Ela abriu a porta, deixou-a entre aberta e esperou pela despedida.

- Você sabe que, as chances de nos vermos nos próximos anos são mínimas, você vai pra Boston eu vou... – Lisa Cuddy tentava arrumar desculpas para ficar mais um pouco.

- Eu sei, nunca fui do tipo sentimental, mas sabe como é, não teria passado em endocrinologia se não fosse você.

- ... Adeus. – ela o amava, mas não disse isso.

Ele assentiu com a cabeça enquanto a via partir, encostou a cabeça na porta... Teria que sofrer a crise de abstinência da presença dela de agora em diante.

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Ali estava, desesperado, dilacerado, mentalmente doente. Não tinha mais idéia do que era real e do que sua mente criava para satisfazer-se.

Ele a ofendeu mais uma vez, ele percebeu a cara dela fechar, ela mandou um gordo “vai se danar”.

Então ela saiu, passou pela porta como que pisando nas necessidades dele. Que belo idiota ele é. Em sua mente ele disse que precisava dela mais uma vez. Ela tinha ficado.

Ele tinha desintoxicado. Em sua mente a porta estava fechada e eram só os dois. O que ele não daria para que sua mente fosse a verdade absoluta.

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O casamento havia acabado, Rachel estava com Tammy, ela estava a caminho do hospital psiquiátrico.

No corredor, encontrou com Wilson, com os olhos se comunicaram, ela não devia estar ali.

- O que eu faço? O que eu... Posso fazer?

- Volte pra casa, descanse. Algum de nós três tem que continuar vivendo.

- Se ele realmente substituiu o vicodin por mim...- ela media as palavras, doía falar.

Ela abaixou a cabeça e foi para fora. Ela devia tê-lo aceitado todas aquelas vezes.

Daquele dia em diante ela deixaria sempre a porta do seu quarto aberta, caso ele resolvesse voltar.

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Alguém bate à porta, ele atende muito contrariado. Era ela, Lisa Cuddy, com sua filha num carrinho.
- O que você quer? – ele perguntou irritado.
- Nós ficaremos dando voltas, eu vou te machucar, você vai me machucar e não chegaremos a lugar nenhum. – respondeu num fôlego só, como se fosse simples.
Ele olhou para as malas atrás dela pela primeira vez. Fechou a porta.
- House, abre a porta, eu sei onde fica sua chave reserva e tenho uma eu mesma. – disse com a cabeça encostada.
Ele abre, mas fica parado perto do sofá.
- Não trouxe tudo, ainda.