A Bela Não Está Adormecida escrita por Coala Voador


Capítulo 9
Meia Noite


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268097/chapter/9

"Hoje...Será hoje que vão me soltar achando que eu vou continuar a ser a garotinha que era antes. Não fazem a minima ideia do que os espera...Tolos."

Aurora estava sentada em frente a sacada olhando para a lua que já estava no céu. Ela contava as horas para que pudessem solta-la, ela contava as horas para que ela pudesse matar.

Todos esses anos que Aurora viveu trancada serviram para fazê-la refletir, Porque Malévola fez isso ?
Qual motivo ela teria para despertar a psicose em uma criança recém nascida?
Aurora sabia que não poderia fazer as coisas de uma só vez, ela teria que fingir ser a doce Aurora e depois que descobrisse tudo que a bruxa e sua família estavam lhe escondendo, ela poderia se tornar a psicopata Bela.

Aurora sentia em seus pensamentos, que algo iria acontecer. Não sabia dizer se era algo bom ou ruim. Ela estava cada vez mais impaciente, cada vez mais duvidosa. Segundo o que Malévola disse quando Aurora nasceu, a "maldição" seria quebrada quando ela completasse quinze anos, claro, se ela não espetasse seu dedo em um fuzo de roda. 
Malévola havia sido esperta em arquitetar o plano, fazendo com que Aurora se tornasse uma psicopata muito antes do previsto, e o que para o Rei e a Rainha eram apenas surtos gerados pela maldição, na realidade já era a própria natureza assassina da garota querendo agir o mais rápido possível, e matar qualquer um que se pusesse em seu caminho. 

23:30            "O tempo não passa..."- pensou.

Aurora estava vestida com um belo vestido azul, que realçava seus olhos, os longos cabelos caídos nas costas e a pele branca, era de fato uma princesa. Ela ouviu barulhos na escada, e logo viu pela janela lateral de seu quarto os guardas se aproximando.

23:45

Os passos na escada só se intensificavam, as pessoas do reino estavam saindo de suas casas e indo para frente do castelo, rezar para que nada acontecesse com a doce e inocente Aurora.

23:55

"Cinco Minutos" Pensou ela, olhando para a janela sorrindo.
Ao longe, ela podia ver a silhueta de um garoto sentado no topo de uma árvore, Hiei. Ele sorria para ela, como se eles estivessem se comunicando, sorrisos macabros vindos de ambas as partes, sorrisos vindos de dois assassinos.

00:00

Ela riu, vitória.

As correntes de Aurora se soltaram e a rainha abriu as portas do quarto da garota, entrando praticamente correndo para abraçar a filha.
O rei estava logo atrás olhando um pouco receoso, era como se ele  desconfiasse de algo.

– Oh minha filha, eu sempre esperei por este dia.! Tinha certeza que nada ia acontecer com você...Fizemos isso para te proteger. - A rainha falava enquanto dava um forte e afetuoso abraço na garota, que tentava ao máximo retribuir.

Aurora lembrou-se com essa frase dos vários acontecimentos que passou dentro daquele quarto, de como era ter os dois braços puxados por correntes, como era ter as costas chicoteadas por guardas que não paravam até ver uma boa quantidade de sangue no chão, como era ser arrastada pelos cabelos quando não queria se alimentar...Tudo a mando do rei e da rainha. Ela pensava nos padres, nos exorcistas, das sessões de tortura que eram promovidas pela inquisição, ah, a maldita inquisição. Ela sonhava om o dia que poderia colocar as mãos no pescoço daquele maldito padre que sempre ordenava que os guardas a chicoteassem, e os "pais" apenas consentiam em silêncio.

– Eu sei mãe. Sei que vocês fizeram isso apenas para o meu bem... - Ela sorriu macabramente para o pai, que estava atrás de Liza. Ele olhou espantado, todo o reino estava em festa por que a garota havia sido libertada da terrível maldição, todos estavam alegres, despreocupados, não adiantava o rei querer inverter as coisas, o monstro  já estava livre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!