Between Love And Hate escrita por Nancy Watson


Capítulo 7
Panic


Notas iniciais do capítulo

OLÁ FINALMENTE hehe
Bom, para começo de conversa: NÃO FOI CULPA MINHA.
1º: além da outra fanfic que eu escrevo, que no momento está em hiatus, eu estou com outros duas na cabeça, ou seja, meu cérebro está prestes á explodir.
2º: inspiração foi pra puta que pariu.
3º: queridos papai e mamãe descobriram umas coisinhas clandestinas que eu andei fazendo, e estou meio que isolada do mundo.
Pois é. Enfim, consegui roubar a senha do wi-fi da vizinha (WEEEEEE), e postarei enquanto puder.
Falo mais com vcs lá embaixo.
Boa leitura.



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Minha cabeça estava uma confusão. Eu me sentia extremamente bem e extremamente atordoado. Não conseguia tirar um sorriso bobo da cara, porém minha mente dizia que tinha algo errado.

— Hey, Redhead. Está com cara de quem fodeu o dia todo, e nem é meio-dia ainda. O que foi? – Perguntou Izzy se juntando a mim em frente a televisão a qual eu não prestava atenção.

— Estou feliz. – Dei de ombros, me sentindo um garoto de doze anos que havia beijado pela primeira vez seu amor platônico.

— Por acaso a causa dessa felicidade é loira e gostosa?

— Como você sabe?

— Vi você indo na casa dela, e julgando pela cara que você foi, e a cara que você voltou, acho que se deu bem.

— Mais ou menos. – Suspirei, lembrando da expressão de Taylor assim que eu parei de beijá-la. A conversa acabou ali. Izzy me conhecia bem, e sabia que eu não falaria mais nada, então se retirou, provavelmente indo para seu quarto se isolar – como sempre. Apesar de vivermos brigando, o cara nunca deixava de ser meu melhor amigo.

E eu fiquei ali. Olhando para a televisão sem vê-la, com abstinência da garota ao lado, sendo que fazia menos de vinte minutos que eu havia a visto. E a beijado. E a abraçado. E a acariciado.

Porra, eu queria mais, muito mais.

Taylor’s POV

Minha respiração descompassada e meu coração frenético me denunciavam. Eu estava apavorada.

Aquela avalanche de sensações me deixara completamente atordoada.

O cheiro de Axl parecia impregnado em mim, assim como o gosto de seus lábios e a sensação de seu corpo delicioso sobre o meu.

Quis gritar. Por quê aquilo me afetara tanto? Por quê eu me encontrava naquele estado? Por quê eu estava louca para ir atrás dele, me jogar em seus braços e terminar o que havíamos começado?

Mil perguntas preencheram minha cabeça, e então meu corpo ardia em raiva.

Como pude permitir que aquilo acontecesse? Como pude me deixar levar?

Como?!

Me sentia submissa, fraca. E o pior: sentia nojo de mim por ter gostado tanto, desejado tanto, por ter sentido algo tão incrível enquanto ele me prendia contra si.

“Faça um favor a si mesma e se permita mais.” Mas que porra ele quis dizer com aquilo? Como eu poderia fazer aquilo?
Se me permitisse mais, com certeza enlouqueceria ou me mataria!

Tentei me acalmar, mas meu coração parecia querer atravessar meu peito. Tive vontade de arrancá-lo, ninguém precisa de um coração. Eu não queria ter um. E não queria querer Axl da maneira que eu estava querendo.

Quis gritar, espernear, chorar, quebrar tudo a minha volta, colocar fogo na casa, qualquer coisa que descarregasse tamanho ódio que eu sentia no momento. Mas eu só conseguia ficar ali, deitada, com sintomas de um ataque de pânico.

Senti um cutucão em meu abdômen e abri os olhos, atônita, com medo de que o ruivo tivesse voltado, mas a imagem de Jamie me olhando como se eu estivesse agonizando, me deixo aliviada.

— Por acaso você deu pro Axl? – Ele perguntou fazendo aquela expressão confusa que eu acharia engraçada se não estivesse prestes a ter um ataque cardíaco. – Ele saiu todo felizão daqui... Você está bem?

Me recompus o máximo que pude, e me sentei com dificuldade.

— Estou. – Minha voz saiu normalmente, menos mal.

— O que houve? – Ele perguntou sentando-se ao meu lado.

— Nada. – Balancei a cabeça, tentando dissipar a vontade de bater em mim mesma.

— Você realmente acha que eu vou acreditar nisso? – Olhei para ele, que tinha o semblante suave, como sempre. Um pouco preocupado, como sempre. Mas ele também queria ajudar, assim como Mark e Ben também sempre faziam. E eu – como sempre – os evitava.

Suspirei, e me atirei em seus braços, sentindo aquele calor e conforto familiar, que eu só sentia nos braços dos “meus meninos”. Lutei com todas as minhas forças para não chorar, e por pouco, venci as malditas lágrimas.

— Do que está com medo? – Ele perguntou muito calmamente.

Eu não soube o que responder. Não sabia porquê me sentia completamente em pânico só de pensar em Axl se aproximando de mim.

Balancei minha cabeça negativamente, sem saber o que falar.

Ficamos ali mais alguns minutos, em silêncio enquanto ele me confortava.

Depois de convencer o baixinho de que eu estava bem, fui para o meu quarto.

Fechei as cortinas o mais rápido que pude, para evitar qualquer tipo de contato visual com o vizinho.

Peguei um cigarro e o fumei nervosa, andando de um lado para o outro compulsivamente.

Eu me lembrava perfeitamente da última vez que havia ficado assim, e posso garantir-lhes que não acabou bem.

Na verdade, na minha vida nada acabava bem. Eu sempre fodia com tudo, e se não fosse eu, algum filho da mãe fazia isso por mim.

Terminei o cigarro rápido demais, e joguei a bagana no chão com fúria.

Eu precisava sair dali, precisava sair da minha mente, de mim.

Peguei alguns trocados na gaveta do meu criado-mudo, e saí de casa apressada. Resolvi não arriscar dirigir, pois ainda estava trêmula, então segui meu caminho a pé.

O sol estava forte, e me causou uma queda de pressão, porém, eu ignorei os sintomas e continuei caminhando sem rumo.

Avistei de longe um barzinho asqueroso, o qual eu já havia frequentado. Os letreiros enferrujados formando a palavra “Zeppelin” tinham um quê de nostalgia. As mesas e cadeiras eram escuras e rústicas, o piso frio era num tom feio de verde, o local fedia á álcool, e os fregueses eram sujos, barrigudos e bêbados. Ignorei os olhares e assovios quando adentrei o recintoe caminhei até o bar, onde pedi uma dose tripla do conhaque mais barato que eles vendiam.

Assim que o pedido chegou em minhas mãos, eu o consumi o mais rápido possível, ignorando a ardência em minha garganta.

— Hey, me consegue mais uma dessas, com um doce. – Pedi. O bom de lugares como aquele é que eles não se importavam em vender LSD ou ecstasy para fregueses menores de idade.

— Tem certeza, garota? – O barman com aparência de uns 50 anos de idade perguntou.

— Absoluta. – Respondi imediatamente.

(...)

Quando saí de lá, o sol parecia estar a centímetros de mim, o chão parecia estar pulando e meu estômago parecia querer caminhar dentro da minha barriga.

Mas o maldito Axl Rose não saía da minha mente, assim como seu cheiro não saia de minhas narinas, nem seu toque saía da minha pele.

Sucumbi no meu ódio. Não sei como aconteceu, mas quando dei por mim, estava no meio da rua, encarando o carro vermelho que via em minha direção.

Não consegui ter uma reação sequer, apenas fiquei ansiando pela dor física, esperando que quando ela se projetasse em meu corpo, sairia da minha mente.

Fechei os olhos, esperei, mas nada senti.

Ao olhar de novo, vi que o carro estava parado bem em minha frente, e um homem de meia idade, terno e gravata e um semblante irritado gritava coisas que me pareciam desconexas.

— VOCÊ ESTÁ LOUCA, CRIATURA? – Foi uma das coisas que consegui compreender enquanto ele vinha em minha direção. – EU PODIA TER TE MATADO!

“Pena que não o fez”, disse uma voz em minha mente, porém eu ignorei.

O homem respirou fundo, e se acalmou.

— Olha, tá na cara que você está chapada, então, tente me dizer onde mora que eu te levo para casa. – Ele pegou meu braço delicadamente e me guiou até o carro, me pondo sentada no banco do passageiro. Ele deu a volta, entrou no veículo e começou a dirigir. – Só tenho que ir a um lugar antes.

Axl’s POV

Da janela da sala, vi Taylor saindo de sua casa, estranha.

Dei um suspiro ao ver ela se distanciar com passos largos.

Algum tempo depois, fui para o jardim fumar. Me sentei embaixo da árvore média que havia ali, por causa da sombra.
Não sabia se o dia estava realmente bonito ou se ainda estava sob os efeitos da felicidade que eu sentira antes.

Traguei demoradamente, sentindo a fumaça invadir meus pulmões prazerosamente. Soltei-a olhando para o céu azul que me fez lembrar os olhos tristes de Taylor. Um arrepio subiu pela minha espinha ao lembrar de sua pele sob minhas mãos.

Perdido nas recentes lembranças, mal percebi que o Impala vermelho de John, empresário da banda, acabara de estacionar em frente a nossa casa.

Me levantei, indo em direção ao pequeno portão, e dentro do carro dele, vi uma loira conhecida até demais. Ela parecia aérea, olhando para o teto do veículo com os olhos vidrados.

— MAS QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ELA? – Me exaltei quando ele já estava em minha frente.

— Ah, você a conhece? Ela se meteu no meio da rua e eu quase a atropelei. Está drogada, vou a levar para casa. – Ele deu de ombros e eu fiquei parcialmente aliviado.

— Como assim se meteu no meio da rua?!

— Pelo estado em que ela se encontra, meu caro, diria que ela queria se machucar. – Ele respondeu num tom de reprovação.

Olhei para a garota, que continuava encarando o teto. Ele deve ter percebido o meu olhar sobre ela, e me fitou.

Se olhar estava cheio de angústia, ela parecia querer chorar. Suspirei. Não havia gostado nem um pouco de ver aquela cena.

— Tudo bem, ela é minha vizinha. – Eu falei sem desviar os olhos dela.

— Ah, então me faça o favor de dar um jeito nela. Eu preciso falar com meu baterista preferido. – Ele falou ironicamente, e passou por mim com o peito estufado, como sempre andava.

O olhar de Taylor estava começando a me intimidar, mas eu ignorei isso e comecei a me aproximar.

— Não ouse dar mais um passo, Rose. – Ela disse com uma voz vazia, sem expressar nenhuma emoção.

— Então saia do carro e vá para sua casa. – Eu disse com um tom suave.

Ela suspirou. Olhou para baixo, e abriu a porta. Cambaleou para fora do veículo. Fechou a porta atrás de si, e com os olhos fechados, se escorou ali, parecendo estar sem forças.

— Precisa de ajuda? – Perguntei, cauteloso.

— Não. – Ela respondeu seca. – Eu não preciso da sua ajuda, nem da de ninguém, ok?! Se poupe. – Ela sibilou a última frase, e caminhou desajeitadamente para sua casa, tropeçando no caminho.

Com certeza falaria com Ben mais tarde sobre as atitudes dela, porque se ela não parasse logo, acabaria se prejudicando, e eu não estava disposto a deixar que isso acontecesse.

 


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Notas finais do capítulo

Então. Queria agradecer IMENSAMENTE ás queridas Ana Júlia e Garota De Camelot. Sério, quase chorei com as recomendações, MUITO OBRIGADA.
Não demorarei com o próximo cap, já comecei a escrever, etc.
Tentarei responder aos reviews.
Tchau, queridas, beijos ♥