Akai Ito escrita por Ushio chan


Capítulo 24
Conversas & Visitas.


Notas iniciais do capítulo

Yooo! É, eu demorei... Mas este capítulo está bem longo! E tem mais conversas constrangedoras no próximo capítulo.
Ah! Alguém aí leu/lê "Diários do Vampiro"? Porque eu escrevi uma fic ShinichixMisao, os gêmeos kitsune... a L. J. Smith virou especialista sobre o Japão ao decorrer da história, o que é foda... *reflexão*
Enfim, aqui vai o link: http://fanfiction.com.br/historia/296677/O_Coracao_De_Uma_Raposa.
Notem que é uma fic hentai.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/269837/chapter/24

__PDV KIM__

Não sei realmente como explicar isso... Eu apenas me sinto feliz. Ontem foi simplesmente perfeito, apesar de Near ter entrado no quarto hoje de manhã. Não apenas por ter sido extremamente prazeroso, mas porque foi o Mello. O meu louro.

Hoje Near me dará uma “licença” do caso para ir visitar Kyou e Tomoya. Akira disse que eles ainda moram na mesma casa... A casa em que Yuki-kun morreu. Fecho os olhos enquanto termino meus cereais e, depois, lavo a tigela. Mal a coloco no escorredor e meus braços são puxados para trás para que Ushio e Íris me arrastem para o quarto no qual passei esta noite. Elas me jogam na cama, que ainda carrega meu sangue e um cheiro... Estranho.

- Conte tudo. – Ordenam, ambas de pé a minha frente. Estremeço.

- T-tudo o q-quê? – Gaguejo. Sinto que será uma longa manhã antes que eu saia para encontrar aqueles que outrora foram meus pais adotivos.

- Tudo sobre esta noite, oras! – Íris põe as mãos na cintura. – Não é como se você e Mello tivessem mantido silêncio.

- Hai... Eu e Ino-kun escutamos lá da sala.

- O que você ouviu devem ter sido seus próprios gemidos. – Fecho os olhos.

- Hã?! – A garota fica vermelha.

- Não vem ao caso. Vá falando. Queremos saber absolutamente tudo. – Minha melhor amiga pede. Massageio as têmporas. Será que Ino e Matt estão interrogando Mello também? Ou, pior ainda, será que Near o está interrogando? Estremeço com a ideia.

- Por onde começo?

- Foi sua primeira vez? – Começa Ushio. Em resposta apenas faço que sim com a cabeça enquanto minhas bochechas ficam vermelhas. -  Que fofa! Você se guardou para ele! – Seus dedos bagunçam meu cabelo.

- Hai... Não me imagino fazendo isso com nenhuma outra pessoa. Eu... eu o amo demais. – Suspiro, abrindo meu coração para as duas meninas com as quais convivo há tanto tempo. Íris é uma irmã para mim e Ushio... é a Ushio. Sinto que posso confiar nelas para falar disso. Mas ainda estou com vergonha... Queria manter isso só para o Mello e para mim.

- E... Como foi? Você gostou? – Sorri Íris.

- Kami-sama! Até parece que eu fui a primeira de nós a perder a virgindade. Não perguntem essas coisas para mim!

- Mas eu estou curiosa! E sou irritante, não é algo que eu possa mudar. Apenas conte!

- Ushio-chan... – Suspiro. – Bem, eu gostei. Foi uma das melhores noites da minha vida. Não só pela situação. Não me sentiria assim se fosse qualquer outra pessoa.

- Ok, mas como foi? – Implora a garota roxa.

- Sua pervertida!

- O que vocês fizeram?! Ele foi gentil com você?

- Sim. Bem, ele foi mais gentil quando eu contei para ele que era minha primeira vez. Antes disso ele estava sendo apenas um pouco gentil.

- Você está andando normalmente?

- AAAHH! PARE COM ISSO! – Imploro, tampando os ouvidos. As duas meninas sacodem a cabeça, fazendo que não.

- Ele te machucou quando colocou? – Insiste a morena.

- Um pouco. – Por um segundo, lembro-me da repentina dor que senti e me arrepio.

- Quantas vezes vocês fizeram? Ele te fez... Você entendeu. – Fico ainda mais vermelha ao me lembrar da sensação e meu corpo se contrai .

- U-uma vez... E sim. - Fico cada vez mais vermelha conforme as perguntas se tornam mais íntimas e eu sou forçada a responder. Até que a última pergunta de Ushio me tira do sério.

- Bem... Ele... É grande?

- USHIO! EU NÃO VOU RESPONDER! – Grito, levantando da cama e correndo para fora do quarto. Entretanto, sou segurada por ambas e jogada na cama novamente. – Mello! MELLO!! – Imploro por socorro.

- KIM! – Chama. – O que foi? Onde você está?

- Socorro! Estou no quarto! – A porta é aberta bruscamente enquanto o louro entra no quarto  e corre para colocar os braços ao meu redor. Abraço-o de volta, enterrando o rosto em seu peito. Seus dedos automaticamente se enrolam em meu cabelo, seu corpo quente me fornecendo carinho, conforto e proteção.

- O que está acontecendo? – Ele beija meu cabelo.

- Elas... Estão me interrogando sobre... Bem... – Faço a voz mais fofa e inocente que consigo. – Sobre ontem.

- Ei! Não se faça de inocente, você está respondendo! Ela só parou quando... Quando... – Íris fica vermelha também. – Não fui eu quem perguntei isso!

- Perguntou o quê?! – Implora o garoto, ainda me envolvendo em seus braços. Escondo meu rosto corado em seu peito, sentindo o cheiro de seu colete de couro misturado ao seu próprio cheiro. Isso sempre me acalma.

- S-sobre o-o t-tamanho. – Forço-me a balbuciar as palavras, meu rosto ainda oculto.

- Como?! Suas pervertidas loucas! – O louro se encolhe junto a mim, mantendo as pernas bem fechadas ao coloca-las sobre a cama. – Vão procurar alguém para resolver seus problemas, porque vocês estão sofrendo com a falta de sexo.

- Hai... Vão atrás do Matt e do Ino.

- Vocês são muito chatos... Nós só queríamos saber como foi. Se a Ki-chan dissesse que foi ruim nós seríamos obrigadas a dar algumas dicas e mandar o Ino-kun e o Matt te ensinarem a fazer isso direito. – Explica Ushio com toda a naturalidade do mundo. Nos encolhemos ainda mais um contra o outro, eu estremecendo de nervosismo.

- É difícil entender que nenhum de nós quer comentar sobre a nossa vida sexual? – Guincho. – Aliás, eu tenho que trocar de roupa, vou encontrar Kyou e Tomoya hoje. Então não posso ficar sendo interrogada para sempre.

As duas meninas se levantam e saem. Fico aliviada ao notar que este interrogatório não terá continuação tão cedo. Relaxo nos braços de Mello, sentindo seu olhar sobre mim. Encaro-o suavemente, logo apossando-me de seus lábios. Seus dedos acariciam meu rosto, acalmando-me. Entrelaço meus dedos em seus cabelos dourados e o puxo mais para baixo, tentando ter pleno alcance de seus lábios e do resto do rosto.

- Elas realmente perguntaram aquilo? – Pergunta. Fico vermelha ao assentir, confirmando. – E o que você teria respondido? – Solto um grito agudo ao mesmo tempo em que puxo um travesseiro e o jogo no rosto de Mello, derrubando-o no chão. O travesseiro volta, acompanhado de um pedido de desculpas.

- Tudo bem. Agora eu preciso mesmo ir me arrumar, Mihael... Se você quiser vir comigo, imagino que será bem vindo também.

- Tem certeza? Acho que eles vão ficar bravos comigo. Sempre tive a sensação de que pais tem algum dispositivo e farejam quando a filha fez sexo com o namorado. – Solto uma risadinha ao ouvir a hipótese de Mihael e beijo seu rosto.

- Acho que isso não acontece... Mas eu tinha uma amiga, a Liz, que dizia que a mãe dela sempre sabia quando ela gostava de algum garoto. – Provoco. Meu cabelo é imediatamente bagunçado, trazendo-me uma onde de nostalgia. Gosto de me lembrar de meus tempos no Wammy’s House. Eu fui feliz lá. Eu amei aquele lugar como amava minha própria casa. Foi lá que eu encontrei meus verdadeiros amigos, foi lá que eu verdadeiramente me tornei a irmã do meu irmão, foi lá que eu conheci o meu amor e, principalmente, foi lá que eu me encontrei. Passei a verdadeiramente saber quem eu sou. Eu me tornei a Kim, mantendo apenas a essência da Katherine. Penso em ir ajudar Roger quando acabar o caso Kira. Voltar a viver naquela casa onde encontrei minha felicidade. – Você pensa nisso? No Wammy’s?

- Todo o tempo, pequena. Eu amo o Wammy’s House. Principalmente por sua causa. – Ganho um beijo em meus lábios. Levantamo-nos e vamos e vamos para o quarto principal, onde estão as malas. Tranco a porta e abro minha Mala, pegando uma blusa roxa de botões e mangas curtas, uma calça jeans e um sutiã.

- Estava pensando em ir trabalhar lá, se acabarmos o caso. – Comento enquanto tiro a blusa e vejo os olhos de Mello se desviarem até que eu me vista completamente. Depois sento-me na cama a seu lado.

- Provavelmente seria muito legal conviver com os futuros sucessores do seu irmão. Às vezes também penso nisso, sabe? Não tenho muita paciência para crianças, mas acho que seria bom. Quero rever o Wammy’s. Voltar para casa.

- Casa. Não sei bem qual é o lugar que define esta palavra, mas o Wammy’s House se aproximou muito disso. – Fecho os olhos. – Você sente falta dos seus pais?

- Kim... – Sim, eu sei que este é um assunto delicado. Também é triste para mim, e Mello perdeu os pais quando era ainda mais jovem do que eu. – É, eu sinto saudades deles. Eles foram pessoas muito importantes na minha vida e eu os amava mais do que tudo. Ainda assim, o tempo passa. Pessoas se curam. A vida é assim. Ainda que seja triste e que eles façam muita falta, eu não sei mais se mudaria as coisas, ainda que pudesse. – Ele acaricia meu cabelo.

- Você teria a chance de mudar sua vida. De não estar no caso Kira se arriscando tanto, Mello. Teria uma chance de ser feliz com os seus pais, se formar em alguma faculdade boa e ter uma vida. Por que não?

- Não sem você comigo, Kath. Nunca. Não consigo imaginar a ideia de viver sem você.

- Este é o ponto. Não nos conheceríamos. Não teria como sentirmos falta um do outro e poderíamos nos conhecer ou não. – Argumento. Mas sei que não tenho o direito de falar tal coisa, porque minha atitude diante desta possibilidade seria exatamente a mesma.

- Você mudaria? – Ele me encara com uma ponta de tristeza nos  olhos negros. Tento falar, mas a voz não sai. – Não vou ficar triste se você disser que mudaria, está tudo bem. Não vai mudar o quanto te amo ou... definir se você me ama mais ou menos. Só responda.

- Não, eu não mudaria. Minha felicidade foi quase toda resumida ao tempo que passei com vocês. Já faz oito anos que aquilo aconteceu e eu não me imagino vivendo de outra forma. Não consigo mais me imaginar sem você, sem a Íris, o Matt, a Ushio e o Ino. Não consigo me imaginar sem o meu Ne-Ne. Não consigo imaginá-lo sendo... ele outra vez. E também não me imagino mais sendo a Katherine.

- Também não consigo mais me sentir como Mihael. Eu sou o Mello e entendo que você não seja mais a Katherine. Você é a Kim. Minha Snowdrop. Minha albina. Kath, no máximo. Eu posso de chamar de Katherine quando estamos sozinhos e você também me chama de Mihael às vezes, mas isso me soa mais como um apelido carinhoso do que como meu nome.

- Sim. Também não escuto mais o meu nome com os mesmos ouvidos. Ainda que possa ser uma chave para a minha morte, esta não é a minha identidade. Bem, agora tenho mesmo que ir. – Levanto-me da cama, sendo prontamente acompanhada pelo louro.

***

Toco a campainha de minha velha casa e agarro a mão de Mello ao mesmo tempo em que ajeito a blusa.

- Você está linda, Kim, não precisa ficar nervosa.

- Não os vejo há quase sete anos, nem sei se eles vão me reconhecer.

- Está tudo bem. – Sussurra ao mesmo tempo em que escuto a porta ranger ao se abrir, revelando um menino de mais ou menos nove anos. É um garoto... Albino. Lembra o meu Ne-Ne. Suspiro. Eles devem ter se mudado, afinal. Ainda assim, curvo-me para falar com o pequeno.

- Kon’nichiwa! Esta é a casa dos Fujibayashi? – Pergunto em japonês. O garotinho sorri.

- Hai! Matte, kudasay. Vou chamar meu pai. – Depois ele se vira para dentro e grita a plenos pulmões: - Oto-san! Tem duas pessoas aqui querendo falar com você! – Esperamos alguns instantes antes que um Tomoya não muito envelhecido surja na porta. Congelo por um segundo, sendo acordada pela voz de meu antigo pai adotivo.

- Quem são vocês? Como posso ajudar? – Pergunta. Curvo-me diante dele, algumas lágrimas se formando em meus olhos. Não tinha percebido o quanto senti saudades. Este homem marcou minha vida de uma forma que jamais pude imaginar. Desde aquele dia em que brigou com Kyou para eu ficar aqui. Significou muito para mim, ainda que eu quisesse partir.

- Kon’nichiwa, oto-san. – Respondo antes de me levantar para encarar a expressão incrédula de Fujibayashi Tomoya.

- K-Kim... Minha filha! – Seus braços se jogam ao meu redor, afastando a saudade. – Kami... Como senti saudades... Achei que nunca mais fosse te ver! Yuki, está é a Kim. Ela é a sua irmã mais velha, de certa forma. – O garoto se esconde atrás de Tomoya. Uma lágrima escorre de meus olhos. Yuki-kun.

- Oto-san... Doushite? – Soluço. – Por que deram o mesmo nome?

- Kyou não conseguia mais conviver consigo mesma. Ela não conseguia parar de dizer o nome do Yuki, então acabamos chamando-o assim quando o adotamos. Ei, vá dar um abraço na sua irmã! – Encoraja o homem,

- Kon’nichiwa, onee-san! – O garoto pula em meus braços

- Kon’nichiwa, Yuki-chan. – Abraço-o de volta. Ele até mesmo cheira como Near! Mal o conheci e já o vejo como meu irmãozinho... Isso é quase triste. – Kyou está aqui?

- Hai! Oka-san está lá em cima, lendo. – Sorri o menino. Atrás de mim, Mello pigarreia. Oh! É mesmo!

- Oh! Desculpe, Mello. Esqueci de apresenta-los. Oto-san, este é o Mello. Imagino que se lembre dele.

- Hai... – Tomoya quase sorri para Mello, o que é no mínimo estranho. – Venha, vamos subir. Kyou vai adorar ver você.

Meu pai nos guia pela casa que ainda conheço como a palma de minha mão. Provavelmente também foi uma decisão de Kyou não deixar a casa junto com as memórias de seu amado filho. Onii-san...

Paramos quando chegamos ao quarto deles, onde Kyou está deitada na cama lendo um livro. Tomoya faz sinal para nos escondermos e observarmos.

- Oka-san! Você nunca vai adivinhar quem está aqui! – Meu... Irmãozinho pula no colo de Kyou, que lhe sorri tristemente. Tão diferente da antiga Kyou... A morte de Yuki nos mudou muito.

- Quem é? Hm... Deixe-me adivinhar... Algum dos seus amigos? – O menino faz que não. – Sua tia? – O gesto se repete. – Então quem?

- Ane-san! – Grita o menino. Ele parece ainda mais animado com minha visita do que Tomoya.

- Ane? Quem...? Tomoya-kun... Não poderia ser... Ki-chan?

- Ohayou, oka-san. – Deixo-me aparecer na porta do quarto, cumprimentando-a. Mello está bem atrás de mim, ainda segurando minha mão.

- Ki-chan! – Ela corre para me abraçar. Um abraço forte, maternal... Um abraço do qual às vezes sinto saudades. Ficamos presas uma nos braços da outra por algum tempo. – Como senti saudades! Nunca deveria ter te mandado de volta... Mas acho que foi o certo a fazer, não foi?

- Hai, oka-san... Eu...

- Você era infeliz aqui. Eu sei. – Baixo os olhos, lembrando-me de minha briga com Yuki antes de ele morrer.

- Hai. Eu... Gomenasai. Eu sei que nunca fiz nenhum esforço para esconder meus sentimentos e também sei que isso te machucou. Gostaria de ter notado isso mais cedo, mas só me dei conta quando Yuki-kun me disse isso... No dia em que... Oka-san... Gomenasai.  – Deixo-me explodir em lágrimas ao me soltar de seu abraço. Sinto olhares sobre mim e escuto a voz de Mello.

- Snowdrop... Está tudo bem, acalme-se. – Ele me abraça carinhosamente, tentando me consolar. – Shh. Relaxe, pequena. – Ele beija meu cabelo. Fico vermelha ao sentir os olhares reprovadores de Kyou e Tomoya.

- Onee-san, não chore! – Yuki me abraça também. Isso me toca profundamente, fazendo-me lembrar de todas as vezes em que Near me pediu para não chorar. Sim... De fato eu choro bastante.

- Gomenasai, Yuki-chan. – Seguro-o em meus braços e ele enxuga minhas lágrimas.

- Bem, vamos parar com isso, é um momento feliz. Vamos, já está chegando a hora do almoço. Eu posso preparar algo ou... podemos ir a um restaurante...

- Hai. Eu posso te ajudar. – Sorrio.

- Não sou muito bom cozinhando, mas se quiserem alguma ajuda... – Mello também se oferece.

- Eu acho que não deveríamos perder tempo cozinhando, deveríamos ir comer em algum lugar. – Diz Tomoya. Meu novo irmãozinho assente e todos acabamos concordando. – Yuki, porque você não mostra seu quarto para sua irmã e para o Mello enquanto nós nos arrumamos?

- Hai, Oto-san! – Sorri e pega minha mão, arrastando-me para aquele que costumava ser o meu quarto. – Onee-san... Este é o meu quarto! Eu nunca entendi o que aquele uniforme ali faz naquela cadeira, mas mamãe pediu para eu não tirar nunca. – Aponta. Aproximo-me do curto vestido vermelho e o toco com as pontas dos dedos, sorrindo de leve.

- Era o meu uniforme quando eu ainda morava aqui. – Revelo.

- Quando você foi embora? Porque eu cheguei aqui há quase três anos e você ainda é bem nova...

- Eu cheguei aos doze. Saí alguns meses depois.

- Ah. Então você também foi adotada. – Conclui. - Em que orfanato você morava?

- Wammy’s House. Nós dois morávamos lá. – Responde Mello.

- Nunca ouvi falar. Como você foi parar lá? Tem irmãos de sangue?

- Fica na Inglaterra. Eu e meu irmãozinho fomos parar lá depois que nossos pais foram mortos.

- Oh. Sinto muito por isso. Como é seu irmão?

- Ele se parece com você. Só que é mais velho e agora ficou mais alto do que eu.

- O que é bom para ele, já que você é baixinha. – Fico vermelha ao escutar o que ele diz. Bem, meu tamanho já me rendeu muitos apelidos carinhosos e fofos, então não me importo mais. – Eu morava em um orfanato na Tailândia. Meu pai me deixou lá depois que a minha mãe morreu doente. Não sei bem se sinto falta deles... Sou mais feliz aqui. Vocês são casados? – Ele aponta para nós. Rio.

- Não. Estamos namorando.

- Há quanto tempo? – Sinceramente, se Yuki não fosse tão fofo e legal eu já estaria ficando irritada com este interrogatório.

- Bem... Devemos contar todo o tempo? – Pergunto. – Incluindo...

- Sim... Nunca realmente nos separamos, acho. Bem, no total deve ter sido uns... Meu deus! Estamos juntos há quase dez anos!

- Vocês deveriam se casar... – Comenta o menino. Fico vermelha e olho para Mello. Claro que eu quero passar minha vida toda com o meu louro, mas... Casamento é um termo que me soa assustador. Mello mantém meu silêncio por alguns segundos.

- Por enquanto não. – Dizemos juntos por fim. O garoto assente antes que Kyou apareça no quarto e nos chame.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

... Que já está em processo de escrita.
Espero que tenham gostado!
Kisu!
- Ushio.