Bittersweet escrita por Pequena Morte


Capítulo 28
Decisões a serem tomadas.


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem?? Saudades dos reviews éin galero! Poxa vida! :c
Aqui, tem um pouco mais de """Dramione""" Mas o que acontece a seguir, vocês decidem... Leiam as notas finais e entendam!
Boa leitura



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Leah's POV

Eu subi com Draco até o seu quarto, e ficamos em silêncio, cada um num canto do quarto por um tempo, até que ele resolveu falar:

–Eu deveria ter é ficado lá embaixo, não sei mesmo porque eu te ouvi e subi.

–Ficado lá em baixo? Pra fazer o que Draco? Sair no tapa com o seu padrinho? Destruir a primeira gota de felicidade que a sua mãe teve em meses? Ora, faça-me o favor! -Eu não me aguentei e gritei com Draco, que se primeiro se surpreendeu com os meus gritos, mas logo adotou sua máscara de frieza.

–Primeira gota de felicidade em meses? Leah, você sabe muito bem o quanto eu quero a felicidade da minha mãe, mas você sabe que não vai ser assim, com o Snape, que ela vai conseguir. E outra, eu não sou obrigado a ver um cara que eu não quero nem que chegue perto da minha mãe, roubando um beijo dela na minha própria casa. -Então eu não aguentei e explodi.

–MINHA? Vocês Malfoys não cansam disso, não é? Tratar TUDO como posse! SUA mãe, SUA casa, SUA namorada, SEU tudo! Chega Draco, você é só um idiota de menos de 20 anos com síndrome de Lucius Malfoy! Apenas isso! Pare de agir como um adulto quando não é necessário, as adultas da casa sabem muito bem o que elas querem ou não fazer, e eu REALMENTE acho que você não vai querer falar sobre coisas que nós não somos obrigados a ver ou a ouvir. -Eu gritei de uma vez e o rosto frio que ele tinha se tornou doloroso.

–Não me compare com o meu pai! -Ele gritou. -Ele era fraco, e louco! E não fale mal dele na minha frente nunca mais, pois apesar disso tudo ele era o MEU pai, meu sim Leah, MEU! E eu realmente estou falando de coisas que eu não sou obrigado a ver! Algum problema com isso? -Ele terminou arfando.

–Tenho sim Draco e vou te contar qual é: O problema é que hoje eu só tenho ouvido coisas que eu não sou obrigada e eu realmente estou bem incomodada com isso! -Eu gritei de volta

–É mesmo Leah? Tipo o que? O que pode ser mais doloroso pra você do que ver alguém beijando a sua mãe? -Ele gritou.

–Ouvir você falando que ama alguém como nunca amou ninguém, e esse alguém não ser eu! Ver você abraçando, embalando alguém com tanto amor, um amor palpável, e esse alguém não ser eu! Perceber que você na verdade não me ama! Isso é doloroso o suficiente pra você, Malfoy? Eu realmente espero que seja! -Eu desabafei e ele não respondeu nada. -Eu acho que foi o suficiente!

–Você sabe que não foi o que eu quis dizer Leah, eu amo você! -Ele disse tentando se aproximar de mim, que recuei.

–Mas não o suficiente! Não como ama a Hermione! -Eu gritei e então a porta se abriu.

Narcisa’s POV

Abri a porta do quarto de Draco com força, assustando ele e Leah.

–Leah desca, por favor. –Disse calma e terna olhando pra ela, e só então percebi que ela estava com lágrimas nos olhos.

–Leah, por favor, fica. –Disse Draco suplicante, e ela desviou o olhar do dele.

–Se escondendo atrás de namorada querido? Você já foi mais corajoso, encare seus problemas como um homem, o homem que o seu pai não foi. Leah querida, desça! –Falei dessa vez mais firme.

–É melhor eu descer mesmo, Draco Malfoy! Isso são problemas familiares. –Então ela se virou e desceu, batendo a porta do quarto antes de sair, eu tranquei a mesma com um feitiço, então soltei um “Abaffiato” e Draco não esboçou reação.

–Draco querido. –Me aproximei dele e ele tomou para si uma expressão fria. –Posso conversar com você?

–Pode. –Disse ele com a voz fria, lembrando-me muito seu pai.

–Eu queria saber o porquê você deu um soco no Severo? -Eu perguntei com calma.

–Por que ele te beijou. –Disse ele como se fosse a coisa mais normal do mundo, esperei pra que ele continuasse. –Não é qualquer um que chega aqui, janta, conversa, ri um pouco e beija minha mãe!

–Exatamente Draco Malfoy, a mãe aqui sou eu, e nem assim eu dou palpite nos seus relacionamentos, não queira dar palpites nos meus! Eu sou maior de idade, sei o que eu faço, sei o que eu quero da minha vida e sei o que eu quero pro meu futuro Draco, e você querendo ou não, aceitando ou não, o Severo está nesse futuro! -Eu respondi irritada.

–O cara que te magoou quando você era mais nova? Aquele cara que você quer no seu futuro, tem certeza? Você já parou pra pensar que ele pode muito bem te magoar de novo? Sem pensar nas consequências? -Ele gritou, irritado.

–Sim, eu já pensei, Draco. -Eu disse, como se ele tivesse voltado a ter cinco anos de idade. -Eu não sou uma criança, querido, sei o que eu faço! Ele mudou! Eu sei que eu posso estar enganada, mas as circunstâncias mudaram! Ele parece gostar de mim!

–Ah claro, na sua adolescência você também achou que ele gostava! E aí?! O que aconteceu? Não foi com ele que você casou, não é?! Foi com o meu pai, que apesar de todas as merdas que ele fez, sempre te ouvia, pensava em você, fazia o que achava que era melhor pra nós! Eu sei que ele não te fazia mais tão feliz, mas ele nunca te magoou! Nunca! Ele sempre buscava fazer o melhor pra você, ele te amava! Esse cara não é capaz de amar ninguém, ninguém! -Ele gritou, mais uma vez.

–Ele amava a Lílian! E agora ele gosta de mim! Pra mim é o suficiente!

–Mas pra mim não é! –Só então percebi que, além de gritar, Draco chorava, então respirei fundo e sentei ao seu lado na cama.

–Draco, entenda, eu não tenho mais 18 anos querido, sua mãe já sabe o que a vida pode fazer. Você realmente acha que o meu namoro com seu pai foram apenas rosas? Acha que ele nunca me magoou? Muito pelo contrário querido, antes de casar mesmo, por exemplo, ele me traiu com a mãe da sua atual namorada, a Srta Greengrass. Um mês antes do casamento. –Draco abriu a boca pra falar, mas desistiu, então continuei. –Nossas famílias eram muito ricas, e meu pai me obrigou a casar mesmo assim, apenas pra juntar fortunas. Minha mãe o apoiou, como sempre, com a desculpa de “você sabe que você o ama, isso é só um obstáculo, uma fase e vocês vão superar.” E eu fui obrigada a me casar com Lucius... Juro que no começo eu não falei com ele, não troquei uma palavra por dois meses, um antes e um depois do casamento, então ele resolveu se desculpar. Deu toda aquela explicação que vocês homens já sabe de cor, e nós reatamos. Foi a melhor noite de toda a minha vida. Foi nessa noite que você resolveu que iria nascer, você foi o melhor presente que o Lucius me deu, a melhor herança que ele me deixou. Uma herança com o mesmo gênio dele, possessivo, teimoso e ciumento, mas mesmo assim, o maior e eterno amor da minha vida, Draco. O Severo nunca vai substituir o seu pai, muito menos tomar o seu lugar na minha vida, eu sei que mesmo seu pai tendo ficado louco, que você o amava, eu sei o quanto foi difícil pra você naquele dia. Foi difícil pra mim também, eu ainda o amo querido, não como antes, mas é impossível não amá-lo, ele me deu você, um motivo pra sorrir mesmo que nada desse certo. Mas ele me magoou demais Draco, me traía constantemente, me humilhava, gritava comigo o tempo todo, e eu ODEIO que gritem comigo, ouviu?! Eu sempre gostei do Severo, meu amor por ele só foi sufocado pelo carinho que eu sentia por Lucius, um amor de amigo que eu confundi. –Eu falei, e Draco sorriu, ainda com lágrimas nos olhos.

–Desculpa mãe, eu agi como um bebê! -Ele disse e eu sorri e o puxei para um abraço. -Só não se magoe, por favor.

–Eu não vou me magoar, e não é a mim que você deve desculpas. Ele volta aqui à tarde.

–Não vou mesmo me desculpar com ele, desista. E assuma que ele mereceu! –Ele disse e nós rimos. –E é bom que ele volte, precisamos conversar.

–Só não o assuste muito querido. –Eu disse sorrindo. –Eu não quero que ele suma.

–Não prometo nada, mas ele não seria louco de sumir, seria pior. -Ele disse, brincalhão.

–Oh coitado, Draco! -Eu respondi, dando um tapinha em seu ombro. -Falando de amores querido, e a Mione?! -Perguntei, mudando de assunto.

–O que tem ela? -Ele perguntou.

–Você gosta dela, não é? –Ele fez menção de negar e eu o impedi. –Eu sei que gosta, não minta pra sua mãe, eu vi o que aconteceu na sala, "como nunca amei ninguém"?

–Nem me fale, a Leah já gritou comigo por causa disso, acredita? -Ele disse.

–Acredito, e eu não faria menos, você a desrespeitou, na frente de todo mundo, Draco. -Eu respondi, calma.

–É complicado, mãe. Não era minha intenção, ela sabe disso! Mas... A Hermione... Ela precisava de mim, ela se atirou nos meus braços, mãe. Depois de tanto tempo, ela me abraçou e chorou no meu colo, tem noção de como foi doloroso pra mim? Foi mais doloroso ainda quando eu conversei com a Lilly no quarto e lembrei que ela não gosta de mim, que nunca gostou. Ela só acha que gostou, mas é por que ela estava magoada com o Weasley e precisava de alguém, infelizmente esse alguém fui eu, mas parece que ela prefere os ruivos. –Sorriu fraco. –Fui eu quem pois um fim em tudo, achei melhor acabar com tudo de uma vez, eu só iria me magoar mais. Até cheguei a prometer pra mim mesmo que iria voltar a ser arrogante como antes, mas a Leah não permitiu, ela me faz tão bem mãe! Não como a Hermione, mas ela me faz bem, é um anjo que Merlin me enviou. -Ele disse, inquieto.

–Eu sei que sim, mas não é ela que você ama! Não cometa o mesmo erro que eu Draco. Ela não merece, você também não. -Eu respondi.

–Você acha que eu sou um erro? Por que foi isso que o seu "erro" resultou. -Ele respondeu, irritado.

–Só trouxe MUITAS coisas boas Draco, isso não quer dizer que não tenha sido um erro. E talvez no futuro você não tenha a chance que eu estou tendo, a chance de consertar tudo, talvez depois seja tarde demais. –Sorri. –Você saberá o que fazer querido, e tenho certeza que a Leah entenderá, converse com ela. Não cometa o mesmo erro que eu.

–Eu vou pensar. –Ele disse e sorriu fraco. -Obrigado mãe, eu precisava mesmo conversar.

–Bom, já passou da hora de dormir, à noite seu padrinho vem aqui e você pode conversar com ele. Os outros já estão em seus quartos, vou pedir pra que Leah suba pra dormir com você, acho que você precisa dela essa noite. -Eu disse e me levantei da cama.

–Obrigada mãe, bom sono. Não sonhe com aquele dementador que você chama de Severo. –Ele disse e fez uma careta, não pude evitar rir com o apelido que ele colocara em Snape.

–Não o chame assim, querido, e eu não garanto nada, não controlo sonhos. Boa noite filho. –Beijei sua testa e saí do quarto. Desci as escadas e vi Leah sentada no sofá da sala.

–Querida, já pode subir. Desculpe te tirar de lá. -Eu disse, assim que ela me percebeu lá.

–Não tem problema. Como ele está? -Ela perguntou, preocupada.

–Bem. Um pouco bravo, mas está bem. -Eu respondi.

–Ótimo. -Ela disse e ia saindo para o seu quarto.

–Querida, como anda o namoro de vocês? –Me atrevi a perguntar.

–Não tão bem na verdade. –Ela respondeu e eu sorri fraco. -Narcisa, você acha que é errado amar uma pessoa, mas saber que o lugar dela não é com você?

–Não é comum, mas não é errado, não se você realmente a ama, mas porque a pergunta? –Perguntei de volta.

–É o Draco! Sabe, ele é feliz comigo, ele gosta de mim, mas não é do jeito que eu o amo, ele me gosta como amiga, como companheira, como alguém que faz bem pra ele, mas a pessoa que ele queria que estivesse no meu lugar, não sou eu, entende?! -Ela disse com lágrimas nos olhos. -Hoje nós brigamos por causa dela, pela primeira vez, e eu temo que não vai ser a última se continuarmos dessa maneira.

–E você sabe quem é essa pessoa, essa que ele quer no seu lugar. –Eu disse como uma afirmativa.

–Hermione Jane Granger. A nascida trouxa, a sabe-tudo e a... Pessoa certa pro Draco, a pessoa certa pra fazer ele feliz. Sabe, isso me deixa tão irritada! Por que ela é tão... Certa! Tão feita pra ele, tão boa! Ela claramente ainda gosta dele, e mesmo assim me trata bem, me trata como uma amiga, ela é a pessoa certa pra ele, Narcisa, ela e não eu! –Ela respondeu.

–Fico feliz que pense assim, Leah. Você é uma boa garota. Eu apoio o meu filho na decisão que ele quiser, tanto uma quanto a outra são meninas perfeitas. -Eu respondi.

–Mas só uma é perfeita pra ele. Vou falar com ele e estou com ele no que ele decidir, se ele me escolher eu estarei aqui, e se preferir a Hermione, eu entenderei, nunca vou deixar ele sozinho, eu prometo. E prometo que tentarei ao máximo fazê-lo feliz. –Sorri com as palavras da menina na minha frente.

–Tão jovens... -Sussurei mais pra mim mesma do que pra ela. -Obrigada querida, por entender. Agora suba. –Ela sorriu e se levantou, acompanhei-a com o olhar até quando ela sumiu no topo da escadaria, então fui para o meu quarto descansar.

Leah’s POV

Abri a porta do quarto do Draco e o vi fitando o teto, ele tinha os olhos vermelhos e inchados.

–Draco? Andou chorando? -Perguntei, cautelosa.

–Um pouco. –Disse ele, olhando pra mim. -Mas passou, eu juro.

–Já aceitou a relação da sua mãe? –Perguntei sorrindo.

–Não. Mas tenho que conseguir fazer isso por ela, ela está feliz, eu sinto que está. -Ele disse sorrindo, então eu sentei em sua cama e puxei a cabeça de Draco para o meu colo, fiquei mexendo em seus cabelos.

–Que bom... E você, está feliz? -Perguntei, olhando nos seus olhos.

–Claro, se ela está feliz eu também estou. -Ele respondeu sorrindo.

–Não está não... Draco, é MUITO difícil pra mim te falar isso, mas... Você ama a Granger e sabe disso. Você só vai ser totalmente feliz com ela! Só com ela. Vai atrás dela e seja feliz, e eu falo isso por que te amo, e quem ama quer ver a outra pessoa feliz não importa com quem seja, mesmo que seja difícil pra mim no início, eu vou ficar feliz em ver você feliz com ela. Porque eu te amo! -Eu disse, já com lágrimas nos olhos.

–Exatamente Leah, quem ama fica feliz em ver a outra pessoa feliz não importa com quem seja! Ela está feliz com o Weasley e isso basta pra mim, agora eu vou me virar pra ser feliz com outra, alguém que me ame de verdade, alguém que me faça bem, você Leah. Ela nunca iria ser feliz comigo. -Ele respondeu, limpando uma lágrima minha que escorreu.

–Eu ainda acho que você deveria tentar uma última vez Draco, se não der certo eu prometo que ainda vou estar aqui. -Eu disse, limpando o restante das lágrimas que insistiram em cair.

–Quem sabe... –Ele disse e eu sorri pra ele, mas por dentro eu estava destruída. Era ainda mais difícil ouvir isso dele, ter a certeza que ela era a pessoa certa e não eu, mas eu o amava, e o queria feliz. –Argh, hoje eu não durmo, vou passear pelo jardim da tia Bella, você vem? -Ele perguntou, já de pé.

–Não... Acho que você precisa pensar um pouco sozinho. –Dei-lhe um beijo calmo, talvez o último, e então ele saiu pela porta do quarto, me deixando sozinha ali. Deitei em sua cama e chorei, por ele, por sentir falta da minha irmã pra conversar, por tudo o que doía em mim.

Draco’s POV

Eu estava pensando seriamente no que a Leah me disse, mas estava muito indeciso sobre o que fazer, quando cinzas passaram por cima da minha cabeça, algo queimado, um papel talvez, e a curiosidade me pegou. Lembrei-me de quando treinava com meu pai e ele me ensinou um feitiço pra restaurar o que havia sido transformado em cinzas, conjurei o feitiço e não acreditei, no conhecido papel, com a mesma letra tremida, estava escrito algo que eu nunca imaginei, algo que mudaria totalmente a minha decisão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Peguei a ideia das cinzas numa fic que já li, mas realmente não lembro o nome dela