Pov. Percy

 _Vai dar tudo certo coração!- Dizia Annie, me abraçando na tentativa de me acalmar e convencer naquele dia.

_Mas e se seu pai não gostar de mim?

_Percy, meu pai já te conhece meu amor. E outra, problema dele. Só o convidei porque você insistiu.

_Claro Annie, ele é seu pai, deve saber que você está noiva.

_Adoro quando você diz isso.- Ela disse me abraçando.

_Isso o que?- Eu perguntei, mesmo sabendo a resposta.

_Que eu sou sua noiva.- Ela disse sorrindo.

 Toquei seu nariz com o indicador e ela riu, enlaçando-me em um beijo em seguida.

_Não sei se é uma boa ideia, Annie.

_Percy, eu já disse que vai ser ótimo! Para com isso, vai ser bom. Afinal, são só sua mãe uma mortal, seu padrasto mortal, meu pai um mortal e a monstra.

_Monstra? Annie, acho que você já esta bem crescidinha para ter esse pensamentos sobre ela. Você está na faculdade, meu bem, não é mais uma criança.

_Acho que você tem razão.- Ela disse inconformada.

_Tenho?

_Acho que sim.

_Ahn, isso é estranho.

_Muito. Você tendo razão...

_Ei! Não é tão impossível que eu tenha a razão de vez em quando.

_Olha, não é muito provável.

_Annabeth!

_Desculpa!- Ela disse rindo.

_Hunf. E, Annie?

_Sim Percy.

_Eu não vou ter que usar terno, vou?

_Não. Só no nosso casamento.

_No nosso casamento... Gosto disso.

_Eu sei seu bobo. Acho melhor você me levar para o meu quarto. Preciso me arrumar, não podemos nos atrasar hoje.

_Hum, certo.

 Peguei sua mão e a puxei. Para chegarmos ao seu quarto tínhamos que atravessar o campus inteiro. Mas eu não me importei, ficamos um ano separados, agora cada minutinho era precioso.

_Bom, venha me buscar as oito, cabeça de algas, não se atrase.- Ela disse já se virando e abrindo a porta. Quando ela foi entrar eu puxei seu pulso com rapidez.

_Nem um beijinho?- Perguntei pidão.

 Ela sorriu e me deu um selinho. A olhei feio. Ela riu e arqueou as sobrancelhas.

_Você tem que parar de ser tão especifico.- Ela disse rindo.

_Ok. Nem um beijão?- Perguntei sorrindo maroto.

 Ela sorriu e enlaçou meu pescoço. Ri e dei um beijinho tímido em seu pescoço. Ela se arrepiou com o beijo e eu ri, a beijando de verdade.

_Posso ir agora?- Disse ela, ainda recuperando o ar.

_Agora sim.

 Ela me deu outro selinho e entrou em seu quarto. Eu ainda não podia acreditar que nós tínhamos mesmo marcado esse jantar “familiar”. Quero dizer, nós estamos na faculdade á pouquíssimo tempo, não vamos nos casar agora, eu pensei que era uma coisa só nossa estarmos noivos, mas nãão Percy, a família tem que saber. Só agradeço por ela não insistir em chamar a mãe dela e o meu pai. Não pelo Paul ou pela madrasta dela, afinal eles ficaram sabendo, mas pela confusão que isso poderia vir a causar.

 Entrei em meu quarto e vi Jake jogado em sua cama, como sempre. Ele me olhou com desprezo e eu retribui. Abri meu armário e optei por uma camisa social e uma calça jeans.

_Então você vai mesmo oficializar o namoro de vocês?- Perguntou ele.

_Não, vamos ficar noivos oficialmente.

_Cara, deixa de ser burro, você esta na faculdade! Garotas lindas por todos os lados, festas, bebedeira cara, não pode se prender a essa tal de Annabelle.

_É Annabeth, e eu a amo e eu quero me casar com ela. Preciso tomar banho agora, não quero me atrasar para encontrar a minha noiva.

 Virei as costas para ele e entrei no banheiro. Antes de ligar o chuveiro ainda pude ouvir murmúrios de Jake. Eu não sei mesmo como eu vou aguentar esse cara por mais três anos.

 Tomei um banho rápido e me vesti. Quando vi já era 19:45. Coloquei o sapato, peguei minha carteira e saí em disparada. Todas as pessoas me olhavam como se eu não tivesse nada mais para fazer além de sair correndo pelo campus. Mas eles não tinham uma namorada que fica uma fera quando eu me atraso.

 Cheguei na hora certinha. Meio soado e descabelado mas isso eu arrumei rapidinho. Bati na porta e Annie atendeu. Eu tenho certeza de que meu queixo caiu. Annie estava absolutamente divina. Ela estava com o cabelo solto, com um vestido cinza soltinho com uma calda discreta atrás e salto alto. Sorri e a abracei sentindo seu doce perfume.

_Você esta perfeita.- Sussurrei.

_Obrigada...- Ela disse escondendo seu rosto em meu pescoço e aspirando.- Percy?

_Huum?- Respondi com o rosto em seu cabelo loiro.

_Você tomou banho?- Ela perguntou acabando com qualquer sinal de clima romântico que havia ali. Ri nervoso e ela me olhou curiosa.

_Eu... Ahn... Tomei... É que eu não queria me atrasar... E fiquei meio soado.

_Ah Percy, era só me ligar! Ainda bem que eu tenho um perfume seu aqui!

_Tem?

_Claro. Toda namorada tem pelo menos um perfume do namorado. Certo?

_Ahn, sei lá. Mas, o que isso tem a ver?

_Vem.

 Ela me puxou para dentro de seu quarto, super arrumado por sinal, e me fez sentar na cama. Enquanto ela revirava uma gaveta eu observava seu quarto. Ela não tinha colega de quarto. Então o quarto era decorado do seu jeito. Um móvel cheio de livros, outro de apostilas, mas seu cheiro inconfundível de limão. Enquanto eu ficava deslumbrado com seu quarto, ela delicadamente “espirrou” o perfume em mim. Sorri para ela. Annie escondeu novamente seu rosto na curva do meu pescoço e aspirou fundo.

_Uau. Outra pessoa!- Ela disse rindo.

_Boba.- Eu disse sentando-a em meu colo.

_Percy não podemos nos atrasar.- Ela disse se desvencilhando de meus braços.

_Você tem razão. Vamos?- Perguntei oferendo meu braço.

_Vamos.- Ela respondeu.

 Pegamos um taxi para o restaurante. Não era muito longe da faculdade. Eu soava frio. Não sei o por que mas, eu não conseguia parar.

_Percy, calma. São só nossos “pais” meu amor. Fique calmo.

_Certo...

 O caminho passou o mais rápido possível, tudo o que eu não queria. Annie parecia feliz, ela sorria. Não pude deixar de sorrir quando ela apertou minha mão, transmitindo confiança.

 Quando chegamos paguei o taxista e descemos do carro. Peguei a mão de Annie e entramos no restaurante. Minha mãe e Paul já havia chegado. Eles estavam sentados em uma mesa para seis pessoas. Eles estavam tão animadinhos que nem notaram nossa presença.

_Ahn, boa noite!- Eu disse na felicidade.

_Boa noite querido! Annie!- Disse minha mãe se levantando.

 Ela veio nos cumprimentar enquanto Paul disse um singelo “boa noite casal”. Não me importo, ele ainda se acha um intruso. Nos sentamos e começamos a conversar sobre a faculdade. Minha mãe estava tão contente por eu estar na universidade, Paul parecia estar em outro mundo. Uns vinte minutos depois Frederick chegou com sua esposa. Ele estava sorridente e eu fiquei feliz, pelo menos ele não me odeia tanto quanto Atena. Eles nos cumprimentaram e se sentaram. Voltamos a falar da faculdade e eu não tinha coragem de tocar no assunto da noite. Quando íamos pedir os pratos um garçom apareceu de surpresa.

_Bom, o outro casal de convidados chegou. Posso juntar as mesas?- Perguntou.

_Que outro casal?- Perguntamos eu e Annie em uníssono.

_Não perguntei os nomes, mas eles insistiram que são convidados.

_Ah que mal faz? Devem nos conhecer.- Disse mamãe sorrindo.

 Eu não me importei, deviam ser amigos da minha mãe. Mas, quando meu pai e Atena apareceram ao lado do garçom eu quase morri. Annie ficou pálida e eu engoli em seco. Dois deuses gregos em um jantar tão... difícil.

_Boa noite família!- Disse meu pai cheio de sacolas nas mãos.- Viemos participar desse belíssimo jantar! Embora um pouco ofendidos por não termos sendo convidados viemos! Fazemos parte da família certo?! É claro que sim!

_Boa noite.- Cumprimento Atena com seu ar superior.

_Ahn, oi mamãe.- Disse Annie quando Atena se sentou ao seu lado.

 O garçom juntou as mesas não percebendo o clima que havia ali. Meu pai queria se sentar ao lado da minha mãe mas Paul insistiu que sentasse ao lado dele. Eu, á principio, achei que era pelo fato do ciúmes mas estava claramente enganado. Paul tocava o rosto de Poseidon, não acredito que era real.

_Eu não acredito! Poseidon, o deus dos mares sentado do meu lado!- Dizia Paul puxando as bochechas de meu pai.

_Paul, querido, fique calmo.- Dizia mamãe tentando acalma-lo sem sucesso.

_Isso é fantástico. Vocês estão do tamanho humano! Eu... Céus!- Dizia ele.- E quem seria essa linda mulher?- Ele disse apontando para Atena.- Sua namorada imortal?- Perguntou fazendo Atena corar.

_Não, não!- Disse meu pai com um sorriso “do mal” no rosto- É Atena, a deusa da sabedoria.

_A-atena? Céus! A deusa da sabedoria! Como nunca me contou Percy?! Sua namorada, filha de Atena! Eu não consigo acreditar!

_Não quer se sentar ao lado dela?- Perguntou meu pai maroto.

_Creio que não Poseidon. Ele esta muito mais confortável do seu lado. E eu estou zelando muito de sua companhia hoje!- Disse Atena cinicamente.

 Annie olhava tudo incrédula. Se eu já estava nervoso para contar para nossos parentes mortais, imagina contar para os deuses.

 Minha mãe, no intento de ajudar, pediu nossos pratos. Paul continuava falando animadamente com meu pai e Atena sobre mitos. Minha mãe conversava com Frederick e sua esposa enquanto eu e Annie olhávamos todos atônitos.

 O garçom nos serviu e eu esperava comer em silêncio, mas não, Atena tinha que ser curiosa.

_Mas, para que é esse jantar?- Perguntou ela, tentando fazer Paul parar de falar.

_Ahn... Então... Annabeth?- Chamei.

_Vamos fazer um comunicado. Mas ainda é cedo! Vamos terminar de comer!

 Eles nos olharam bobos mas voltaram a comer. Annie começou a falar sobre arquitetura com Atena que assentia alegre. Meu pai sorria safadamente para mim, mesmo eu não entendo o recado. Paul olhava admirado para os deuses e minha mãe tentava sem simpática com a esposa emburrada de Frederick. Quando terminamos de comer, Poseidon fez questão de que contássemos a novidade.

_Ahn... Então... Nós chamamos vocês essa noite porque...

_Anda logo Perseu, não temos a noite inteira para apenas um comunicado!- Disse Atena irritadinha.

_Ok, desculpa. Bom, eu e Annie estamos noivos!

 Bom, você pode imaginar, Atena bateu palminhas de felicidade meu pai apoiou, Paul deu os parabéns, Frederick me deu um milhão de reais por fazer sua filha feliz, coisas básicas. Ok, não foi nem perto disso.

_EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ENGRAVIDOU A MINHA ANNABETH!- Gritou Atena centrando toda a atenção do pessoal do restaurante para nós.

_O que? Não, não é nada disso!- Eu disse assustado.

_Percy! Depois de tudo que eu te falei sobre métodos de proteção meu filho! Tinha que engravidar a Annie! Para que serve a camisinha?!!- Disse minha mãe surpresa.

_Não, eu não-

_Eu não acredito Annie! Eu tinha esperanças para você minha princesinha! Ó céus, você... Eu sou um pai desiludido! Você não vai poder trabalhar com uma criancinha grudada em você e-

_VOCÊ VAI MORRER SEU PEIXINHO JUNIOR! EU NUNCA GOSTEI DE VOCÊ E TINHA RAZÃO! VOCÊ ESNGRAVIDOU A MINHA FILHA!

_Atena se acalme! E Percy, hehehehe, eu sabia que você tinha a genética boa do seu pai aqui, filhão! Vocês dois ein!! Hehehehe seus safadinhos.- Disse meu pai, explodindo em risadas.

_Ah, Percy, meu filho, olha o que fez com sua sogra! E comigo filhinho! Sua mãe!

_Vocês vão ter um deusinho? Isso é possível?- Perguntou Paul avoado.

_CHEGA!- Gritei nervoso- Annie não esta grávida caramba! Só estamos noivos! Queremos nos casar depois da faculdade, só isso.

_Então... Annie não esta gravida?- Perguntou minha mãe desconfiada.

_Não Sally, não estou.- Disse Annie, tentando a tranquilizar.

_EU ACHO BOM!- Gritou Atena.

_Querida, você já pode parar de gritar.- Disse Frederick.

_Querida? Frederick! Eu sou sua esposa não ela.

_Meu bem, é só jeito de falar! Você sabe disso!

_Vish filhão, não foi dessa vez ainda! Tenho certeza de que logo logo a genética funciona!!- Disse meu pai com um sorrisão.

_Mas, o bebê pode ser imortal?- Perguntou pai confuso.

 O olhei com desprezo e todos ficaram em silêncio. Até minha Sabidinha explodir em risadas. Eu não aguentei e ri junto. Por favor, Annabeth  grávida? Nós nem havíamos pensado nesse tipo de coisa e eles já pensam besteira.

_Ok, ok, agora que o mal entendido já foi explicado, podemos voltar ao nosso jantar?- Perguntou Annie.

_Não apoio isso, quero que saibam.- Disse Atena emburrada.

_Estou de acordo, e espero que sejam muito felizes queridos.- Disse minha mãe com um sorriso confortante.

_Se você for feliz Annie, eu serei feliz.- Disse o pai de Annie sorrindo.

_Eu gosto da ideia. Annie é realmente linda filhão, igualzinha a mãe.- Disse meu pai piscando para Atena.

_Fico feliz! Só queremos terminar a faculdade para nos casarmos.- Eu disse sorridente.

 Annie sorria feliz e eu a abracei. Minha mãe explodia em sorrisinhos e Paul tinha que estragar tudo, não que eu tenho algo contra ele.

_Então, não vão ter um deusinho?- Perguntou inconformado.

 Meu pai o olhou como: “Qual o seu problema meu irmão?!” e Atena soltou um risinho. Bom, acho que só eu reparei quando meu pai colocou um pozinho, meio mágico, na bebida de Paul.

_Vamos fazer um brinde!- Disse meu pai risonho- Aos noivos!

_Aos noivos!- Disseram em uníssono.

 Selamos o brinde e o que meu pai queria aconteceu. Paul simplesmente deu a louca.

_Weeeeeeeeeeeeee deuses!! Weeeeeee.- Disse ele rindo como uma criancinha.

_Paul, querido, você esta bem?

_Eeeeeeeeeee, gregos, gregos!- Dizia ele.

_Sally, acho melhor leva-lo para casa.- Disse Atena, olhando desconfiada para o meu pai.

_Não, fique Sally, eu levo, não quero mais ficar aqui mesmo, estou cansada.- Disse a esposa de Frederick se levantando.

 Ela ajudou Paul a se levantar e os dois partiram. Eu não resisti e soltei um leve risadinha para Poseidon.

_Percy! Que falta de educação filho! O Paul esta passando mal e você ri!

_Desculpa!- Eu disse tentando me controlar.

 Annie me deu um beliscão, mas sorriu delicadamente para mim depois, me mostrando que não estava brava.

_Então eu trouxe uns presentinhos!-Disse meu pai mostrando as sacolas- Bom, vamos lá, por quem eu começo?

_Pode ser por mim.- Disse Atena.

_Quem disse que eu trouxe um para você?- Perguntou meu pai.

_Eu... Ahn...- Disse Atena, corada de vergonha.

_Trouxe sim, sua deusa bobinha. Vamos ver, vamos ver, aqui está!- Ele disse pegando uma sacola cinza.

 Atena abriu e deixou um sorriso de canto escapar em seus lábios. Poseidon deu á ela um colar com de ouro com um pingente de livro. Ele a ajudou a colocar o colar e ela soltou alguns risinhos.

_Bom, vamos ver, Sally?

_Sim, eu.- Disse minha mãe sorrindo docemente como sempre.

 Poseidon pegou uma pequena embalagem vermelha, pequena mesmo, e entregou a minha mãe com um cartão. Eu não vi o que era mas minha mãe começou a chorar, abraçando meu pai.

_Obrigada, obrigada, obrigada Poseidon! E-eu nem sei o que dizer!- Disse ela o soltando.

_Um beijinho na bochecha já resolve!- Disse ele.

 Minha mãe se curvou e beijou sua bochecha fazendo Atena bufar em reprovação.

_Posso saber o que você ganhou Sally?- Perguntou Annie.

_Poseidon comprou o chalé de Montauk. Agora ele é nosso Percy!

_Que maravilha!-Eu disse sorrindo.

_Bom... Annie?- Disse meu pai a olhando.

_Eu- Respondeu sorrindo.

_Aqui!- Ele disse estendo uma caixinha cinza para ela.

 Annie abriu e lá havia uma pulseira com dois pingentes de corujas, uma de prata e outra de ouro, e dois de tridentes, um de ouro e outro de prata.

_Representam eu e Percy e e você e Atena.- Disse meu pai.

_Obrigada!- Disse Annie se levantando e o abraçando.

_Ahn, Frederick, sua vez.

_Certo.

 Meu pai estendeu uma caixa verde á ele que abriu rapidamente. Seus olhos brilharam quando ele viu o que havia lá dentro. Era um aviãozinho modelo-complicado-blábláblá-algum-número-original. Frederick agradeceu e eu vi que era minha vez. Eu estava super ansioso, todos os presentes foram tão legais!

_Bom, acho que sobrou você filhão! Espero que goste, eu escolhi bem.- Disse ele me estendendo uma caixa azul.

 Quando eu comecei a abrir o laço, Frederick começou a brincar com o aviãozinho, fazendo Atena rir em reprovação.

_VRUUUUUUUUUUUM. POW POW POW. VRUUUUUUUM.- Dizia ele conduzindo o avião.

_Fred, por favor, brinque com isso depois. Percy vai abrir o presente dele agora.- Disse Atena batendo de leve em sua mão.

_Ahn, desculpe-me Percy.- Disse ele envergonhado fazendo Annie rir.

_Nada. Vou abrir agora ein! Tanananannn...- Eu disse fazendo suspense.

_Anda logo Percy!- Disse Annie sem paciência.

 Quando abri vi uma chave lá dentro. De um carro! O meu primeiro carro!

_Eu não acredito pai! Um carro! Meu primeiro! Brigado, brigado, brigado!- Eu disse abraçando meu pai.

_Espero que goste e faça bom proveito filhão!- Disse meu pai.

 Eu parei de prestar  á atenção no jantar depois do presente. Eu estava tão ansioso para dirigir meu carro. Annie já tombava de sono ao meu lado e eu a acomodei em meu ombro. Eles conversaram apenas um pouco mais até que Sally puxou a fila para irmos embora. Nos despedimos e eu finalmente vi meu carro. Azul escuro, divino.

_Uau! Me-meu carro!- Eu disse.

_Vamos Pers, eu quero dormir...- Disse Annie.

_Meu bebê quer mimir é?- Perguntei bobo.

_Percy anda logo, abre esse carro!- Ela disse.

 Abri rapidamente e em vinte minutos chegamos na faculdade. Meu carro é simplesmente fantástico! Sério! Levei Annie até seu quarto e ela insistiu que eu dormisse lá com ela.

_Você não quer dormir comigo?- Perguntou fazendo cara triste.

_É claro que eu quero meu amor, só tenho medo de que os monitores vejam.

_Não vão Percy. Por favorzinhooo!!- Ela disse me abraçando.

_Ok, ok. Mas eu não tenho pijama.

_Eu tenho um seu aqui bobinho!- Ela disse revirando seu guarda roupa.

 Ela pegou seu pijama, cinza, e o meu azul marinho, que sumiu do meu chalé a um ano e meio atrás. Me vesti no quarto e ela no banheiro. Me deitei em sua cama e liguei a televisão. Logo ela saiu e se deitou ao meu lado. Eu a aconcheguei em meus braços, de modo que ficássemos de conchinha.

_Mesmo sendo complicado, o jantar foi engraçado.- Eu disse.

_Muito, principalmente minha mãe gritando.- Ela disse rindo.

_O Paul não ficou atrás também. Meu pai viu...

_Seu pai?

_Sim, eu vi ele colocando um pozinho na bebida do Paul antes do brinde.

 Annie riu e se virou para mim, me dando um selinho.

_Eu te amo Percy.- Sussurrou e me beijou.

_Também te amo minha Sabidinha...

_Meu cabeça de algas...- Sussurrou bocejando.

 Annie me abraçou ainda mais e dormiu. Fiquei admirando minha noiva. Minha linda, inteligente e perfeita noiva. Com certeza, tudo valeu a pena. O jantar, as brigas e tudo que passamos, só para ver seu sorriso, só para vê-la feliz, só para ouvi-la dizer que me ama. Minha Sabidinha, meu único e eterno amor.