Sabe quando você odeia tanto uma pessoa que você fica com raiva apenas de vê-la, apenas de ouvir o nome dela? E acreditar que não existem palavras suficientes para descrever esse ódio? Então, é exatamente assim que eu me sinto com relação ao James Potter. Um garoto retardado que se acha só porque é bom em quadribol, pega um monte de garotas tão idiotas quanto ele, e pior, acredita que eu sou boba que nem essas garotas e acha que eu caio de amores por ele e só dou uma de difícil quando recuso os milhares de convites que ele faz pra ir pra Hogsmeade comigo. Idiota.

Pronto, desabafei, esse garoto me perturba até nas férias! Acredita que ele chegou aqui em casa há algum tempo e falou pra minha mãe que ele era meu namorado? É obvio que quando o vi na sala de estar eu o expulsei na hora, e tive que explicar aos meus queridíssimos pais que ele era o maldito Potter que eu tanto odiava. E a minha mãe riu, RIU, e disse:

- Ah Lily querida, eu o achei um fofo, você devia dar uma chance pra ele.

E eu perdi mais uma hora explicando pra ela que ele não quer nada com nada, que ele só quer pegar todas, e eu não vou ser mais um fantoche dele, que eu o odeio, que ele me irrita. E ela continuava rindo! Aí eu me cansei e fui pro meu quarto xingar ele mentalmente.

Mas agora já me acalmei um pouco então posso me “apresentar”. Sou Lily Evans, inteligente, bonita, monitora chefe, passei com ótimo em todos os N.O.M.s, tenho 17 anos, estou na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, pois sou uma bruxa. Pois é, mais ou menos nessa hora que as pessoas ficam assustadas, sim sou uma bruxa, mas não aquelas ogras com verrugas no nariz, credo! Existem bruxas bem bonitas, tipo eu! Sem querer me gabar, claro.

No momento estou curtindo o fim das minhas férias, estamos no dia 19 de agosto e dia 1º de setembro embarco no expresso de Hogwarts. Amanhã vou até o beco diagonal comprar meu material e reencontrar alguns amigos meus, estou morta de saudades.

Olhei para o relógio e constatei que ainda eram 18:32, por isso fui tomar um longo banho, comer alguma coisa e dormir logo, pois amanhã seria um longo dia.

POV JAMES

Sabe quando você ama tanto uma pessoa que você fica feliz apenas de vê-la, apenas de ouvir o nome dela? E acreditar que não existem palavras suficientes para descrever esse amor? Então, é exatamente assim que eu me sinto com relação à Lily Evans. Uma garota linda e inteligente, número 1 na classe que não quer sair comigo só porque acredita que eu me acho por ser bom em quadribol e pegar um monte de garota, não que isso seja mentira sabe, mas ela é diferente, a Lily não é uma boba que nem essas garotas, mas sei que também cai de amores por mim, por mais que negue, ela só dá uma de difícil recusando os meus inúmeros convites pra ir a Hogsmeade. Sorte dela que eu a amo, porque senão já teria desistido há muito tempo. Linda.

Pronto, desabafei, eu não consigo ficar longe dela, foi um milagre eu ter me segurado, ou melhor o Sirius, meu melhor amigo, ter me segurado pra eu não vê-la até agora. Mas tive que ir, não aguentei, aparatei até a porta dela e toquei a campanhia com a esperança de que ela atendesse, mas foi uma mulher bonita de uns 40 anos, de cabelos castanhos e olhos esmeralda, familiares olhos esmeralda, a mãe da Lily. Então apenas a abracei e gritei:

- SOGRINHA!

Mentira, eu não fiz nada disso, eu sou um cara legal, e tenho que conquistar a família dela também! Então dei o meu melhor sorriso maroto e enquanto despenteava meus cabelos disse:

- Boa tarde, você deve ser a senhora Evans, mãe da Lily, certo? – Quando ela assentiu com um sorriso no rosto continuei – Prazer, sou James Potter, namorado da sua filha.

Ok, mentir é feio, ela não é a minha namorada. Mas é quase isso, ela só me odeia mais que tudo! Quase namorados! Mas funcionou, a mãe dela sorriu e me convidou para entrar , foi chamar a Lily e depois de uns dois minutos ela aparece, mais linda do que eu me lembrava, com um vestido soltinho verde, que realçava aqueles lindos olhos esmeralda que brilhavam e me hipnotizavam toda vez que via, emoldurados por um cabelo acaju com leves cachos, tão macios e bonitos. Ela desceu as escadas com um ar confuso, mas assim que me viu ela mudou, aquele ar confuso foi trocado por um ar de amor, ou ódio, tanto faz, ela chegou perto e começou a gritar, com sua delicada voz de trasgo.

- JAMES POTTER! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? E POR QUE DISSE SER MEU NAMORADO,  QUANDO ESSA SERIA A ÚLTIMA COISA QUE EU SERIA? NÃO PODE ME DEIXAR EM PAZ NEM NAS FÉRIAS? MINHAS FÉRIAS DE VOCÊ? VÁ EMBORA GAROTO, NÃO POSSO NEM TER UMA FOLGA DE VOCÊ ME IMPORTUNANDO?

Eu disse, ela me ama!

- Lírio! Quantas saudades! Vamos dar uma volta! Bater um papo, matar as saudades...

- Não! Você é burro ou o quê? Vai embora!

E me apontou a porta, eu dei meu último sorriso maroto e fui embora. Ganhei meu dia! Tudo bem, não foi hoje que ela se declarou para mim, mais isso vai acontecer, e até lá me contento com os berros dela. Pelo menos ela não me bateu! Viu, tenho que ver o lado bom das coisas. Mas eu nem fiquei tão triste em ir embora sem nem abraçá-la ou roubar um beijo, pois no dia seguinte ela iria para o beco diagonal, e eu também, e lá teríamos o dia inteiro para ela se render.