Ergo-me de minha cama, dois de novembro, Finados. Sinto um enorme pesar em meu coração, todos que me eram próximos morreram. L, minha inspiração. Matt, um amigo para todas as horas, aquele que me ajudou quando ele foi embora. E Mello, meu eterno rival e o amor da minha vida.

Lá fora chove, parece que os céus fazer por mim o que eu não consigo: chorar. Não choro, apesar da tristeza que invade meu ser, que me despedaça, fazendo-me me sentir um quebra-cabeça de mil peças espalhado, e quando me junto novamente, vejo que me faltam três peças. Três peças perdidas que eu nunca terei de volta.

Visto-me e saio do quarto. Gevanni me aguarda. Me junto a ele e saio do QG. Entro no carro e vejo os três buquês de flores que encomendei no banco de trás, delicadamente amarrados com fitas, como eu havia pedido.

Chego ao cemitério onde estão as pessoas mais importantes da minha vida. No túmulo de L deixo um buquê de rosas brancas amarrado com uma fita igualmente branca, e junto a esse buquê, toda a minha idolatria por ele. No túmulo de Matt deixo um buquê de margaridas envolvidas em uma fita vermelha, afinal, cravos e rosas não combinam com Matt, essas flores são tão tristes, já as margaridas expressam alegria, e Matt era alegre e alegrava todos ao seu redor, junto com as margaridas, deixo para Matt, também, a minha alegria, sei que ele cuidará bem dela.

Suspiro. Agora só falta um, a peça mais importante do quebra-cabeça que sou eu: Mello. Vou até o túmulo do mesmo, ainda chove, agora mais forte do que antes. Parece que os céus sentem a dor que eu sinto. Coloco no túmulo dele o último buquê, um buquê de rosas vermelhas envolvidas com uma fita preta, e junto delas, todo o amor que um dia eu consegui ter por alguém...