Mello, o pseudônimo que mais me intriga nesse mundo. Esse substantivo é tão especial para mim, que só sua pronúncia aquece meu coração. Mas, onde está a lógica disso? Um simples nome, mesmo que falso, pode fazer uma pessoa se sentir de maneira tão estranha? Eu deveria odiar o detentor desse nome, não é? Afinal, ele quer, tanto quanto eu, ser o sucessor de "L".

Posso mesmo me apaixonar pelo meu arqui-inimigo?

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Near, Near, Near, um pseudônimo perfeito e contraditório. "O Próximo". Como pode ser próximo mantendo-se tão distante? Sempre em seu mundo de fantasias, cheios de quebra-cabeças, dados e legos... Se vivesse um pouquinho no mundo real, veria que meu ódio não passa de amor não correspondido por ti. Porque não posso tocá-lo. Porque não ouso perder para ti, quero proteger-te, mas você não vê isso, continua pisando em mim. Acho que para ti não faço diferença, sou apenas uma pedra em teu caminho.

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Como pude apaixonar-me por alguém que me mira com tanto ódio no olhar? Que sempre torce pela minha queda, para poder ocupar meu lugar? Que sempre destrói tudo que construo, e grita comigo, insiste e persiste em mostrar que me odeia, mesmo que eu quebre em pedaços toda vez que ele faz isso? Talvez seja porque eu não demonstre o que acontece comigo por dentro. Então eu me tranco em meus pensamentos, em meu mundo, onde tudo é mais fácil. Onde eu posso ter Mello para mim. Um lugar onde ele me ama com a mesma intensidade com que eu o amo.

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Às vezes me pergunto se o que eu vejo no olhar dele quando destruo suas coisas é tristeza, mas depois percebo que não passa de indiferença. Isso me irrita! Mostre-me algum sentimento! Não se isole de mim! Somos metade de um todo, não vê? Por mais que eu insista que não seja verdade. Quebre meus argumentos como você sempre faz com todos os outros assuntos! Insista em ficar do meu lado! Não desista de mim! Fique comigo...

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E antes que eu pudesse fazer algo a respeito desse sentimento que corrói meu peito, Mello se foi... E de um todo... Sobrou só metade...

"Aqui jaz Mihael Keehl."