para não morrer. Morreu.

-Covardes morrem, valentes lutam e morrem, então por que vocês estão parados! Lutem também! Morram também! – o cavaleiro gritou e sua voz era carismática, os soldados já estavam prontos para o combate – já derrubei metade desses porcos por vocês.

Sim ele havia matado metade do bando de duzentos ogros. 150 homens deviam ser mais do que o suficiente para enfrentá-los.

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-Obrigado você nos salvou – sir Calvin agradecia ao tal cavaleiro – como posso chamá-lo?

O cavaleiro negro tirou o helmo e revelou um rosto bonito e jovem, pele branca, uma ou duas cicatrizes no rosto e cabelos negros longos, que batiam no ombro, olhos penetrantes e rosto ingênuo. Um rosto que ninguém imaginou quando o viu lutando, na verdade não combinava com ele.

-Pode me chamar de Dante, o sobrenome não importa, minha família não importa. – falou com educação de um nobre e sarcasmo de um selvagem.

-Para agradecer, eu posso te nomear vice-capitão desse batalhão, que tal? – sir Calvin, era esperto, sabia que sua reputação melhoraria muito se tivesse um guerreiro que valia por cem.

-Não me interessa, eu luto sozinho, vivo sozinho e carrego meu fardo sozinho – ele fez menção de ir embora, mas pensou um pouco e resolveu voltar e estendeu a mão para o tal capitão.

-O que você quer? – sir Calvin estava furioso pela recusa.

-Eu quero um cavalo, algumas moedas e preciso de um banho – Dante poupava palavras, ia direto ao assunto.

-Por que eu te daria essas coisas? – sir Calvin era “mão de vaca”, só dava sua riqueza na ultima opção. Preferia morrer rico.

-Oras por que eu salvei a sua pele e por que eu posso fazer o mesmo que eu fiz com os ogros à todo o seu batalhão, seria fácil, roubaria vocês depois – Dante falava serio e não demonstrava um pingo de fraqueza.

-E por que não nos rouba agora? – sir Calvin o desafiou.

-Por que eu tenho honra e prefiro não matar humanos. – Dante respondeu a ultima pergunta sem hesitar.

No fim da tarde ele estava galopando com um saco enorme de moedas de ouro.

E mais historias seriam contadas, mais lendas seriam criadas, mais musicas falariam sobre seus feitos, sobre os feito do cavaleiro negro.

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Com o dinheiro que ele tinha, dava pra viver dois anos sem se preocupar com trabalho, mas ele não queria isso, tudo que ele queria era resolver aquela coisa pendente.

Com seu novo cavalo ele estava na entrada de uma cidade, estava aberta para turistas, claro se eles não fossem criaturas do submundo.

A cidade foi fundada por ferreiros e até hoje era o principal comercio da cidade e não foi por acaso que Dante chegou lá. Ele estava seguindo esse caminho de propósito, naturalmente ele iria forjar uma espada ou comprar uma.

Quase isso. A cidade era habitada por anões, raça que preferia se esconder nas montanhas. Barba grande e meio metro de altura, mas grande na lealdade e coragem.

Loft era uma cidade pacifica e pequena, não tinha exercito, no máximo tinha uma pequena guilda. E era tudo que Dante queria, ficar longe de qualquer confusão.

Ele entrou numa loja. De cara já viu um anão mal humorado penteando sua barba com as mãos.

-Aqui não é lugar pra garotos! – ele era o melhor ferreiro da cidade – saia daqui eu tenho que trabalhar.

-Calma, eu vim em missão de paz – Dante tirou uma com a cara do anão – desculpe pela brincadeira, mas eu quero que você forje minha espada com um novo metal.

-Só forjo amas para guerreiros, você não passa de um garoto que ainda não largou o peito da mamãe – o anão não tirava os olhos da espada de Dante.

Dante tirou a espada da bainha e jogou-a pra ele. O anão pegou como um guerreiro, o que ele era antes de se aposentar nessa cidade.

-Bela espada, mas ela esta muito castigada, por um acaso você lutou contra golens? Eu diria que essa espada foi feita á um mês e já esta assim.

-Nossa você sabe quando uma espada foi feita só olhando pra ela, incrível! – Dante olhou-o com respeito, só havia uma coisa que ele gostava mais do que espadas, e essa coisa se chamava mulheres, era o maior mulherengo do planeta – mas você errou essa espada foi feita há uma semana, numa montanha de gelo.

O anão impressionado olhou mais uma vez pra espada.

-Então isso é sangue, sangue de todos os tipos cobre essa espada – devolveu a espada – não posso fazer nada maligno pra você.

-Calma – de novo ele tentava acalmá-lo – eu não sou nenhum demônio, mas eu preciso ficar mais forte por isso eu tenho que matar todos os tipos de feras, pra poder enfrentar... Bem, eu realmente não sou mal.

-Mesmo assim eu não posso fazer nada por você – o anão já se despedia.

-Nem se eu mostrar isso? – Dante tirou de uma sacola de pano um metal azulado – eu peguei de um parente seu.

-Isso é mithril, só um anão das montanhas pode encontrar esse metal mágico – o ferreiro estava impressionado – como conseguiu isso?

-Bom depois de uma boa ação um de seus amigos me deu isso, claro que eu não devia aceitar, mas ele fez questão de me dar – Dante ria com a história, provavelmente ele tinha exigido alguma coisa do anão.

-Muito bem garoto, deixe sua espada e volte aqui semana que vem, ela vai estar pronta até lá – o ferreiro encerrou a conversa.

-Não mesmo, eu preciso dela amanhã já, não posso perder tempo nessa cidade – Dante tentava barganhar com o ferreiro.

-Tenho outros trabalhos, não posso fazer o seu primeiro – o anão tentava encerrar a conversa de novo.

-Nem com todo esse saco de moedas de ouro? – Dante sempre conseguia o que queria, de uma forma ou de outra.

Mas não conseguiu dessa vez.

-Nem com todo o ouro do mundo e vá embora antes que eu desista de fazer a porcaria da sua espada – ai foi de vez, o anão encerrou a conversa.

E Dante teria que passar uma semana naquela cidadezinha sem graça como ele falava. Passou em frente à guilda da cidade, mas não estava interessado, procurava uma coisa pra fazer.

Passou num hotel para dar uma descansada e guardar sua armadura e outras coisas. No fim resolveu sair da cidade pra explorar a floresta, que ficava bem ao lado dessa cidade.

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A guilda estava passando por problemas, falta de dinheiro, pois os trabalhos diminuíram. Ninguém estava precisando de magos, naquela cidade.

-Vou fechar essa guilda. – o mestre da guilda não era tão velho, mas já possuía cabelos brancos, já fora um dos melhores magos do exercito, mas parou de servir para cuidar da sua única filha, perdeu a esposa no parto da criança.

-Não precisa fechá-la, eu vou reerguer essa guilda – Lisa tentava convencer o seu pai.

-Você não deve ficar apegada a coisas do passado filha, você deveria viajar, conhecer o mundo, virar uma maga incrível, em vez de ficar nessa cidade pequena. – o pai passava a mão na cabeça da filha.

-Não, eu vou ficar nessa cidade, não tem nada que eu queira conhecer – Lisa saiu bufando e acabou a conversa, era só o pai falar sobre viajar que ela cortava a conversa.

Lisa era uma garota de 17 anos, muito bonita e já desenvolvida fisicamente, tinha longos cabelos loiros que conquistavam os homens. Seus olhos azuis e sua pele era branca como a neve. Nariz fino. Resumindo ela era perfeita. Mas não se gabava por sua beleza. E irritava-se facilmente.

A guilda já não tinha muitos magos à maioria eram velhos como o pai de Lisa e não havia tido renovação, a cidade era pequena e pouca gente se interessava por magia e além do mais era uma cidade pacifica.

-Aquele velho idiota, não percebe que eu quero viver com ele – Lisa bufava sozinha.

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Amanheceu e um incêndio teria ocorrido. Da guilda restara só as cinzas.

-Eu juro que vou encontrar o culpado! – Lisa chorava inconsolável ao ver o lugar onde ela sempre esteve, totalmente destruído.

-Deve ter sido ele – uma voz no meio da multidão falou.

-Sim, o viajante que chegou ontem, só pode ter sido ele – outras vozes também ecoavam na multidão de curiosos.

Lisa andou por dentro da multidão e encontrou quem estava conversando.

-O que você sabe sobre esse viajante? – Lisa segurou firme o aldeão pela camisa.

-Não muito, mas ninguém sabe nada sobre ele, sem falar que ele estava com muito dinheiro, deve ter roubado de alguém. – o aldeão falava o que vinha na cabeça, não tinha a menor prova.

-Vou prender ele! – Lisa decretou.

Alguém no meio da multidão sorriu vencedor.

Dante estava cansado, havia lutado contra alguns animais na floresta, lutou sem armas, sem espadas. Suas mãos estavam machucadas, só não estavam sujas de sangue, por que ele havia encontrado um rio. Passou a noite lutando.

Ainda sonolento entrou na cidade e foi direto para o hotel em que havia deixado suas coisas, pegar algumas roupas. Tomar um banho, mas fora surpreendido.

Tinha uma garota muito bonita na frente do hotel.

Cumprimentou a moça, tomou-lhe a mão e beijou-a, a mulher conversou um pouco com ele e depois foi embora sorrindo.

-Historias de lutas heróicas sempre dão certo, elas ficam caidinhas quando eu digo, que derrotei um gigante – Dante ria de si mesmo.

Lisa estava escondida, pronta para armar uma armadilha. Ela fez alguns gestos arcanos e um pó brilhante saiu das suas mãos indo em direção a Dante.

Que estava distraído, mas conseguiu fugir do ataque. Embora suas pernas tenham ficado presas no gelo, ele teve uma reação rápida.

-Quem é você? E por que tentou me matar? – Dante já sabia de onde o ataque havia vindo e sabia também que uma garota estava escondida, só que só percebera depois do ataque.

-Eu não queria te matar – Lisa estava impressionada com a agilidade do tal viajante, mas ainda precisava prende-lo – eu vim te prender!

-E o que foi que eu fiz pra merecer isso? – Dante falava com tom sarcástico – não posso matar uma ou duas quimeras? Por acaso as quimeras são animais sagrado pra vocês?

-Você matou duas quimeras? – Lisa se perguntava se ele era muito corajoso ou muito idiota pra lutar contra tamanhas quimeras, o animal mais perigoso das redondezas – mudando de assunto, quero saber por que você pôs fogo na minha guilda?

-Guilda? Ah tinha uma guilda sim nessa cidade, ela foi incendiada? – Dante, não falava brincando, mas parecia debochar da cara da garota.

-Não se faça de idiota, foi você que colocou fogo lá – Lisa tirou uma faca que continha uns símbolos estranhos de umas das botas.

-Não faço idéia do que você esta falando, eu estava na floresta esse tempo todo – Dante ainda estava preso pelas pernas.

-Então prove que não foi você! – Lisa estava enfurecida e fez mais gestos arcanos com a faca e invocou alguns lobos.

Mais furiosos que ela, os lobos partiram pra cima de Dante, mas logo hesitaram e pararam. Encolheram-se e fugiram. O medo era tamanho que eles voltaram de onde vieram de alguma forma.

Lisa percebeu que aquele homem era estranho, mas não parecia mentir.

-Se você não acredita em mim, eu posso encontrar o verdadeiro culpado disso tudo, mas só se você, me soltar daqui – Dante não podia simplesmente socar o gelo, precisava de uma espada pra sair dali e ele não tinha – não vou encontra nada preso aqui.

-Tudo bem – Lisa usou uma magia de fogo para solta-lo.

Dante agradeceu e continuou o seu caminho para o hotel.

-Pra onde vai? – Lisa não estava entendendo.

-Eu vou dormir. – Dante continuou, andando.

-Não falou que ia encontrar o verdadeiro culpado, eu confiei em você – Lisa já se desesperava e estava ficando irritada.

-Sim, eu vou encontrar essa pessoa, mas antes eu vou dormir – abriu a porta do hotel.

-Mas se você perder tempo, a pessoa pode sair da cidade – Lisa estava se irritando ainda mais.

-Bom se ele tivesse esta intenção já teria ido embora e se foi é melhor para ele – entrou no hotel e fechou a porta na cara de Lisa.

Ela estava irritada e nunca esteve tão irritada assim com uma pessoa, cada palavra que ele falava a deixava com mais raiva.

Algumas horas depois, Dante sai do hotel e encontra Lisa na frente do local.

-Você estava me esperando? – Dante deu a mão pra ela se levantar.

-Sim, eu preciso encontrar o culpado o mais rápido possível e como você é minha única pista, não tive escolha. – Lisa estava cansada de esperar, mas realmente não teve escolha.

-Bom, eu acho que foi alguém dessa cidade que cometeu esse crime, provavelmente alguém que não gosta de magos ou de alguém em especial, por acaso seu pai tem algum inimigo aqui? – Dante perguntava como se conhecesse Lisa e a cidade.

-Sim, com o duque Clevaus, mas como você sabe do meu pai?

-Eu o conheço, seu pai já foi um mago do exercito e eu já encontrei com ele em uma de minhas jornadas – Dante não brincava falava serio, tinha uma divida com o pai dela – mas no fim, foi seu pai que salvou minha vida.

-Você é jovem e fala como se fosse velho, não me parece forte, nem inteligente, então como você pode ter matado uma quimera? – Lisa realmente não entendia esse sujeito.

-Não julgue uma pessoa pela aparecia, muito prazer me chamo Dante – estendeu a mão para cumprimentar a garota – é um prazer conhecer a filha de um mago incrível daqueles.

-Prazer eu sou Lisa – ela o cumprimentou – mas vamos parar com cumprimentos, eu preciso encontrar logo o culpado.

-Bom, nos já temos certeza de que foi o tal conde, mas como vamos provar que foi ele? – Dante passava a mão no queixo, no combate ele era o melhor, mas fora do campo de batalha não passava de um simples homem, a não ser que envolvesse dinheiro.

-É duque! – Lisa já estava se irritando com ele – e como você pode ter certeza que ele é o culpado?

-Por que o nome duque me é suspeito!

Lisa caiu pra trás, com a idiotice de Dante.

-Desculpa, mas não vou aceitar a sua ajuda, na verdade é mais fácil você me atrapalhar, vou sozinha visitar o duque e vou arrancar a verdade da boca dele – Lisa deu as costas pra Dante.

-Faça o que quiser – Dante deu de ombros, não se importava.

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A cidade não tinha exércitos, mas o que chegara mais próximo de um, era o grupo de homens que faziam a segurança do castelo do duque Clevaus, o velho era gordo e muito rico e tinha uma desavença com o mestre da guilda. Queria construir um exercito na cidade, mas como Buts não aceitou o tal exercito não fora criado. O governo da cidade era feito por um grupo de anciões.

O incêndio a guilda foi só mais uma provocação do duque e Buts sabia que tinha sido ele o culpado, só não falou pra Lisa por que não queria envolve-la nessa historia.

Lisa conseguiu entrar nas terras de Clevaus, usando magias de camuflagem para enganar os guardas mais simples.

Estava tudo muito fácil e ela já desconfiava de alguma coisa, mas continuou seguindo e entrou na imensa mansão. Ao entrar viu quatro dos mais fortes guerreiros que trabalhavam para o duque.

-Pode desfazer essa magia de camuflagem, eu estou vendo você – um homem alto e magro, cabelos verdes longos e olhos fechados falou. Ele era cego, mas enxergava melhor que muita gente.

Lisa desfez a magia e se colocou em posição de luta, mas não teve tempo de fazer nenhum gesto arcano para fazer alguma mágica, por que alguém surgiu atrás dela com uma faca e a rendeu colocando essa mesma faca no pescoço de Lisa. O homem estava todo coberto de preto, parecia um tipo de guerreiro que existia no oriente desse continente, um ninja.

-Você é idiota mesmo não é garota? – O duque vinha andando devagar apoiando toda a sua vasta gordura numa pequena bengala – Você me deu a coisa mais preciosa do seu pai. Você!

O Duque Clevaus Xevantes era velho, cheio de rugas e muito feio, sua cabeça era polida, nenhum fio de cabelo ousava ficar na sua careca. Gordo e sujo. Seu dinheiro era a única coisa que seduzia as mulheres.

-Me mate! – Lisa pedia incessantemente, sabia que seria uma isca para trazer o pai dela até fora da cidade, onde ele lutaria sozinho.

Os outros guerreiros estavam sentados plenos, sem se importar com o que acontecia, afinal de contas só estavam ali pra receber seu dinheiro. O primeiro estava sentando apoiando o seu queixo no pomo da espada longa, que tinha cabo dourado para combinar com os cabelos loiros do seu dono. Em seguida estava um homem enorme e musculoso, provavelmente lutava com as mãos nuas, era careca e tinha uma pele bem escura.

O terceiro sentado, era bem franzino, pequeno não demonstrava nenhum perigo, talvez isso fosse o maior trunfo dele, se aproveitar dos inimigos que o subestimavam. E o quarto era o cego e o que parecia ser o mais inteligente e mais forte.

-Sim, eu vou te matar, mas só vou te matar na frente do desgraçado do seu pai! – O conde se aproximou dela e lambeu a sua bochecha.

Lisa quase vomitara de nojo, daquele homem feio por fora e mais feio por dentro.

-Mas antes disso eu vou brincar muito com você! – o duque pegou nos seios dela – e nem tente se matar, se não eu mato o seu pai!


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Notas finais do capítulo

Bom a minha vontade de postar o próximo capitulo vai depender da vontade de vocês, se a historia não for muito vista eu vou ficar menos animado em postar e mais animado em melhorar, mas não vai adiantar de nada se eu não postar.
Bom!
Até mais!
Ja na!



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