Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 12
Capítulo 10: Eddard Baratheon


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



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Eddard Baratheon, o Jovem Touro

As moças lançavam-lhe olhares cobiçosos e Ned não pode deixar de se sentir envergonhado. Sabia que era bonito, mas não havia tantas donzelas no Norte para lhe dar tanta atenção. Seu olhar se dirigiu ao palanque real, onde a Rainha e sua família assistiam às justas. Mas não era a Mãe de Dragões que atraía seu olhar, e sim uma mulher esguia portando armadura pouco atrás dela, a Comandante da Guarda Real, Arya Stark, sua mãe. Há poucos metros dela estava o consorte preferido da rainha, seu tio, Jon Targaryen.

Mesmo que fosse oficialmente um Baratheon sempre houvera uma sombra sobre a paternidade de Ned. Na época aproximada de sua concepção, o romance de longa data entre Arya Stark e Gendry Baratheon estava no fim. Em uma das grandes discussões entre eles, Arya acabou se voltando para seu primo, Jon Targaryen, pouco antes da batalha que derrotaria definitivamente Roose Bolton. Eles dividiram a mesma tenda naquela noite e não se sabe o quê aconteceu de fato entre eles. As más línguas diziam que dividiram lençóis. Já os mais simpáticos, que Jon apenas consolora-a de maneira fraterna. Nunca se soube.

O quê de fato havia acontecido é que o príncipe Targaryen e Gendry entraram em uma discussão sobre este episódio no dia seguinte, ambos saíram com alguns machucados e nunca mais mencionaram o assunto. Foi também o primeiro desentendimento entre Daenerys e Jon, que até então estavam tendo um romance digno de canções.

Durante o ano que se seguiu, Arya prosseguiu em batalha até estar num estágio tão avançado de gravidez que mal podia andar, quanto mais lutar. O primo Jon, preocupado com ela, a mandou de volta pra Winterfell, onde pode ficar em segurança. Depois de alguns meses Arya deixou a criança sob os cuidados de Bran e Meera Stark, voltando então para a guerra. As batalhas seguiram-se por mais cinco anos até que ela pudesse voltar para Winterfell.

Gendry quando foi buscar sua esposa Alys da Casa Karstark, com quem tivera um casamento apressado anos antes em meio a guerra. Nesta ocasião conheceu a filha que sua esposa tinha tido, fruto da única noite que passaram juntos logo depois do casamento e também descobriu que Arya também havia dado a luz a um bebê, concebido mais ou menos no fim do relacionamento dos dois. À pedido do Lord de Storm End, Eddard foi legitimado pela rainha, mas Arya se recusou a deixar o filho quando foi sugerido que ele vivesse em Storm End, ao lado do pai, como um verdadeiro herdeiro.

Os olhos cinzas da mãe encontraram-se com os seus igualmente cinzas, ela não moveu os lábios, mas sorriu com os olhos de uma maneira que somente seu filho poderia ver. Ele sorriu, pouco depois de completar o décimo quinto dia de seu nome, poucas semanas atrás, uma ave havia chegado a Winterfell com uma carta da rainha, informando que Sor Barristan Selmy havia falecido e nomeando Arya como Comandante da Guarda Real. A nortenha havia tido um grande papel na guerra da conquista, ganhando a confiança de Selmy e se destacando entre os aliados do dragão.

Ao receber a proposta, a mãe franziu o cenho e quis recusar, porém Lord Bran colocou um pouco de juízo em sua mente, prevenindo-a que estaria insultando a rainha se o fizesse e isso poderia colocar não só ela, mas toda a família, em perigo. Daenerys não simpatizara com Arya, provavelmente por ciúmes de seu consorte favorito, porem havia cedido e lhe oferecido tal honraria, se Arya recusasse estaria pisando no orgulho da rainha e zombando de sua boa vontade, algo que com certeza não era sábio. Relutante ela partiu para o sul a fim de ocupar seu posto, a cerimônia havia sido no crepúsculo anterior.

Ned sentiu olhares sobre si. Procurando o observador, notou que não era ninguém menos que a rainha, que o fitava com o mais puro desprezo. Engoliu em seco, é claro que sua presença, tal qual a de sua mãe, era um insulto para Daenerys, por isso não entendia o porquê daquela nomeação. Seu olhar se dirigiu ao tio Jon que brincava com um dos filhos, talvez aquilo fosse obra dele.

Ned observou o primo, Drogo, subir em seu cavalo, para qualquer um ele pareceria confiante. Porém os dois haviam crescido juntos e Ned podia afirmar com convicção que o primo estava nervoso. Não o culpava, seu adversário era enorme e parecia ser feito unicamente de músculos.

– Por que não participou? – questionou uma voz conhecida

Ned voltou-se para trás encontrando ninguém menos que a irmã, Lailla Baratheon. Embora houvesse duvidas sobre a paternidade de Ned, ele e Lailla eram tão parecidos que poderiam ser gêmeos. Os mesmos olhos acinzentados, a mesma pele clara, os mesmos cabelos negros. Mas isso tudo se devia mais ao fato de suas mães serem parecidas do que terem o mesmo pai. Ela sorriu se aproximando, era alta para uma garota, quase da altura dele próprio, mesmo sendo um ano mais nova.

– Cheguei atrasado. – disse dando de ombros – A competição já havia começado. Gostaria que eu tivesse participado, irmãzinha?

– Não. Você humilharia a todos nos. – provocou ela – Se eu posso derrotá-lo, imagine todos esses cavaleiros.

Ned levantou uma sobrancelha perante a ousadia da irmã, mas não pode deixar que um sorriso preenchesse seu rosto. Lailla sempre dizia o quê lhe vinha na cabeça.

– Fico feliz que tenha usado nossas cores. – disse ela apontando para o seu gibão amarelo e negro com o emblema Baratheon – Papai ficou satisfeito também.

– O fiz por insistência de minha mãe, e não dele. – respondeu de cenho franzido e algo que seria uma baforada entediada.

Lailla não se deu ao trabalho de responder, era de seu conhecimento a relação tensa ente o Lord e o herdeiro de Storm End. Na época de sua legitimação, Gendry era casado com Allys, mas ainda assim Ned o culpava por sua ausência e por nunca ter tentado reparar o mal que fez em deixar que Arya voltasse para o Norte com um filho concebido fora do casamento. Nas raras vezes em que ele e Ned se encontraram a tensão entre eles era evidente.

Lailla observou o consorte da Rainha brincar com o filho mais novo.

– Posso ouvir o quê o povo diz. – disse ela – Vocês são realmente parecidos.

Ned sorriu, é claro que eram. Mas, ainda assim, por muitos anos nunca lhe passou pela cabeça que fosse filho do ‘tio’ Jon. Descobriu sobre isso cerca de quatro anos atrás, ao entreouvir uma conversa entre Jon e Arya, em que o tio questionava alguns comportamentos do menino que em muito se assemelhavam aos seus.

– Ele é bom par você? – perguntou Lailla.

– Melhor do que Gendry Baratheon jamais foi. – respondeu Ned com admiração e afeto evidente em sua voz – Ele nos visita em Winterfell quatro vezes por ano, no dia do meu nome, no de minha mãe, no de Drogo e no de Bran. Nos traz presentes toda vez. O meu cavalo, Blackfire, foi um presente dele.

– Entretanto foi Lord Gendry que lhe deu sua arma. – disse ela apontando para o martelo de guerra de Ned. – O Martelo do Rei Robert. O que nosso avô usou para abrir o peito de Rhaegar e conquistar o reino.

– Talvez. Não nego que gosto do meu martelo. Mas ele não compra a minha afeição, tampouco paga os anos em que Gendry Baratheon me abandonou.

– Foi a sua mãe que o levou para o Norte. Mas não discutirei com você. Jon Targaryen não parece ser tão ruim assim, e você o ama. – sussurrou Lailla. Era uma contastação e não uma pergunta. – Do mesmo modo que eu amo meu pai. Ele me mandou aqui. Como herdeiro de Storm End, você deve conhecer a terra e o povo que um dia governará. Talvez seja hora de passar um tempo com a sua irmã.

Ned, incrédulo, arregalou os olhos.

– Lord Gendry sugeriu isso?!

– Tente não se surpreender tanto. Mesmo com todas essas fofocas sobre sua paternidade e a tensão entre vocês dois, você continua a ser seu primogênito e 'herdeiro!'. Agora que sua mãe irá residir permanentemente em King's Landding... Achei que minha companhia seria melhor do que a da rainha. - Falou ela dando ênfase à palavra herdeiro.

Ned sorriu. Então a irmã havia percebido os olhares nada amistosos de Daenerys Targaryen. Isso não o surpreendia, pelo quê se lembrava ela era muito perspicaz.

– E quanto a você, irmãzinha? O que fará quando eu for o Lord de Storm End? Permitirá que eu lhe arranje um bom casamento?

– Não se atreva! – rosnou ela – Eu não me casarei. Karhold é meu por direito. Não permitirei que homem nenhum governe em meu lugar.

Ned riu.

– Então pelo visto nós apenas trocaremos de lugar. Eu em Storm End e você no Norte.

– Talvez. – sorriu ela – Mas ainda teremos alguns anos juntos antes disso.

Um grito hediondo ecoou por Harrenhall e o caos sobreveio.


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Notas finais do capítulo

OI oi gente. Sim, eu sei que demorei, mas não vou pedir desculpas, vcs mereceram. .Sinto muito por esse final, vocês já sabem o que acontece agora, e não tive criatividade para acrescentar mais detalhes. Enfim, nessa ultima semana escrevi os próximos capítulos, de modo que tenha um bom estoque, e tmbm matutei sobre qual seguimento eu vou dá a fic e rascunhei um pouco capítulos que virão MUITO a frente. Tambem li os três contos de Dunk & Egg, são do Martin e se passam 100 anos antes dos eventos de Guerra dos Tronos, poucos anos depois da rebelião Blackfire, me divertir muito e recomendo à todos! Depois que li os contos, a senhora inspiração me visitou e eu sonhei com uma futura fic, porem não de fichas, seria sobre a rebelião Blackfire, o que teria acontecido de se Daemon tivesse ganhado a guerra e talz. Mas isso são projetos para o futuro.Segue agora uma imagem do Eddardhttp://ladyprongs15.deviantart.com/art/Eddard-Baratheon-345686625?ga_submit=10%3A1356898317Espero que tenham gostado. Quem vocês acham que é o pai do Ned? E o que acharam do personagem? O que acharam da minha escolha para ilustra-lo? Eu acho que ficou legal, mas sou suspeita de falar, sou fanatica por esse ator.Aguardarei seus comentários.Abs