O Projeto escrita por Katniss


Capítulo 4
O beijo


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado pelos lindos comentários! Eu amei lê-los.
Como prometido aqui está mais um capitulo, e eu espero que vocês gostem!



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apitulo 2 – O inicio.

#Final de setembro, quatro semanas: Dois meses.

                   Ela estava com dois meses de gravidez segundo seu calendário maluco de gravidez e mesmo com o passar de um mês, equivalente a dois meses de gravidez, ela continuava ainda sem vontade de comer, porém com a persistência de Harry e às vezes de Ron, ela comia todas as suas refeições diárias. Seus enjoos matinais sumiram, ela tinha pensado que duraria mais, não que ela estivesse reclamando, lógico.

                   Durante as aulas de Convivência Familiar, Professora McGonagall juntou todas as duplas, porém nem ela nem Malfoy se dirigiram a palavra. Durante suas primeiras aulas eles estavam aprendendo a trocar frauda e com o fim do primeiro mês, eles estavam aprendendo as diferentes tipos de posição para se segurar um bebê. Os meninos não estavam se dando muito bem nessa aula. Malfoy na verdade nem tentou prestar a mínima atenção no que era dito.

                    Às vezes ela tinha a sensação de que ele a estava observando, mas poderia ser somente isso, uma sensação. Não que ela quisesse que ele estivesse a observando, é claro. Ela não ligava.

#Outubro: Duas semanas: Três meses

                   Com três meses de gravidez seu corpo começou a finalmente mudar. Ela não era igual às outras meninas que exibiam seus novos seios cheios, ela nunca fora igual a elas, mas agora sozinha no banheiro dos prefeitos, se olhando nua no espelho, ela notou que seus seios que antes eram de um tamanho proporcional ao seu corpo haviam aumentado drasticamente em um curto período de tempo. Sua barriga, que há um mês e duas semanas não possuía nenhuma gordura, agora possuía um pequeno relevo.

                   Foi lindo.

                   E foi aí, naquele dia e naquele banheiro dos prefeitos que ela percebeu que havia realmente um bebê crescendo dentro dela. Nessas seis semanas de gravidez a sua ficha ainda não havia caído, mas vendo o pequeno relevo ali formado trouxe lagrimas aos seus olhos. Em oito meses e meio ela estaria segurando um bebê. Sim, esse bebê seria filho de Malfoy, em parte, mas também seria seu.

                    Esfregando a mão em seu abdômen e sorrindo ela colocou sua roupa e ainda chorando, pegou seus livros e se dirigiu a biblioteca para começar a ler finalmente o livro “o que esperar quando se está esperando”.

~

                   Já havia se passado um mês e duas semanas desde que ele havia descoberto que sua parceira de Convivência Familiar seria Hermione Granger. Blaise, seu melhor amigo e confidente, o havia dito para dar-lhe uma chance, já que ela de alguma forma seria uma parte desse trabalho e se ele queria uma vida longe de seu pai, do seu dinheiro e o Lord das Trevas, se ele queria ter uma vida só dele, sem amarras, ele teria que passar naquele teste, e se ele queria passar naquele teste, ele precisaria ajudá-la.

                   Depois de ouvir o sermão de Blaise ele passou a observá-la mais, a fim de entender o que se passava pela cabeça da Princesa da Grifinória. Ela era tão complexa.

                   Às vezes quando ele a observava de longe, na mesa da Sonserina no horário das refeições ela tinha uma expressão tão triste, tão deprimida, tão desanimada. Mas então depois quando ele a via em sala de aula ela fica realmente alegre do nada! Isso realmente o confundia muito.

                   Durante suas aulas de Convivência Familiar ele pôde observá-la mais vezes, de perto. Ele sabia que ela o via a observando, mas ele não ligava. Ele precisava estudá-la para enxergar algumas coisas que antes ele não enxergava, como por exemplo, o quão bonita ela olhava quando ela estava mordendo seu lábio inferior, que ela fazia quando estava pensando – o que era quase toda hora, levando que ela era, Hm. - Ou como seus olhos brilhavam de excitação quando um professor fazia uma pergunta que ela já sabia a resposta, – De novo, o que era sempre, levando em conta quem ela era - ou como ele não havia percebido que o cabelo dela já não era mais aquela massa espessa que costumava ser quando eles eram mais novos. Não, agora seu cabelo caía sobre seus ombros em lindos cachos formando uma cascata que ele se viu imaginando como seria tocá-los. Ela era tão bonita...

                   Não.

                    Ela não era bonita, ele não podia pensar nela assim. Ela era uma sangue-ruim e ele era um Malfoy, e Malfoys não se misturam com a sujeira. Ela não era nem digna de estar no mesmo cômodo que ele...

                   Ou será que isso não era o certo de se pensar? Na sua vida inteira seus pais o ensinaram que eles, os puro sangues, eram melhores que todos os outros e que nascidos trouxas eram nada, mas a sujeira.

                   Mas se ele fosse ser lógico, esse tipos de pensamento de seus pais só fizeram com que eles se dessem mal, e para piorar eles ainda o levavam para o mesmo caminho que eles se encontravam!

                    Se seus pais não fossem preconceituosos ele teria uma vida mais feliz, uma infância onde ele não teria que comparecer a festas estúpidas de puro sangues estúpidos que não tinham mais nada para fazer do que fazer coisas estúpidas. Se seus pais não fossem preconceituosos, o Lord das Trevas não estaria o obrigando a cumprir uma missão suicida com essa de matar Dumbledore. Se seus pais não fossem preconceituosos, ele poderia amar uma mulher e então se casar com ela e ter uma família feliz e não um casamento arranjado sem amor onde ele só teria um filho para que ele pudesse deixar sua herança. Seria seus pais errados todo esse tempo?

                   Seria ele errado em seguir seus pais, principalmente seu pai, todo esse tempo? Ele estava errado quando tudo que ele mais queria era ser igual ao seu pai? Ele estava errado quando ele ridicularizou Hermione Granger quando ela era, obviamente muito melhor que ele em tudo?

Sim.

                   Sim, ele sabia que ele estava errado em tudo, assim com seus pais eram. Nada mais fazia sentido nesse mundo. Como ele pôde pensar que uma nascida trouxa como Hermione Granger não era digna de estar em Hogwarts quando ela era a bruxa mais inteligente do século? – E ele estava até começando a achá-la realmente muito bonita. – Céus, como ele estava errado todo esse tempo.

                   Levantando de sua cama, ele saiu correndo pela sala Comunal da Sonserina afora a procura de Hermione. Ele não se importava se já estava tarde e ela provavelmente estava dormindo. Ele só sabia que ele deveria pedir desculpa a ela, e dizer-lhe que ele queria realmente ajudá-la no trabalho e talvez, quem sabe, se ela o perdoasse começar uma amizade com ela.

                   Ele precisava mudar. Ele não era seu pai e nem ele queria ser. Ele era sua própria pessoa e se dependesse dele, a partir daquele momento ele iria ser uma pessoa melhor. Ele mostraria a Lucius que ele não era ele.

                   Ele estava virando uma esquina quando de repente alguém surgiu na sua frente, fazendo com que ele caísse em cima desse alguém.

                   - Hey – Resmungou, franzindo a testa que doía por causa do impacto – Olhe por onde and... Granger!

                   - Ã? – Perguntou ela meio confusa, por causa do tombo – Ah, Malfoy. Oi.

                   - Granger, eu te machuquei? Você precisa ir pra enfermaria? Ta vendo meus dedos? – Gritou abanando a mão na sua frente.

                   - Ai Malfoy, não há necessidade de gritar, eu não sou surda. – Retrucou. – E tira essa mão daí! – Bateu na mão dele.

                   - Granger, não recorra a violênci... Por que você estava chorando?

                   - E por que você não consegue terminar suas frases?

                   - Não mude de assunto Granger, porque você estava chorando?

                   - E desde quando você se importa? – Retrucou enquanto se levantava do chão.

                   - Eu não me importo – Respondeu e logo ele se arrependeu da escolha de suas palavras.

                   - Então saía da minha frente Malfoy – Rosnou Hermione tentando passar por ele, mas ele agarrou seu cotovelo, fazendo-a voltar e encontrar seus olhos azuis acinzentados. – O que foi?

                   - Por que você estava chorando Hermione? – Sussurrou seu nome.

                   - Porque eu estou triste – Respondeu completamente chocada com o uso de seu primeiro nome.

                   - Por quê?

                   - Por quê? – Questionou irritada – Por quê? – Repetiu, e então bateu em seu peito – “Ai!” – Você ainda me pergunta por quê?! – Bateu de novo – Há um mês e duas semanas eu descobri que eu ficaria grávida com dezessete anos de um furão que por acaso me odeia e fez da minha vida um inferno por cinco anos. E então, para piorar a minha vida, esse furão me ignora completamente por um mês e duas semanas, que corresponde a três meses de gravidez e então eu não consigo comer, e eu vou ficar gorda e, e eu provavelmente nunca terei uma família de verdade e... – Chorou tentando bater mais nele, mas ele segurou seus pulsos em seu peito, prendendo-a – eu sou horrorosa! - Chorou mais, já que não podia mais bater nele – E, e... E eu estou chorando na frente de um Malfoy, ai meu Merlin! Me larga Malfoy!

                   - Não – Respondeu.

                   - Me... Larga... Agora! – Se balançou, tentando se livrar de suas garras.

                   - Não.

                   - Malfoy!

                   - Granger! – Imitou. Ela fez beicinho. – Olha Granger... Eu estava te procurando quando a gente trombou.

                   - Aé? Por quê? – Perguntou curiosa ainda fungando.

                   - Por que eu estava pensando...

                   - Você pensa? – Perguntou sarcasticamente.

                   - Ata Granger, hilário, você deveria ser comediante. – Ela deu uma meio sorriso em meio as lágrimas que corriam sobre seu rosto – Bem, como eu estava dizendo, antes de ser “rudemente interrompido” – Imitou McGonagall, ela sorriu novamente – Eu estava procurando-a mais cedo. Sabe depois de refletir algumas coisas eu pensei em te procurar e te pedir desculpa por tudo. – Terminou.

                   - Malfoy, que tipo de jogo você está jogando comigo? – Questionou olhando em seu olhos, com suspeita.

                   - Nada! – soltou seus pulsos que ele ainda segurava e ergueu as mãos em gesto de paz – Eu estou sendo sério. Eu sei que é tudo muito tarde e tudo mais, mas eu gostaria de saber se bem... Você toparia em talvez, é... Sei lá...

                   - Prazer, meu nome é Hermione Granger – Estendeu a mão – E o seu? – Ele sorriu para ela ao ver sua mão estendida.

                   O sorriso que ela o deu naquele momento foi tão verdadeiro que ele nunca pensou que existisse, poderia ser porque ele nunca teve uma amizade de verdade – que não fosse com Blaise - mas ele viu, ao olhar para aqueles lindos olhos castanhos âmbar que o fitavam com tanta intensidade que ele soube que ali se iniciaria uma ótima amizade, que ao apertar a mão dela, ele estaria selando o seu próprio destino, ao se comprometer com uma nascida trouxa, ao aceitar a amizade dela. Ele sabia que seria difícil, que haveria complicações, que seus pais – não que ele ligasse para o que eles pensassem – nunca iriam aceitar e que ela provavelmente ficaria em risco ainda maior pelo já passado por ela, mas ele não conseguiria não apertar a mão dela, algo o chamava para aceitar o seu comprimento e não havia mais nada que ele queria a não ser sua aprovação.

                   E o mais importante, ele viu que  se ele apertasse a mãe dela, ele seria ele, e não alguém que seu pai queria que ele fosse.

                   - Malfoy – Apertou sua mão – Draco Malfoy.

                   - Prazer em conhecê-lo Sr.Malfoy.  – Sorriu para ele graciosamente.

                   - O prazer é todo meu Srt. Granger. – Se curvou e tomou sua mão em seus lábios. – Ah, e, por favor – olhou para seus olhos que o fitavam com excitação – Me chame de Draco, Srt Granger.

                   -  E você me chame de Hermione, Draco.

~

# Outubro: Quatro semanas: Quatro meses.

                   - O que está acontecendo com você e Malfoy, Mione? – Perguntou Harry numa noite de sexta feira quando havia apenas os dois na sala Comunal da Grifinória.

                   - Como assim Harry? – Questionou, abrindo os olhos e olhando para cima, já que ela estava deitada com a cabeça em seu colo enquanto ele massageava sua cabeça.

                   - Bem Mione, todo mundo percebeu, vocês dois estão tão, eu não sei, diferentes, toda vez que eu o vejo com você, vocês estão sempre rindo, ou apenas lá, parados em um silêncio reconfortante.

                   - Eu não sei Harry – Disse se levantando para que ela pudesse olhá-lo diretamente nos olhos – há três semanas nós trombamos literalmente no corredor, e eu estava tão triste com tudo, sabe? – Ele concordou – Então Malfoy chegou e viu que eu estava triste e começou a conversar comigo, então ele me disse que se arrependia de tudo que havia feito comigo, e se fosse outra pessoa eu não acreditaria...

                   -... Mas?

                   - Mas ao olhar para os olhos dele Harry eu vi tanta sinceridade que eu não consegui não acreditar entende?

                   - Não. – Respondeu Harry confuso. – Ele é Malfoy Mione!

                   - Eu sei, mas essa coisa toda de gravidez – Disse olhando para o estômago – mexeu comigo, com todos nós na verdade. Eu acho que o plano do professor Dumbledore era esse, sabe? Juntar-nos. E eu acho ótimo. Draco é ótimo. – Suspirou. Harry a olhava atentamente – Você me odeia não é Harry? Por ter perdoado ele tão facilmente, quero dizer ele era horrível para todos nós. Mas eu tenho que perdoá-lo. Por mais que eu queira, eu não posso fazer isso sozinha. Eu... Eu preciso dele. – Suspirou.

                   - Não Mione, eu não te odeio – Respondeu, tirando um cacho de seu rosto – Mione, você é minha irmã, sei que não é de sangue, más você é a única família que me resta, os Weasley também são minha família, mas você, eu não sei, você é a única que sempre ficou ao meu lado, que não importasse o que eu fizesse sempre esteve pra mim. Então não Hermione, eu nunca poderia odiá-la. E se Malfoy a faz feliz...

                   - Harry, não fale como se eu tivesse uma queda por ele – Corou.

                   - Bem,eu não sei o que há entre vocês dois Mione, e me desculpe mas eu não posso me ver sendo amigo dele, não agora pelo menos – Ela corou ainda mais – Mas é sério Mione, se ele cogitar a ideia de machucá-la, eu vou matá-lo. Ele vai entender porque eu sou chamado de “O Escolhido” – Estufou o peito. Hermione riu.

                   - Haha, convencido! – Bateu levemente em seu braço. Harry sorriu e logo sua expressão virou séria.

                   -  Mas é sério Mione. Tome cuidado. Eu acho bom que você tenha uma ajuda nesse projeto maluco, mas ele ainda é um Malfoy. Aquele encontro na Borkin e Burkes foi muito estranho.  Só pense nisso, por favor. Eu não quero que você se machuque Mione. – Bocejou – Bem, está tarde Mione e eu vou dormir. Boa noite Mione. – Disse o menino-que-sobreviveu ao mesmo tempo se levantando.

                   - Boa noite Harry – Sorriu ao senti-lo beijar sua testa. – Bons sonhos!

                   - Você também – Chamou pela porta de seu quarto.

~

                   O sorriso não saía de seu rosto. Ele estava muito obvio.

                   Desde que ele havia se tornado de alguma forma, amigo de Hermione sua vida tinha mudado drasticamente. Ele se sentia uma pessoa melhor. Estar com ela o fazia perceber o quão ruim e estúpido ele fora quando mais novo, e às vezes ele se sentia até com nojo de si mesmo só de pensar nas coisas que ele havia feito com ela, quando na verdade ela era a melhor pessoa que ele já havia conhecido.

                   Ele estava na aula de CF sentado com ela quando professora McGonagall adentrou na sala.

                   - Boa tarde. Hoje, nós não teremos nossa aula aqui na sala como de costume – A turma ergueu simultaneamente suas sobrancelhas em gesto de curiosidade. – Se vocês pudessem me segui... – Terminou se virando da vasta sala e seguindo para o corredor. Todo mundo a seguiu.

                   - Onde será que nós estaremos indo? – Cochichou Hermione a ele.

                   - Curiosa Granger? – Sorriu para ela enquanto pegava sua mochila. Ela franziu o cenho.

                   - Nós não tínhamos combinado de nos chamar pelo nome? Bem, sim eu estou curiosa, e você também pela sua expressão – Sorriu – E não há necessidade de carregar minha mochila, Draco. – Terminou o olhando exasperada ao vê-lo por sua mochila sob seus ombros contra sua vontade.

                   - Bem, você está grávida não, então você não deve carregar peso. – Disse dando de ombros enquanto andavam ainda seguindo Professora McGonagall a uma parte do castelo onde ele ainda não havia visto.

                   - Francamente, eu estou grávida, não doente. – Parou olhando em volta – E onde em nome de Merlin nós estamos?

                   - Eu não faço a mínima ideia – Respondeu.

                   Eles passaram o resto da caminhada em silêncio, apenas seguindo sua professora. Draco viu que assim como ele, os meninos de sua classe de CF também carregavam as mochilas das meninas. Alguns, porque outros como Weasel não faziam nada, mas caminhar.

                   Ele viu como Potter caminhava ao lado de Astroria – a menina que seu pai sempre quis que ele se casasse – com alegria enquanto olhava para seu abdome. Será que Potter não tinha percebido que aquilo era um projeto e que no final de dois anos os bebês não existiriam mais? Patético.

                   Blaise que caminhava com sua parceira de trabalho Lilá Brown, carregava, assim com ele, a mochila da menina enquanto sua mão batia às vezes na mão dela, tentando alcança-la para que ele possa andar de mãos dadas com a loira da Grifinória. Será que Blaise estava desenvolvendo algum tipo de sentimento a Lilá Brown? Hm, ele teria que perguntar ao seu amigo Italiano mais tarde.

                   Seus pensamentos foram interrompidos quando de repente, Finnigan que estava à sua frente, parou, fazendo com que Hermione tropeçasse e quase caísse ao chão, porém com seus reflexos de apanhador da Sonserina, ele conseguiu evitar sua queda. Ela sorriu em um gesto de obrigada que ele não pôde deixar de retribuir.

                   - Olha por ande anda Finnigan – Rosnou.

                   - Caso você não tenha percebido, Malfoy, nós chegamos ao nosso destino. – Retrucou – Desculpe Mione.

                   - Tudo bem Simas. – Respondeu ela com um gesto de cabeça. Ela era sempre tão doce com as pessoas que o deixava chocado.

                   - Atenção, atenção – Chamou McGonagall – Como vocês devem ter notado, essa é uma parte da escola que vocês nunca haviam pisado. Bem, acontece que o professor Dumbledore, Filius, Severo e eu a construímos no verão e agora que ela está pronta ela será o lar de vocês até o fim do trabalho. Vocês irão notar ao passar por essa porta – indicou a porta atrás dela – que há uma sala comunal onde vocês poderão se reunir, e duas alas, uma para alunos do sétimo ano, e uma para os alunos do sexto ano. Obviamente vocês se hospedarão na Ala do sexto ano, já que somente ano que vem os quartos do sétimo ano se abrirão.

                   “Ao entrarem na Ala do sexto ano verão que há inúmeras portas com o nome das duplas, então essas portas determinaram seus quartos que vocês terão que compartilhar. Não pensem que a escola não estará ciente se vocês fizerem algo... Ilícito, acreditem, nós saberemos, então estejam cientes de suas ações.” – E com isso ela se afastou da porta dando passagem aos alunos do sexto ano.

                   A Sala Comunal não era nada como a Sala Comunal da Sonserina, pensou Draco, e ele tinha uma vaga ideia de que ela não se parecia com nenhuma outra Sala Comunal das outras casas de Hogwarts.

                   A sala era enorme. Com capacidade o suficiente para alojar sessenta pessoas. Três das quatro paredes eram de um papel de parede beje cremoso que trazia à sala um ar calmante. A quarta parede, a que era ocupada de uma grande lareira de prata era feita do mais rico mármore que ele já tinha visto em toda sua vida.

                   Os sofás lá presentes eram de coro, e pelo que ele observava ao ver as expressões de conforto das pessoas neles já sentadas, os sofás eram muito macios também. No lado direito da sala havia uma enorme estante de livros, que ao olhar para o rosto de Hermione, ele tinha a ideia de que ele não a veria tão cedo. Perto dessas mesmas estantes haviam três longas mesas de madeira, para que eles pudessem estudar.

                   No canto esquerdo da imensa Sala Comunal, havia um espaço  construído para ginástica, onde as meninas poderiam praticar uma coisa que Hermione havia o contado outro dia que se chamava Yeggy – Se é que era esse o nome.

                   Quadros de bruxos famosos foram pendurados ao redor da sala dando a essa estilo. Seguindo Hermione ele passou por uma grande porta que se lia em cima “Sexto Ano”, e então, no meio do corredor, à direita os dois pararam em frente ao uma porta de madeira branca e com maçaneta de ouro que se lia em uma placa dourada “Draco Malfoy e Hermione Granger”. Era o quarto deles, o quarto que ele compartilharia com ela por um ano.

                   Os dois se olharam excitados com a expectativa de rumarem a um novo passo em suas vidas, e com uma troca de palavras silenciosas Draco balançou a cabeça, girou a maçaneta de ouro e então os dois entraram em seu quarto.

                   Pela primeira vez em sua vida ele sentiu que aquela era sua casa. Não era um quarto como ambos esperavam, mas sim um Loft, que a vista possuía uma sala de estar, cozinha e uma luxuosa copa.

                   Na parte da sala de estar as paredes eram cobertas por um rico verde, e assim como na Sala Comunal, havia um belo sofá de couro preto com uma linda estante a sua frente.

                   Mais para o centro do cômodo havia uma mesa de cristal para quatro pessoas, as cadeiras eram de madeira acolchoadas com couro branco e sob a mesa havia um vaso vazio.

                   Para finalizar o primeiro cômodo da nova casa dos dois adolescentes, havia uma cozinha tipicamente trouxa, onde havia uma coisa que Hermione o tinha dito uma vez que se chamava geluderua - Era isso o nome? - de porta dupla cinza. Um grande fogão e quatro bancadas de madeira A gela-coisa, Draco observou ao abri-la, estava vazia.

                   O Loft possuía três portas que davam para a sala de estar/cozinha/jantar. A primeira que eles entraram era um quarto que estava vazio. Não havia absolutamente nada dentro dele, apenas uma simples luminária. 

                   A segunda porta dava para um luxuoso banheiro, que era todo revestido em um mármore branco. O banheiro, assim como o banheiro dos prefeitos, era enorme. Um enorme Box de vidro possuía um espaço grande o suficiente para duas pessoas adultas tomarem banho. O banheiro era realmente lindo, porém ele estava vazio. Não havia nenhum material de higiene no banheiro.

                   A terceira porta dava para um quarto.

                  O quarto deles.

                  O quarto era perfeito, não havia outra palavra que ele pudesse usar para descrevê-lo, e pela expressão de Hermione ela também concordava com a sua descrição.

                   O quarto em si não era nem muito grande nem muito pequeno, era de um tamanho perfeito. Três de suas paredes eram beges claras, a quarta parede não existia, era inteiramente coberta por uma enorme janela que mostrava a maravilhosa vista das montanhas da Escócia. No canto ao lado da janela, havia uma luxuosa poltrona vermelha e ao lado contrário da janela havia uma maravilhosa cama King Size branca, sem lençol e em ambos os lados da cama haviam duas cômodas brancas feitas do mesmo material da cama. Ao lado contrario da porta de entrada havia duas portas. A primeira era um Closet, vazio e a segunda porta constava uma suíte que era a replica do banheiro principal, porém com uma banheira com a capacidade de suportar quatro adultos confortavelmente.

                   - Uau! – Suspirou Hermione sentada no grande sofá preto de couro junto a Draco depois de observarem sua nova casa.

                   - É, uau. – Concordou. Os dois permaneceram em um silêncio confortável apenas apreciando a situação e ouvindo somente a respiração um do outro quando de repente Hermione deu um grito de surpresa e olhou para seu estômago. – O quê? O que aconteceu? – Gritou alarmado.

                   - Calma Draco! – Hermione explicou. – Olhe! – Gritou feliz. Ela pegou sua mão e reposou em sua barriga já elevada. – Chutou! – Draco sorriu ao sentir o forte chute em sua mão.

                   Pela primeira vez desde que esse projeto havia começado a ficha dele havia caído. Ele estava indo para ter um filho! Um filho que chuta! Um jogador de quadribol! Ele se sentia tão eufórico, tão feliz, tão... Tão, e essa felicidade só existi por causa dela. Ela o deixava feliz.

                   - Parece que nós teremos um jogador de quadribol na família – Sussurrou fitando-a nos olhos. – Hermione?

                   - Sim?

                   - Eu vou te beijar agora.

E assim ele fez.


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Notas finais do capítulo

Bem, esse foi o beijo. Para aqueles que acham que está muito rápido, podem ficar calmo que o beijo noa significa nada, a muita coisa pra acontecer ainda!
Eu gostaria de agradecer aos leitores!
Ultrapassei minha meta de leitores! 42 leitores.
Mas agora, onde esta os comentários, leitores fantasmas? Me deixaria muito feliz receber mais comentários!
Nao deixem de comentar, POR FAVOR.
Beijos,
Julia.