Everlong escrita por Gih Hamish Watson


Capítulo 6
VI: Memory


Notas iniciais do capítulo

Oiii Amores! Desculpem-me pela demora T.T' (espero que vocês ainda estejam vivos ç_ç). Tive de largar um pouco minha vida mansa pra poder dar uma de pessoa esforçada e dedicada. Sim, não foi fácil... Mas estou aqui, com saudades de vocês (de verdade T-T!!!)
Escrevi um pouco correndo este capítulo, mas fiz com carinho, como costumo fazer, afinal, quero agradá-los e este é meu papel aqui u.u
Espero que esteja satisfatório! Boa leitura (=



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       Não sabia ao certo como reagiria no dia seguinte... Talvez um simples bom dia cotidiano... Mas isso seria impossível. Seu coração sentia a pressão que o cérebro da garota fazia ao pensar naquele rapaz. Porém, sabia de uma coisa. Aquele era sem dúvidas um dos dias mais felizes de sua vida.

       Não conseguiu adormecer.

       No dia seguinte foi surpreendida pela campainha:

- Yui, tem alguém querendo vê-la!

       Mas logo de manhã? Pensou ser Hinata ou Yurippe, querendo saber todos os mínimos detalhes sobre a noite anterior. Vestiu-se rapidamente e foi ao encontro da pessoa que tocava sua campainha.

       Abrira a porta. E dela, uma voz familiar e desagradável lhe acolheu:

- Há quanto tempo, Yui-nyan.

- K-kimura?

       Kimura Yoshikawa. Um rapaz alto, cabelos negros assim como seus olhos. Um rapaz que assombrou o passado de Yui:

- Eu mesmo... Achei que estivesse na hora de conversarmos.

- E eu penso que devemos nos esquecer! – e tentou fechar a porta na cara de Kimura, que logo impediu a conclusão deste final.

- Apenas vim para me desculpar...

         

          FLASHBACK ON ~

- Hey, pivete!

       Chamava Yui.

- Por favor, parem de me encher.

       Dizia ofendida para Kimura.

- Oh coitada! Não foi minha intenção te chatear! Eu só estava relevando fatos! – disse em meio as gargalhadas, que provocou o mesmo nos garotos que acompanhavam Kimura. Eram apenas cães.

- Não precisa. Eu sei muito bem que sou baixinha. Agradeço por me lembrar todos os dias. – disse irônica.

- Não há de que! E... Aliás, eu já lhe disse que você fica horrível de marias-chiquinhas? – falou puxando os cabelos rosados e curtos da pequenina, tirando os elásticos que o prendiam.

- Pare, por favor, pare Kimura! – implorou derrubando lágrimas.

       Kimura sempre fora um garoto alto, bonito, mimado e popular. Na época em que uma garotinha baixinha e animadinha entrou para sua classe, ele fizera nove anos. Ela havia roubado a atenção que antes lhe pertencia. Resolveu rebaixá-la e colocá-la em seu devido lugar. Todos os dias, ele e seus amigos a humilhavam e a machucavam de vários modos distintos. E ninguém fazia nada para impedi-los. Ninguém até aquele dia...

- Esses invejosos... – disse uma voz por traz de Kimura.

- Otonashi! Vou lhe dar uma surra nesta sua fuça intrometida se contar a alguém sobre isso. – citou Kimura fumegando de raiva.

- Vou contar sim! Não vou deixar que machuquem a Yui!

       E saiu correndo em busca de algum professor para delatar aquela situação. Os garotos, que se encontravam em cinco, saíram as pressas para pará-lo. E não foi preciso esforço algum. Otonashi escorregara em seus próprios pés ao tentar alcançar uma velocidade maior do que seus limites lhe permitiam. Encheram-no de tapas e ameaças até ele implorar para que parassem:

- Ok, não abrirei minha boca! – não costumava mentir, mas de vez em quando era necessário

- Melhor assim, seu covarde!

       Talvez covarde seja o total oposto sobre a personalidade de Otonashi.

       No dia seguinte, não desperdiçou tempo. Foi direto denunciar o ocorrido para a diretoria daquele colégio. A diretora ficou boque aberta e resolveu analisar antes de puni-los. E acabou vendo, as espreitas, com seus próprios olhos. Eles chutavam as canelas de Yui e a chamavam de anã. A diretora pegou Kimura pelos cabelos e os outros garotos saíram correndo. Mas ela sabia o nome de cada um. Chamou os pais deles e contou sobre os atos que aqueles garotos provocavam em Yui. A mãe de Kimura era extremamente sensível e aquilo a feriu muito. Não imaginava que seu filho fosse uma pessoa tão ruim. Puxou o garoto pela orelha proclamando das mais diversas palavras. Chegou a tirá-lo daquele colégio por tamanha vergonha que estava sentindo. Não economizou pedidos de perdão tanto para Yui quanto para a escola.

         

          FLASHBACK OFF ~

- Você não vai entrar na minha casa. Se quiser conversar, que seja aqui fora.

- Não há problemas.

       Ele estava irreconhecível. Um tanto mais alto e educado, com cabelos maiores e mais macios. Sua voz não era mais confundível com os ruídos de uma gralha:

- Yui, eu sei que fui um pivete nojento. Deplorável, uma palavra que descreve bem o que eu era.

- Sim. Uma pessoa que nunca mais gostaria de ver.

- Vamos... Não fale isso. Estou arrependido de verdade. Aliás, como está Otonashi?

- não venha perguntar dele como se importasse. Ao menos uma coisa boa surgiu daquele sofrimento todo. Minha amizade com Otonashi. Ele é a melhor pessoa do mundo.

- Que bom. Vejo que você está bem. E essas marias-chiquinhas ficaram ótimas em você.

- Obrigada...

- Espero que me perdoe Yui. Depois que saí daquela escola, minha vida virou de cabeça para baixo. Sofri o que você sofreu. E pude ver o quão idiota fui.

- O que lhe fizeram?

- Humilharam-me. Era uma escola só para garotos onde eu era o famoso birrento mimado. Chegaram a me tirarem as calças, He He... Não foi legal.

-Sinto muito...

- Talvez eu merecesse mesmo... Que tal se eu lhe pagar um sorvete hoje a tarde? Queria muito que me perdoa-se.

- Hoje vou sair com a Yurippe, talvez outro dia.

- Yurippe? Tornou-se amiga dela? Ela era tão legal comigo... Aposto que ela me abomina agora, não é? – disse com um sorriso forçado.

- Sim... Talvez você devesse desculpas a ela também... Quer juntar-se a nós hoje? No parque do centro...

- Estarei lá sem dúvidas. A amizade dela era muito importante para mim.

- Ok. Esteja lá às 17h.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado >_<' !! Opinem! *-*