Guerra Fria escrita por Joan Missing


Capítulo 11
Capítulo 11 - Maldita motocicleta!


Notas iniciais do capítulo

Oiiie, mais um capítulo pra vocês! Eu espero que gostem.
Boa leitura amadinhas!



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POV Valentina

A semana passou mais lenta impossível. Brigas com o guerrilheiro, compras, aulas chatas, compras, brigas com o guerrilheiro, é mais brigas, conversas intermináveis com o Jonnatan e preparativos pra minha amada viajem, e a melhor parte dela, duas semanas sem ver aquele sorriso idiota do guerrilheiro, preciso dizer que to amando isso??

Suspirei e me joguei na cama. Amanha é o dia, Cancun ai vou eu! Rolei até meu telefone e liguei para a minha baixinha preferida.

– Oi flor do dia! - Lennon disse com a voz doce - Tudo preparado pra nossas férias?

– Falta só colocar minhas ultimas comprinhas nas malas! - Nós rimos - E você e o Rob, já arrumaram tudo?

– Eu já arrumei tudo, acabei de falar com o Ian, ele disse que tava tudo pronto. E o Rob eu não sei, Luna que ficou de checar.

– Luna? Ian? Como assim? - Perguntei sem acreditar -

– Sim, vai todo mundo! Tu não sabias?

– NÃO! - Gritei - Porque ninguém me disse?

– Ah, Valente, tu praticamente sumiu esses dias, foi tudo de ultima hora.

– Ah, ok. Vou ter que desligar, tchau. - Falei desligando o telefone -

Era só o que me faltava, eram pra ser duas semanas pra eu colocar tudo em ordem. Tirar aquela imitação do Che do Paraguai da minha cabeça, sem brigas ou nada do tipo. Era pra ser a minha viajem. Bufei e gritei chamando a Guida, que apareceu segundos depois perguntando o que eu queria. Pedi pra ela fazer uma vitamina de cajá e me trazer junto com algumas torradas.

Liguei a Televisão e fiquei assistindo um filme ridículo de amor. Até parece que essas coisas acontecem na vida real, puuf! Revirei os olhos e terminei de comer o que Guida tinha trazido. Meu celular tocou, Jonnatan.

– Oi Pantera! - Ele disse com aquela voz irresistível - O que tá fazendo?

– Assistindo um filme idiota e você?

– Acabei de chegar da faculdade, agora é férias! - Ele riu - Só eu e você. O que vai fazer amanha?

– Amanha? - Dei uma pausa, suspirei e disse a ideia maluca que veio na minha cabeça - Você quer ir pra Cancun?

– Você vai pra Cancun? Amanha?

– Vou.

– Foi muito em cima da hora, não acha?

– Vamos Jonnatan, vai ser legal!

– Tudo bem princesa.

– Ótimo, eu vou pedir pra te mandarem todos os dados do voo, a gente vai ficar no VW Cooper resort e spa, do meu pai, não se preocupe em procurar.

– Te encontro amanha então.

Ele falou e eu desliguei o telefone e no time perfeito Lennon, Luna, Rob e o pangaré entraram no meu quarto.

– Mas que invasão é essa? - Perguntei incrédula -

– Deixe de drama! - Lennon disse séria - Quem era no telefone? Pra quem você vai mandar os dados do voo?

– Jonnatan - Eu disse e o pangaré ficou vermelho e fechou a mão em punhos, Rob arregalou os olhos, Luna ficou nos olhando como se não tivesse entendendo nada e Lennon me olhou chateada -

– Eu não acredito que chamou ele, Valentina Cooper! Ele é um cretino, desgraçado, bêbado e idiota! Será que não ver isso?

– Ele é um cara legal, por trás de tudo isso. - Disse e o guerrilheiro gargalhou -

– Cara legal, patricinha? Sério? - Ele falou me encarando e eu revirei os olhos. Eu sabia porque ele me olhava sério. Mas o Jonnatan realmente se arrependeu do que fez, eu sei disso. Eu acho -

– Cala a boca! - Disse revirando os olhos - O que querem?

– Viemos te chamar pra comer pizza. Mas perdi a vontade. - Ela disse fazendo drama -

– Eu falei que era melhor deixar a patricinha aqui, ela siempre arruina tudo! - Ele disse revirando os olhos e eu joguei meu travesseiro nele -

– Idiota. Eu vou, esperem só eu me trocar.

Levantei da cama e fui até o meu closet amado e fechei a porta, deixando eles do outro lado. Dava pra ouvir a risada estridente do Rob, as reclamações do querrilheiro, os comentarios ironicos de Luna e as palminhas da Lennon. Me vesti (*http://weheartit.com/entry/42980252/via/mmissing_) em tempo recorde, coloquei uma bota cano alto de salto marrom e passei uma maquiagem leve, marcando os meus olhos. Assim que sai chamei a mucama e pedi para ela enviar os detalhes para o Jonnatan.

Nós saímos de casa e fomos para o mesmo restaurante de comida italiana que eu fui com o Jonnatan um dia depois do incidente. Eu, Lennon, Luna e Rob fomos no carro do grandalhão e o socialista falsificado naquela moto ridícula dele. Demoramos um pouco para chegar lá, o transito de NY está cada vez mais caótico! Rob passou o tempo inteiro fazendo gracinhas dentro do carro, dublando um cd da Katy Perry. Quando nós chegamos o guerrilheiro já estava lá sentado em uma mesa, flertando com uma das garçonetes. Tem coisa mais ridícula? Bufei e fui para o lado dele. Assim que me viu a garçonete se despediu e saiu dali deixando um pedaço de papel com ele.

– Que coisa mais ridícula! - Falei pegando o papel da mão de pangaré -

– Tá com ciúmes patricinha? - Ele perguntou com aquele sorriso maldito estampado no rosto e eu gargalhei -

– NUNCA! - Disse me sentado -

O jantar foi bom, apesar das constantes discussões e da pouca vergonha do guerrilheiro com aquela mucama de quinta. Arg, e não, eu não estou com ciúmes desse maldito.

– Vamos embora? Amanha temos que acordar cedo, o avião sai as 8h! - Rob disse serio pedindo a conta -

– Pode ser, ursão. - Rob corou com o apelido que Luna o chamou e todos riram -

– Ursinha isso é só entre a gente! - Ele disse - Bom, o Miguel pode deixar a Valentina em casa já que é caminho. Eu deixo a Lennon e a Ursinha vai dormir lá em casa.

– Como é que é? Eu não vou subir na garupa daquela moto ridícula! - Disse irritada -

– Ridícula? La poderosa é a mejor motocicleta que existe en la tierra... - Ele foi interrompido por Luna -

– Vamos parar de criancice? Vocês não têm mais sete anos! Você vai com o meu hermano e ponto Valentina. Daqui que você consiga achar um taxi nesse horário já vai ser a hora de irmos para Cancun. E você Miguel pare com essas implicâncias bestas. - Ela bufou - Agora vão!

Bufei e paguei a minha parte da conta, assim como o pangaré, e fomos atrás daquela moto ridícula dele pelo estacionamento. E adivinha só? Não estávamos achando.

– Porra, como tu esquece onde estacionou aquela geringonça pangaré. - Disse com raiva -

– Cala a boca patricinha! - Ele disse irritado - Não aguento mais você reclamando! É só isso que tu sabes fazer?

– Se você fosse um pouquinho mais esperto eu não precisaria estar aqui, com você, nesse frio desgraçado, procurando uma moto estúpida! - Falei com a voz um pouco alta -

– Te cala! - Ele gritou -

– Não, eu me calo se eu quiser! - Disse e ele parou de caminhar virou para mim, do nada, o que fez com que eu me esbarrasse nele -

Ele estava vermelho de raiva, suas mãos estavam fechadas e por um momento eu tive um pouco de medo do que fosse acontecer. Mas então sua expressão mudou, ele olhava fixamente nos meus olhos, eu me arrepiei quando ele colocou suas mãos em minha cintura, e se aproximou mais de mim. Eu não conseguia me mover, eu não queria. Ele foi diminuindo cada vez mais a distancia que existia entre nós, eu senti uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo quando ele encostou os seus lábios nos meus, minhas pernas ficaram bambas e minhas mãos foram automaticamente para os seus cabelos, puxando-os. Sua língua pediu passagem e eu cedi sem nenhuma resistência. Começou leve e foi se tornando cada vez mais urgente, nós estávamos na mesma frequência, por mais clichê que isso pareça. Suguei sua língua lentamente ele fazendo-o gemer de leve. Então comecei a sentir a chuva caindo e a sanidade pareceu voltar em minha cabeça e eu me afastei bruscamente dele.

– Quem você pensa que é pra fazer isso?! - Disse incrédula - Seu idiota!

– Vai dizer que você não gostou, patricinha? - Ele disse cínico - Só assim pra você passar mais de um minuto sem reclamar! Agora vamos sair daqui, porque se não vamos ficar doentes! - Ele disse me puxando pra uma parte do estacionamento que era coberto. -

Eu sentei na única cadeira que tinha no local e o guerrilheiro ficou em pé ao meu lado, olhando pros lados atrás daquela maldita moto. Ele estava incrivelmente sexy com aquela roupa molhada. Tirei esse pensamento da minha cabeça antes que eu perdesse a minha sanidade novamente e fizesse uma besteira. Abri minha bolsa e peguei meu celular, que estava sem sinal, pra variar.

– Achei! - Ele disse me assustando e eu o olhei com raiva - Espera ai que eu vou trazê-la para cá. Assim que a chuva passar nós vamos embora.

Ótimo. Era tudo que eu precisava, mais tempo com o pangaré maldito. Ele saiu correndo em direção a moto e eu pude ver o formato do seu corpo pela camisa molhada. Suspirei. Eu ainda estava com a sensação dos lábios do guerrilheiro nos meus, com o gosto dele na minha boca. Porra Valentina, você não pode gostar desse pangaré! Bufei e vi a moto se aproximando de mim. Ele estacionou na parte coberta, desceu e sentou encostado em uma coluna, um pouco longe de mim.

Ficamos uns quarenta minutos esperando, sem falar nada. Eu não conseguia parar de pensar no que havia acontecido e isso estava me enlouquecendo, o guerrilheiro não mexe tanto assim comigo, ele não pode. Foco Valentina Cooper, ele é um socialista hipócrita, grosso, antiquado e arrogante! Ele não te merece. Suspirei.

– A chuva passou - Ouvi a voz rouca - Você vem ou não?

Olhei para o lado e ele estava do lado da moto. Eu levantei e fui até lá, montando na garupa.

– Segura firme patricinha! - Ele disse dando partida de uma vez na moto, me fazendo apertar sua cintura com força. Ele gargalhou -

Nos chegamos rápido na minha casa, ele guiava a moto feito um louco passando pelos carros em uma velocidade muito alta. Eu vi a minha morte, no mínimo, umas dez vezes. Ele parou em frente a porta e eu desci um pouco zonza.

– Sonhe comigo, patricinha! - Ele disse antes de sair -

– Nunca, pangaré maldito! - Disse mais pra mim do que pra ele -



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Notas finais do capítulo

Reviews?? Digam o que acharam!
Até a proxima.