Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 5
I love you


Notas iniciais do capítulo

Um pouco longo, mas no mesmo estilo dos capítulos anteriores.
Eu me empolgo demais e depois vejo que ficou grande.
DESCULPA haha



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Aulas terminadas, não tive os últimos tempos com Ed. Enquanto eu saia da sala, encontrei Beth no caminho, que me deu um abraço tão apertado que, se eu fosse acostumada a receber abraços, reclamaria, mas eu gostei. Fomos andando juntas até a saída da escola, e lá estava Ed. Beth correu para abraça-lo. Ed ficou surpreso com o carinho dela e a abraçou.

“Por que vocês não se abraçam quando se encontram?” – ela disse me olhando.

Eu não sabia o que responder, aliás, por mim eu abraçaria Ed a cada minuto do meu dia.

“É que já tivemos aula juntos e viemos no mesmo ônibus” – Disse Ed.

Beth olhou para Ed e só agora reparou o curativo em sua sobrancelha.

“Mas o que aconteceu, Ed?” – Ela disse tentando tocar no curativo.

“Bati a cabeça lá em casa...” – Disse Ed se afastando de Beth.

Beth se virou para mim.

“Você acredita nisso?” – Olhou para o Ed novamente. – “Parece que bateram em você”

Ed me olhou, e parecia não saber o que responder, mas foi salvo pela buzina do ônibus. Nos despedimos de Beth e entramos. Nos sentamos logo nas primeiras cadeiras, para evitar mais problemas, afinal, lutam para não sentar nos primeiros bancos. Minha casa era bem mais perto que a do Ed, já estávamos quase chegando.

“Desce não, vamos ao parque perto da minha casa, quero te mostrar umas músicas!” – Ele disse segurando o meu braço.

Eu ia me levantando, mas ele me impediu. Fiquei o olhando, me levantei e fui até o motorista, falei baixo que iria descer na casa do Ed e voltei para o assento.

“Satisfeito? Vou descer contigo!” – Eu disse para Ed.

Que ficou observando a minha casa “passar” e não disse mais nada.

“Pretende gravar um cd?” – Eu puxei assunto para não permanecer o silêncio.

“Eu havia pensado nisso, mas, não sei se gostariam das minhas músicas...” – Ele disse virando-se pra mim.

“Aposto que vou amar todas!” – Eu disse sorrindo.

Dez minutos depois, chegamos na casa do Ed, desci primeiro e logo em seguida ele desceu.

“Espere aqui, vou pegar meu caderno e já volto!” – Ele disse correndo até a porta.

Me sentei na escada da varanda, Ed foi muito rápido e logo já estava de volta.

“Vem, vamos até a praça que tem aqui perto!” – Ele disse em pé ao meu lado.

Como sempre, estendeu sua mão para me ajudar a levantar. Ele me entregou o caderno dele para eu segurar, e fomos andando até a praça. A capa do caderno do Ed era preto e branco, com uma etiqueta escrito “Ed’s songs” em laranja. Em menos de dez minutos, chegamos na praça, que por sinal, era grande. Tinham brinquedos, mas quase não tinham crianças. Havia um enorme jardim, e foi lá que nos sentamos, na grama mesmo. Ed abriu o caderno e achou uma música pela metade.

“Eu, comecei a escrever essa, depois que te conheci, não sei da sua história, mas nunca vi alguém que tivesse a alma tão triste...” – Disse Ed me olhando.

“Mas...por que diz isso?” – Perguntei.

“Seus olhos, passam uma sinceridade que só apenas o coração mais machucado pode passar, porque você não consegue mais controlar...” – Ele disse.

Fiquei em silêncio por longos minutos, com meus olhos fixos aos dele. Senti algo quente correr pelo meu rosto, era uma lágrima caindo do meu olho direito, a sequei imediatamente. Olhei para o chão, não queria contar da minha vida para o Ed, para ele não ficar ao meu lado por pena, ou algo do tipo. Talvez fosse egoísmo meu, guardar tudo em meu peito, porém faltou coragem, algo que devo ter deixado no Brasil. Enquanto eu ainda olhava para baixo, Ed começou a tocar seu violão.

“I don’t know what to say, this chance that I won’t miss, but I miss you anyway. I feel your pain, It’s turning me insane, thrown away” – Ed cantava.

Quando ele cantou “Pain” eu levantei a cabeça, realmente, era tudo o que eu sempre senti... dor. Fiquei olhando ele cantar e como se fosse a coisa mais natural do mundo, sorri, sem pensar, sem me esforçar, sorri, com ele eu fazia isso sempre.

“But then you came, wishing my life away, but these three words I have to say to you, my babe blue.” – Ed continuara.

Esqueci de informar a vocês, meu casaco era azul…

“Essa música... é pra mim?” – Eu perguntei, o interrompendo.

Ed pareceu sem graça, e parou de tocar. Demorou um tempo, mas enfim respondeu.

“É, não... na verdade, comecei depois que nos conhecemos, mas... não é pra você” – Disse Ed, parecendo confuso.

“Tudo bem, Ed... eu, eu vou pra minha casa, linda música, não desista do álbum!” – Eu disse me levantando.

“Não, espera... não terminei a música...” – Ele disse.

Fiquei olhando para ele, e me sentei novamente. Ed voltou a tocar seu violão.

You know it’s true...I love you!” – Disse Ed olhando para o violão.

Impossível essa música ter sido pra mim, aliás, eu não conhecia Ed há muito tempo. Haviam tantas lindas garotas na escola, porque ele iria justamente gostar de mim?

“Ela vai gostar da música!” – Eu disse.

“Quem?” – Ed parou de tocar seu violão.

“A musa inspiradora dessa linda música...” – Eu disse olhando para ele.

“Parece que sim!” – Ele disse me olhando. – “Olha, Landy, eu não sou o garoto mais amado do colégio, os meus amigos são os de infância, na escola só chegam até a mim porque eu tenho um violão, e você foi diferente, junto com a Beth, são as pessoas que realmente parecem gostar de mim”

“Essa música é pra Beth?” – Sim, eu sou idiota.

“Não, é que ...” – Ed dizia, mas foi interrompido.

“Edward? É você?” – Disse uma garota.

Ela vinha em nossa direção, Ed imediatamente se levantou, olhou pra mim e olhou para ela logo em seguida.

“Quanto tempo!” – Ela disse o abraçando. – “Quem é ela?”

Eu me levantei e antes que Ed pudesse dizer algo, eu me apresentei.

“Sou Yolanda, uma amiga da escola e já estou indo, com licença.” – Eu disse.

Peguei minha mochila, dei um leve sorriso para Ed.

“Sua música é linda!” – Eu disse pendurando a mochila no ombro direito.

Me virei para ir embora, caminhei até o final da praça, até que meu celular toca, era Mary.

“Alô?” – eu disse.

“Querida, onde você está?” – Ela disse com um tom de preocupação.

“Estou em uma praça com Ed, quer dizer, estava com ele, eu já estou indo embora, já chego em casa, beijos” – Eu disse e desliguei.

Guardei o celular na mochila e continuei andando, olhei para trás por um instante, Ed não me olhava ir embora, achei que ele se importasse. Eu tenho problemas com a minha mente, parece que ela só absorve pensamentos ruins, e isso não me faz bem... Comecei a pensar que ela era a musa do Ed, e talvez fosse. Quando eu ia passando em frente a casa dele, uma senhora me chamou. Parei de andar e olhei para a casa do Ed, ela estava na porta, cheguei mais perto.

“Você é Yolanda, certo?” – Ela me perguntou.

Afirmei com a cabeça e fiquei feliz por ela saber meu nome, isso quer dizer que ele falou de mim para ela.

“Ed pediu para que você o esperasse aqui!” – Ela disse. – “Ele me ligou ainda agora, e disse que estava na praça contigo e você foi embora, e caso passasse aqui na porta, era para eu pedir para que o esperasse.”

Pensei em dizer não, mas, o fato de ele ter ligado para a mãe dele, me comoveu muito, mas eu preferia algo de cinema, que ele viesse correndo atrás de mim, okay, não.

Esperei novamente na escada, sua mãe já havia entrado, me recusei a esperar lá dentro. Ed demorou uns quinze minutos, e apareceu, sem a garota. Me levantei assim que o vi.

“Obrigado por esperar...” – Ele disse colocando o violão em um banco na varanda. –“Antes de mais nada, ela é uma ex namorada minha e...”

“Não preciso saber disso.” – eu o interrompi.

Ed ficou calado por um tempo e voltou a falar.

“Só quero te levar em casa de novo, afinal, eu que impedi que descesse em sua casa.” – Ele disse me olhando.

Permaneci séria o olhando, mas como sempre, acabei sorrindo.

“Vamos andando? Sobra mais tempo!” – Eu disse.

“Claro, Landy!” – ele disse sorrindo. –“Ah, o nome dela é Lori e já está namor...”

“Sério mesmo que você quer falar dela o caminho inteiro?” – Eu parei de andar e olhei pra ele.

“É que eu gosto da sua reação...” – Ele disse.

“Como assim?” – Eu perguntei.

“Você parece nervosa, quando falo da Lori” – Ele disse.

DEMOREI, mas finalmente entendi, ele percebeu que eu estava com ciúmes, aliás, eu só percebi agora que estava com ciúmes. Não poderia estar com ciúmes, eu não deveria, era errado, pelo menos eu achava errado, eu não poderia sentir isso, não agora. Voltei a andar, sem dizer nada.

“A Lori disse que você é muito bonita...” – ele disse. – “concordei com ela.”

Apenas o ignorei e continuei andando.

“Landy, fala comigo!” – Ele disse.

“Não enquanto você falar em Lori” – Eu disse sem olhar para ele.

Ed se calou e apenas me seguiu. Chegamos na minha casa sem dizer nada o resto do caminho.

“Tchau, Ed, até amanhã” – Eu disse.

Fui em direção a porta e lá acenei . Ficamos nos olhando por um tempo, até que Mary abre a porta e pede para que eu entre, acenei novamente e entrei. O único sentimento que andava pelo meu corpo, é de arrependimento, por ter agido feito uma idiota, mas tenho certeza, que amanhã, tudo ficará bem...



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Notas finais do capítulo

Ainda hoje, pretendo já postar o capítulo 6.
Por favor, deixem review, para eu saber o que melhorar.
OBRIGADA por ler e acompanhar minha fanfic,
ela é muito, muito importante para mim...



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