Akai Ito escrita por Ushio chan


Capítulo 10
Amor vs Dor


Notas iniciais do capítulo

Ohayo gozaimasu, minna-san! Sei que parei de postar todo dia, mas é que eu demorei para escrever este capítulo, porque estava com vergonha... *É, isso mesmo, vergonha!*
Aí vocês perguntam: Mas por que, Shio-chan? E eu respondo: Porque tem hentai! *morre*
Pois é, povo, é a primeira vez que eu escrevo hentai e foi 80% baseado na aula de ciências do ano passado... *corando* Não me massacrem! onegai!
Ah, e já vou avisando que semana que vem eu não posto, porque minha prima e minha tia estão vindo do Brasil para me visitar aqui na escócia e é claro que não vai rolar de ficar escrevendo, né? haha.
Gomenasai!
Boa leitura!



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__ PDV MATT __

Não acreditei nas palavras de Mello quando as ouvi. Ficar aqui com Íris hoje? Deve ser um sonho.

Near interrompe o trabalho por hoje, mandando todos para casa e começando a montar um quebra-cabeças. Provavelmente quer dar um tempo para a irmã e para Íris. Talvez ele mesmo esteja sendo pressionado por algum sentimento. Culpa? Arrependimento? Não sei. Só sei que pretendo passar o máximo de tempo com Íris hoje. Amanhã precisarei voltar para meu apartamento, não vou abandonar o Mello depois de tudo o que ele fez por mim. Só espero que ele não tenha decidido se matar depois do tapa que Kim lhe deu.

Íris puxa minha mão até seu quarto. Entramos no ambiente amplo de paredes brancas as quais estão cobertas de desenhos feitos por ela. Uma habilidade que eu não conhecia na morena, então deve ter sido descoberta recentemente. Há uma cama de casal no centro do quarto e uma escrivaninha de madeira na parede mais distante da porta. A mesa tem um computador e vários materiais de desenhos, assim como uma pilha com... cada uma das minhas cartas. Lembro-me tristemente de que todas as cartas de Íris estavam no prédio da explosão. Na parede em frente a cama há uma porta que, aparentemente, leva a um banheiro.

- Íris... – É só o que eu consigo dizer antes que ela jogue os braços ao redor de meu pescoço, iniciando um beijo desesperado e voraz. Passo meus braços ao redor de seu corpo, abraçando-a com força, abominando qualquer mínima distância que se coloque entre nossos corpos. Acaricio seus cabelos negros, enrolando os longos fios em meus dedos durante o êxtase de sentir seus lábios movendo-se junto dos meus novamente. Faz cinco anos que não beijo ninguém e, aparentemente, nem ela. Assim, passa-se muito tempo antes que tenhamos coragem de nos soltar e, ainda assim só porque perdemos o fôlego.

- Matt... Se você soubesse o quanto eu senti sua falta... – Diz ofegante.

- Eu também, Emily. – Sussurro. – Nunca achei que o termo “coração partido” fosse mais do que uma figura de linguagem. Eu e Mello fomos dois deprimidos durante os últimos cinco anos.

- Mello? A única depressão relacionada com Mello é a de Kim.

- Não, Íris. Você não faz ideia do que ele passou. Só não diga à Kim, ou vai acabar machucando ela ainda mais.

- Se você diz eu acredito. Mas vamos parar de falar do Mello, ele não é o assunto agora. O que aconteceu, Matt? Sei os seus motivos, mas porque é que você acabou onde acabou?

- Emmi... Eu estou sendo procurado. Eu me juntei aos mafiosos por falta de opção, porque estava completamente sozinho no mundo, sem emprego e, ainda por cima, sendo procurado por suspeita de homicídio. Não tive outra opção. Me desculpe por isso.

- Tudo bem, amor. – Ela me abraça novamente e me beija mais suavemente, quase que demonstrando suas emoções. Alívio, paixão, saudades, alívio de novo... Desejo? Acaricio suas costas, sentindo-a se arrepiar com meu toque.

O beijo se intensifica, enlouquecendo-me aos poucos. Aos poucos, inconscientemente, deito meu corpo sobre o dela, deitando-me em sua cama. As mãos de Emily acariciam lentamente minhas costas, começando a entrar em minha blusa e me causando uma reação que me lembra um pouco uma série de ondas elétricas. Libero um de meus braços, antes preso sob as costas da morena, e seguro sua cintura firmemente enquanto beijo seus lábios com voracidade, quase ferocidade.

- Matt... – Ela murmura em um tom entre o suspiro e o gemido. Suas pernas enroscam-se ao redor de meus quadris, puxando-me para ainda mais perto dela. Levo uma de minhas mãos a seu ventre e deixo-a escorregar para dentro de sua blusa, arrancando-lhe um gemido baixinho ao massagear seu seio. Lentamente retiro sua blusa e o sutiã enquanto beijo seu pescoço, que parece ser a parte mais quente do corpo de Íris.

Ela leva as mão até a base de minhas costas, buscando a barra da blusa e lutando para puxá-la para cima.  Afasto me dela por um segundo para retirar minha blusa e aproveito para ter a bela visão de seu tronco nu. Volto a me abaixar para beijá-la, sentindo-me excitado, quase enlouquecido.

Levo minhas mãos até a calça de Íris, retirando-a assim como a sua calcinha.

- Matt... É a minha primeira vez, ok? – Sussurra ela com um pouco de medo na voz infantil.

- Serei cuidadoso... Também é minha primeira vez. – Respondo baixinho antes de voltar a beijá-la e sentir suas mãos retirando também as minhas calças. Aos poucos nossos toques começam a me deixar excessivamente enlouquecido, a ponto de eu não conseguir mais aguentar a ansiedade e a necessidade. Íris geme cada vez mais alto a cada toque até o momento em que passa a implorar para eu acabar logo com isso. Lentamente me posiciono e começo a penetrá-la. Um gemido agudo de dor me interrompe e eu sinto-me paralisado, ainda dentro dela. – Quer parar? – Pergunto, mas Íris ainda está ofegante demais para falar. Ela volta a si.

- Não... Continue. – Geme, a voz entre o prazer e a dor. Ainda mais lentamente continuo a penetrá-la. Sinto meu membro latejar quando as paredes apertadas da vagina da garota o pressionam. Isso é como uma tortura para mim, pois se eu me mover ela sentirá dor.

O tempo parece estar parado enquanto espero que ela se acostume comigo. Íris encara o teto. Há algumas minúsculas lágrimas de dor em seus olhos. Talvez eu deva parar, mas não acho que seja sua vontade. E muito menos é a minha. Volto a beijar seu pescoço, tirando-lhe pequenos gemidos. Depois, aos poucos, deixo que meus lábios desçam por seu pescoço, deixando uma trilha de beijos antes de chegarem a seu seio, o qual eu beijo e faço a menina soltar um gemido quase delirante. Minha intenção é ocultar sua dor por trás do prazer para que ela relaxe. Uma de minhas mãos desliza por toda a extensão de seu corpo, acariciando-a, até sua intimidade. Com base naquela aula que tivemos uma vez sobre a anatomia feminina, busco seu ponto de prazer e o circulo com o dedo antes de pressioná-lo e arrancar-lhe um gemido particularmente alto.

- Matt... – Delira. – Mais... Mexa-se. – Pede. Isso é algo que não posso negar. Estou ficando desesperado também. Suave e lentamente, dou a primeira estocada. Embaixo de mim a morena faz uma cara de dor, mas esta some segundos depois. Faço de novo e, a cada estocada Íris me pede para ir mais rápido, a dor sendo cada vez mais escondida pelo prazer. Sinto suas unhas arranharem minhas costas enquanto ela geme meu nome constantemente e eu entro e saio de seu corpo cada vez mais rápido, sentindo meu membro pulsar.

Não demora para que Íris e eu atinjamos nossos limites ao mesmo tempo, ela cravando as unhas em minhas costas e gritando meu nome e eu arqueando as costas para trás e gemendo enquanto me desfaço dentro dela.

Beijo seus lábios, ainda ofegante. É, eu realmente preciso parar de fumar ou não conseguirei manter meus pulmões e coração estáveis para poder continuar a beijar minha Íris deste jeito todos os dias de minha vida. E muito menos terei condições de dormir com ela muitas vezes antes de enfartar e morrer.

- Eu te amo, Mail Jeevas. – Sussurra.

- Eu te amo, Emily Tanner. – Sussurro de volta. Enrosco meu corpo ao redor do dela e nos cubro com o edredom. Minha vontade é não sair daqui nunca mais.

__ PDV KIM __

Deitada em minha cama com lágrimas escorrendo de meus olhos e molhando o travesseiro, escuto os gemidos no quarto ao lado pararem. De certa forma eu invejo Íris por isso. Não por Matt, é claro, mas por ser amada pela pessoa que ama.

Mello... Por que ele fez isso comigo hoje? Por que me tratou daquela forma, como se tivesse acabado de declarar seu amor por mim, como se jamais tivesse me dito aquelas palavras? Por que ele teve que me machucar tanto? Por que teve que me tratar como se ele ainda me pertencesse do mesmo jeito que sei que eu pertenço a ele?

Sim. Eu sei que, no fim das contas, sou do Mello. Sou do Mello como ele jamais será meu. Quando penso nele, quando lembro de seu rosto, de sua voz, de seu sorriso, minha alma se derrete, meu coração se aperta e meu sangue queima de saudades. Meu coração e minha alma pertencem a Mello e eu só não lhe entreguei também meu corpo porque ele desistiu de me amar antes disso. Ainda assim, permaneço pertencendo a ele. Embora eu jamais vá me entregar a ele novamente, uma promessa que fiz a mim mesma, embora eu jamais vá me permitir abrir meu coração novamente para o louro, eu sei que o amo. E sei também que, se não será ele a me possuir, minha vida será solitária. Morrerei intocada e sozinha. Com sorte estarei segurando a mão de meu irmão mais novo na hora que me for.

Mais lágrimas despencam de meus olhos, implorando a presença de Mello aqui comigo. Mas não. Ele não vai voltar e, mesmo que volte, eu não posso me permitir arriscar-me a sentir aquela dor novamente. Não posso. Não vou.

Escuto a porta se abrir e mais peso se deposita em minha cama ao mesmo tempo em que braços se colocam ao meu redor. Near. Péssimo momento. Não queria que ele me visse assim, fraca como sou. E também não é o momento no qual conseguirei esclarecer minhas dúvidas a respeito de seu estranho diálogo com Mello, que foi claramente a meu respeito.

 - Você ainda o ama. – Sua voz é quase acusadora.

- Eu tento não amar. Juro que tento.

- Não devia fazer isso, Kim. Só te causa dor.

- Eu sei. Ainda assim...

- Kim, se você o ama mesmo, talvez devesse falar com ele. Não sei, mas talvez ele possa te ajudar com isso.

- Near... Não diga uma besteira dessas. – Soluço. – Mello não me ama e jamais vai me amar. Não há nada que ele ou que qualquer um possa fazer por mim, incluindo eu mesma.

- Onee-chan... Tente! Talvez ele possa.

- Olhe, me desculpe, mas você realmente não sabe o que é isso. Não sabe o que eu estou sentindo nesse momento. Mas por que não segue seu próprio conselho e fala com a Leila?

- O quê? Eu não...

- Ne-Ne, não minta para mim, por favor. Eu vejo como a olha e não se parece nem um pouco com o jeito que olha para mim. É intenso demais para ser só amizade.

- Mas ela tem 13 anos! – Responde.

- E ama você. Eu não pretendia te contar isso, ela me pediu, mas já que a ama, tem o direito de saber. – Faço uma breve pausa, mas volto a falar antes que meu irmão possa me interromper. – Não sofra por amor, Near. Você não sabe como é. É insuportável.

- Na verdade, sei sim. Estou apaixonado por minha melhor amiga há dois anos, os quais passei dizendo a mim mesmo que é um erro e que eu devo esquecer a Leila.

- Há cinco anos eu luto para não pensar no Mello, mas o máximo de tempo que já fiquei sem lembrar dele foi uma hora. Não vai passar, Near. Se você a ama, não vai esquecer. Fale com ela. Confie em mim. – Aconselho.

- Ma... Mas como? Quando? – Ele fica desesperado de um instante para o outro.

- Agora! Fale o que sente. Vá ao quarto dela, bata na porta e espere que ela atenda. Quando ela atender, apenas fale. Não espere até o dia em que ela vai arrumar um namorado da idade dela. Acredite, dói ver a pessoa que você ama beijando outra. – Digo, lembrando do dia em que me declarei para Mello. No fim, aquela loura desgraçada foi o que nos juntou, mas preferiria ter dito a ele que o amava sem todas aquelas lágrimas. Apenas “Mello, eu te amo”, sem uma briga antes. Sem dor. Irônico. Nossa história começou com lágrimas e terminou em dor.

Talvez não tenhamos mesmo sido feitos para ficar juntos, mesmo pensando em meus raros sonhos com a Akai Ito, nos quais eu encontro Mello. Na verdade isso só aconteceu duas vezes. A primeira na noite em que ele se foi. A segunda, há mais ou menos duas semanas, quando soube da explosão. Sonhei que o encontrava perto da própria lápide, tentando falar com “outra eu”, mas ela não o ouvia. Então eu me aproximei e, novamente, senti palavras desconhecidas para mim saindo de minha boca. Depois, um beijo longo e intenso e mais uma despedida. Mas, desta vez, uma despedida romântica e cheia de promessas, não dolorosa e cheia de desilusões.

Tão perdida em pensamentos eu estava, sequer notei quando meu irmão saiu do quarto. Espero que tudo dê certo entre ele e Leila. Eles se merecem. Se amam.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? *ficando ridiculamente vermelha e morrendo* Ficou uma merda, neh? Eu sei que ficou... Desculpem!
Ah, próximo capítulo rola outro momento "Neila" (apelido inventado pelo Inovador para o possível casal NearxLeila) Deixa um review quem quer que eles fiquem juntos! E deixa também um review quem quer que a Kim e o Mello fiquem juntos! hahaha.
Enfim, comentem aí! Arigatou gozaimasu!
Beijos!
- Ushio.