Rivais escrita por Draulac
“Eu te odeio” era uma frase que eu comumente falava para ele, mas ele não ligava. E isso me fazia odia-lo ainda mais. O Matt me falava que todo esse ódio que eu dizia sentir não passava de uma maneira que eu encontrei de expressar o amor que sentia, aquele ruivo realmente não tem noção de perigo. E ele sempre acabava ganhando umas tapas por causa disso. Eu? Amar aquela coisa branca? Nunca! O jeito daquele pirralho me irritava, eu sempre o xingava, machucava, o marcava, mas ele nunca reagia, nunca sequer expressava algo. Inalcançável, essa palavra o definia perfeitamente. Mas eu ia tirar ele deste pedestal. Se os métodos que eu estava usando não davam certo, eu teria de muda-los. Mas como? Pensei por um bom tempo. Mudar era difícil para mim.
Novamente fiquei em segundo lugar. Droga! Senti o ódio fluir por todo meu corpo. Peguei uma barra de chocolate e fui à direção da sala de brinquedos. E sabia que ele estaria lá. Infelizmente meu chocolate acabou no meio do caminho. Xinguei-me internamente por não ter pego mais barras, mas eu realmente não estava ligando. Aquele pirralho albino iria pagar por me roubar o primeiro lugar e por meus chocolates.
Cheguei à sala de brinquedos e, logo, destruí o quebra-cabeça que ele tinha acabado de terminar. O machuquei, o marquei como sempre. Mas, o que aconteceu com mudar meus métodos? Logo tive uma ideia, não teria como ele ser imune á aquilo, ninguém é. Aquilo iria fazer ele me mostrar que ele não era tão inalcançável assim.
O joguei contra a parede com força, uma pancada surda se fez ouvir. E colei meus lábios aos dele, beijando-o de modo selvagem, intenso. Rompi o beijo quando o ar se fez necessário. Então olhei para ele. Ele estava realmente belo. Suas bochechas coradas, e seus olhos, antes inexpressivos, abertos em surpresa. Talvez aquele tenha sido seu primeiro beijo. Sorri. Sorri por dois motivos: primeiro, porque consegui fazê-lo descer de seu pedestal, e segundo, por ter tirado a inocência dele em matéria de contato com outras pessoas.
Mas, como sempre, aquilo não foi o suficiente para mim, eu queria mais contato, então circundei a cintura delgada dele, que, por incrível que pareça, não se opôs, achei isso realmente estranho, mais estranho ainda foi a vontade que me deu de experimentar a boca dele de novo.
Beijei-o, mas de forma de mais calma, quase carinhosa, sentindo o gosto dele, tão doce quanto o gosto do chocolate que eu havia provado momentos antes, senti, então, os braços dele se posicionarem em volta do meu pescoço, e ele me puxou para mais perto. Nossos corpos, antes encostados, se colaram, mas logo precisamos de ar, nossas bocas então se separaram.
Enquanto reaviamos o ar, o olhei, ele parecia tão vulnerável em meus braços, que em um ato impensado, beijei-lhe a testa. Logo me dei conta de quanto estúpido eu estava sendo, eu realmente amava aquela criatura albina. Matt estava certo desde o começo.
Coloquei minha boca perto da orelha dele e falei o que eu realmente sentia: “Eu te amo.” Mas eu não esperava uma resposta. “Eu também te amo.” Foi o que ele falou. Por que meu coração começou a bater tão rápido? Na verdade, não sabia se era o meu, o dele, ou os dos dois. Beijamo-nos novamente. Pelo visto já não éramos mais rivais e sim amantes.
–--x---
Eu disse que morreria por ele.
“Aqui jaz Mihael Keehl.”
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Essa one não foi betada, então, qualquer erro de ortografia, gramática, coesão e/ou coerência, me avisem okay?
Kisses, see ya!