Duas semana já se passaram desde que Zayn e Perrie terminaram. Eu sinto que ele ainda está mal, mas se ele não quer falar sobre o assunto, prefiro não tocar nele.

–Então nos encontramos no Starbucks? –perguntei para Leticia, Danielle e Laís.

–Você e o Louis brigaram de novo, não é?

–Sim... –sussurrei. –Três dias atrás. –relatei. –Mas não é por isso que quero encontrar vocês. Hoje não tem balada para me deixar bêbada... Eu só quero conversar! –disse.

–Sobre o que? –Dani perguntou.

–Meia hora, na frente do Starbucks. Bye! –disse e desliguei.

Tomei um banho rápido e me vesti e saí.

A recepção do hotel onde eu estava se encontrava movimentada, mas um tanto silenciosa.

Enquanto eu andava, era possível ouvir o tilintar dos saltos entrando em contato com o chão e isso me dava certa segurança a mais. Me permitia saber que eu não estava na água prestes a afundar em meus sentimentos em conflito.

Finalmente alcancei a porta e a abri lentamente enquanto respirei a primeira brisa noturna.

O céu, apesar de ainda ser cedo, estava escuro e mostrava que cairia um temporal logo, o que me deixou desconfortável para sair, mas eu iria embora dali a uma semana, no mesmo dia em que Leticia e Niall sairiam para a lua de mel.

A única coisa que ainda me prende à Londres é esse casamento e, em uma semana, eu finalmente vou estar livre para fazer o que eu quiser.

–Ei, meninas! –disse, tentando parecer alegre. –Sobre o que falavam? –perguntei ao perceber que elas haviam parado a conversa quando me viram chegando.

–Nada. –responderam.

–E sobre o que você quer falar? –Laís perguntou.

–Eu só achei que era um direito de vocês saber e minha obrigação contar. –falei.

–Contar o que? –perguntou Danielle, que tinha se mostrado uma grande amiga nos últimos dois meses.

–Eu decidi que eu vou voltar para o Brasil em exatas uma semana.

–O quê? –Leticia praticamente gritou.

–Eu não posso mais ficar aqui. Eu tinha uma vida no Brasil. Eu não pretendia ficar aqui mais de uma semana e tudo isso aconteceu.

–E o que seria tudo isso?

–Eu reencontrei meus melhores amigos de infância... Isso é o suficiente, mas também teve o pedido de casamento do Louis e do Niall, teve a gravidez... Coisas pela qual eu não esperava.

–O que aconteceu entre você e o Louis afinal? Estamos todos preocupados com vocês. Entre as directioners, vocês já viraram a discussão do século.

–A confiança pode acabar com um relacionamento... Ou a falta dela. Foi isso que aconteceu com a gente.

*Flashback*

–Então esse é o amigo que você disse que ia encontrar? –ouvi Louis pigarrear atrás de mim e rapidamente eu me afastei dos braços de Jason.

Eu e Louis andávamos brigando muito mais na última semana e, exatamente 5 dias atrás, eu resolvi que precisava conversar com alguém. Com alguém que não fosse me julgar, ou criticar, que fosse apenas me ouvir e a única pessoa em quem pensei fora Jason.

Nós nos encontramos na praçinha onde marcamos e depois fomos almoçar. Ele percebeu que eu estava perturbada e perguntou o que estava rolando comigo.

Depois de contar tudo e esperar por uma critica ou julgamento, tudo o que eu recebi foi um abraço e um “Tudo vai ficar bem! Sempre fica.”. E justamente na parte do abraço ele tinha que aparecer e entender tudo errado.

–Louis, o que você está fazendo aqui? –perguntei.

–Bem, eu estava perambulando por aí e encontrei a minha noiva agarrada com um...

–Pensa bem no que você vai falar, hein cara?! –Jason disse.

–Você tava me vigiando? –perguntei, desconfiada.

–Não, eu estava me assegurando de que não estava me traindo.

–Como é que é? Te traindo?

–E parece que eu fiz certo né?

–Louis, isso não é o que você está pensando! Isso foi um abraço! –disse e o vi balançar a cabeça negativamente. –Você não confia em mim?

–É claro que confio! Eu tento confiar... Mas aí você vem e faz uma coisa dessas.

–Então você não confia... E Acha que para mim é fácil? Ver você com as suas lindas fãs, ver o jeito como você trata elas, ver o jeito como você ama elas e não sentir ciúmes. Isso é impossível! Eu tenho ciúmes, mas pelo menos eu confio em você!

–Você confia em mim porque eu não fico abraçando outra mulher quando eu estou noivo.

–Não, você abraça várias! –gritei. –Quer saber, isso não tá fazendo bem pra mim! A-ca-bou! –arranquei a aliança do meu dedo e joguei nele. –Engole isso e toda a sua desconfiança, okay? –e saí.

Corri até o carro e percebi que Jason vinha logo atrás.

–Lulu, me desculpa! Eu não sabia que ele era tão...

–Não é sua culpa... É culpa dele, ser idiota a esse ponto. –disse, sentindo as lágrimas que eu segurei começarem a escorrer.

–Não chora... Por favor!

–Eu preciso ir pra casa... Preciso de um tempo pra mim! Me desculpe por ter feito você presenciar isso, mas todos presenciam... –disse e abri a porta do carona, jogando minha bolsa lá dentro, tirei os saltos e fiz o mesmo com eles.

Dei a volta no carro e entrei. Dirigi até em casa e arrumei minhas coisas. Desde então, eu estou no hotel e não tenho visto Louis. Graças a Deus eu não tenho visto ele desde então.

*Flashback*

As três me encaravam, aflitas.

–Eu não posso mais ficar aqui. Sinto muito, mas depois do casamento, eu caio fora.

–Mas...

–Eu quero pedir um favor. –disse.

–Pode pedir! –Dani disse.

–Eu quero que vocês tentem manter o Louis o mais longe possível de mim durante o casamento.

–Ele é meu padrinho e você a madrinha! Como você espera que eu faça? –Leticia disse.

–Eu não sei, mas eu vou evitar ele ao máximo! –respondi e me levantei. –Agora eu tenho que ir... Médico.

–Boa sorte... Pra você e para o bebê! –Leticia disse.

–Nesse caso acho que o bebe vai precisar mais do que ela! –disse Laís e riu.

–Eu ouvi isso! –disse, abrindo a porta e saindo.