Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 12
Se apaixonaria também?


Notas iniciais do capítulo

SUGIRO NOVAMENTE, que vá no youtube e procure
pela música "FALL" e bom olhar a tradução, caso precise.



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Ainda com os olhos fechados, senti que já estava claro. Abri os olhos e Ed não estava mais na barraca. Me sentei, passei as mãos no cabelo para arrumá-lo um pouco. Abri a cortina e vi que Ed estava na beira da lagoa, tocando seu violão. Abri um compartimento lateral da minha mochila e peguei o relógio, olhei a hora e já eram 8:15 a.m, o que para mim parecia tarde. Sai da barraca e fui andando até o Ed.

“Bom dia!” – Eu disse parando ao lado dele.

Ed olhou para cima, para me olhar. Observei que ele escrevia alguma música no meu caderninho. Talvez estivesse terminando a dos vagalumes.

“Bom dia! Ah, peguei o seu caderno, se não se importa...” – Ele disse.

“Tudo bem! Terminando a música?” – Eu disse me sentando ao lado dele.

“Na verdade, já terminei, estou escrevendo outra. Esse lugar é muito inspirador.” – Ele disse folheando o caderno.

“Posso ler?” – Eu perguntei.

“Claro! Toma!” – Ele disse me dando o caderno.

“Não, melhor... cante!” – Eu disse devolvendo o caderno.

Ed ficou me olhando, e depois de alguns minutos pegou o caderno da minha mão.

“Na verdade, ambas as músicas estão pela metade, vou guardar para um futuro, mas posso cantar essa nova aqui, que eu pensei logo após o seu boa noite!” – Ele disse.

Ele parou em uma página escrito “Fall”, começou a tocar o seu violão.

You and I, learning to speak with kisses on cheek, we’re lifted over the edge and I will fall for you, If I fall for you, would you fall too?” – Ele cantou

Ed parou de cantar e me olhou, apenas sorri, com o sorriso mais bobo do mundo. Eu não estava preparada para as coisas acontecerem com Ed. Eu já namorei escondida por uns três meses, mas o garoto não me aguentou por muito tempo, eu sou um poço de problemas, eu tinha avisado a ele, mas insistiu em namorar comigo, para depois me largar justo quando eu precisava de um abraço. Sabe, eu cresci acreditando que o mundo é injusto, e realmente é, mas as vezes, a injustiça seja uma oportunidade, para você decidir o que quer da sua vida. Se tudo fosse fácil, a vida seria chata demais, temos que crescer aprendendo e não regredindo mentalmente. Esse menino que eu namorei, era meu amigo, e depois que terminamos, ele nem olhava para mim, esse era meu medo com Ed, quero que nossa amizade seja para sempre. Acho que amizades são mais fortes que namoros, porque, quando começam a namorar, começam a achar que são donos de outras pessoas e quando se é amigo, começam a cuidar da outra pessoa...

“Quando pretende gravar suas músicas?” – Eu perguntei. –“São tão...sinceras e lindas.!”

Ed sorriu, colocou seu violão pro lado.

“Bem, eu vou gravar um cd demo semana que vem...” – Disse o Ed.

“Sério? Por que não me contou?” – Eu disse sorrindo.

“Estou contando agora, não estou?” – Ele disse.

O abracei, ele não esperava o abraço acabou se deitando na grama, várias gramas prenderam foram parar no cabelo dele, não sei porque, mas eu achei a coisa mais engraçada do mundo e comecei a gargalhar, histericamente e Ed começou a rir também, quase certeza que ele ria de mim. Quando eu pensava em parar de rir, olhava para os cabelos de Ed com grama e voltava a rir, deitei a cabeça na barriga dele e fui parando de rir aos poucos. Fiquei com a cabeça deitada em sua barria e me virei para ele.

“Como se chamará o seu cd?” – Perguntei.

“The Orange room” – Ele disse. – “E, a música I Love You estará nele.”

Levantei a cabeça, estava surpresa com o que ele disse. Eu ainda estava encostada.

“Isso é... isso é sério?” – Eu perguntei.

Ele afirmou com a cabeça, sorrindo. Deitei a cabeça na barriga dele novamente e senti um pingo em minha testa. Começou a chuviscar, gotas finas e geladas, começaram a cair mais e mais delas, porém devagar.

“Vamos para a barraca!” – Disse Ed se sentando.

“Não... é minha primeira chuva aqui...” – Eu disse evitando que ele se levantasse.

“Mas você vai ficar resfriada!” – Ele disse ficando em pé.

“Não, eu não ligo!” – Eu me levantei.

Olhei para o céu e senti as gotas tocarem meu rosto delicadamente. Fechei os olhos e sentia como se fossem agulhas finas e leves caindo em meu rosto. Quando de repente, sinto os braços do Ed me envolverem por trás e me levantar. Ed começou a girar e eu abri meus braços, nunca me senti tão livre e feliz em toda a minha vida. Ed parou de me rodar e me colocou no chão, me virei para ele rindo, meu cabelo grudado no meu rosto e Ed tirando o meu cabelo do rosto.

“Vamos pra barraca agora?” – Ele disse ainda tirando o cabelo do meu rosto.

Afirmei com a cabeça e entrei primeiro na barraca. Peguei uma blusa que eu tinha levado extra e comecei a secar meu cabelo.

“Obrigada por esse fim de semana!” – Eu disse me secando.

“Só queria paz entre a gente!” – Ele disse secando o cabelo.

“Daqui a pouco a gente tem que ir, né?” – Eu disse largando a blusa em cima da minha cabeça.

Ed nada respondeu, estava claro em seu rosto que ele não estava feliz com isso. Muito menos eu, mas pelo o que aconteceu ontem e hoje, eu poderia passar o resto da minha vida feliz, mas eu sei que as coisas não funcionam assim.

Esperamos a chuva passar para irmos embora. Eram 3:45 p.m e eu e Ed começamos a guardar as coisas. Ed desmontou a barraca e a guardou na mochila. Nós já estávamos secos e apenas trocamos os casacos, afinal, a chuva estava um pouco fraca e pouco molhava. Fomos caminhando até o ponto e passamos pelo policial que havia nos revistado. Dessa vez, esperamos o ônibus apenas por oito minutos, sim, eu tenho mania de cronometrar as coisas. Aconteceu igual quando viemos, Ed pagando as passagens e nos sentamos próximo a saída.

“Eu tenho essa mania de sentar próximo a porta, para qualquer emergência...” – Disse Ed.

Achei fofo e comecei a rir.

“Mania da sua mãe, não é?” – Eu perguntei.

Ed apenas afirmou com a cabeça e eu ri mais ainda. Fomos brincando de quantos carros vermelhos e azuis encontrávamos, minha meta eram os azuis. Quando chegamos, deu 6 a 4 para o Ed, como são raros carros azuis. Ed me acompanhou até em casa.

“Fica, querido. Eu sirvo um lanche para vocês!” – Disse Mary.

“Fica, fica, fica!” – Insisti.

“Tá bem...” – Ed disse rindo.

Fomos para a sala de jantar e haviam biscoitos e pães em cima da mesa, tomávamos chocolate quente, apesar de eu passar mal depois, mas era muito gostoso. Ed ficou na minha casa por uma hora e depois teve que ir, antes que escurecesse. Dei um forte abraço nele e um beijo na bochecha. Depois das músicas que eles escreveu com a minha presença, beijo na bochecha virou lei para mim. Ele se foi e eu subi para o meu quarto e fiquei rindo, ao lembrar de tudo que havia acontecido nesses dois longos e perfeitos dias.



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Notas finais do capítulo

Tentarei postar dois capítulos amanhã, mas não garanto.
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO *_*
OBRIGADA POR LEREM ♥



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