Bittersweet escrita por Pequena Morte


Capítulo 40
Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM, EU AMO VOCÊS E BOA LEITURA ♥



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14 anos depois...

Hermione’s POV

Estávamos mais uma vez, na tão nostálgica plataforma 9 ¾ onde, dessa vez, deixaríamos nosso primeiro filho Scorpius Granger Malfoy, para que ele fosse fazer o seu primeiro ano, junto com os filhos de Gina e Harry, Luna e Neville e pasmem: Jorge, Leah e Fred. Não me pergunte quem é o pai, nem eles sabem e não fazem questão de saber. A ainda diretora Mc Gonaggal está grávida de três meses! Isso mesmo, grávida de Hagrid, assim com Lilly estava grávida do Cody, mas essa gestação já tinha oito meses. Pansy e Blás já tinham um filho, Gabriel Parkinson Zambini, de quatro anos, que por sinal é a mesma idade da minha princesinha, Mary Granger Malfoy, e do irmãozinho de Draco, Cameron Black Snape.

Minha vida havia sido perfeita nesses últimos anos, sem problemas maiores que os familiares e empresariais. Eu tenho um ótimo emprego no ministério, e Draco toca os negócios que eram do seu pai, se acostumou com a presença de Snape, já que agora ele e sua mãe tinham um filho. Ele até o chamava de “Papai”devido a convivência. Nossos amigos viviam na nossa casa (sim, ainda morávamos com a mãe e tia de Draco) e eu tinha uma vida perfeita e agradecia a Merlin por isso.

-Tchau pai, tchau mãe, o trem vai sair. –Falou Scorp me tirando de meus devaneios.

-Tchau garotão, e seja gentil com as pessoas ok? –Disse Draco e eu sorri, ele realmente tinha mudado e educado nosso filho muito bem, e tenho certeza que faria o mesmo com Mary. Scorpius abraçou Draco e então ele veio pra perto de mim.

-Querido, não deixe que ninguém te ponha pra baixo, você é um Granger Malfoy, um grifinório digno, certo?

-Sonserino mãe. –Ele revirou os olhos.

-Isso não é você quem decide! –Falei ofendida por ele preferir as cobras.

-Nem você querida. E sim o chapéu seletor. –Draco interrompeu. –Mas ele é sonserino nato, influência da mamãe e do papai, da tia Bella, da Pans, do Blás, da Lilly, a convivência com a tão querida Naguini segunda... –Bufei. E me virei pra Scorpius.

-Certo querido, que seja um sonserino, isso não importa, só não deixe que pisem em você, certo?

-Nunca! Não sou do tipo que é pisado. –Sorri. Scorp era a cópia perfeita de Malfoy, e Mary só tinha minha personalidade que apesar dos poucos quatro anos, já era bem forte, o resto era todo do pai.

-Ótimo, e nunca se esqueça, papai e mamãe te amam!

-E não se esqueça de outra coisa: Pegue muitas garotas! –Ri com o comentário de Draco.

-Tá certo, papai, mamãe, até breve. –Então vimos Scorpius entrar no trem ao mesmo tempo em que Lílian Weasley Potter, filha de Harry e Ginny. –Tá gostosa éin Lílian! -Então Lilian deu-lhe um tapa na cara que eu tinha certeza que iria virar uma briga, mas ao invés disso ele só olhou pra ela com cara de bobo apaixonado.

-Mas já? E justo a Potter? –Draco perguntou surpreso. –Parece que os Malfoy gostam de apanhar. –Lembrei-me que ele se apaixonou por mim quando eu lhe dei um soco. –BOA SORTE FILHO, VOCÊ VAI PRECISAR! –Ri com o grito de Draco.

-Obrigada pai, você viu como os olhos dela são lindos? –Sorri e vi ele acenando para nós com cara de boba.

-Tá ferrado. –Comentei e Draco riu, então procuramos Mary e seu sorriso diminuiu. Ela estava sentada no chão brincando com ninguém menos que Gabriel Parkinson Zambini, sorri ao ver a expressão furiosa de Draco. Então Mary sem querer jogou um brinquedo longe e começou a chorar, Gabriel se levantou e eu fiz Draco parar de caminhar para observá-los comigo. Gabriel se levantou, pegou o brinquedo e lhe entregou.

-Não chola Maly, eu semple vou ta aqui pla pegar o que você deixar cair, não se pleocupa. –Disse ele com a voz meiga e os tradicionais erros que crianças têm na fala.

-Típico filho do Blás, galanteador barato! Mas minha filha não cai nessa! –Draco disse seguro de si, mas para a surpresa dele, Mary pegou o brinquedo, sorriu e beijou a bochecha de Gabriel.

-Obligada Gabliel, você é muito gentil, polisso que eu te adolo! –Ela disse com a voz meiga de criança. –Gargalhei com a expressão nervosa de Malfoy e os acompanhei até onde Blás e Pansy observavam sorrindo.

-Isso aê garoto, aprendeu com o paizão. –Disse Blás rodando Gabriel no ar.

-MINHA FILHA NÃO BLÁS! –Draco gritou e pegou Mary no colo, eu ainda ria.

-Não fui eu quem escolheu, acho que assim como eu, ele ama loiras. –Blás disse e piscou pra Draco, e eu que agora estava conseguindo parar de rir me pronunciei.

-Deixe a criança Draco, deixa a menina viver, puta merda!

-É papai, deixa eu viver, eu tava blincando, você atlapalhou.

-Não com um menino Zambini! Eles são como os meninos Malfoys, não prestam! -. Draco agiu EXATAMENTE como o meu pai quando eu contei que namorava Draco. Lembro-me até hoje “Malfoy? Você não disse que eles eram uma raça que não presta?” Sorri com a lembrança e virei me para Mary:

-Boa sorte querida, você sim vai precisar! –Draco revirou os olhos e foi saindo da estação conversando com Rose. Me despedi dos Zambini e corri em sua direção, cheguei e eles ainda estavam conversando.

-Que histólia você tem que me contar papai?

-É a história mais longa, complicada e bonita que você já ouviu e vai ouvir, a história de como o papai e a mamãe se conheceram. Eu prometi pra ela que ia contar para os meus filhos, eu já contei pro seu irmão, agora é sua vez. –Sorri e lembrei do dia em que eu pedi pra que ele contasse para os filhos dele. Ela sorriu pra ele e ele começou. –O papai não era uma pessoa muito boa, na verdade, ele era um garotinho muito ruim...

-Que feio papai, a mamãe me falou uma vez que você falava coisa feia pra ela, e que ela ficava muito triste, por isso não era pra eu falar coisa feia pro meu irmão, senão ele ia ficar triste comigo.

-Exatamente querida, a mamãe ficava muito triste, ela odiava o papai, então teve um dia que o papai disse coisas feias pra ela e ela deu um soco na minha cara... –Então ele sentou com ela no colo, num banco da estação e continuou.

-Chegou a vez de ela conhecer a história de vocês? –Ginny perguntou, chegando atrás de uma pilastra onde eu estava escondida. Eu confirmei com a cabeça e nós sorrimos. –Ele é um grande pai e um grande amigo, nunca achei que iria dizer isso, mas acho que melhor pai que ele, só Harry mesmo. –Sorri mais abertamente, ela tinha razão, ele era um ótimo pai, e um ótimo marido.

-Já vou indo com Harry e os outros, inclusive os Zambini, para casa, vão todos almoçar lá, faz tempo que não fazemos algo TODOS juntos, então Harry teve essa ideia. Quando Draco terminar, vão direto pra lá, certo senhora Malfoy? –Sorri.

-Sim senhora Potter! –Rimos e ela se foi, então continuei ouvindo Draco contando nossa história, e assim como eu se emocionando com algumas partes. Então ele terminou.

-Então depois disso, nasceu uma menininha linda, loirinha de olhos castanhos, e o resto você já sabe.

-Ai que lindo papai, você amava mesmo a mamãe, e ela também te amava, já pensou se eu e o Gabliel casar? E ai quando eu clescer eu ia contar plos meus neném a nossa histólia, e contar como meu papai ela ciumento! –Draco sorriu.

-Eu não vou deixar vocês casarem, não tão fácil. E se for isso mesmo que você quiser, não conte pra ele, não tão cedo, senão ele se aproveita, os Zambinis não são confiáveis.

-Papai, eles são seus melholes amigos, e eu não sou boba, apesar de ser pequenininha, eu sei como os galotos podem ser idiotas, eu sou Ilmã do Scolpius!

-Melhores, garotos, irmã e Scorpius! É assim que se diz, e eu espero mesmo que você não seja tão fácil!

-Ela é minha filha Malfoy, você sabe como é difícil conquistar uma Granger. –Saí de trás da pilastra sorrindo.

-E como sei! –Disse ele sorrindo, então veio até mim e me beijou. –Desde quando está aqui?

-Desde o começo da história... Ginny falou que hoje o almoço é na casa dela.

-Ótimo. Vamos então, já demoramos demais aqui.

-O Gabliel vai?

-Gabriel querida, Gabriel! E sim, ele vai.

-Ga...bri...el! Gabriel!

-Hey, o nome dele você aprende, mas o do seu irmão não? –Draco perguntou se fingindo irritado.

-Pala de bobice papai! Bobo!

-Esse Blásio vai se ver comigo! –Dizendo isso, me pegou pela cintura e aparatamos no jardim de Ginny. –Segura a Mary. Blásio! –Então ele entrou na casa a passadas firmes, coitado do Blás.

[...]

Já havíamos almoçado, quando Draco se levantou chamando a atenção de todos na sala.

-Hey vocês, todos vocês, eu tenho algo pra falar. –Todos ali se silenciaram e ele começou. –Se há 17 anos me falassem que eu iria acabar casado com Hermione Granger, com dois filhos e almoçando aos domingos na casa de Harry Potter com Blásio Zambini e Pansy Parkinson, e que a minha mãe estaria ao meu lado, casada com Severo Snape e com um filho de quatro anos, eu iria rir da cara da pessoa até não poder mais, e provavelmente azará-la depois, mas hoje, olhando tudo isso aqui, eu só tenho a agradecer, a Merlin e a vocês, pois eu tenho a vida mais perfeita que eu imaginei. Lembro-me de quando eu estava no terceiro ano... –Todos que estavam em pé sentaram, iria ser um discurso longo. -...Quando eu levei um soco de uma certa castanha, e fiquei reclamando com Blás e Pansy o dia todo, e quando eles cansaram de me ouvir, fizeram uma pergunta que sabiam que iria me calar “Por que você não revidou? Não azarou ela?” minha resposta pra eles? “Por que apesar de tudo ela é uma garota, e eu sou um cavalheiro.” A resposta que meu subconsciente gritou? “Por que ela tem os olhos mais lindos que eu já vi em toda a minha existência.” –Então eu sorri, não pude evitar, eu tenho o melhor namorando do mundo.

-A partir daqui eu conto Draquinho. –Pansy interrompeu Draco, que ficou nervoso, mas sentou mesmo assim, ele queria saber do ponto de vista dela. –É lógico que eu e o Blás não acreditamos nisso, esse papo de ela é uma garota, nunca impediu nenhuma sonserina de levar uma azaração. E outra coisa, estava mais do que óbvio que ele estava apaixonado, enquanto ela vinha em direção a ele, ele olhava nos olhos dela e se perdia por lá, e quando ela se virou, ele fez uma careta, pelo soco, mas eu como boa amiga, sei ler o olhar de Draco, e ali, não tinha nada além de amor. Então, um dia, uns... Três meses depois do soco, vimos Draco desenhando na aula de poções, e como eu não sou nada curiosa, fui olhar o desenho. Ele não me deixou ver, falou que era particular e quase me bateu, mas eu não consegui ver, então pedi pro Blás descobrir o que era. Quando ele viu o desenho, no dormitório que na época era de todos os meninos da Sonserina, ele ficou chocado e não quis me contar, disse que era impossível, e que ele deveria estar ficando louco, e eu tive que insistir muito pra ele me contar, mas ao invés disso ele me mostrou o desenho, que não era nada mais, nada menos que o rosto de Hermione Jean Granger. (http://ic.pics.livejournal.com/soliloquioadois/16116017/11008/11008_320.jpg) No começo Blás achou que nós poderíamos estar enganados, e ser qualquer outra garota, mas os traços de Draco sempre foram perfeitos, e o desenho era inconfundível. –Sorri. Então quer dizer que Draco Malfoy me desenhava por aí.

-Então é com você que meu desenho foi estava? Filha da puta, eu fiquei um ano inteiro procurando essa merda, com medo de cair em mãos erradas, então misteriosamente ele voltou para o meio do meu caderno e eu achei que estava ficando louco!

-Você nunca desconfiou? Nem mesmo quando eu te perguntei sobre o desenho? Como você é burro Draquinho! Enfim, continuando, como eu já disse, eu perguntei pra ele sobre o desenho, e ele simplesmente respondeu “Eu desenhei ela por que eu quis, não é da sua conta, chata.” E foi então que eu percebi que ele estava completamente apaixonado pela nojentinha, sangue ruim. –Ri do velho apelido e da imitação dela da voz de Draco.

-Pode deixar que daqui eu continuo Pansyta. –Sorri pelo fato de que nesse relacionamento, a Pansy quem ganhara um apelido. Então ela sentou ao lado de Blás e ele continuou. –Confesso que não tinha nada contra a Granger, eu já tinha ficado com ela e achava ela bem gostosa. –Então duas almofadas o atingiram, uma da Pansy e uma do Draco, e todos na casa gargalharam. –Ai! Mas era mesmo! Deixem-me contar. Então... Eu não tinha nada contra ela, então resolvi que não ia interferir, nem ajudar, afinal nessa época eu descobri que gostava da Pans, e tinha isso pra me preocupar, e ele não tinha pedido minha ajuda, até... A guerra. Foi aí que eu pensei: Fudeu. Por quê? O Draco confessou pra mim que tava apaixonado pela Granger, e que o tio dele queria matá-la na guerra, ele estava chorando, pela primeira vez na minha vida eu vi Draco Malfoy chorando, e ele não sabia o que fazer. E eu também não, eu disse que não tinha nada contra a Granger, mas eu fui criado na mansão Malfoy com o tio Voldy e a tia Bella, eu tinha medo de perder eles dois, tinha medo da perda, então aconselhei Draco a ajudar o tio, não por raiva, mas por medo, e me arrependo muito disso. –Então ele olhou pra mim e eu sorri, ele estava certo, ele amava os tios. Vendo meu sorriso ele se alegrou e já ia continuar, mas Luna interrompeu.

-Acho que agora é minha vez. –Blás sorriu.

-Nada mais justo Luninha, afinal, ninguém saberia explicar melhor. –Ela sorriu e começou:


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Awn gente, vejo vcs nos reviews ♥