Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 44
Capítulo 42: Narcysa & Aemon


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



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Narcysa Lannister

Narcysa estava amarrada sob o dragão, ou o que quer que aquela coisa fosse, juntamente à Lady Lailla, a menina selvagem, o dornes, o príncipe bastardo e o ‘Baratheon’. Quando o albino se aproximou da garota selvagem, Lailla reagiu, atacando-o com seu martelo de guerra, sem escolha Narcysa atacou também, porém suas investidas foram como as de um gato contra um leão. O inimigo as desarmara e as capturara também.

Eddard fora o próximo, na tentativa de salvar as irmãs, ele e Renly avançaram em conjunto. O adversário os repeliu com facilidade, capturando também Ned e deixando o Lannister ferido para trás. O albino então observou os demais heróis, Rhaego e Raven, apesar de feridos, ainda estavam de pé, e atrás deles Lady Tully se escondia com o arco em riste. A Capitã Greyjoy estava desacordada, tal qual Gyles Tyrell, Renly porém ainda estava consciente, e mesmo ferido lutava para se manter de pé.

Patético – pensou ela – Vai acabar se matando.

O albino não deu atenção à nenhum deles. Subiu no dorso de seu monstro e levantou voo. Lady Tully disparou dezenas de flechas, mas nenhuma pareceu causar qualquer dano à besta.

– Creio que é o suficiente por uma manhã. – disse o inimigo com forte sotaque – Esta tarde tomarei Mantarys, me divertirei com seus companheiros e amanhã dizimarei o que restar da grande ameaça que são os doze. Fujam para o mais longe que puderem, crianças, talvez isso lhes compre algum tempo.

Instigou então seu dragão a subir, e nada do que os demais puderam fazer foi capaz de impedi-lo. A corda que a mantinha imóvel, também a impedia de despencar, contudo Narcysa se segurou o mais firme que pode. Olhou para os demais companheiros. A garotinha selvagem tinha os olhos brilhantes, e uma expressão de concentração. Lailla estava inconsciente, tal qual o príncipe bastardo e Eddard Baratheon. Aemon Martell entretanto tinha os olhos bem abertos e atentos, avaliando astutamente a posição em que estava. Narcysa decidiu fazer o mesmo.

Era uma refém, mas duvidava que o inimigo insano fosse usa-la como moeda de troca. Ele mesmo dissera que planejava se divertir com eles, isso a transformava em uma prisioneira. Agora a Lannister estava em uma situação na qual jamais se imaginou: Sem sua espada, sem suas garras. Sem nenhum defensor, sem seus dentes. A única arma que lhe restava residia entre suas pernas, poderia seduzir o inimigo.

O pensamento lhe cruzou a mente, ela mesma, vestida ricamente com uma coroa sob os cabelos loiros, mas não como Rainha de Westeros, esposa de um Targaryen. E sim como Imperatriz da Nova Valyria, ao lado de Bael Baskoll Drawviryen. Ele era insano, ela reconhecia isso, mas talvez esse fato o tornasse mais fácil de se manipulado. E de qualquer modo que alternativa lhe restava? Era uma Lannister, tinha o sangue de Cersei, Tywin e Tyrion nas veias, não seria prisioneira para sempre, seus antepassados estiveram em situações semelhantes e souberam escapar, ela também o faria.

De um modo, ou de outro.

Ouviu palavras em tom de violência em Alto Valyriano. Virou seu rosto em direção ao inimigo, ele no momento conversava consigo mesmo. Narcysa pouco entendia suas palavras, mas notou que hora o tom dele era frio e impassível, porém no momento seguinte esbravejava e gritava como um lunático.

O dragão finalmente pousou. Ela foi levada juntamente com os outros para uma gaiola, que ficava sob a carroça. Eles foram atirados lá dentro sem nenhuma cerimônia e Bael se afastou sem lhes dirigir um segundo olhar. Narcysa observou o cadeado que encerrava as grades, verificando se seria capaz de abri-lo. Entretanto quando se aproximou para que pudesse observar melhor um soldado a espetou com a ponta de uma lança, obrigando-a a recuar.

Ela o fitou com ódio. Era jovem e tinha traços valyrianos, olhos violetas e cabelos platinados. Talvez pudesse seduzi-lo mais tarde. Aemon Martell se pos a tratar dos outros prisioneiros, fazendo o melhor que podia com suas habilidades de Meistre, mesmo com meios tão escassos.

Lailla foi a primeira a acordar, tinha um ferimento na perna, contudo não parecia ser muito grave. Ela notou o olhar de pura gratidão que a Baratheon dirigiu ao dornes, e para sua surpresa ele retribuiu, mas não com a malicia esperada e sim com algo próximo à carinho. Poderia está acontecendo algo entre os dois? Nesse caso o que pensaria Mary Lane Greyjoy? Ou o irmão da garota, Eddard? Ou mesmo Drogo Stark que parecia está próximo dela nos últimos dias?

Não importava agora, todavia ela poderia se usar disso mais tarde. Logo ambos os bastardos sortudos acordaram, e também receberam tratamento. Drogo fora ferido na nuca, por isso sentia forte dor de cabeça, porém Eddard, apesar dos inúmeros arranhões não tinha nenhuma ferida mais grave. Eles se fitaram em silencio, aguardando.

Pelas grades puderam ver o prosseguir lento. E assistiram não de muito longe quando o ataque a cidade começou. Mantarys resistiu quanto pôde, mas logo se rendeu. Narcysa foi levada junto com os outros para uma masmorra. Se perguntou se nesse momento, seu irmão ainda estaria vivo. Apesar de ele ser uma vergonha e um fracassado, ela não desejava sua morte. Esperava que tivesse sobrevivido, mesmo sabendo que as chances eram ínfimas.

Um dia inteiro deve ter se passado, até que um dos soldados valyrianos veio buscá-la. Ela não fez perguntas, apenas o seguiu fingindo obediência e submissão. Em breve ela seria sua Imperatriz, e ele pagaria pela insolência de tê-la espetado com aquela sete vezes maldita lança.

Foi levada ao antigo aposento privado dos membros do conselho. A cabeça de cada um deles repousava sobre a mesa, com o anel que fora presente da Mãe de Dragões entre os dentes mortos. Havia sangue em abundancia no chão, Narcysa se perguntou a quem pertencia.

Bael estava deitado no chão, nu, havia uma faca ensanguentada sob seu tórax. Liquido carmim pingava da lamina manchando o peitoral claro coberto por pelos platinados. O soldado valyriano caiu sobre os joelhos assim que entrou no aposento, e obrigou Narcysa a fazer o mesmo.

O albino se pos de pé e caminhou em sua direção. Sangue que não o pertencia pingava de seu corpo e de sua faca. Ele rosnou uma ordem em valyriano para o soldado, que rapidamente se retirou. Forçou então Narcysa a se levantar, a Lannister sabia que devia assumir uma postura submissa agora, entretanto aquela não era sua natureza. Era uma filha de Casterly Rock. Uma leoa, ainda que sem espadas e sem aliados.

Um leão suas garras mantem, e as minhas senhor, são longas e afiadas, tais quais as suas também.

Olhou o nos olhos, como uma igual. Bael lhe deu um sorriso cheio de loucura e luxuria.

– Estive com seus amigos mais cedo. Baratheon e Stark – disse com forte sotaque apontando para as poças de sangue.

– Eles ainda estão vivos, Vossa Graça? – ela ousou perguntar

– Oh sim. Mas não muito confortáveis creio eu. – passou um dos dedos pelo rosto dela manchando seu rosto de sangue – Será mais cooperativa, minha bela serva?

Não sou sua serva. Sou sua rainha. – pensou com ódio, mas nada disse, apenas lhe dirigiu um olhar dócil como se aguardasse ordens.

– Tire a roupa – ordenou ele

Narcysa obedeceu sem hesitar. Não tinha por que ter vergonha de seu corpo, era bela, a mais belas das mulheres, tal qual Cersei fora antes dela.

– É bela – disse ele com um sotaque grave, suas mãos se dirigiram aos seios dela, apertando-os e puxando-os. Narcysa já fora tocada assim antes. Homens e mulheres já haviam lhe dado prazer, porém o aperto de Bael não tinha nenhum intuito de lhe dá gozo, apenas dor.

– Você também o é, meu senhor – respondeu

Ela a empurrou contra o divã mais próximo e a tomou rápida e grosseiramente. Narcysa não impediu, contudo também não obteve nenhum prazer daquilo. Era doloroso, ele não estava tornando nada fácil para ela, todavia não era nada que ela não pudesse agüentar. Ele a largou inesperadamente e se distanciou, a loira sentou-se devagar, fitando o corpo do albino ainda manchado de sangue. Até que ele era belo, não tão belo quanto Aegon Targaryen, ou mesmo seu irmão Renly, mas belo o suficiente.

– Eu o amo, meu senhor – sussurrou

– Tu mentes! – riu ele – Pensas que pode me enganar, puta westerosi? Você não é muito melhor que a Parideira de Tormentos, usando sua beleza para conseguir o que quer... É isso que você verdadeiramente ama, não? Sua beleza?

Narcysa não respondeu, mas sentiu medo quando o albino se aproximou com a faca em riste. Recuou um passo.

– E é exatamente o que vou tirar de você – sussurrou puxando-a para si e beijando seu pescoço

Narcysa sentiu a lamina fria sob sua bochecha e fechou os olhos.

Drogo Stark

Tudo. Absolutamente tudo doía. Nas ultimas horas, Drogo havia passado por mais torturas do que teria sido capaz de imaginar suportar. Varias vezes se perguntou quanto tempo levaria para que ficasse tão louco quanto Theon Greyjoy. Dividia uma cela, com Aemon e Ned. Lailla estava em uma à frente juntamente com Melony, porém não sabia para onde Narcysa havia sido levada.

O Baratheon também havia sido torturado, tal como Lailla, para a revolta de ambos. Ela voltara dos aposentos daquele desgraçado às lagrimas e coberta de arranhões. Drogo não queria imaginar o que o maldito havia feito à ela. Sentia-se um lixo por não ter sido capaz de protegê-la, a preocupação e a culpa corriam mistas pelo seu corpo torturando-o ainda mais que os ferimentos.

Mal podia acreditar que há pouco mais de um dia estivera em uma cama com Lailla fazendo planos para o futuro. A verdade é que já havia um tempo que Drogo sentia-se diferente perto de Lailla, mas como ela era irmã de seu primo, ele enterrara essas emoções o mais profundo que pode dentro de si mesmo. Entretanto na noite anterior à batalha... Ele pensara que iria morrer, e não queria partir sem ter se declarado à ela.

Mas nada o surpreendera mais do que descobrir que ela correspondia aos seus sentimentos. Aquela noite fora o paraíso. E depois viera o inferno. Deveria tirar Lailla dali, mesmo que não sobrevivesse, mesmo que seus planos nunca viessem a se concretizar ela deveria escapar com vida. Não sabia como o faria, todavia não poderia perder as esperanças, se o fizesse o que lhe restaria?

Aemon Martell não havia sido levado ainda, tampouco Melony. A garotinha selvagem não passava de uma criança de aparência e de mente. Pensar no que aquele louco poderia fazer à ela lhe dava náuseas. Não sabia que fim havia sido dado aos seus companheiros. Não sabia se ainda estavam vivos. Mas suas esperanças quanto a isso já haviam se findado.

Tentou se conectar à Shadow, tal como o tio Bran o havia ensinado a fazer. Mas o lobo estava muito distante, e Drogo temia que se deslizasse para sua pele não poderia voltar a sua própria. Havia grande movimento nas masmorras. A toda hora novos prisioneiros eram trazidos e jogados às celas, porém nunca nas mesmas que eles. Eram antigos escravos, e os ainda fieis à Mãe de Dragões, à sua mãe.

Pensar em Daenerys doía. Havia falhado com a progenitora. Permitira ser capturado, e agora o inimigo prosseguiria com sua marcha. Se perguntou o que aconteceria com Westeros quando Bael ali chegasse. Os Sete Reinos resistiriam, mas seriam os dragões de sua mãe páreo para a besta do inimigo ou mesmo para seu exercito de harpias?

– Talvez seja a hora de nos redermos – sugeriu Aemon Matell

– Depois do que aquele maldito fez com Lailla? – vociferou Eddard – Tem merda no lugar da honra, Vibora Dourada? Nunca.

– Não seja tolo. Resistir não ajudar a nenhum de nos e também não melhorará as coisa para sua irmã. Eu também não gostei do que aconteceu, teria defendido-a se pudesse. Mas pense. Não é tão ruim o que ele lhes propôs, um mundo sem Targaryens...

– O que há de errado com os Targaryen? – rosnou Drogo sentindo uma profunda irritação

Mesmo com a pouca luz que a cela lhes proporcionava, Drogo foi capaz de ver um sorriso cínico no rosto do Martell.

– Esqueci que você próprio tem sangue de dragão, ainda que use o sobrenome Stark. Quer a verdade, Drogo Blackfire? Seus ascendentes vêm contaminando Westeros, desde Aegon, o Conquistador, como uma praga. Dorne se lembra de Ellia e seus filhos, Lord Tywin pode ter dado a ordem, mas foi por culpa do Rei Louco que a princesa estava ali para começar. Foi um erro dos meus antepassados ter casado com os dragões, e foi um erro permitir que os dragões retornassem.

– Você se esquece que através de Jon Targaryen os Stark são ligados aos dragões pelo sangue,– disse Ned – E minha mãe é uma Stark, Martell. Eu não vou trair à minha Casa, à minha família e ao meu reino. Nenhum de nos vai.

– Então vão morrer gritando e aqui – retrucou Aemon – Longe de suas famílias e de seu reino. E então do que valerá? O Ultimo Filho da Harpia ainda irá para os Sete Reinos e destruirá igualmente, dragões, leões, peixes, lulas, lobos, águias, flores e cervos.

– Porem não aos Martell. – deduziu Drogo com desprezo em sua voz

Os olhos castanhos do dornes pareceram brilhar na escuridão

– Pretendo que minha casa sobreviva, Blackfire, de um jeito ou de outro.


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Notas finais do capítulo

Essa foi mais rápida. XD
Bem, agora sabemos o que aconteceu com os pobres capturados.
Narcysa se lascou lindamente, e logo descobriremos o que exatamente houve com ela.
Mas o que acharam? Ela mereceu?
E a morte de um deles se aproxima... Quem? Como? Onde? Se arriscam a dar um palpite?
Quero saber suas opiniões.
Próximo cap eh o das trigêmeas.
Comentem.



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