Guerras Imortais escrita por Lívia Nunes


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Quanto tempo que não postava aqui em OB, por motivos claros: sem reviews, sem capítulos. Mas como agora vocês começaram a surgir novamente, como agradecimento fiz um capítulo fresquinho para vocês, realmente gostei bastante dele. As bandas que me inspiraram a escrever esse capítulo foram 30 seconds to mars e Avenged Sevenfold. Sem mais delongas, vamos ao que interessa!



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Meu nome é Ketryn Buckingham, fisicamente falando tenho 19 anos. Mentalmente... Devo ter uns 450, parei de contar quando fiz 120 anos.

Minha história? Apenas mais um de tantos demônios lutando pela sua vida e pelos seus conceitos. Nossa raça não é a do tipo que se deixa levar por qualquer coisa, na maioria das vezes ela luta por qualquer coisa. Escolhi o meu lado nessa guerra, e agora não tem como voltar atrás – mesmo se eu quisesse -.

E com todo o passado e desentendimentos, o conflito bélico continuava, ignorando qualquer outra coisa, passando por cima de qualquer coisa que estivesse em seu caminho. Matando pessoas inocentes, destruindo lares, militares que nunca mais voltariam para suas famílias. Militares que nem sabiam ainda pelo o que estavam lutando.

A Tríplice Entente que havia começado com toda essa sujeira. Os arcanjos – ou também conhecidos como Império Russo, França e Império Britânico – destruíram e devastaram a coligação de nome Potências Centrais, que eram formados pelo Império Alemão, Império Austro-húngaro e o Império Turco-Otomano que na verdade, a cabeça de todos esses Impérios eram grandes Demônios reconhecidos e endeusados por todos de sua espécie. Entre eles – demônios – estavam a trindade que comandavam, respectivamente, Abigor liderando o Império Alemão, Abramelech liderando o Império Austro-Húngaro e Agaures liderando o Império Turco-Otomano. O que o fizeram começar essa guerra ridícula.

Do outro lado da ponte estavam os Arcanjos, Miguel liderando o Império Russo, Uriel liderando a França e Rafael liderando o Império Britânico.

Foi quando a guerra chegou aos meus ouvidos (meados de 1912) que, no mesmo instante, eu já havia decidido em que lado lutar: o meu lado.

Muitos outros demônios menores me caçaram por meses, dizendo-me que eu havia traído minha espécie. Muitos outros me acompanharam e acabei por formar e liderar um pequeno exército com 350 demônios formados e treinados para a luta.

Limpo o sangue da minha adaga de bronze celestial e finco a mesma em meu cinto de couro.

— Katryn, qual será nosso próximo passo? — Vittore Manin diz, sua mão descansada em sua espada bem afiada. Um costume.

 Vittore era o segundo no comando do nosso pequeno exército. Era o instrutor de espadas e era muito bom no que ensinava. Tinha a pele clara e cabelos escuros que caiam sobre os olhos, escondendo um mar castanho intenso.

Desvio os olhos de seu físico definido e troco o peso para o pé esquerdo.

— Iremos para o interior, lá a guerra está começando. — Digo, com a voz forte.

Ele assente e começa a ordenar os outros demônios para que montassem em seus cavalos.

Mossoli, meu cavalo de pelagem negra e crina longa rugiu como resposta.

Quando estava começando a subir nas costas de Mossoli, Vittore bate em meu ombro suavemente.

Viro-me em sua direção bruscamente.

— Ketryn, acho que deveríamos ir para o sul. A luta lá não está tão acesa, mas por esse mesmo motivo deveríamos ir para lá; eles querem pegar a tropa da Tríplice sem que ela saiba disso.

Tenho que admitir; Vittore estava certo. O que ele acabara de dizer fazia todo o sentido, mesmo que eu não quisesse admitir.

Procuro em minha mente algum contra-argumento, mas tudo o que eu encontro é que ele realmente estava certo, e nem mesmo eu poderia ignorar isso.

Estalo a língua no céu da boca para atrair a atenção de Mossoli quando o vejo comendo a grama alta. Cavalos não poderiam comer muito antes de uma longa viagem.

— Você está certo, Vittore; devemos ir para o sul. Dê o comando para os outros e seguiremos viagem agora, não temos muito tempo. — Digo com a voz entrecortada, era difícil admitir que uma vez eu não estivesse certa.

Vejo Vittore se afastar e dar as ordens para os outros demônios enquanto começava a montar em Mossoli, quando novamente, tenho que descer.

Um vulto pálido me tira a atenção nas árvores a minha direita, amarro as rédeas de Mossoli na árvore próxima e saco as minhas duas knife em minhas costas, aproximando-me furtivamente da moita a qual vira o vulto.

Minhas botas de couro batiam levemente contra os galhos secos da relva baixa, fazendo um barulho tão pequeno transformar-se em um eco estrondoso em pleno campo de guerra.

Paro de respirar a fim de diminuir o barulho quando, em apenas um movimento, passo pela moita e vejo um outro demônio que definitivamente não era do meu exército. E se não era do meu exército só poderia ser uma coisa: um dos demônios espiões da coligação Potências Centrais. O que também significava, resumidamente: problemas.

Ataco, correndo em uma velocidade sobre-humana em direção ao outro demônio que também vinha em minha direção.

Ele saca a espada longa e de aparência afiada de seu cinto e lança ela de uma vez ao meu rosto, desvio do ataque, girando uma das knife em uma das mãos e mirando em seu peito.

Ele desvia o meu ataque e pula para o meu lado, avançando um passo e jogando a espada na direção do meu pescoço, mas eu já tinha ideia do que ele faria em seguida e ele o faz: assim que ele acha que eu iria desviar meu pescoço da espada, ele lança a mesma na direção da minha caixa torácica, fazendo-me jogar o corpo para o lado esquerdo e usar o mínimo momento de distração o qual ele achava que sairia vencedor do duelo. Rodo as duas knife nas mãos e lanço uma no meio de seu estômago que voa em alta velocidade e o acerta na direção que tinha previsto. Ele ruge de dor e cai de joelhos da relva. Aproximo-me a passos furtivos do demônio que continuava a rugir de dor.

— Irei voltar do inferno apenas para leva-la de volta comigo! — Ele diz em desespero, os olhos brilhando em um tom vermelho escarlate. Os meus também deveriam estar assim.

Arranco a knife de seu estômago e um rio de sangue trilha um caminho pelas pedras do chão cheio de declines.

— Nós todos já estamos no inferno. — Respondo e com um movimento certeiro e rápido, arranco-lhe a cabeça que rola morro abaixo com uma expressão de horror no rosto.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam do capítulo? Deixem reviews, façam uma autora feliz! XX
OBS: No capítulo anterior eu havia colocado a data de "1916", mas consertei e coloquei "1914", que é a data correta.