Straight Through My Heart escrita por WaalPomps


Capítulo 13
Cap. 12 - Past, present and future


Notas iniciais do capítulo

MAOEEEEE!!
Demorei mas chegueeeeei. Tudo bem minha gente mais linda?
Capítulo ENOOOORME, cheeeeeio de perguntas e bom, bora por um pouco do romance para andar né? hihi'
Até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/267152/chapter/13

Noah P.O.V

_ Já pedi desculpas por te derrubar no lado Rachel, que saco. – resmunguei enquanto a ouvia gritar mais um sermão. Nossa sorte foi que, no meio do chilique, ela não percebeu nada de diferente com a minha atitude com Charlie.

_ Você é meu noivo Noah, tem que me ajudar com isso. Eu estou tentando conseguir o divórcio para que possamos nos casar, mas não vai rolar se você não der uma força enquanto eu realizo essas atividades horríveis. – reclamou ela e eu bufei.

_ Rachel, honestamente, eu não vou servir para nada nessa empreitada. Seja lá o que esse cara tem na cabeça, é com você. Nem eu, nem Quinn, nem Santana podemos ajudar, me desculpe.

Ela bufou contrariada e entrou no banheiro, mas ela sabia que eu estava certo. Hoje sairíamos todos para jantar e Finn pediu que fossemos bem arrumados. Conversei com Hans e ele disse que bem arrumado aqui na região seria um casual nos EUA. Mas Rachel não quer nem saber.

_ Não tinha mais nada dourado para usar? – perguntei quando ela saiu do banheiro pronta.

_ Você que está muito simples meu amor. Jeans e camisa é algo tão... Urgh. – horrorizou-se ela.

_ Rachel, nós estamos LITERALMENTE no meio do nada. Você acha mesmo que vai ter algum lugar chique o bastante para ir assim? – perguntei apontando a roupa dela, que deu de ombros.

_ Jamais desço do salto Noah, lembre-se disso. – declarou ela saindo do quarto. Eu simplesmente bufei e fui atrás.

Lá embaixo, todos já nos esperavam. Charlie usava um conjunto infantil muito fofo, todo lilás e falava a Hans sobre suas botas da Barbie. Quinn e Santana conversavam entre si enquanto Sam falava ao celular.

_ Qual é o visual ‘rebelde sem causa’ ai Santana? – perguntou Rachel e a morena deu de ombros.

_ É assim que eu vou às festas quando serei DJ... E você? Foi atropelada pelo caminhão de um minerador de ouro? – perguntou Santana fazendo eu e Quinn rirmos do bico de Rachel.

_ Só estou indo bem arrumada. Vocês que estão casuais demais. – reclamou ela – Poxa Di, precisa de uma bolsa dessas?

_ Tente levar tudo que uma menina de cinco anos possa vir a precisar e você vai ver que essa bolsa ainda é pequena. – justificou a loira.

_ Todos prontos? – perguntou Finn se aproximando sorridente. Rachel bufou ao ver que, assim como eu, ele usava jeans e camisa – Qual é Sam, não precisava de tanta formalidade, é um jantar casual. Tira essa gravata.

Só então percebi que o loiro usava uma gravata, terno e blaser. Ele olhou Finn que apenas balançou a cabeça e tirou o terno e a gravata, entregando a Hans.

_ Bem melhor. – elogiou Santana – Até parece que não é um engomadinho.

_ Vocês dois adoram se provocar hein? – perguntou Finn rindo – Bom, vamos logo que não quero perder a reserva. Charlie, gostaria de ser minha acompanhante?

_ Posso mamãe? – perguntou a pequena e Quinn riu.

_ Voltando para casa antes das dez. – brincou a loira e Charlie riu, pulando no colo de Finn – Oh, mas espere. Eu acho que vamos para o mesmo lugar.

_ Ora, então seja minha acompanhante também. – propôs Finn – E você também Santana.

_ Pedindo com tanto jeito, não tem como recusar. – riu a morena, enquanto ela e Quinn davam o braço a Finn.

_ Hey, e eu? – perguntou Sam entrando na brincadeira – Finn já tem três acompanhantes poxa.

_ Eu cuido do engomadinho. – brincou Santana se afastando e dando o braço para o loiro que riu – Pronto, todos têm seus acompanhantes.

Os dois ‘casais’ começaram a sair, enquanto eu observava embasbacado Quinn e Charlie interagindo com Finn. Rachel ao meu lado, parecia indignada, mas por outro motivo.

_ Ele nem comentou minha roupa ou disse que estou bonita. – reclamou ela e eu revirei os olhos, começando a andar.

_ Vamos terminar esse jantar logo vai.



Quinn P.O.V

Como Finn sabe que eu e Charlie não comemos carne de porco, e aqui na Alemanha se come muito dela, ele nos levou a um restaurante bem diferente.

_ Caranguejos? – espantou-se Rachel assim que paramos o carro e Finn riu.

_ É o restaurante mais chique da região. Não existe muita carne de caranguejo nessa região, então é um lugar muito requisitado. Foi difícil conseguir reservas, mas sou amigo do dono e ele quebrou um galho.

O lugar era bem quente, considerando que estava relativamente frio lá fora. Todos tiraram seus casacos e Rachel ficou horrorizada por não ter ninguém para guardá-los.

_ Chamam isso de lugar chique? – sussurrou ela para mim e eu ri. Havia várias mesas longas de madeira e as pessoas comiam com babadores do local, porque caranguejo faz muita sujeira.

Nos sentamos e pedimos dois baldes de caranguejo, além de alguns bolinhos de siri que Charlie quis experimentar. O garçom chegou trazendo os babadores, que Noah e Finn logo colocaram para fazer graçinha.

_ Olha Charlie, assim parecemos mais criança que você. – brincou Noah, fazendo com que minha filha lhe mostrasse a língua.

_ Muito engraçado tio Noah, estou morrendo de rir. – disse ela, fazendo todos rirem.

Quando afinal a comida chegou, todos pareceram perdidos por alguns instantes.

_ Como se come isso? – perguntou Santana apanhando um dos bichos e segurando diante dos olhos.

Finn explicou o que ele sabia, já que também não era nenhum expert. Logo, todos conseguíamos comer relativamente bem e nos alternávamos em ajudar Charlie, que não tinha muita força. A única exceção, é claro, era Rachel.

_ Minhas unhas estão ficando destruídas e não tem manicure nesse fim de mundo. – choramingava ela, já que o combinado era que não ficassem em Bremen, mas sim em Weyhe ou Riede, dependendo da vontade de Finn. No hotel, só podíamos realmente passar a noite. Digo, ela só podia passar a noite. Ou pelo menos assim achávamos.

_ Relaxa, eu tenho um produto em casa que vai ajudar a tirar isso. – tranqüilizou-a Finn, enquanto chupava as patas do caranguejo.

_ Como se eu fosse para a sua casa. – resmungou Rachel e ele riu.

_ Mas você vai. – nós todos olhamos espantados e ele riu novamente – você claramente pensou que ia ficar naquele hotel chique, cheio de mordomias? Nada disso docinho. Como eu disse, se quer que eu assine aqueles papéis, vai ter que ralar.

_ Noah. – choramingou Rachel nervosa, mas o noivo apenas deu de ombros.

_ Desculpa Rachel, mas eu não posso bater nele até ele assinar os papéis. – lembrou o homem e ela bufou.

_ Posso dormir na casa do tio Finn também? – pediu Charlie e Finn riu.

_ Vamos fazer assim: amanhã vocês voltam com a mala da tia Rachel, passamos o dia juntos e a noite você pode ficar conosco. Que tal? – propôs ele – Isso é, se vocês quiserem nos acompanhar amanhã.

_ O que está nos planos do dia? – perguntou Santana e Finn sorriu amarelo.

_ Bom, nós temos uma horta do orfanato, de onde tiramos a maior parte dos alimentos para economizar dinheiro. Fica numa estufa a pouco mais de vinte minutos da minha casa. Eu pretendia levar o docinho ai lá amanhã, para me ajudar a colher as coisas... – explicou ele.

_ Por mim to dentro. – disse Sam prontamente e todos o olhamos – Qual é gente, não vai ser nenhum sacrifício ajudar com a alimentação das crianças.

_ O bocudo ta certo. – disse Noah – Já pode contar com dois pares de braços.

_ Três. – comemorou Charlie.

_ Acho que você é meio par tampinha. – brincou Santana – Mas pode contar comigo também.

_ Idem. Vai ser legal mexer na horta. – concordei dando de ombros.

_ Me tira fora dessa. – reclamou Rachel – Eu, mexendo em horta? Você ta maluco?

_ Qual é tia Rachel, vai ser legal. – pediu Charlie e minha amiga a olhou como se ela estivesse maluca.

_ Bom, eu já estou cheio. – disse Finn – Podemos pedir a sobremesa logo? Não quero chegar tarde em casa.



Finn P.O.V

O pessoal deixou a mim e a patricinha na minha casa e foram para o hotel com o carro, já que teriam que voltar para cá amanhã de todo jeito. Assim que entramos, Rachel foi logo mandando.

_ Eu tomo um banho com água quente antes de dormir, com sais e espuma. E preciso de lençóis de pelo menos mil fios para dormir. E ventilação adequada, ou meus poros ressecam. Oh sim, e pelo menos três travesseiros.

_ O chuveiro é no segundo andar, só cuidado que a cortina está emperrada. Não sei quantos fios tem os lençóis que eu comprei no brechó semana passada, a ventilação aqui na sala é muito boa e o sofá tem três almofadas, pode usá-las como quiser. – respondi indo até a cozinha, onde ela me seguiu indignada.

_ Você disse sala? Cortina de chuveiro? – horrorizou-se ela – Você está brincando comigo né?

_ Eu te disse docinho, isso não é um hotel chique e cheio de mordomias. É minha casa, minha simples e humilde casa. – lembrei a ela – Tem toalhas no armário do banheiro e eu vou providenciar uma camisa para você dormir, porque acho que esse vestido não será muito confortável.

Subi para meu quarto, ouvindo-a batendo os pés atrás de mim. Ela bateu a porta do banheiro me fazendo rir e eu fui até o armário, abrindo e procurando alguma camisa velha. O que achei na verdade foi uma mala que há muito não abria e nem queria abrir, mas não consegui resistir.

O cheiro de flores e lavanda impregnou o quarto assim que abri a tampa e os tecidos rosa e lilás começaram a deslizar por meus dedos, fazendo meus olhos ficarem molhados. Achei um pijama com ursos e sorri, retirando da mala e fechando-a novamente, colocando de volta no armário.

Coloquei o pijama na porta do banheiro e desci com alguns lençóis, montando uma cama no sofá e indo a cozinha preparar chá. Pouco depois, ouvi passos na escada e vi Rachel descer vestida com o pijama, parecendo confusa.

_ Sua cama está pronta madame, assim como uma xícara de chá. Não demore a dormir, porque amanhã acordamos cedo. – eu disse rapidamente, apanhando minha xícara e indo para a escada.

_ Finn... – chamou ela em voz baixa e eu me virei – De quem era esse pijama?

_ Da minha irmã... Boa noite Rachel.



Santana P.O.V

_ Fiquei surpresa com sua atitude hoje engomadinho. – eu disse saindo do banheiro após o banho. Aqueles caranguejos realmente fazem uma grande sujeira.

_ Do que está falando traste? – perguntou ele, já de pijamas e sentado na mesinha com seu laptop. Eu revirei os olhos, indo até ele e fechando o computador – Hey.

_ Exatamente o oposto disso. Quando você se ofereceu para ir ajudar na horta. – respondi – Qual é Sam, a única coisa que você faz é ficar em frente a esse computador falando com sua secretária, ou saindo conosco e ficando bravinho porque a Quinn não te dá bola. Se bem que hoje você parecia mais relaxado.

_ Estou começando a considerar o que ela disse. – ele admitiu com um sorriso triste – Talvez esse tempo seja bom para pensarmos no que queremos realmente.

_ Sem melodrama bocudo. – pedi o puxando pela mão até sua cama – Agora deite que nem um bom garoto e durma, porque amanhã temos muito que fazer está bem?

_ Santana? – chamou ele e eu me virei rápido demais, sem perceber que ele havia se levantado novamente. No susto esbarramos e nossos lábios acabaram se tocando. Ficamos imóveis, um olhando para a cara do outro, até que eu me afastei e entrei debaixo das cobertas.

_ Boa noite engomadinho. – disse rapidamente, fechando os olhos.

_ B-b-boa noite traste. – ele disse, lentamente enquanto apagava seu abajur.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso ai gente. Espero que tenham gostado. Até assim que possível (se Deus quiser logo) e comentem, perguntem, vocês sabem que eu amo ouvir vocês *---*
http://ask.fm/WaalPompeo