Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

A demora foi longa; espero que tenha compensado. Xuxus muito obrigada por todo esse tempo juntos. Voces que me motivaram a continuar aqui e escrevendo. Me fizeram a pessoa mais feliz do Mundo! Aproveite o ultimo capitulo. :)



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Epílogo

Isabella se sentou na maca em choque.

– Gêmeos? – questionou – Voce só pode estar fazendo piada com a minha cara.

– Bella, se acalme. - Edward murmurou – Isso é maravilhoso!

– Pra quem? – ela questionou em pânico – Para voce?

O medico riu.

– Ora Isabella, voce deveria se sentir abençoada.

– Exatamente! – exclamou Edward se inclinando para a tela – Já dá para saber o sexo?

Isabella se deitou novamente fechando os olhos. Ela só tinha experiências com crianças grandes e a fase das fraldas de Andy havia sido um desafio e tanto. Agora, noites sem dormir e um bebe chorando 24 horas era uma idéia aterrorizante, imagine com a noticia de que seria em dose dupla?

– Menino. Dois meninos! – disse o medico compartilhando da empolgação de Edward que grudou em Isabella e deu um beijo.

Isabella sorriu. Ver Edward tão animado fez com que ela esquecesse de seus receios. Ele estava feliz; ela estava feliz e era o que realmente importava. E daí se ela não tinha idéia do que fazer com dois bebes chorões que vazavam por todos os orifícios? Eles dariam um jeito. Eles sempre davam.

– Eu não tenho idéia dos nomes. – Isabella disse enquanto saiam da clinica.

Edward a puxou pela mão.

– Se voce não se importar eu gostaria de dar as minhas idéias.

Ela sorriu e deu um beijo nele enquanto ele acariciava a sua barriga. Isabella ajeitou a gravata de Edward. Ela não conseguia ainda acreditar que tudo havia dado certo, que estavam juntos vivendo seu final feliz. Um final que parecia não ter fim na sua pequena imaginação.

– Só não palpite nomes de comida. Não quero um filho como nome Cheettos.

Edward riu.

– Fique tranqüila. – ele murmurou – Nada de nome de comida. Voce não esta atrasada para a ultima reunião com a editora?

Isabella se sobressaltou.

– OMG! Vamos! – arrastou o marido pela mão. Acenou para um taxi e se virou para ele – Eu te amo Edward Cullen. Mesmo voce me deixando gorda e com estrias!

Edward gargalhou e deu beijo apaixonado. Isabella se despediu entrando no taxi. Ele a observou partir em rumo ao sonho.

Isabella desceu desajeitada do taxi. Ajeitou o vestido e se irritou com os pés inchados, mas não se abateu caminhando firmemente em direção a editora. Pegou o elevador até o décimo primeiro andar e ali foi muito bem recebida. Todos adoraram a novidade sobre os gêmeos meninos e palpitaram nomes e mais nomes.

Quando se sentou para a reunião Isabella ficou pensando na possibilidade de fazer alguma homenagem ao falecido Carlisle e ao seu pai Charlie, se virou para o secretario.

– Voce acha que seria muita falta de criatividade minha usar os segundos nomes dos avôs?

O rapaz surpreendido pela súbita pergunta, pensando involuntariamente que Isabella era as vezes muito esquisita.

– Não. Acho que seria bonito. – ele respondeu delicadamente.

– Certo.. – ela batucou com os dedos e então a chefe de redação entrou, Jhenifer Spilter.

– Senhora Cullen,tenho altas novidades para voce. – depositou na frente de Isabela um pequeno pacote embrulhado em papel pardo. Isabella sorriu.

– Não é o que estou pensando? É?

– Vamos! – Jhenifer disse – Abra!

Isabella abriu e leu em grandes letras na capa do livro: “Uma babá em apuros” em baixo o seu nome de solteira ‘Isabella Swan’. Segurou as lagrimas. Ela tinha acabado de realizar o seu sonho e ele cabia na palma de suas mãos e tinha 812 paginas.

– Eu sei.. – murmurou Jhenifer – Sem palavras não é? Segunda feira ele estará em todas as livrarias. Quando eu terminei de ler o seu rascunho, sinceramente eu senti necessidade de mais. Mais historias como a sua. Bella, é Best Seller garantido. – segurou a mão de Isabella com força – Todo mundo vai saber da sua historia. Todo mundo vai amar a sua escrita. Do fundo do meu coração eu espero que voce tenha algo novo em mente porque a editora tem interesse em cada loucura que esteja guardado na sua cabecinha.

Isabella riu.

– Eu não sei como agradecer o carinho com o qual vocês tem tratado a mim e ao meu livro. Eu realmente não sei o que dizer!

– É simples! – disse a loira se levantando – Se arrume bem linda e aproveite a noite de autógrafos!

Isabella riu deixando escapar algumas lagrimas. Certo que ela estava razoavelmente emotiva devido a gravidez; mas aquelas lagrimas não tinha a ver com problemas hormonais. Eram lagrimas sinceras de uma pessoa que segurava o seu sonho nas palmas de sua mão. A jovem Isabella Swan que fechava os olhos antes de dormir no seu quartinho minúsculo em Forks e vagava para um futuro onde ela conquistava seu desejo de entrar para a lista de autores reconhecidos e admirados. Era como se de repente ela abrisse os olhos e tudo o que tinha vivido não tinha sido um terço do que ela poderia viver. Contar. Sonhar. Sonhos seguidos de sonhos. Esse era o primeiro de muitos.

Depositou o livro na mesa e se virou para a bela e adorável Jhenifer. Viu ali uma mulher que ela não poderia ser nunca. Livre, independente, auto confiante demais para aceitar a derrota. Não que Jhenifer fosse superior a ela, mas esse era o espírito de Jhenifer. Indomável. Agora ela, a pequena Isabella era mais retraída com rasgos de coragem, não independente e sim dependente de viver e a sua liberdade era quando ela era prisioneira do amor. Inocente demais para aceitar a derrota. Duas mulheres diferentes fadadas a se encontrarem no final de uma história. Uma realizando o sonho da outra; Isabella de escrever um Best Seller e Jhenny de encontrar um e ser a precursora de seu sucesso.

– Obrigada. – disse limpando as lagrimas – Obrigada Jhenny por ter trombado em mim naquela praça.

Jhenifer sorriu ao se lembrar do dia chuvoso, de um transito impossível que a deixou furiosa ao ponto de descer do taxi e cruzar a praça a pé e então trombar e escorregar, sujar sua roupa e perder a reunião que a poderia levar para uma segunda base da editora em Amsterdã. Mas em vez de praguejar ela poupou os ouvidos da criança que acompanhava Isabella e se deu a chance de apreciar a cena que percorreu seus olhos. Um belo homem desesperado indo em direção a elas acompanhado de mais duas crianças que a chamavam de mãe.

– Eu que agradeço Bella. Voce mudou a minha vida.

E um fio vermelho mais uma vez foi culpado por vidas opostas se encontrarem e fazerem a mudança que deveria ser feita. A inocência domando o indomável. Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor; é capaz de transformas vidas e pensamentos.

Na manhã da segunda feira todas as livrarias de Londres tinham seus exemplares nas vitrines. A noite de autografo foi regada de sorrisos e algumas lagrimas de alegria. Sem falar na surpresa da presença do príncipe Harry que causou um grande rebuliço e deixou Edward um tanto enciumado.

Mas o mais divertido e interessante naquela noite; foi que o príncipe Harry saiu acompanhado por Alice Cullen.

Alice que depois de tantas frustrações em relacionamentos anteriores estava com o coração congelado e de portas fechadas para qualquer amor entrar. Mesmo caminhando pelos jardins do palácio acompanhada de um príncipe, nenhum efeito causou.

– Voce parecia ser mais falante! – disse Harry – Não se intimide, eu não sou diferente de voce por nenhum minuto. Não tenho intenção de ser rei, não tenho qualquer gosto por ser príncipe.

– Mas voce é um. – disse Alice se sentando.

– Isso a incomoda?

– Nenhum um pouco. – Negou.

– Odeio títulos! – exclamou se sentando ao seu lado. – Voce vai ficar?

Alice olhou de canto para ele e então para a lua imensa no céu enfeitada de estrelas. Suspirou sem ter muito idéia porque o fato de que ela iria partir a deixou triste. Normalmente ela se alegrava de voltar para o seu apartamento em Milão.

– Eu não sei. Eu poderia, mas quero que Edward e Bella tenham um pouco de vida familiar normal. Tenho meu trabalho me esperando, Emmett vai se casar em breve e sair da mansão e mamãe eu desconfio que tenha um namorado.

– Um namorado? – questionou rindo. – Mas voce poderia trazer seu trabalho para cá, comparar ou alugar um apartamento aqui, ou eu até mesmo poderia te dar um.

– Bem simples voce, não? – Alice o cutucou deixando sua risada fluir – Um apartamento é algo super simples para presentear alguém. Por mais inconseqüente que eu seja, eu tenho alguma noção mobiliaria.

Harry riu.

– É que eu gostaria que voce ficasse.

Alice olhou bem nos olhos de pupilas dilatadas pela noite e o cabelo cor de fogo que parecia pequenas labaredas sob a luz da lua. Ela não era boba ao se iludir com um príncipe. Ela mesmo tendo nome e riquezas, não era considerada da realeza para se casar com um da casa real da Inglaterra.

– Olha – ele se apressou a dizer – Eu não sou um príncipe de verdade. Meu passado não escondo debaixo de panos como minha família tenta fazer. Meu mal comportamento e meu período de reabilitação não é segredo Alice. Não sou intocável e nunca pretendi ser. Olha meu irmão... ele também não é muito fã das regras.

– Eu sei. – Alice disse se levantando – Não quero ser pretensiosa, mas você não é para mim Henrique de Gales. Voce não é simples e muito menos eu. – Alice sorriu – Eu até ficaria se voce não esperasse tanto de mim porque no momento o que posso oferecer é a minha amizade.

– Entao fique! – Ele se levantou apressado – Fique Alice!

Alice o encarou incrédula. Sorriu. Desviou os olhos para o palácio e voltou para ele.

– Eu pensarei no seu caso.

– “Eu pensarei no seu caso” – Rosalie imitou Alice. – Voce é tão burra que me dá nos nervos Alice; sai de perto de mim!

Rosalie ajeitou furiosamente seu vestido de noiva e se encarou no espelho.

– O que eu poderia dizer? – reclamou Alice.

– Que ficava? – perguntou Isabella se arrastando em direção a Rose e ao vestido; era a primeira prova.

– Voce se lembra que ele era afim de voce Senhora Cullen? – disse Alice estreitando os olhos.

– Até parece. Ele nunca me pediu pra ficar, nem me ofereceu um apartamento e nem dei um fora nele para ver ele implorar mesmo por minha amizade. E mais uma coisa; não me chama de senhora, não basta eu estar obesa de gêmeos?

Isabella e Rosalie encararam Alice com um olhar fulminante, a baixinha foi se encolhendo no sofá até que suspirou e se deu por vencida.

– Talvez eu tenha feito um jogo duro demais; mas o problema era que eu não senti nada por ele. Nenhuma atração sentimental...

– Ele é um príncipe! Como não? – questionou a ajudante da costureira. Todas olharam pra ela; intimidada abaixou a cabeça e murmurou um “Desculpe”.

– Não.. – disse Alice – Voce tem razão; eu que sou uma aberração.

– Isso tem a ver com aquele cara que voce me contou? – questionou Rosalie mais brandamente.

– Que cara? Que cara é esse que não estou sabendo? – Isabella perguntou indignada – Vocês estão de segredinhos? Ai. – segurou a barriga e Alice a ajudou a se sentar – Droga eu não consigo ficar muito tempo em pé. Desculpe Rose, acho que não vou ser uma boa madrinha como voce foi para mim.

Rose já estava de joelho a sua frente.

– Bells; voce será mãe brevemente; foi exatamente por isso que eu e Emmett deixamos o casamento para o ano que vem. Não se preocupe se voce não esta a todo vapor; voce estará daqui alguns meses.

Isabella suspirou fechando os olhos.

– Eu não tenho muita certeza. Três crianças não é algo fácil; cinco é tortura. – murmurou fracamente – Meninas; eu estou com medo.

Alice e Rose sorriram e a abraçou.

– Oh pequena Bella – disse Rose – Eu sei que esta!

– Sabemos! – corrigiu Alice – Mas alem do meu irmão te amar mais do que qualquer outra coisa nesse mundo. Voce tem a nós para te ajudar no que for preciso.

Isabella encarou as duas amigas que a vida a tinha presenteado.

– Se vocês não cumprirem o que estão me dizendo; eu vou comprar duas cestas colocar cada um em uma e deixar de presente na porta de vocês! – Alertou emocionada.

Com outro abraço triplo Isabella se recuperou e prova e as criticas em Alice voltaram.

Esme entrou de supetão.

– Desculpem o atraso. – colocou a bolsa no sofá e se virou para a assistente pedindo um copo de agua.

Isabella reparou que Esme estava um tanto descabelada e seu batom havia saído. Ela; Esme Cullen, a mulher de nenhum fio de cabelo fora do lugar e do impecável batom vermelho.

– Voce esta bem Esme?

– Sim. Porque não estaria? – ajeitou o vestido e analisou Rosálie.

– Parece nervosa. – Insistiu Isabella.

– Nada que voce deva se preocupar. Seu foco são meus netos. Já decidiram os nomes? Rose não acha que deveríamos ajustar aqui?

Rose, Alice e Isabella trocaram olhares desconfiados.

– Não sei, acho que poderia ficar... – Rose olhou para Esme através do espelho e encontrou uma expressão impassível – Provavelmente sim! – deu um sorriso amarelo.

Isabella desconfiada respondeu a pergunta.

– Eu e Edward escolhemos os nomes, mas só será dito quando nascerem.

– Não é nome de comida não é? – perguntou Esme se virando para ela.

– Não se preocupe; eu me certifiquei disso. – disse com um sorriso.

Enquanto Alice, Rose e Esme ficaram na sala de prova; Isabella resolveu sair para respirar um ar fresco. Sentiu a brisa leve que vinha da janela dos fundos e enquanto caminhava até lá, deslumbrou o contorno de alguém passando. Curiosa que fosse outra sala cheia de maravilhosos vestidos ela se deparou com um Art que tentava freneticamente tirar a mancha de batom de seu paletó cinza.

– Oh céus Art! – Isabella sussurrou levando as mãos a boca para encobrir o sorriso – Não acredito que voce é o pseudo-avô secreto dos meus filhos!

– Senhorita Bella, pelo amor de nosso Deus, não pode deixar que...

– A rainha coração mole saber que eu sei? – interrompeu indo abraçá-lo – Art essa é uma excelente novidade! Sempre pensei que Esme poderia viver um novo amor!

Art relaxou sob o abraço. O carinho recebido de Isabella fez com que ele deixasse de sentir que fazia algo errado.

– Quando isso aconteceu?

Art ficou um pouco sem jeito, mas não deixou de falar.

– Quando eu e meus pais viemos da Rússia; fomos recebidos na Itália pelo bondoso dono do vinhedo Casa Rubra. Ele tinha uma linda neta que adorava desobedecê-lo e ir correr em meio aos parreirais de uva.

– Oh! – Isabella finalmente entendeu.

– Desde o dia em que coloquei meus olhos sob Esme; eu senti que não poderia desejar mais ninguém. Quando ela foi obrigada a se casar com Carlisle Cullen por ordem de seu pai, seu avô me mandou buscar, me fez estudar e me formar com as etiquetas desse velho mundo, e me enviou para cuidar dela.

– Voces foram separados?

Art riu diante do choque de Isabella.

– Não. Nunca fomos separados; porque nunca ficamos realmente juntos. Eu a amava e ela me amava, mas eu nunca havia tocado-a. Até você parecer e moer o coração de pedra e deixá-lo mole.

Isabella voltou abraçar Art. Ela nunca havia percebido nada em relação aos dois, mas ali estava uma nova historia de amor que poderia ser contada.

– Vocês poderiam ser o enredo do meu próximo livro. – disse limpando as lagrimas que haviam escorrido.

– Oh – Art negou – Eu não gostaria de contar ao mundo o quando doeu todas essas décadas em meu coração.

Isabella entendeu muito bem o que ele queria dizer.

– Ao seu gosto Art. – Segurou o braço de seu primeiro amigo em Londres – Voce poderia me levar para casa? Oito meses de gestação não esta sendo uma fase muito agradável. Se Edward descobre que sai de casa; ele me amarra da próxima vez que for trabalhar!

Art assentiu. Não demorou que chegassem porque não havia transito na ponte.

Isabella resolveu tomar um banho e deitar. Logo Thomas apareceu e deitou ao seu lado e ficou ali acariciando seus cabelos e fazendo perguntas de como poderia se chamar seus irmãozinhos. Thomas era o mais animado com a idéia, mas ao mesmo tempo Isabella podia ver algo preocupante em seu olhar. Era com muito zelo e receio que ele permanecia perto dela, como se temesse que de repente tudo poderia desabar.

– Thommy, tenho algo para conversar com voce. – disse se virando e ficando cara a cara com ele.

– Não é sobre a minha briga com Sofie é? Ela quem começou.

Isabella riu.

– Pra começar eu nem sabia da briga. – advertiu – Mas depois falamos sobre ela; eu tenho algo para conversar com voce sobre voce.

Ele permaneceu em silencio.

– Qual é o seu medo Thomas? Quero logo deixar claro que tanto voce, Sofie e Andy como esses dois menininhos dentro da minha barriga; são meus filhos. Não tem diferença para mim Thommy. Não vou amar mais eles e menos vocês. É igual entende?

Thomas abaixou a cabeça e torceu os dedos um pouco encabulado.

– Não é isso Mamy. Eu sei que voce é diferente, voce quer a gente por perto. – ele ponderou e rodiou até que voltou a olhar nos olhos dela – Sabe a mãe da Andy? A Savannah era legal. Até que brincava com a gente e cuidava da gente. Eu gostava dela. E o papai não falava de colégio interno e nem passava tanto tempo fora de casa. Era um pouco parecido com hoje. – Ele voltou a abaixar a cabeça e então se aproximou da barriga de Isabella apoiando sua orelha para tentar ouvir algum ruído que seus irmãos poderiam fazer. – E então ela morreu; e o papai voltou para casa sozinho com a Andy no colo.

Isabella se sentiu petrificar por alguns instantes. Era esse o problema. Era isso que tanto incomodava Thomas. Ele tinha medo de que ela morresse.

Passou sua mão nos cabelos do pequeno grande homem e o puxou para um abraço.

– Thommy eu não vou morrer.

– Voce não pode me garantir isso. – ele deixou um soluço do seu silencioso choro escapar.

– Thommy eu prometo a voce. Eu não vou morrer. Eu não passei por tudo isso para morrer. Eu vou voltar para casa com seu pai e seus irmãos.

Thomas a abraçou mais forte inalando seu perfume. O cheiro mãe que ele nunca tinha sentido; o abraço e o aconchego de mãe que foi tirado dele. Isabella acariciou sua bochecha limpando as lagrimas e depositou um beijo em sua testa. Não precisou dizer mais nada porque os gêmeos começaram a se mexer em sua barriga como se quisessem consolar Thomas.

Sofie entrou no quarto acompanhada de Andy e começaram a contar sobre o passeio que fizeram com Mary. Mais tarde quando Edward chegou; encontrou Thomas o esperando na sala.

– Hey Thomas! Como foi seu dia?

– Legal. – ele murmurou meio desanimado – Passei um tempo com a mamãe.

Edward sorriu e se jogou ao lado do filho no sofá.

– Voce cuidou dela certinho?

– Aham. Deixei ela, Sofi e Andy dormindo no quarto. Pai posso te pedir uma coisa?

Edward estudou a expressão do filho.

– Qualquer coisa.

– Quando a mamãe for para o hospital; não deixe que ela fique por lá.

Edward se endireitou e desafogou a gravata um tanto surpreso com o pedido.

– Na se preocupe com isso Thomas; sua mãe vai voltar. Prometo.

Edward afagou os cabelos do filho e ele assentiu.

– Vou dormir.

Edward permitiu que ele subisse as escadas primeiro. Entao subiu para seu quarto e admirou por um tempo suas três garotas ressoarem tranquilamente. Depois levou cada uma em seu quarto e passou pelo de Thomas para uma checada de boa noite e ter a certeza de que ele estava bem. Demorou um pouco por lá admirando o filho que havia crescido muito sem que ele infelizmente percebesse. Quando voltou, Isabella não estava mais dormindo.

– Voce chegou tarde. – reclamou.

Ele sorriu. Era tão bom chegar em casa e ver que ela estava ali a sua espera.

– Perdão. Mas tínhamos muitas coisas para resolver. Emmett ainda ficou por lá para ver se consegue terminar as coisas. – depositou um beijo cheio de saudades em sua boca – Como foi seu dia?

Se ajeitou para acariciar a barriga de Isabella.

– Intrigante.

Edward arqueou a sobrancelha.

– Intrigante? – repetiu divertido – O que te deixou intrigada?

– Se eu te contasse; teria que matar voce. – sorriu puxando Edward pelos cabelos e envolvendo seus lábios nos dele. Isabella imaginava que nunca iria parar de desejar Edward Cullen. Era como se sentisse fome e sede dele e a cada dia ficava mais faminta e sedenta a um nível de vicio sem cura. – Eu te amo sabia? – sussurrou.

Edward se sentiu tão realizado que poderia deixar lagrimas de contentação escorrer por seus olhos.

– Ainda bem Senhorita Cullen. Ainda bem! – repetiu mordiscando seu corpo e causando risadas – Mas mesmo assim eu continuo te amando ainda mais!

Isabella suspirou e sorriu. Não poderia ser real. Ela não estava casada com ele.

– Me belisca? – Edward riu.

– Eu te mordo!

Isabella se precipitou a rir quando de repente uma dor nunca sentida por ela se espalhou por seu abdômen a fazendo gritar e enfiar suas unhas no braço de seu esposo. Arfou e gemeu algo desconhecido por Edward que no mesmo instante ficou serio.

– Bella? O que houve? – se desesperou.

Isabella arqueou o corpo e fechou os olhos.

– Edward – disse com dificuldade – Vai nascer!

Edward arregalou os olhos e observou a sua volta notando que a parte da cama em que Isabella estava começava a ficar encharcada.

– Su...sua bolsa.. bolsa estou..estourou! – se afastou apavorado – Meu Deus Bella; o que eu faço.

– Chame alguém. – Rosnou impaciente – Voce não é pai de primeira viagem! – gritou logo em seguida – Edwaard! VAIII!!

Edward saiu ela porta como se tudo fosse um filme em camera lenta. Tentou entrar no quarto de Alice e a porta estava trancada; esmurrou umas três vezes e então partiu para o quarto de sua mãe que abriu a porta imediatamente.

– Vai nascer mãe! Socorro!

Esme enfiou o filho dentro do quarto e Alice abriu a sua porta e saiu de toalha.

– Pegue a bolsa dos bebes e de Isabella; e não faça mais escândalo. – se virou para alice que estava confusa – Voce fica, cuide das crianças e avise Emmett.

– Bella esta em trabalho de parto? – perguntou ficando animada.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAH ALGUEM PELO AMOR DE DEUS ME AJUDA! EDWARD EU VOU MATAR VOCE!

– Vão! – enxotou os dois com a mão.

Entao olhou de canto e fez sinal para que Art saísse de trás das cortinas.

– Eu vou precisar de voce Art!

Ele assentiu e colocou o guepe.

– Estou ao seu serviço!

Esme tentou acalmar Isabella enquanto ela chorava descontroladamente e dizia compulsivamente que nunca mais iria ter filhos.

– Bella eu tive três! É ate uma dor suportável!

– Voce é louca! Isso que voce é! Ou tem problemas com sensibilidade o que não seria algo tão difícil! – rosnou – Eu não terei mais filhos! – apertou a mao de Esme – Edward vai me pagar por isso! Eu quero a minha mãe! Aonde ela esta?

Ao entrarem no hospital; Jacob já estava lá com Vanessa.

– Bella! Força garota, os gêmeos querem sair do forno!

– VAI PRO INFERNO JAKE!

Jake arqueou as sobrancelhas e soltou um baixo assobio.

– Eu nunca vi ela assim. – sussurrou para Vanessa sem tirar os olhos de Isabella que exigia uma cesariana em vez de um parto normal.

– Ela se tornou agressiva em dois segundos. – disse Edward se aproximando cheio de bolsas – Ela não quer me ver.

– Não é pra menos né? – disse Vanessa indo em direção a Isabella.

Edward a observou sem entender.

– Porque todas estão contra mim.

– Contra nós! – corrigiu Jake – Acho que é um momento que nunca vamos entender... voce sabe... é uma parada de anatomia. Nunca vamos parir uma criança.

Edward assentiu.

– Eu não esperava que a Bella fosse agir tão histericamente.

– Serio? – questionou Jake surpreso – Eu sempre imaginei que ela daria um escândalo quando fosse ter um filho, Bella dramatiza tudo.

Edward riu.

– É; vendo por esse lado...

– Hey Edward, não fique triste. – disse Jake percebendo o jeito cabisbaixo dele – Ela vai se acalmar e vai te chamar.

– Não tenho muita certeza. Ela esta furiosa! – indicou com a cabeça para uma Isabella que atirava um penico em uma enfermeira.

– Pelo amor que tem por sua vida. Cesária!

Vanessa se aproximou tentando acalmar Isabella enquanto Esme providenciava os dados necessários para a internação. Medico chegou e já encaminhou Isabela para alguma sala para longe da recepção. Edward permaneceu ali, quieto e pensativo. Ele queria ajudar Isabella de alguma forma; nem que fosse segurando a sua mão.

Alguns longos e intermináveis minutos de silencio surgiu. Edward se sentou e encarou o relógio da parede. Parecia que o mundo girava mais devagar. Não era a primeira vez que ficava em uma sala de espera, mas era a primeira vez que ele se sentia daquele jeito: com perspectiva. Ele sabia que Isabella não iria embora no dia seguinte, sabia que não iria abandoná-lo de nenhuma maneira possível.

Esperar ali não era difícil. Era apenas prazeroso. Quando menos percebeu; havia uma enfermeira com a mão em seu ombro dizendo que Isabella o chamava.

Seus pés não tocavam o chão enquanto caminhava para o quarto em que Isabella estava. A porta se abriu e ele viu a imagem que provavelmente nunca mais iria sair da sua memória. Ela estava ali; deitada, um pouco abatida, mas tinha um sorriso no rosto. Estendia a sua mão para ele. Deu dois passos lentos e espiou os dois pacotinhos embrulhados no berço. Segurou a mão dela e a beijou.

– Desculpe por toda aquela cena. Nem foi tão assustador.

– Deixa de bobagem, voce não me deve desculpas. Eu te amo Bells. Eles são tão pequenininhos!

Isabella riu.

– Eu não tinha como fazer eles maiores, faltou espaço. Mas veja – ela se inclinou para poder observá-los - eles tem o seu nariz.

Edward riu. Os gêmeos se mexeram e resmungaram um choro fraquinho quase inaudível.

– Eles tem a sua boca. Pequena e vermelha. – olhou para Isabella que já olhava para ele fixamente – Nós conseguimos Bells.

Isabella suspirou e acariciou o rosto de Edward com certa devoção. Sim. Eles tinham conseguido. Descansou sua cabeça no travesseiro; estava exausta.

– Como será os nomes?

Isabella sorriu e enroscou seus dedos nos cabelos dele.

– Mikhel e Matthew. – suspirou - Em homenagem ao meu pai e ao seu pai. Mikhel Charles e Matthew Carlisle.

Edward sorriu e voltou a beijá-la.

– Que assim seja!

Alice desceu as escadas apressada.

– Eu vou perder meu vôo Edward. Depressa!

– Tem certeza que precisa ir tia Alice? – perguntou Sofie – Mamãe precisa da sua ajuda.

– Algumas línguas dizem que sua mãe já foi babá no passado! – disse Alice ajeitando o lenço no pescoço – E seus avós Charlie e Reené estão chegando. Eu preciso ir para Milão resolver minha vida. Volto com a sua Mãe, não vai demorar.

– Da ultima vez que disse isso voce voltou um ano depois. – Acusou Thomas.

Alice rolou os olhos.

– Voce esta fugindo Alice! – disse Emmett pegando Sofie no colo e a colocando nos ombros – Rosálie me contou porque a sua pressa de voltar para Milão. Dar uns beijinhos no príncipe não pode ser tão ruim!

– Emmett – se virou para o irmão enquanto as crianças riam – vai procurar o que fazer. Tem outras coisas que precisam da sua atenção.

– Por exemplo? – ele questionou sorrindo e deixando as suas covinhas a mostra.

– A possibilidade de voce ter um padrasto!

Emmett piscou abobalhado e Edward desceu as escadas com Andy no colo e acompanhado de Isabella.

– Vamos Alice, antes que voce resolva ficar.

Colocou Andy no chão e beijou Isabella.

– Como voce é sensível. – A baixinha reclamou estreitando os olhos.

– Ele fala assim, mas na verdade esta bravo por voce esta indo! – Isabella caminhou em direção a amiga/cunhada e a abraçou. – Isso é um erro. Mike e Matt precisam da tia babona, assim como Sofie, Andy e Thomas. Eu preciso de voce para não me deixar enlouquecer – a encarou – Voce vai voltar mais rápido do que imagina. Harry não te pediu em casamento; pediu para ser seu amigo.

– Porque todo mundo acha que é por causa dele? – Alice reclamou exasperada – Eu estou indo porque eu assinei um contrato e preciso estar lá amanha as seis da manhã! – suspirou e abraçou Isabella novamente – Eu te amo. Não surte e cuide bem dos meus sobrinhos.

Alice se foi. Isabella sorrindo a assistiu partir.

– O que ela quis dizer com novo padrasto? – questionou Emmett ainda refletindo.

– Com um novo pai. – respondeu Thomas sem perceber que o tio estava preocupado em realmente ter entendido aquilo.

Isabella riu e abraçou Thomas. Emmett reclamou e logo Mary trouxe o chá.

MUSICA - Escutem

O outono estava novamente terminando. Quando o natal chegasse; a família Cullen estava maior, mas também estava melhor. O amor tinha feito o seu milagre. E todos os dias passaram a ser um milagre.

As estrelas tinham agora um novo significado. Quando cada um estava em seu mundo particular, elas lembravam a cada membro da família que estavam todos debaixo do mesmo céu. Mesmo que seguissem por caminhos diferentes eles pertenciam ao mesmo sangue rubro que corria em suas veias. E quando os anos viessem passando rapidamente diante de seus olhos, fotografias eternizando os dias em que estavam todos reunidos, lembrariam sempre do fato de que um dia uma jovem menina sonhadora se arriscou a amar e agora todos eram fruto daquele amor.

Isabella quando se deitou na cama aquela noite e sentiu Edward a envolver em seus braços e adormecer ali; ela soube que não era um final feliz. Aquele momento em que estava era apenas uma vitoria. Viria outras batalhas, outras lágrimas, outras dificuldades, outras derrotas e conseqüentemente outras vitorias. Mas não poderia se enganar; o para sempre iria até a frase que jamais poderia sair de sua cabeça.

– Ficaremos juntos; - fechou os olhos respirando fundo o perfume que Edward tinha naturalmente, sorriu - até que a morte nos separe meu amor.

FIM

Foi uma delicia escrever e ter vcs pacientes e amáveis leitoras. Não sei se agradei, mas tentarei escrever uma historia um tanto menos clichê. Mas convenhamos, clichê é tao bom. hahaha... Obrigada a todas as recomendações que vocês fizeram. Uma mais linda que a outra que me deixam sempre emocionada.. que carinho lindo. E aos comentários em cada capitulo, reforço que não respondi cada um porque minha vida de universitária não é fácil (foi ela a culpada da minha falta de tempo para escrever) mas muito abrigada pela atenção. Sei que sou aquele tipo de escritora que "acha" que vcs tem que esperar... Provavelmente muitas desistiram de mim no percurso, mas eu agradeço a todas que ficaram comigo até o fim. Eu demoro, mas eu termino ok? rsrs...

No momento vou ver se me dedico a minha original Estranhos no paraíso, mas posso vir a me aventurar com outra pequena historia com voces, deixarei que saibam noticias da próxima aventura pelo nosso GRUPO DO FACE (que anda parado e sem muitas novidades. rsrs.. Quem nao add, fique a vontade e faça parte!) Eu sempre estou checando vcs. ACREDITEM!

XOXO XUXU'S! Até a proxima!


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Notas finais do capítulo

Cry foverer! ;'(